Pra nao falar q eu to mentindo... E lembrem-se que nao foi a veja que fez a pesquisa hein, portanto se for criticar critique quem fez a pesquisa e nao a veja.
"Eles vão ficar impossíveis: Estudo divulgado na Inglaterra mostra que o QI dos homens é, em média, 5 pontos mais alto que o das mulheres
Revista Veja, Edição 1920 . 31 de agosto de 2005
Mulheres empenhadas em provar que estão em pé de igualdade com os homens, se não um pouquinho à frente deles, tremei: uma pesquisa que acaba de ser divulgada na Inglaterra conclui que eles, além de mais fortes, mais teimosos e mais insensíveis, são mais inteligentes do que elas. A afirmação, de arrepiar corações politicamente corretos, tem por base o trabalho realizado por dois professores de psicologia, Paul Irwing e Richard Lynn, que analisaram 24.000 testes de QI de estudantes universitários em vários países e 57 estudos a eles relacionados. Ao fim da investigação, cujos detalhes planejam publicar em novembro no British Journal of Psychology, Irwing e Lynn concluíram que o QI dos homens é, em média, 5 pontos mais alto que o das mulheres. "E 5 pontos não é uma diferença que possa ser descartada como algo sem importância", afirma Irwing, atiçando com lenha de altíssima combustão o sempre incendiário debate sobre as planetárias diferenças entre elas, as venusianas, e eles, os marcianos.
Professor de psicologia organizacional da Universidade de Manchester, Irwing é justamente a voz que deu respaldo acadêmico à pesquisa - até com explícito constrangimento. "Pode parecer esquisito, mas eu me considero um feminista", declarou. "Por motivos pessoais, gostaria de acreditar que homens e mulheres são iguais, e de modo geral eles são, mesmo. Mas, ao longo da pesquisa, as evidências a favor de fatores biológicos foram ficando cada vez mais fortes." Lynn, ao contrário, não teve problema algum de consciência para divulgar o que vê como comprovação científica de teses que advoga há tempos. Professor emérito da Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, ele já havia divulgado estudos próprios, menos amplos, afirmando que homens são mais inteligentes que mulheres. "Estou acostumado com a polêmica. Sei que logo as feministas vão começar a me mandar uma enxurrada de e-mails, mas não me importo", declarou a VEJA o professor Lynn, que é casado com uma mulher compreensiva: "Ela aceita o resultado da pesquisa. Só faz questão de destacar que a inteligência emocional feminina é superior à do homem". Em estudos anteriores, Lynn já sustentou também que brancos são mais inteligentes que negros, que a propensão ao crime é herança genética e que a prosperidade de cada país está relacionada ao QI de sua população. Em suas palavras: "A inteligência de cada raça segue um padrão mundial. As pessoas mais bem-sucedidas são, em primeiro lugar, brancos e amarelos, depois vêm os mulatos, os negros e, por último, os índios". Com tal currículo, a co-assinatura de Irwing na pesquisa agora divulgada foi essencial para sua aceitação. "Para ser sincero, não tenho muita certeza de ter agido certo. Mas achei desonesto não divulgar os resultados", justifica.
A pesquisa mostra que, até os 14 anos, não há diferença no nível de QI de meninos e meninas. A partir daí, porém, os 5 pontos aparecem e se mantêm ou até aumentam - quanto maior o QI, mais a mulher fica longe do homem (veja quadro). No caso máximo estudado, de QI 150 - um patamar de gênios -, a proporção foi de 5,5 homens para uma mulher. Segundo Irwing, "as diferenças nesse nível podem explicar, pelo menos em parte, por que um número muito maior de homens ganha Prêmio Nobel ou se torna grande mestre de xadrez". Quando homens e mulheres de igual QI são postos diante do mesmo desafio, porém, elas se saem melhor - no mesmo dia da divulgação da pesquisa, foram anunciados os resultados dos exames finais nacionais para alunos do curso secundário na Inglaterra; as meninas, como sempre, saíram-se muito melhor que os meninos. Por quê? "Possivelmente porque as mulheres são mais empenhadas e mais bem preparadas para suportar períodos de trabalho duro", diz o pesquisador. Já a vantagem dos homens em matéria de QI "beneficia o desempenho em tarefas de alta complexidade, como questões difíceis de matemática, engenharia e física".
Colegas de Irwing e Lynn não descartam os resultados da pesquisa, mas advertem que devem ser avaliados dentro de um quadro mais geral. "O mais importante é ter em mente que diversos testes são utilizados para medir inteligência. Alguns favorecem os homens, outros as mulheres", diz Melissa Hines, professora de psicologia da City University de Londres. O neurologista Luiz Celso Vilanova, professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo, acredita que só será possível avaliar com mais critério a pesquisa inglesa quando se souber a metodologia usada, a forma de seleção dos entrevistados e como os testes foram aplicados. "O funcionamento dos hemisférios cerebrais é diferente entre homens e mulheres. O homem vai de pedaço em pedaço até chegar ao todo; a mulher consegue apreender o todo sem analisar pedaço por pedaço. E sabe-se que o cérebro masculino é 10% maior e mais pesado que o feminino", diz. Por sua vez, o psiquiatra Luiz Cuschnir, supervisor do serviço de psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, observa que "os testes de QI muitas vezes não abrangem todas as questões ligadas à inteligência, como a questão emocional". Segundo Cuschnir, "se um homem tiver QI elevadíssimo e um lado emocional conturbado, a aplicabilidade da inteligência fica comprometida".
Uma apreciação mais elaborada da pesquisa e seus resultados só será possível quando ela for publicada, dentro de três meses. Com ou sem restrições, porém, permanece a constatação de que, comparados em larga escala, o QI dos homens é, em média, mais alto que o das mulheres - embora essas, frente a frente com machos de QI semelhante, se saiam melhor. Entre todos os peitos masculinos que se inflarão de orgulho perante as conclusões da pesquisa, deve-se destacar o do reitor de Harvard, Larry Summers, para quem as palavras de Irwing e Lynn soam praticamente como um desagravo. Em janeiro passado, num malfadado discurso com o qual pretendia combater a discriminação das mulheres na área acadêmica, Summers acabou dizendo, de forma convoluta mas suficientemente clara para armar um escarcéu, que as mulheres não nasceram para as ciências exatas. "No caso específico da ciência e da engenharia, existem questões de aptidão inatas", proclamou - e o céu caiu sobre sua cabeça. Agora, os professores Irwing e Lynn vêm confirmar, com números e tabelas, que ciência exata é, mesmo, coisa de homem.
Eles no topo
O estudo mostra que, quanto mais alto o QI, maior a predominância de homens. Exemplos de proporção:
QI 125 (nível dos primeiros da classe)
2 homens para 1 mulher
QI 130 (nível dos primeiros entre os primeiros)
3 homens para 1 mulher
QI 150 (nível de genialidade)
5,5 homens para 1 mulher"