Não usamos conceitos budistas.
Eu uso conceitos budistas porque os considero úteis, pelo menos para mim pessoalmente.
Mas isso não importa, já que o texto em questão trata de mostrar que o conceito de reencarnação não está em harmonia com os fatos sem recorrer a conceitos budistas para tal.
É verdade que eu também mostro que renascimento (conceito budista) não é reencarnação (conceito teosofista-espírita), mas essa demonstração é consequência da minha contestação à reencarnação, e não vice-versa.
Desculpe-me se me faltou entendimento para captar aonde você quis chegar, mas você poderia expandir um pouco a sua explicação sobre o porque de usar o budismo para refutar o espiritismo? Pelo que entendi isto é crença contra crença e não prova nada para lado nenhum.
Como você vê, não foi o que eu fiz. Eu contesto os conceitos espíritas para evitar que eles levem a uma má compreensão do Budismo. Não é como se eu usasse o Budismo para contestar o Espiritismo.
Reconheço que existe uma dificuldade prática para provarmos fisicamente a realidade da reencarnação. Mas essa mesma dificuldade prática também existe para prová-la falsa.
Provar em definitivo, talvez seja mesmo difícil.
Mas como o texto que escrevi lembra, os fatos da personalidade humana e da psicologia social mostram que nossos hábitos e interesses não costumam ter "bagagem" significativa que poderia ter sido herdada de outras encarnações. Se por acaso existe reencarnação, ela tem a curiosa propriedade de ser extremamente "discreta", não preservar mais do que traços geralmente imperceptíveis da personalidade das encarnações anteriores. Ou seja, é um fenômeno que raramente tem efeitos perceptíveis, e por isso mesmo sua própria existência é questionável.
E novamente, há a questão do ônus da prova. E a ela se soma a questão prática: um fenômeno que praticamente não causa efeitos é equivalente (ou quase) a um fenômeno que não ocorreu.
A reencarnação, SEGUNDO A DOUTRINA ESPÍRITA, é um fenômeno universal e determina muito do que nós somos, fazemos ou sabemos.
Ora, se assim fosse, o mundo seria muito diferente do que é, haveria mais variação perceptível de interesses, personalidades e até mesmo afinidades linguísticas entre duas ou mais pessoas próximas.
Se você leu meu texto, deve ter visto que nele indico evidências concretas de que reencarnação é algo que não existe na prática, ou pelo menos deve ser algo bastante raro. Afinal de contas, nós não costumamos apresentar "bagagem" de interesses e traços de personalidade dessas supostas vidas anteriores.
Concordo com você quando diz que quem afirma tem que provar. Como foi você que afirmou ser falso o conceito,
"Afirmar ser falso" é contestar, e de fato foi o que eu fiz. O ônus da prova, naturalmente, está com quem afirma que o conceito tem correspondência com algo da realidade. Portanto não cabe a mim, que digo que o conceito de reencarnação é puramente fictício e não tem correspondente no mundo real.
você poderia informar onde estão as provas irrefutáveis (isso não é inversão de ônus da prova)? Ou é somente crença contra crença e ficamos na mesma?
Expliquei acima, mas se ainda tiver dúvida, por favor me diga.
A reencarnação é um dos pilares do Espiritismo. Se for provado falso, todo o edifício desmorona por falta de fundamento. Será que vai ser desta vez que a doutrina será desmascarada?
Um abraço.
Desmascarada ela já foi há muito tempo. O fundamento do Espiritismo não são os fatos da reencarnação.