Não quero que a discussão sobre sexismo tome um lado de baixeza. Quero dar outra explicação pro fenômeno que ocorre. Mesmo que eu deixe de lado em apontar sobre a superioridade ou não do sexo masculino, ainda que esta superioridade se dê no aspecto biológico, quando digo sobre diferenças me dizem: "Cadê os dados ? Onde estão as pesquisas a este respeito?.." etc. Isto é típico de falso ceticismo, o pseudo-cético se esconde atrás dos números ignorando o bom senso. Em se tratando de comportamento humano, dados quantitativos são a fotografia mais momentânea que um raio. É um instantâneo de um evento passageiro numa onda de modismos rápido e descartável. Existe uma coisa chamada bom senso. O indivíduo como um animal social ele tende a defender seu grupo e temos o que conhecemos como corporativismo numa forma mais organizada que se chega.
Estamos numa época de transformação, de mudanças sociais e uma destas mudanças é a colocação da mulher no mercado de trabalho. Estamos passando por uma revolução. Reconheço. As mulheres estão cada vez mais infiltrando em mercados de trabalho que antes eram somente considerados como áreas tipicamente masculinas.
Porém como em toda revolução, qualquer suspeita, mínima que fosse de que existem contra-revolucionários, assim como na frança, a guilhotina trabalha e trabalha muito. Diga que uma mulher tem preferência por revistas de entretenimento de fofoca que você é acusado de ser um contra-revolucionário e é guilhotinado por línguas afiadas que difamam e ainda é taxado como medieval.
Quando se recorre à pesquisa o indivíduo não responderia algo negativamente se porventura ele suspeitasse de que sua resposta pode contribuir para macular a imagem numa categoria de classe na qual ele está inserido. Nesta lógica, se houvesse uma pesquisa pra saber sobre gosto literário de um público feminino que tem hábito de leitura, este público não diria, em nome de sua causa ou da revolução, que lê exaustivamente revistas de fofocas, ou que tem como principal entretenimento de leitura romances novelescos e sentimentalóides nada enriquecedores.
Pra terminar esta parte em eu que esclarecia os pontos em que os pseudo-céticos poderiam refutar, a gente teria duas dificuldades em provar o que observamos diariamente na vida prática os hábitos femininos:
Uma é a causa revolucionária em que não se pode ser contrário e outra é a natural tendência do ser humano de defender uma categoria ou classe em que pertence falseando dados estatísticos.
Muitos pseudo-céticos gostam de recorrer a autoridade dizendo que tal pesquisador ou pesquisadores ainda não têm uma teoria definitiva a respeito de um assunto específico ou quando têm os pseudo-céticos superestimam seus dados. Isso não importa. Fingir que não vê o que estamos constantemente verificando nos salões, nas esquinas, perto de nossa casa, nos ônibus coletivo e nos mercados é hipocrisia. (Ou politicamente correto...Blargh!)
O que é mais importante que não se pode esquecer é que antes do sujeito fazer escolha em ser um pesquisador ou cientista ele foi um observador tenaz.
O que eu observo:
A mulher é bem mais sucetível ao consumo fútil. Se consome novelas, são consumidos produtos que prometem fazer a pessoa ser mais amada do que nunca. São consumidos produtos mais do que efêmeros, prometem a felicidade eterna e o amor. É a cultura de massas. Por isso consome mais futilidades do pode efetivamente utilizar, e a mídia não somente sabe que as mulheres não são só tagarelas mas são também um tanto choronas. Por isso a mídia apela ao sentimentalismo quando vendem suas marcas principalmente ao público feminino. Elas são mais propensas a ser compradoras compulsivas. Possivelmente são compulsivas especialmente por acharem que estão carente de algo, e este algo é tão somente sexo. (Embora não saibam disto, daí se não são consumidoras compulsivas por compras de futilidades em acessórios e para o chocolate que explico depois).
Desde o surgimento de uma sociedade de consumo quando a burguesia finalmente chega o poder, o classicismo e os antigos trovadorismos finalmente dão lugar aos romances do século XIX, mais fáceis de ler e para puro consumo de uma classe abastada. A mulher foi sendo alfabetizada e com o passar do tempo, confinada em seu castelos de sonhos, foi a principal consumidora dos folhetins novelescos. O que antes era cantada para ela em verso e prosa pelos trovadores medievais, a mulher passa a ler para si própria a partir do momento em que sua educação formal é levado em conta. Deriva-se tudo isto invariavelmente a uma consumidora compulsiva e sonhadora de folhetins romanceados.
Pra concluir:
Claro que esta revolução que eu dizia antes não se daria se as mulheres fossem incultas embora suas preferências de hábitos de leitura são banais até para as que são consideradas intelectuais. Na verdade longe dos olhos dos 'contra-revolucionários', até as intelectuais ficam no seus recônditos lendo livrinhos de receita e como será o próximo capítulo da novela enquanto fazem bordados.
OBS: Embora eu tenha falado sobre a necessidade de ser um observador tenaz para ser pesquisador ou cientista, não tenho intenções de ser nenhum pesquisador.