Referi-me à idéia de que uma partícula 'B' equivale a um elétron, porque os elétrons não surgem no córtex do átomo mediante decaimento neutrônico. Desse modo, para diferenciá-los, haja vista não ficarem as partículas 'B' girando em torno do núcleo atômico, escapando sob a forma de radiação, usei o termo equivalência, que significa 'o que vale igual'. Ademais, utilizada essa restrição ao meu argumento, o contraditor incorre no mesmo problema semântico de que ele me increpa.
O decaimento do nêutron tem a ver, para ser claro ao contraditor, com as noções de partícula dissociável e de partícula divisível. Se ele não logra perceber as filigranas semânticas de ambos os vocábulos, não me pode ele atribuir a culpa. Por isto, usei o exemplo do decaimento: a partícula 'B' se dissocia do nêutron, ao qual estava ela associada ou junta. Não obstante, a partícula 'B' não se divide e, portanto, não pode ser considerada como divisível. Sob ângulo espiritual, André Luiz não se refere ao elétron como divisível, mas como dissociável, à semelhança do 'elétron' chamado partícula 'B'. O elétron é ou não é dissociável do átomo?
Vamos repetir de novo o que o André Luiz disse:
A matéria elementar, de que o elétron é um dos corpúsculos-base (4)...
4- Na Esfera Espiritual, em que estagiamos, o elétron é também partícula atômica dissociável. - Nota de André Luiz
Ou seja, o elétron é um corpúsculo-base indivisível da matéria, mas na esfera espiritual é divisível. O significado de divisível atribuído a dissociável é claro no texto e na nota correspondente. Ficar se apegando a semântica para fugir da contradição não muda este fato. E muito menos ficar inventando explicações para processos físicos, como o decaimento do neutron. O neutron não é uma associação de um próton, um neutrino e um elétron. Ele é um núcleon composto de dois quarks down e um up, que pode decair, devido à interação fraca, em um próton, um elétron e um neutrino.
Pouco importa o quanto você use de semântica, não muda o fato que André Luiz disse que na esfera material o elétron é indivisível, enquanto no esfera espiritual é divisível (ou dissociável, como preferir).
Quanto à pergunta sobre os diagramas de Feynmann, o contraditor me pergunta porque não deve conhecê-los, nem mesmo as implicações deles.
Eu conheço muito bem os diagramas de Feynman. Exatamente por isso sei que o que você falou não tem absolutamente nenhuma relação com o assunto em questão. Tem tanto sentido quanto dizer que existem savanas na África porque os elefantes têm quatro patas.
Aliás, ficar enchendo a boca para falar de diagramas de Feynman como se soubesse do que está falando é fácil. Primeiro demonstre que entende de coisas como densidade de lagrangeana, teoria de perturbação, matriz de espalhamento S, gerador funcional Z[J], funções de Green, álgebra de Grassman e propagador para depois vir falar das implicações dos diagramas de Feynman.
O elétron, em uma zona de percepção supra-espacial e supratemporal, pode ser visto como resultado de uma inversão de carga positrônica, o que explicaria ao menos a referência de André Luiz de que este pode observá-los no mundo espiritual e reconhecer-lhe a origem na estrutura fundamental da matéria.
Besteirol quântico. Não passa de apropriação indébita de conceitos físicos para utilizá-los fora de contexto. A interpretação do diagrama de Feynman tem a ver com a simetria CPT e não com alguma suposta "percepção supra-espacial e supratemporal".
O que ela diz é que uma partícula viajando para trás no tempo pode ser interpretada como uma anti-partícula viajando para frente no tempo, não que uma anti-partícula vai ser vista em uma suposta "zona de percepção supra-espacial e supratemporal" como um elétron por um espírito.
Como acima expliquei, não inventei uma nova acepção para o vocábulo dissociável, pois esta e divisível são considerados sinônimos imperfeitos. Ademais, basta ao contraditor examinar ambos os vocábulos em um dicionário técnico, como o de Francisco Fernandes, o de Celso Pedro Luft ou o de Osmar Barbosa, encontráveis nas boas livrarias e nos bons sebos. Desse modo, não fugi à contradição, porque não a vislumbrei na passagem. Se o contraditor vê em dissociável algo divisível, aí se trata de problema dele.
Não, não é problema meu, mas do André Luiz, que usou o termo dissociável como sinônimo de divisível.
Aliás, quem foge e refoge à discussão é ele, que não conseguiu refutar a idéia explicativa. André Luiz reporta-se ao elétron como um corpúsculo-base da matéria, aludindo à dissociabilidade da partícula.
Não ele reporta-se ao elétron como corpúsculo-base da matéria, ou seja, uma das partículas elementares e portanto indivisível. Depois ele faz a ressalva que no mundo espiritual ela é divisível.
Nesse ínterim, considerada a dualidade onda-corpúsculo, o férmion, de acordo ao 'spin', da família dos léptons, denominado elétron, pode exibir-se ora de uma forma ora de outra, portando características simultâneas de onda e de partícula. Assim, sob a óptica da Física Quântica, o elétron é dissociável em onda, mas não divisível, fato que tem a ver com a sua interação energética com os fótons.
Essa frase não faz o mínimo sentido. Continua encaixando a palavra dissociável apenas para dar sentido a ela. A dualidade onda-partícula é uma propriedade intrínseca de objetos quânticos em que a onda é interpretada como uma probabilidade e não uma "dissociação de um elétron em uma onda".
Além do mais, o que hoje se admite para a estrutura do elétron compõe um paradigma, um modelo, como era ele antes das interpretações da Física Moderna. O modelo, amanhã, pode ser outro.
Claro, argumentação baseada naquilo que poderia vir a ser para coincidir com nossas crenças...
Aliás, só para arrematar a contra-resposta, o Angelo Melo (rima perfeita ou imperfeita?) só conseguiu refutar e refutar mal esses excertos do meu argumento?
"Argumento" baseado em puro nonsense e besteirol quântico misticóide.