A maioria das pessoas, senão todas elas, têm suas próprias crenças, opiniões e até mesmo convicções, algumas vezes. Tudo muito natural, muito humano.
Corcordo, e incluo nestas crenças a crença na possibilidade de deus existir, que também pode ser definida como a crença da descrença, ao alegar que algúem que dúvida de deus, dúvida da sua existência, mas pensa erroneamnete que não carraga uma crença consigo.
O agnóstico é aquele que carrega ao lado de tudo isso a certeza de que pode estar enganado.
Pode estar enganado menos quanto a possibilidade de existir algum deus. E ter certeza de estar enganado é um argumento circular, pois pode estar engando quando a esta certeza.
Não por estar em cima do muro, como muitos gostam de afirmar, mas apenas por uma questão de reconhecer nossas próprias limitações, tanto pessoais quanto coletivas.
Entender as limitações cognitivas da espécie humana facilita entencer a criação de mitos e fazer a distnção entre mitologia e realidade. O conceito atual de deus faz parte da evolução dos conceitos mitológicos do passado, e que tem grande herança da religião. Aceitar a possibilidade de deus existir e dizer que é científico poderia ser provado facilmente mostrando uma publicação científica em que encontra tal hipótese, pois a ciência, mais especificamente a astronomica, tem um ramo que estuda a origem, a estrutura e a evolução do universo.
Estaria a cosmologia errada? Ou a possibilidade da existência de deus não é uma hipótese plausível?
Eu entendo que esta hipótese da possibilidade é descartada fácilmente com o princípio lógico da Navalha de Occan aplicado a cosmologia.
E nada mais honesto, afinal nos enganamos mesmo, muito e com facilidade.
Assim como penso que não tem nada mais honesto que a admissão de que estamos diante de um mito moderno, e o que nos separa dos mitos antigos é o tempo apenas.
Temos conhecimento sim, temos Filosofia e Ciência, mas também temos muita ignorância ainda por ser suprida. E temos uma incrível capacidade de moldar as coisas como gostaríamos que elas fossem, confundindo muitas vezes conhecimento com crenças. E temos também a terrível mania de não reconhecer isso.
Concordo plenamente, e descartar a história da religião e da mitologia para se apoia na crença da possibilidade de deus existir está entre estas manias.
Não se trata de suspender o raciocínio, como muitos acreditam, mas apenas a obrigação de ter que saber tudo o tempo todo, ter sempre uma opinião definitiva, principalmente sobre aquilo que não podemos ter certeza.
Oras, podemos ter certeza de muitas coisas na vida humana, a ciência tem muitas certezas. Não podemos justificar a crença na possibilidade através da crença de que não podemos ter certeza sobre este assunto.
Antes de Darwin não podiamos ter certeza da evolução humana como responsável pelo surgimento da espécie humana, hoje a ciência tem certeza disso. Agora a mitologia que ainda não abandonou ainda a crença de que deus criou o homem, se afirma na crença de que deus criou o universo. É o mito do criador, muito conhecido para justificar o desconhecido, sendo assim deus assume o arquétipo da ignorancia (desconhecido).
E sobre deus não podemos ter certezas.
Podemos sim, como pode provar que deus não é invenção humana? Dizendo que estou invertendo o ônus da prova como já disseram aqui?
E sobre os duendes, fadas e gnomos, não podemos? − alguns perguntam. Não – eu respondo – não podemos, mas pelo conhecimento que possuímos sobre tudo aquilo que cerca esses mitos, damos pouca ou nenhuma importância ao tema.
Vale o mesmo raciocínio pois são lendas e não tem nenhum embasamento na realidade. Assim como a tão defendida possibilidade de deus existir.
E por que com deus seria diferente? – Eles insistem. Mas dessa vez, peço que Sagan, mais uma vez, responda por mim. Não por querer me utilizar de um argumento de autoridade, já que no assunto deus, ninguém é mais autoridade, mas por se tratar de um ótimo argumento:
Veremos, Sagan é sempre muito citado e pairam dúvidas sobre seu pensamento.
Aqueles que levantam questões sobre a hipótese de Deus e a hipótese da alma não são de modo nenhum ateus. Um ateu é alguém que tem a certeza de que Deus não existe, alguém que possui provas convincentes contra a existência de Deus.
Eu considero as religiões e a mitologia como evidências de que deus é mais um mito, um conceito que não representa um ser real, como tantos outros existêntes da história humana.
Não conheço nenhuma dessas provas convincentes. Porque Deus pode ser relegado para tempos e lugares remotos e para causas finais, teríamos de saber bastante mais do que sabemos sobre o Universo para ter a certeza de que Deus não existe.
É um argumento falacioso pois traz a crença de que é possível algum deus nos confíns do universo, e trata da sua premissa como conclusão.
Estarmos certos da existência de Deus e estarmos certos da inexistência de Deus parecem-me ser os extremos confiantes num assunto tornado tão misterioso pela dúvida e pela incerteza que inspira na verdade muito pouca confiança.
Dúvida de Sagan e de Huxley, mas posso citar inúmemos pensadores e cientístas que consideram que o assunto não tem nada de misterioso e o assunto deus só existe por existir a crença em tal deus, como Holbach, Feuerbach (antropologia), Sartre, Marx, entre outros mais e atualmente temos três que se destacam: Dawkins, Dennett e Sam Harris, e vale lembrar que Dawkins expões o conceito de meme no qual deus e as religiões são vistos como conjuntos de memes.
