Seth, sobre a fenomenologia do espiritismo, é claro que já podemos concluir que é tudo uma farsa, porém sobre os fenômenos inteligentes como a psicografia, eu sinceramente bati com a cabeça na parede. Compreende?
Eu lhe compreendo perfeitamente. E creio que posso lhe dar uma pequena teoria de minha lavra:
Durante certos estados mentais, auto-induzidos, naturais ou artificiais, uma série de mecanismos misteriosos em nosso cérebro e em nossa mente são acionados.
Quando eu estava lá no terreiro "incorporado", na verdade eu estava em uma forma de transe desperto. A música, os cânticos, o ambiente, mas especialmente
minha vontade (guarde essas duas palavras) me induziam a acreditar que estava ali uma entidade disso ou daquilo.
Mas o que acontecia é que eu estava acionando essas "chaves" cerebrais e/ou mentais e, daí, aconteciam os fenômenos.
Porém, essas "chaves" não precisam de ambiente algum para serem acionadas. Com um pouco de disciplina, atenção, dedicação árdua e uma boa dose de meditação, ou mesmo sem fazer porra nenhuma, você consegue acessar essa fenomênica.
Sei que parecerei repetitivo para os senhores mas pela minha pequena experiência, tudo se resume a uma coisa: vontade.
Não é fé. Não é crença. Não é convicção. Nada disso.
É a vontade de que você quer que a coisa aconteça e, sem dúvida, ela acontece.
Perdão se pareço simplista e burro mas só posso dizer isso.
No caso da psicografia é a mesma coisa. Porém, em 100% dos casos que pesquisei, inclusive com uma mensagem "escrita" por meu falecido pai, eu só encontrei manifestações do próprio médium que se dizia "mensageiro".
Cascata! No caso do meu pai, e em muitos outros casos, as mensagens eram escritas em tons bastante semelhantes, senão iguais, aos discursos preferidos pelas palestras espíritas.
Nada mais era que um "copy cat" de mensagens anteriores...
Sem esquecer o fato de que meu pai era semi-alfabetizado, tinha uma caligrafia tosca, escrevia errado mesmo (isso quando escrevia já que ele detestava escrever) mas, na mensagem, ele virou um senhor sério, sisudo, cheio de esperanças, amor e quase santidade...
E eu, que conheci meu pai, só faltei me escancarar de rir na frente de todos, pois o velho era um gaiato, brincalhão, alegre, furioso, apaixonado e nunca, jamais e em tempo algum se expressaria como se fosse um Avatar de Luz!
Ha outros fenômenos que presenciei que são complicados pra explicar mas, na minha ignorância, tenho a tendência de acreditar que tudo não passava de imposição da mente da pessoa sobre outra pessoa.
E, assim, acessava-se, telepaticamente, e de maneira que me é desconhecida, as informações que eram importantes.
Mas daí atribuir a presença deste ou daquele ser superior, é outra história.
Eu abro a possibilidade que tudo isto possa ser real, eu não desprezo isto, porém toda afirmação necessita de provas, e provas concretas eu ainda não encontrei. Seria a psicografia capaz de dar uma prova não-científica, mas concreta que prove a existência do espírito? Esta é a questão.
Eu penso de maneira mais simples.
Descarto toda essa patacoada de seres invisíveis, mestres ascensos, iniciados disso e daquilo. Pois todos eles só almejam 3 coisas: poder (sobre você, os outros e mesmo poder político), dinheiro (os mais graduados no esquema sempre tem mansões nababescas, fortunas incríveis mas querem passar aquele arzinho de humildade ou "sorte" divinal) e sexo.
Muito, mas muito sexo. Sexo com homens, mulheres, crianças, adultos, velhos, cadáveres, animais, tudo em nome do "sagrado".
Como você, eu também quero provas. Mas como não as ha, nem tão cedo haverão, eu apelo para a
Navalha de Occan: entre duas explicações para uma coisa, devemos escolher a mais simples. Sem maiores delongas, sem maiores "esticadas" no assunto.
É isso, pronto, concluímos, acabou, próximo assunto da pauta.
Se a psicografia pode dar a prova que você quer, eu lhe recomendo cautela: veja atentamente o sujeito que está lhe passando a prova.
Ele sabe, lá inconscientemente talvez, que você quer explicações. E, por isso, ele pode lhe dar o que você quer e, dessa forma, lhe arregimenta para suas hostes.
Afinal, se você obteve a prova que queria ali, naquele lugar, então todo o resto deve estar certo, não é mesmo?
Não entre nessa.