Autor Tópico: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?  (Lida 20532 vezes)

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Offline Stéfano

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #125 Online: 16 de Julho de 2006, 01:35:11 »
Citação de: Luz
Eu tenho noção da diferença, é claro! Não confundi as coisas, me baseei na abordagem do texto da wikipedia, mas parti do princípio que todos aqui sabiam a diferença.
Sei... ::)
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #126 Online: 16 de Julho de 2006, 01:35:56 »
Não se restringa ao texto da Wikipédia. Tem esse do Projeto Ockham também para explicar.


Pois é, né Alenônimo. Eu perguntei lá atrás, antes dessa discussão toda, quando foi adotado o critério de que as coisas não existiam até serem comprovadas, justamente por isso!

Offline Stéfano

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #127 Online: 16 de Julho de 2006, 01:36:54 »
Daqui a pouco a Luz vai dizer que o vácuo era preenchido do éter que depois foi usado para anestesia pelos gregos antigos...  :lol:
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Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #128 Online: 16 de Julho de 2006, 01:38:54 »
Citação de: Luz
Eu tenho noção da diferença, é claro! Não confundi as coisas, me baseei na abordagem do texto da wikipedia, mas parti do princípio que todos aqui sabiam a diferença.
Sei... ::)

É claro que tenho né Stéfano, pois li o texto que citei! Afinal, como saberia toda essa história sobre o o éter se não tivesse lido?

Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #129 Online: 16 de Julho de 2006, 01:41:54 »
É permitido que uma Teoria Ciêntifica seja embasada em cima de uma hipótese não verificável?
Como eu disse antes, a teoria não foi embasada em cima da hipótese. A hipótese surgiu como uma necessidade (na época) da teoria, mas esta independia dela para estar correta.

A hipótese foi abandonada mas a teoria permanece a mesma, ela não mudou. Apenas foi descartada a necessidade de um meio de propagação.
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Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #130 Online: 16 de Julho de 2006, 01:45:13 »
Daqui a pouco a Luz vai dizer que o vácuo era preenchido do éter que depois foi usado para anestesia pelos gregos antigos... :lol:

Stefano, se eu fosse propensa a aceitar tudo que me dizem estaria na Igreja e não aqui. Reconheço minhas limitações, minhas lacunas e meus equívocos, mas estou aqui para dar a cara a tapa também. Umas das melhores formas que conheço de aprender depois de ler é perguntar.

Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #131 Online: 16 de Julho de 2006, 01:45:59 »
Pois é, na época o éter não era testável, mas foi aceito. Fazem apenas cem anos que éter deixou de ser considerado. E na mesma época o vácuo era considerado um vazio completo, um nada absoluto, devido as limitações da Ciência daquela época.
Espera um pouco. O vácuo era considerado um vazio completo ou estava preenchido pelo éter luminífero? As duas coisas são auto-excludentes e não podem ser afirmadas na mesma época.
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Tarcísio

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #132 Online: 16 de Julho de 2006, 02:00:27 »
Não fale asneira. Se o que estamos discutindo não pode ser testado, falseado ou experimentado de nenhuma, é porque simplismente não existe. Simples como um ramen.

Serve como refutação:
É como se a 1000 anos atrás alguem na Europa disse-se que existe terra depois do mar, e vocês dissesem que não, porque vocês não têm meios para ve-la.

A mil anos atrás alguem poderia afirmar sem poder testar, experimentar ou falsear e poderia estar certo. Mas no presente não pode mais?
Você não refutou nada. Para provar que existia terra além do mar, bastava colocar seus navios e ir até lá. E isso foi feito. E a dúvida foi sanada.

Imagine a mesma coisa com Deus. Se um dia você puder provar definitivamente a existência de Deus, a idéia de ele não existe passa a ser descartada. Até lá, não há absolutamente nada que mostre que ele existe. Não é como a idéia da Terra além do mar, que tinha como base uma curvatura no Globo terrestre e uma sombra na Lua indicando que a Terra era redonda e o seu tamanho, por exemplo.

Já lhe expliquei em outro tópico a mesma coisa. Já lhe enviei MP, mandando o link do tópico que você simplismente se reservou ao direito de não responder. Já perguntei onde residia a dúvida. Agora você vem pra ca e impõe o mesmo posicionamento?

Vou tornar o exemplo ridículo de tão compreensível.

