Autor Tópico: [Dividido] Agnosticismo  (Lida 36610 vezes)

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blue pill

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #150 Online: 16 de Junho de 2007, 11:06:07 »
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Eu não tenho desconhecimento de deus, tenho conhecimento sobre a sua origem através da antropologia. O crente ignora esse conhecimento pois é afetado por esse fenômeno sem ententer a sua gênese.
Não tem desconhecimento de deus ? Então você conhece ele ?
Deus é exatamente isso que você pensa quando fala deus, se é uma criatura que "não existe", então ele é isso pra você, ué.
Se deus não existisse, como você poderia estar falando dele, afinal ele não existe, e o que não existe não pode existir em nenhuma forma, nem mesmo em forma de palavras ou dialética, nem em forma de pensamento.
Dessa forma eu digo, esse deus do qual estamos falando existe, porque só assim poderiamos estar falando dele, seja esse deus um falso criador, existe porque o "falar dele" lhe dá o carater de existência.
Se falamos, ele existe, existe em fala.

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O conhecimento científico é o mais aproximado da realidade e por isso tem a credibilidade da sociedade além dos avanços socioeconomicos proporcionados pela ciência.

"O conhecimento científico é o mais aproximado da realidade". De qual realidade? O conhecimento ciêntífico é mais aproximado que MEU conhecimento? Como eu poderia afirmar isto? É negar a própria vivência, negar a própria vida e as próprias experiências. Isso é jogar o direito de decidir o que é verdade, deixa de ser a minha razão, o meu intelecto, mas agora a verdade é aquilo que um suposto "grupo" (que não existe) descobridor de coisas, os ciêntístas.


Offline Barata Tenno

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #151 Online: 16 de Junho de 2007, 11:07:19 »
  <_< :olheira::zzz::zzz: :zzz: :zzz:
:bandido: :comando: :capitao-pirata: :bate: :spam: :cadeira: :ar15: :britadeira: :ordem: :palavrao: :evil: :demente:

Para……… olha os argumentos do Pill…… Vê se não sono…… Não da nem pra debater…. é a mesma coisa que conversar com bêbado…
São questões relativas a epistemologia, é uma área de meu interesse também. Não pode criticar simplesmente por não gostar do assunto.

Olha a pergunta adriano........... "O conhecimento é possivel?".................Conhecimento sobre o que?

"E depois desenvolver isso e concluir: Eu tenho mais conhecimento que um crente." Conhecimento sobre o que?

Não é questão de gostar do assunto ou não......... é que isso não é um assunto..........

É igual conversar com bicho-grilo no pé da cachoeira..........
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

blue pill

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #152 Online: 16 de Junho de 2007, 11:24:42 »
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"O conhecimento é possível?"………… Que pergunta é essa?pergunta imbecil……… Leia a definição de  conhecimento e vai entender o porque da pergunta ser imbecil…… Aliás, só de estarmos conversando em portugues mostra que o conhecimento é possível, qualquer dado que a mente absorve é conhecimento……

Ta bom barata tenno, você está certo, você FINALIZOU a epistemologia, ela agora não precisa ser mais estudade, não é mais objeto de estudo, virou uma constante universal, uma verdade absoluta e divina, e você se tornou divino pois você que teve essa REVELAÇÂO, assim você para de se intrometer na minha discussão com o Adriano ?



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Mas é claro que o conhecimento é possível, quem nega essa possibilidade de forma absoluta é o ceticismo pirrônico.
Tudo bem.. você afirma que "O conhecimento é possível", então me diz, onde está ele ?, como ele é ?, de que ele consiste ? Qual é a possíbilidade dele ?
Tente observar profundamente essa proposição "O conhecimento é possível", ela por si só, não pode trazer consigo o "direito" de ser verdade, porque ela ja diz que o conhecimento ele é possível, ou seja, tem possíbilidades de ser, mas não que ele É, ele PODE ser.
Se o conhecimento PODE ser, ele PODE, então porque ele é seu ? Porque o que você fala, e não o que um crente fanático quando diz que conversa com deus, porque o SEU conhecimento É o verdadeiro, e não o do crente fanático ?

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Exatamente, pois o crente desconhece os mecanismo culturais que criaram a religão e a crença. Portanto não tem conhecimento e sim um dogma.

