eu acho que essa de "eu sou dono do espermatozoide" é uma piada. Não entendo como se pode defender uma coisa dessas.
Acho que pode ser combinado em particular e etc e tal, de algo diferente, mas judicialmente, deveria ser totalmente da mulher a decisão, não podendo um cara duma one-night-stand de repente resolver unilateralmente ter um filho quando eventualmente ficasse sabendo ou suspeitasse que engravidou alguém.
Um espermatozóide é algo infinitamente mais sem valor que levar uma gravidez até o fim... o espermatozóide era dele, dane-se. É uma fração milesimal de uma porr*, p*rra. É meio como querer forçar uma pessoa a ter uma doença viral ou bacteriana porque eu contagiei, os germes eram meus, então ela não pode fazer tratamento antibiótico ou contra os sintomas.
Mas ao mesmo tempo, também não defenderia o inverso; a mulher decidir engravidar e o cara ter uma obrigação legal de sustentar e etc e tal.
Além de ser igualitário - qualquer um não tem poder sobre o outro, de não considerar implicitamente a mulher como uma anta/ser inocente e seduzível que não sabe que está engravidando, acho que isso faria com que as mulheres tomassem mais cuidado com gravidezes indesejadas do que a situação atual, porque, teoricamente, para ela não teria problema, mas na realidade os caras podem muitas vezes sumir do mapa.
Aí imagino que se a coisa fosse toda legalmente por conta delas, já que o útero é delas, elas que engravidam, etc... acho que o "golpe da barriga" seria mais raro. Ao mesmo tempo, por outro lado, possivelmente haveriam mais caras menos preocupados com isso, mas como eu disse, acho que nem tanto...
De qualquer forma, a coisa não mudaria tanto, mesmo assim, pelas pessoas se sentirem compelidas moralmente a assumir a responsabilidade e tal. Ou compelidos por um trabuco do pai da moça.
Sei lá, acho que dessa forma fica mais igualitario e não assume que as mulheres sejam meio "tontas" incapazes de saber o que fazem, jogando a gravidez nas costas do cara, ao mesmo tempo em que o cara não teria o poder para mandar na vida de uma mulher, pelos motivos mais insanos e controladores que tiver, e de criar mais uma no processo, por ser legalmente dono de uma *orra/100 000 000.
A coisa seria menos sob a visão de "precisa-se dois para fazer um bebê", e mais "cada um é dono de si e sabe o que está fazendo".