Um índio pelado de uma tribo litorânea do Brasil, sem conhecimento sobre návios ou nada que ande sobre a água conversa com um amigo:

_Rapaz, do outro lado dessa água salgada deve ter um monte de terra igual essa onde vivemos.

_Como você me inventa uma filha da putagem dessas? Só porque tu imaginou isso acha que existe? Mas que grandissíssimo egoismo de tua parte!

e se passaram... anos... décadas... séculos... milênios... até que os portugueses chegaram e comprovaram que o tal índio pelado, e egoísta não estava errado.

O maldito índio tinha qualquer tipo de percepção para compreender terra do outro lado do mundo?

Não!

O maldito índio recebeu um pombo correio que dava a entender aquilo?

Não!

O maldito índio tinha como provar que a possibilidade de existir alguma coisa existia?

Não!

O ÍNDIO ESTAVA ERRADO?

NÃO!

Enfim Alenônino, não é porque não percebemos possibilidades que elas não possam existir.
« Última modificação: 16 de Julho de 2006, 02:02:19 por Tarcísio »

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #133 Online: 16 de Julho de 2006, 02:01:46 »
Como eu disse antes, a teoria não foi embasada em cima da hipótese. A hipótese surgiu como uma necessidade (na época) da teoria, mas esta independia dela para estar correta.

A hipótese foi abandonada mas a teoria permanece a mesma, ela não mudou. Apenas foi descartada a necessidade de um meio de propagação.

Claro! Demorei, mas compreendi.

Contudo, isso não anula o fato de que foi considerada a hipótese da existência de algo que de fato não existia. E o caso só se desenrolou até aqui porque eu não sabia que o critério atual de que "as coisas não existem até que sejam provadas ou que haja indícios de suas existência" não englobava a época do ocorrido.

Penso que hoje a necessidade científica não pode mais justificar a hipótese de coisas inexistentes para não cair nos mesmos erros do passado. E isso justifica a negação da existência de tudo que não pode ser comprovado.

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #134 Online: 16 de Julho de 2006, 02:15:28 »
As duas coisas são auto-excludentes e não podem ser afirmadas na mesma época.

E você vem perguntar para mim, ainda estou tentando entender as coisas. Veja:

A doutrina aristotelica que afirmava ser a existência do vácuo uma impossibilidade física começou a ser experimentalmente refutada no século 17. Em 1644, Evangelista Torricelli (1608-1647) inventou o barômetro de mercúurio. Torricelli verteu mercúrio em um tubo de vidro que tinha uma das suas extremidades fechadas e depois, invertendo o tubo, mergulhou a extremidade aberta em um recipiente que também continha mercúurio. A coluna de mercúrio desceu deixando um espaço entre a superfície do líquido e a extremidade fechada do tubo. Torricelli sugeriu que este espaço, indubitavelmente destituído de matéria visível, também estava livre da presença de gases e que portanto um vácuo havia sido criado. Em 1657, Otto von Guericke (1602-1686), filóosofo natural e burgomestre de Magdeburgo, por meio de dois hemisférios ocos de cobre, uma bomba de ar e algumas parelhas de cavalos também demonstrou de modo espetacular ter obtido uma região do espaço sem matéria: o interior das esferas. A ausência de ar no interior permitia que a pressâo atmosférica externa mantivesse os hemisférios fortemente unidos, a ponto das arelhas de cavalos não conseguirem separá-los.

Fonte: Revista Brasileira do Ensino de Física: Intituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Há um longo trecho que explica rapidamente o conceito de vácuo desde a antiguidade até a Física Quântica. É aquele texto que comentei com você anteriormente.

Offline Hold the Door

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #135 Online: 16 de Julho de 2006, 02:22:51 »
As duas coisas são auto-excludentes e não podem ser afirmadas na mesma época.

E você vem perguntar para mim, ainda estou tentando entender as coisas.
Foi uma pergunta retórica, apenas para você notar que as duas idéias são incompatíveis.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Luz

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #136 Online: 16 de Julho de 2006, 02:33:19 »
Foi uma pergunta retórica, apenas para você notar que as duas idéias são incompatíveis.

Realmente eu não tinha notado  :stunned:, mas parece que foi isso mesmo, comparando as datas, as duas idéias estavam se desenrolando na mesma época, mesmo que incompatíveis.
« Última modificação: 16 de Julho de 2006, 03:48:36 por Luz »

blue pill

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #137 Online: 16 de Julho de 2006, 03:15:31 »
Gente, gente. Vocês estão começando a viajar.

