3) Como é possível Jesus nascer em Nazaré, se não há regitos históricos sobre qualquer lugar com esse nome antes do século IV?
Primeiro quero fazer uma correcção. Disse que Nazaré não existiu antes do século IV, por ter lido um texto que dizia ter sido Helena, mãe de Constantino, a inventar um lugar com esse nome. Nesse momento acredito que esse texto é enganoso ou enganei-me, por isso considero a pergunta que eu próprio coloquei inválida. Procurei informações nas minhas notas por causa da minha dúvida, e o historiador e romancista Gerald Massidié, no profácio de "O Homem Que Se Tornou Deus", diz que foi encontrada uma sinagoga que não albergava mais de 40 pessoas no local que seria Nazaré. No mapa para seguir o romance, Nazaré apontada como tendo estado em Galileia, entre Canã e Naim. Desculpem-me pelo lapso.

Este é o grande problema dos que se julgam sábios.
Não me considero sábio, e pelo menos sei admitir que erro (como faço no início desse post). Se fosses honesto, em vez de fugir ao assunto, terias procurado confirmar o que eu alegava e descoberto o meu próprio erro. Por isso é que sinto incomodado contigo: nem posso corrigir-me através de ti, pela tua atitude.
1)A ciência define com exatidão a origem da vida e do universo?
1) segundo as descobertas científicas, a origem do Universo começa com o Big Bang:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Universo http://cas.sdss.org/dr6/pt/proj/basic/universe/bigbang.asp http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo3/não existe ainda uma teoria científica para a origem da vida, e há um prémio para quem descobrir uma resposta. Mas existem hipóteses que foram estudadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abiog%C3%AAnese http://divulgarciencia.com/categoria/origem-da-vida/ http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1320881-7092,00.htmlO que existe por detrás de tanto mistério?
Essa pergunta não faz sentido.
Quem somos nós se não sabemos o certo quem somos?
A pergunta "quem somos?" é filosófica (e é um problema de semântica). Acrescentar "se não sabemos o certo quem somos" mostra um erro que revelas várias vezes: aquilo que dizemos saber ou acreditar não implica que corresponda à realidade. Mais uma pergunta sem sentido.
Se existe o lado material, porque não existe o imaterial?
Prove que existe o imaterial, e serás galardoado com um Nobel.
A matéria sempre existiu?
A ciência presume que sim: "Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" - Lavoisier
A física e a química modernas dependem disso.
Pela lógica viemos do imaterial.
Como chegas a essa brilhante conclusão? E que lógica é essa?
Como podemos saber que somos os seres mais inteligêntes do universo?
Segundo a teologia, somos os seres mais inteligentes do universo - excepto de um. Os teólogos são egocêntricos.
Quanto a mim, e muitos outros, admito que possamos não ser os seres mais inteligentes do universo, comparados com muitos outros. Além disso, admito que possamos nem ser os mais inteligentes na Terra a certa altura.
Pode não existir uma inteligência super maior como um super computador?
Nada impede.
Nossa inteligência seria suficiente para cobrar de Deus que isto teria que ser assim ou assado?
Se não acredito que exista Deus, não estou a cobrá-lo de nada. E repara na citação que fazes: eu disse "Deus cristão". Supostamente esse deus tem características que são contraditórias com a realidade e por si mesmo. Não pode haver um criador perfeito, se não somos. Não pode haver alguém sumamente bom, omnisciente e omnipotente se existe o mal. Uma personagem não pode ser como é descrita num livro se as suas caracteríticas e actos são contraditórios. É simples. Falaste em lógica mas, como já havia dito e demonstrado, não a admitirás. E o que isso tem a ver com o tópico?