Parece admissível uma larga gama de posições intermédias e, considerando as enormes energias emocionais investidas no assunto, um espírito aberto, corajoso e inquisitivo (Cético/agnóstico – como entendo) parece ser a ferramenta essencial para estreitar a gama da nossa ignorância coletiva sobre o tema da existência de Deus.[/i]
O pai do ceticismo científico defendendo o agnosticísmo!
Caiu no meu conceito em relação ao ateísmo. :'(
Ciências da Religião é de fato uma matéria muito interessante e que têm suas próprias ferramentas, mas ela trata, como o próprio nome diz, das religiões.
Não necessáriamente, temos uma tese de doutorado sendo desenvolvida no Brasil no intuito de saber mais sobre os sem-religião, e que já citei aqui no fórum. Além de existir um livro sobre O ateísmo antropológico de Feuerbach resultado de uma tese de mestrado em filosofia de Draiton Gonzaga de Souza.
Deus e religiões são assuntos distintos.
Mas é um tema religioso, sendo que é possível estudar o ateísmo e o deísmo que não são religiões.
Porque é possível que exista deus (ou não) mesmo que não existissem religiões.
Não é possível devido deus ser criação humana. A antropologia contribui muito com o esclarecimento dotema e Feuerbach o fez com maestria.
Porque existem religiões ateístas.
O que pode ser questionado também, pois elas acreditam na possibilidade de deus, e existem deuses em suas crenças, mas não toma o escopo central, podendo ser classificadas como agnósticas.
E porque existem, inclusive, teístas que não são religiosos. As duas coisas não são de modo algum interdependentes, embora, muitas vezes estejam interligadas.
São resultados de uma cultura religiosa em detrimento da divulgação científica.
E para concluir: o agnóstico não precisa ser necessariamente aquele que acredita ser deus incognoscível, pode ser apenas alguém que acredita que ainda não é possível saber se deus existe ou não.
Concordo e penso ser exatamente isso, e extendo que alguns, como foi o caso do seu texto, querem estenter está dúvida como sendo da humanidade. É o que eu considero o erro do agnosticismo e acaba ocorrendo um "proselitismo" agnóstico, que é este que alguns me tratam com indignação ao duvidar da crença na possibilidade. Alguns tratam o ateu convicto como fanático e proselitista por ter concluido que a existência de deus é falsa.
Toda a nossa Ciência e Filosofia ainda não conseguiram trazer uma resposta definitiva a essa pergunta, mas talvez possam um dia.
Penso diferente e através da filosofia e ciência, que obtive a resposta e vendo que tal tema já foi há muito tempo esclarecido com pensadores anteriores a nossa época. Por isso cito Holbach constantemente por nutrir adimiração para com a sua ousadia, onde seu livro sobre à crítica a religião "O sistema da natureza", também considerado a bíblia ateísta, foi lançado fora da Alemanha e com um pseudônimo.
Para muitos é uma resposta importante, para outros, nem tanto.
É onde penso que reside a dúvida, no desinteresse pelo tema.
Uma prova sobre o tema certamente traria profundas mudanças para a vida de muitos, mas para alguns seria apenas um conhecimento adicional – que ainda não possuímos.
Para mim a literatura que temos sobre o ateísmo e sobre deus, religião e mitologias permitem a conclusão do assunto. A crença da possíbilidade seria facilmente eliminada por um conhecimento mais amplo sobre o tema, ao invéz das acusações de crença da descreça, poderiam entender que dizer que deus não é possível existir é uma conclusão lógica através de um estudo crítico do tema.
Conhecimento se refere aquilo que conhecemos, todo o resto são apenas crenças, que podem estar certas, mas também podem estar totalmente erradas, embora pareçam lógicas.
Assim como a sua conclusão de que não podemos saber se deus existe ou não parece lógica, mas é um engodo agnóstico.
Deduzir não é comprovar.
É a base do pensamento crítico.
Convencer também não.
Concordo seu texto foi bem convincente, mas não prova que a possibilidade da existência de deus não passa de uma crença.
E sobre deus podemos deduzir e nos convencer, mas não podemos comprovar o que acreditamos.
Concordo, os agnósticos que sustentam a possíbilidade da existência de deus não podem comprovar tal possibilidade.
Não que isso faça alguma diferença a não ser pelo fato de ser a verdade (o que por si só deveria fazer toda a diferença).
Concordo e por isso gosto do tema.
Se alguém puder comprovar que deus existe/inexiste que o faça.
A dúvida da conclusão do tema é mais enraigada que qualquer crença. É na verdade a maior crença.
Do contrário o mais sensato é além das próprias crenças sobre o assunto, manter-se aberto a possibilidades.
Concluir um assunto não faz com que esteja acabado a pesquisa, Darvim concluiu a evolução e ainda hoje muitas pessoas negam. Se ainda existe essa resistencia a origem da vida quem dira quanto a origem do universo, mas eu fico com a cosmologia que já descartou a hipótese deus devida a sua infantilidade, nas palavras de Feuerbach.
Convicções sobre assuntos duvidosos não são lá atitudes muito condizentes com a lógica.
Mas mesmo assim o agnosticismo conclui que é impossível existir uma resposta e se cega para o óbvio.