Com os sentidos, podemos “perceber” as coisas. O problema é que esses sentidos nos são fornecidos por órgãos humanos e estes podem passar por indisposição ou estresse e fornecer dados errados.

A lógica é uma maneira de se obter dados que não são dependentes de sentimento algum para serem válidos ou não. Nesse caso, os sentimentos só nos serviriam para “perceber” esses dados lógicos.

É por isso que conseguimos analisar a presença de algo que normalmente não podemos perceber, como raios infra-vermelhos por exemplo. Usamos a lógica para analisar os efeitos indiretos causados por tais coisas e conjecturamos sua existência baseado em ferramentas para analisá-los. Com descobertas assim, podemos aprender usar tais coisas em nosso cotidiano, como para enviar dados a um aparelho de televisão por um controle-remoto por exemplo.

Se dependessemos exclusivamente dos nossos sentidos, não teríamos sequer aparelhos de TV ou rádio.

Além do mais, não existem só 5 sentidos. Isso é bobagem. Até parece que a fome e a tristeza não são sentidos.

tudo bem, que sejam mais sentidos..
mas eu DISCORDO do que voce disse..
nós só podemos detectar coisas a partir dos nossos sentidos..
até raios infra-vermelhos.. como, sem ter visao, audiçao, tato, oufato e paladar (ta certo?) voce conseguria detectar raios infra-vermelhos ? nao da pra detectar nada sem os sentidos oras..

pra detectar raios infra-vermelhos vc pode analizar o resultado de experimentos, mas e esses resultados, só entram no seu cerebro atravez dos sentidos..
« Última modificação: 16 de Julho de 2006, 03:17:07 por Blue Pill »

blue pill

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #138 Online: 16 de Julho de 2006, 03:20:42 »
só existe o que nossos sentidos sao capazes de detectar... isso esta claro pra mim des de muito tempo....
no fundo no fundo tudo só é detectado pelos sentidos humanos, e o que nao é, nao existe..
e se acha que existe, entao  isso é uma crença

Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #139 Online: 16 de Julho de 2006, 07:17:38 »
Já lhe expliquei em outro tópico a mesma coisa. Já lhe enviei MP, mandando o link do tópico que você simplismente se reservou ao direito de não responder. Já perguntei onde residia a dúvida. Agora você vem pra ca e impõe o mesmo posicionamento?

Vou tornar o exemplo ridículo de tão compreensível.

Um índio pelado de uma tribo litorânea do Brasil, sem conhecimento sobre návios ou nada que ande sobre a água conversa com um amigo:

_Rapaz, do outro lado dessa água salgada deve ter um monte de terra igual essa onde vivemos.

_Como você me inventa uma filha da putagem dessas? Só porque tu imaginou isso acha que existe? Mas que grandissíssimo egoismo de tua parte!

e se passaram... anos... décadas... séculos... milênios... até que os portugueses chegaram e comprovaram que o tal índio pelado, e egoísta não estava errado.

O maldito índio tinha qualquer tipo de percepção para compreender terra do outro lado do mundo?

Não!

O maldito índio recebeu um pombo correio que dava a entender aquilo?

Não!

O maldito índio tinha como provar que a possibilidade de existir alguma coisa existia?

Não!

O ÍNDIO ESTAVA ERRADO?

NÃO!

Enfim Alenônino, não é porque não percebemos possibilidades que elas não possam existir.

Tudo bem então. Vou explicar agora uma outra coisinha que deve ser levada em consideração.

Peguemos esse exemplo do índio. Ele está propondo algo completamente improvável? Não. A teoria dele é falseável, ou seja, bastaria pegar um barco ou um navio e navegar até o outro lado para buscar a resposta. Mesmo que ele não tivesse maneira de saber que havia terras do outro lado, o que ele está propondo não é nada extraordinário.

Quando você propõe coisas falseáveis (que podem ou não existir e que isso pode ser verificado), a resposta é alcançável. Se essa teoria for bastante plausível (não exigir nada de extraordinário), a chance de estar certo aumenta consideravelmente. É disso que estamos falando.

Não é porque não percebemos possibilidades que elas não possam existir. Mas essas possibilidades possuem um peso, um critério que a define como mais provável do que as outras. Não é qualquer possibilidade que devemos considerar ou esperar uma resposta positiva.

