Nesse jogo as mulheres precisam provar que tem a mesma capacidade. Por enquanto, o homem reina supremo.
E a flexibilidade dos homens veio dos próprios pensadores masculinos que procuraram criar novos valores às sociedades em que viviam.
O que fode, Quereu, é que justamente a insegurança masculina que transpira de discursos como o seu que fazem o mulherio acreditar que tá com medinho do escuro, zero dois. Digo por mim, pelo menos.
Porque o que não falta no mundo é homem inseguro do seu lugar no mundo. De fato, é uma situação cabeluda. As nosas mães (e talvez avós) já ensinaram pra gente que tem que estudar, ter carreira, e, em geral, sermos senhoras das nossas vidas. Hoje é uma época em que tem gente que, pasme, ESCOLHE ser dona de casa. Ao mesmo tempo, os rapazes ficaram "parados no tempo" e não sabem muito como lidar com as atrevidas.
Até aí, gente, eu solidarizo. Até aí, estou disposta a ceder, a dizer que é o mal do fim do século e a queda do muro e que todos estamos muito confusos - porque, de fato, estamos, e não é só a "guerra dos sexos" que embolou o meio de campo.
Agora, vir dizer que os pensadores machos flexibirizaram já é um abuso. E é hilário, até. Os muçulmanos flexibirizaram, Princesa Isabel flexibilizou, a monarquia absolutista flexibilizou, Hitler flexibilizou, os pensadores machos flexibirizaram. Tudo gente de bem e super liberal que gosta de perder a moleza. Ok então.
(Em tempo, no Islã as mulheres SÃO mais do que coisas. Não é porque elas não andam seminuas como nós que sejam exclusivamente objetos sexuais - e talvez seja até o contrário, sob esse ponto de vista. )
Falando sério, respostas às demandas femininas não é coisa de sociedade estável e rica: são justamente nos casos limite em que elas se manifestam, todo mundo causa pra cacete, e aí as conquistas "gerais" são bem-sucedidas e as mulheres mandadas de volta pro tanque. 500 exemplos. Acumulando tudo, já se conquistou bastante coisa, e hoje falamos de uma época em que existe igualdade formal em boa parte do Ocidente.
Falta ainda resolver a prática. Daí a necessidade de conversar bonitinho.
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Mas, Luis e Fefe, foi basicamente isso mesmo. No contexto de trancarem o tópico e no contexto da baixaria generalizada, pareceu boa idéia retomar com educação e bom-senso o assunto. E aí que a gente propõe uma conversa séria, em que ninguém está se chamando de puta nem de corno, e, uai, cadê todo mundo?