Colocaste o desafio de provarmos que Jesus - o teu Jesus teológico, da Bíblia - nunca existiu, e é isso que estou a fazer. Continuando, segundo o "O Mito do Jesus Histórico", de Fernando Silva (será o mesmo do fórum?), é dito que existem inconsistências em certas profecias que indicariam Jesus como Messias; por exemplo:
Mt 2:6-6, Jo 7:42, Miq 5:2
Mt 1:22, Is 7:14
Mt 21:1-7, Zc 9:9
Tem uma cronologia. Por exemplo, a primeira menção de um Jesus é feita num apócrifo chamado 1Clemente, de 96 dC, que diz apenas ser um mestre. Era destinado aos romanos. 1Timóteo é datado como tendo sido escrito em 115 dC, 2Pedro em 120 dC. Em 150 dC fala-se em "Memórias dos Apóstolos", mas só se começa a falar em evangelhos em 180 dC. Os Actos dos Apóstolos é escrito no séc. II e o Novo Testamento é composto em 367 dC. Não sei em que se baseia essas datações, mas deixo-as para quem estiver interessado em investigar.
Gerald Massidié escreveu o romance "O Homem Que Se Tornou Deus". É uma ficção sobre a vida de Jesus, usando os Evangelhos e documentação histórica. Como existem várias inconsistências nos Evangelhos - expostas no profácio - o autor teve a liberdade de adaptar o mito para algo que esteja de acordo com os registos históricos, e de modo secular. Escrevi uma lista dessas inconsistências e curiosidades:
1) Nenhum judeu diria que só tem um rei, e que era César, e muito menos o diria à frente de um procurador romano;
2) Os condenados a crucificados não levavam a cruz inteira, ao contrário do que sugerem os evangelistas;
3) O bom pastor é um título atribuído a Apolo, Mitra e Hermes, e as chaves do Céu são dadas a Mitra e Petra (Livro dos Mortos);
4) O Herodes, o Grande, enterrou toda a genealogia de famílias judaicas (segundo Júlio, o Africano);
5) Os evangelistas, ou os copistas, confundiram "Nazéri" (nascido em Nazaré) com "Nàzáris" (observante; fariseu membro da seita dos Nazarenos); os discípulos samaritanos de João Baptista (Jocanaan) eram chamados Dositeamos ou Nazarenos;
6) Não existe qualquer menção de um massacre de crianças, ordenado por Herodes, apesar da sua biografia detalhada; por exemplo, sabe-se que Augusto ordenou-lhe que matasse o filho, Herodes Antipater, por conspiração, e documentários revelam suas facetas hediondas;
7) Os romanos não poderiam ter ordenado um recenseamento directo antes de a Judeia tornar-se uma província romana formal - o que aconteceu em 6 a.C. No entanto Augusto ordenou um recenseamento em 8 aC - descobriu-se em Ancara, no ano de 1924, e provado pelo historiador D.W. Hughes. Ainda houve outro, no tempo de Quirínio, em 7 dC, que cobrou imposto e levou a sérias revoltas. Ou seja, Lucas confundiu uma dessas datas: 7aC ou 7dC.
8) Se Jesus nasceu em 7 aC, então segundo Lucas foi crucificado em 30, e segundo João em 33.
E não me respondeste às perguntas:
que razão existe para não haver qualquer documentação sobre o terramoto que abriu o sepulcro de Jesus («E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela.»), sobre a estranha escuridão enquanto esteve crucificado («E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona») e ainda um terramoto espectacular, que revelou os mortos e os ressuscitou («E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados»)?
Umas perguntas simples:
- quantas mulheres foram ver o sepulcro?
- quantos anjos, jovens ou homens estavam no sepulcro, ou à entrada?
- o que eles disseram?
- onde estavam eles?
- como se revelaram?
- que fenómeno natural/miraculoso sucedeu para a pedra do sepulcro ser removida?
- as mulheres contaram o que sucedeu, ou não?
Mt 28; Mc 16; Lc 23:54-56; 24; Jo 20
Um desenho que fiz e que representa as várias versões:


Quais foram, afinal, as últimas palavras de Jesus antes de morrer?
Então isso não serve para provar que o Jesus bíblico é impossível? Vais novamente fugir ao assunto?
Começaste com isso, e agora quero ver se terminas.
Falas sobre problemas da sabedoria humana, ou dos que se julgam sábios, mas já tenho um lista de problemas com a estupidez humanas e daqueles que se julgam detentoras da verdade.
«It is impossible to defeat an ignorant man in argument.» - William G. McAdoo
(É impossível vencer um ignorante num debate)
«Silence is one of the hardest arguments to refute.» - Josh Billings
(O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de refutar)