No caso da moeda no bolso, temos a falseabilidade (ou a moeda está ou não está no bolso, bastando olhar para confirmar) e a plausibilidade (precisa-se apenas de um bolso e uma moeda para formular a hipótese como verdadeira). Por isso ela pode ser levada em consideração pelas pessoas como sendo algo não só possível, mas até comum e corriqueiro.

Já no caso de Deus, nós não temos a falseabilidade (de acordo com os relatos, ele existe e pronto, e a ausência de manifestação indica apenas que ele não quer ser visto) e nem plausibilidade (para que Deus exista, é necessário que a primeira causa de tudo tenha sido imediatamente um ser inteligente e complexo, o que vai contra a lógica). Deus é uma idéia que não se sustenta, pois exigiria evidências extraordinárias para existir. Não deveria nem ser levado em consideração.

Podemos estar errados quanto aos exemplos acima? Claro. Mas nós temos também que ter em mente que não podemos ficar analisando tudo o que aparece pela frente. Mentir e inventar é muito fácil para qualquer um, e assim como muitos gastam seu tempo tentando buscar uma resposta ao caso de Deus, acabariam gastando tempo com dragões, fadas e duendes, pois estes são tão plausíveis quanto Deus e mereceriam a mesma atenção.

Será que tem tanto problema assim em poder estar errado? Se não, por que não chutar pro lado mais possível e ir colhendo as respostas que surgem?
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #140 Online: 16 de Julho de 2006, 07:35:06 »
tudo bem, que sejam mais sentidos..
mas eu DISCORDO do que voce disse..
nós só podemos detectar coisas a partir dos nossos sentidos..
até raios infra-vermelhos.. como, sem ter visao, audiçao, tato, oufato e paladar (ta certo?) voce conseguria detectar raios infra-vermelhos ? nao da pra detectar nada sem os sentidos oras..

pra detectar raios infra-vermelhos vc pode analizar o resultado de experimentos, mas e esses resultados, só entram no seu cerebro atravez dos sentidos..

Blue Pill, entenda o seguinte.

  • Existe a realidade. É um fato. É um axioma.
  • Existe a lógica, que é uma percepção objetiva da realidade e que independe dos sentidos.
  • Existem os humanos, com seus órgãos complexos que conseguem gerar sensações.
  • E existem os sentidos, que são as traduções dos dados informados pelos órgãos humanos.

Veja que a realidade não depende de absolutamente nada para existir. O que existe, existe e é isso e acabou.

O problema é que nós, como meros humanos, temos uma capacidade limitada de ver essa realidade. Nós vivemos e percebemos apenas um mundo tridimensional e a maioria das pessoas, as que enxergam, não enxergam todo o espectro de luz por exemplo, ou não conseguem perceber nada que esteja em outro ponto que não seja o de seu mundo tridimensional. Apesar de limitada, temos como ver parte da realidade.

A questão é que não devemos usar nossos sentidos para dizer o que é real ou não. Devemos usar a lógica, pois é a coisa mais perto da realidade que temos alcance. E a lógica, apesar de ser percebida pelos meios falhos dos humanos, quando é tratada sob seu meio (a lógica) pode nos dar uma resposta maior do que a que teríamos usando apenas os nossos sentidos.

Coisas como ondas de rádio ou feixes de luz infra-vermelhos, por exemplo, só foram descobertos pelas pessoas porque estas souberam (e conseguiram) “enxergar” além dos sentidos, usando ferramentas e observações lógicas. Sabemos que essas coisas existem pela maneira com que elas se comportam e afetam as coisas que podemos perceber. É como usar um pedaço de pau para alcançar uma manga no alto da árvore que você nunca alcançaria sozinho.

Então o que podemos fazer para conseguir cada vez melhores resultados? Devemos aperfeiçoar a lógica e a maneira com a qual lidamos com ela. Quanto melhor está a lógica humana, mais dados positivos ela consegue. A ciência, ou melhor, o método científico é a melhor maneira que conseguimos para obter dados sobre a realidade, com o máximo de acurácia até agora. Nada impede que achamos algo melhor ou a aperfeiçoamos (isso é o que vem sendo feito desde sempre, se for ver) mas não temos motivos nenhum para desprezá-la (seus dados se mostram bastante corretos).

É bem provável que a lógica nunca se estenda para toda a realidade. Mas não é isso que nos deve impedir de conseguir nossas respostas. Só precisa ter em mente o caminho que um dado da realidade passa até chegar aos nossos sentidos e que, se pular qualquer etapa, vai comprometer seu entendimento da realidade.
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Tarcísio

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #141 Online: 16 de Julho de 2006, 10:21:57 »
Já lhe expliquei em outro tópico a mesma coisa... Enfim Alenônino, não é porque não percebemos possibilidades que elas não possam existir.
Peguemos esse exemplo do índio. Ele está propondo algo completamente improvável?
Sim Alenônimo, para ele era completamente "infalseável"( não tinha a possibilidade de falsear )! Você só não conseguiu se colocar no lugar dele. Todo o resto do post era basiado nisso então não irei discuti-lo.
« Última modificação: 16 de Julho de 2006, 10:26:15 por Tarcísio »

Offline Barata Tenno

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #142 Online: 16 de Julho de 2006, 13:09:00 »
Já lhe expliquei em outro tópico a mesma coisa... Enfim Alenônino, não é porque não percebemos possibilidades que elas não possam existir.
Peguemos esse exemplo do índio. Ele está propondo algo completamente improvável?
Sim Alenônimo, para ele era completamente "infalseável"( não tinha a possibilidade de falsear )! Você só não conseguiu se colocar no lugar dele. Todo o resto do post era basiado nisso então não irei discuti-lo.



Pq era infalseavel para o indio?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #143 Online: 16 de Julho de 2006, 14:46:53 »
Já lhe expliquei em outro tópico a mesma coisa... Enfim Alenônino, não é porque não percebemos possibilidades que elas não possam existir.
Peguemos esse exemplo do índio. Ele está propondo algo completamente improvável?
Sim Alenônimo, para ele era completamente "infalseável"( não tinha a possibilidade de falsear )! Você só não conseguiu se colocar no lugar dele. Todo o resto do post era basiado nisso então não irei discuti-lo.


Tarcísio, não importa se ele tinha ou não a capacidade de falsear a hipótese. A hipótese é falseável e pronto. A resposta surge com certeza ao cruzar o Atlântico, sem nenhuma possibilidade de ficar criando desculpas para explicar porque não deu certo. Mesmo que eles não tivessem capacidade de averiguar, era uma hipótese plausível e podia ser deixada “de molho” até conseguirem falseá-la.

Uma teoria é falseável quando você tem uma resposta para a seguinte pergunta: O que acontece quando a hipótese formulada não é verdadeira?

Você tá pegando o espírito da coisa? É como se já tivesse uma “meia-resposta” antes de se ter a resposta, ou melhor dizendo, é o que lhe garante responder pelo menos “é provável”.
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Offline Diego

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #144 Online: 16 de Julho de 2006, 15:47:04 »
Citação de: Luz
Não quero te irritar, mas você vive me dizendo que não há motivos para acreditar em coisas que não existem. Que motivos havias para acreditar em algo, que hoje sabemos, comprovadamente que não existe? Se a coisa é Ciência, como todo mundo vive repetindo, "motivo" não é uma boa causa. E não havia nem indícios e nem evidências desse éter, apenas uma necessidade de explicar as coisas que a tecnologia da época não alcansava.
Traçando um paralelo, na pré-história Deus era necessário para explicar a existência dos relâmpagos, do Sol e da chuva, depois não era mais. Antes de Darwin Deus era necessário para explicar a origem das espécies, depois não era mais. Hoje em dia a ciência está mais evoluida que no século XVII, mas mesmo naquela época o éter era uma hipótese, não uma certeza científica, que foi abandonada. Assim como Deus já não é uma hipótese científica para explicar nada.

A unica coisa q os teistas fazem é brincar de esconde-esconde com deus.
sempre o colocam onde a ciencia ainda não chegou.
Atualmente ele está escondido antes do Big bang ou em outra possiveis dimensões.

Tarcísio

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #145 Online: 16 de Julho de 2006, 15:48:01 »
Pq era infalseavel para o indio?

Tarcísio, não importa se ele tinha ou não a capacidade de falsear a hipótese. A hipótese é falseável e pronto.

Citei os dois porque a resposta serve tanto a um quanto a outro.

Alenônimo novamente você está partindo de seus pressupostos não dos do índio. Você definiu a hipótese como falseável, pois "A resposta surge com certeza ao cruzar o Atlântico, sem nenhuma possibilidade de ficar criando desculpas para explicar porque não deu certo", mas para eles não existia nada disso! Cruzar o quê? Navegar? Que papo é esse? Não tinham conhecimento que tornasse a hipótese falseável.

Aí está o motivo da metáfora. Não era falseável para os índios com seus conhecimentos técnicos e percepções, assim como não é para nós com nossos conhecimentos técnicos e percepções a questão divina.
« Última modificação: 16 de Julho de 2006, 15:52:30 por Tarcísio »

Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #146 Online: 16 de Julho de 2006, 16:34:33 »
Pq era infalseavel para o indio?

Tarcísio, não importa se ele tinha ou não a capacidade de falsear a hipótese. A hipótese é falseável e pronto.

Citei os dois porque a resposta serve tanto a um quanto a outro.

Alenônimo novamente você está partindo de seus pressupostos não dos do índio. Você definiu a hipótese como falseável, pois "A resposta surge com certeza ao cruzar o Atlântico, sem nenhuma possibilidade de ficar criando desculpas para explicar porque não deu certo", mas para eles não existia nada disso! Cruzar o quê? Navegar? Que papo é esse? Não tinham conhecimento que tornasse a hipótese falseável.

Aí está o motivo da metáfora. Não era falseável para os índios com seus conhecimentos técnicos e percepções, assim como não é para nós com nossos conhecimentos técnicos e percepções a questão divina.

Como não? Mesmo que tivessem pouca imaginação, bastaria imaginar que poderiam nadar até o outro lado. Eles não precisam ter a capacidade de fazer a experiência para fazer suposições.

Aliás, é o que nós fazemos hoje para certas coisas que não podemos buscar ainda uma resposta. A diferença entre isso e imaginar que existe um Deus é que a hipótese de Deus não é falseável de nenhuma maneira.

Quando algo não é falseável, por qualquer motivo, então não tem chance nenhuma de ser verdadeiro. Se a chance é zero, devemos descartar a priori. Caso contrário, aí sim podemos falar em possibilidades, se existe ou não e tentar fazer as experiências para buscar a resposta.
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Tarcísio

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #147 Online: 16 de Julho de 2006, 16:44:48 »
Bastaria imaginar que poderiam nadar até o outro lado.

Eu não disse que eles tinham conhecimento sobre natação.

A diferença entre isso e imaginar que existe um Deus é que a hipótese de Deus não é falseável de nenhuma maneira.

Do seu ponto de vista? Claro que é falseável, basta que "nademos" até o "outro lado", simples assim. Infelizmente não sabemos como e para onde nadar.

Offline Alenônimo

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #148 Online: 16 de Julho de 2006, 17:06:22 »
Bastaria imaginar que poderiam nadar até o outro lado.

Eu não disse que eles tinham conhecimento sobre natação.

Tá zoando com a minha cara, não é? O que eu estou dizendo é que não importa o método que se use para ver o que tem do outro lado. A teoria é de que existe algo por lá e que é possível, nada de extraordinário. Não exige flutuação de continentes nem nada!

A diferença entre isso e imaginar que existe um Deus é que a hipótese de Deus não é falseável de nenhuma maneira.

Do seu ponto de vista? Claro que é falseável, basta que "nademos" até o "outro lado", simples assim. Infelizmente não sabemos como e para onde nadar.

Não inventa. A idéia de Deus não é falseável por causa de seus atributos especiais. Um deles é o de que ele não é material, então não adiantaria procurar pelo universo. Se não adiantaria procurá-lo, como saber se ele realmente existe? Não há evidência alguma.

Para a idéia de Deus ser falseável, precisa haver algo que precisa ser constatado para ser verdadeiro ou falso, mas todas as vezes que se discute sobre sua existência, qualquer tentativa de buscar uma constatação é afastada por um atributo que impediria essa constatação. Você leu o Dragão na Garagem? Viu como o crente tinha resposta para explicar cada um dos motivos pelos quais não se podia achar o dragão? É exatamente o que ocorre com Deus!

Pelo amor do São Google, diz que entendeu!
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Offline HSette

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Re: Clube Cético, Clube Ateu ou Clube Teísta (...)?
« Resposta #149 Online: 16 de Julho de 2006, 17:30:21 »
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Eu não disse que eles tinham conhecimento sobre natação.

 :histeria:
Aí não vale, né.
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

 

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