Você ta dando um exemplo xulo, que crente é esse ? Você deve estar falando dos erros lógicos de um crente BEM imbecil, mas não é desses os crentes que eu me interesso, eu me interesso pelo conhecimento dos crentes como Espinosa, Schopenhauer, até os antigos Descartes, Sócrates...
Você ta pegando uns crentes imbeciis pra refutar, isso é deveras fácil não é ?
Agora, esses filosofos que defenderam e argumentaram um deus, você acha que eles não tem conhecimento do que é um dogma ?

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Pela premissa existêncialista que confere a existência o valor primeiro. Eu existo, você existe. Não me faça igual o Rod Infity que queria que eu provasse para ele a minha existência. Acho que ele pensava que estava falando com um fantasma ou espírito.
Segundo o existêncialismo a própria existência é o valor primeiro, tudo bem, e segundo outras linhas, que o valor primeiro é um deus, você desconsidera elas totalmente ?

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Essa premissa é comum a todos que existem. É absoluta.

Não pode ser, porque se fosse comum a todos, todos achariam que a verdade absoluta existe.
No entanto, existem pessoas que acham que não existe uma verdade absoluta.

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Por essa premissa não é um revelação e podemos basear nosso conhecimento em torno disso.
Qual premissa ?

blue pill

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #153 Online: 16 de Junho de 2007, 11:33:04 »
  <_< :olheira::zzz::zzz: :zzz: :zzz:
:bandido: :comando: :capitao-pirata: :bate: :spam: :cadeira: :ar15: :britadeira: :ordem: :palavrao: :evil: :demente:

Para……… olha os argumentos do Pill…… Vê se não sono…… Não da nem pra debater…. é a mesma coisa que conversar com bêbado…
São questões relativas a epistemologia, é uma área de meu interesse também. Não pode criticar simplesmente por não gostar do assunto.

Olha a pergunta adriano……. "O conhecimento é possivel?"…………Conhecimento sobre o que?

"E depois desenvolver isso e concluir: Eu tenho mais conhecimento que um crente." Conhecimento sobre o que?

Não é questão de gostar do assunto ou não…… é que isso não é um assunto……

É igual conversar com bicho-grilo no pé da cachoeira……

Ow barata tenno, porque você não se dirige a MIM ? Você ta me criticando pra outra pessoa, você não passa de um fofoqueiro e medroso.

Se você acha imbecil a pergunta "O conhecimento é possível", então vá concluir a epistemologia e para de se intrometer na discussão porque ela ta bem melhor com o Adriano do que com você, desculpa a sinceridade...


:histeria: Tem q rir pra não chorar


Luz

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #154 Online: 16 de Junho de 2007, 11:46:29 »
Citação de: Adriano

Citação de: Luz
Citação de: Barata Tenno
Num julgamento temos dois tipos de sentença…… Culpado, caso haja evidencias e inocente, caso não exista nenhuma…… Diagmos que o teísmo é o culpado e o ateísmo é o inocente……. O que é o agnosticismo?


O agnosticismo é o corpo de jurados, mas como não foram apresentadas provas, o ceticismo, que é o Juiz desse caso, mandou suspender o julgamento:lol:
O corpo de jurados é composto por leigos e dependendo da artimanha do advogado teísta pode enganar facilmente os jurados que deixam impunimente a crença teísta apesar de todas as evidências apresentadas.

Sim, o corpo de jurados (agnóstico) pode ser leigo, por isso existe o perito (Ciência) e o Juiz (ceticismo) - a sentença não é um tiro no escuro, uma aposta, uma crença - é a conclusão de um processo, mas sem provas não é possível proferí-la.  :P

blue pill

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #155 Online: 16 de Junho de 2007, 11:57:20 »
O ceticismo não é o juiz para todos, ele é o juiz para quem usa o ceticismo para julgar.
E quem usa um outro, como por exemplo a experiência empírica como metodo, o juiz é a experiência empírica.

Não tem muito porque discutir quem é o juiz, o juiz é qualquer coisa e qualquer coisa pode ser juiz.

Luz

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #156 Online: 16 de Junho de 2007, 12:06:42 »
O ceticismo não é o juiz para todos, ele é o juiz para quem usa o ceticismo para julgar.
E quem usa um outro, como por exemplo a experiência empírica como metodo, o juiz é a experiência empírica.

Não tem muito porque discutir quem é o juiz, o juiz é qualquer coisa e qualquer coisa pode ser juiz.

É verdade que qualquer coisa pode servir como juiz, teoricamente, mas... temos algumas regras estabelecidas socialmente - por isso, os juízes de tribunais são pessoas que estudam e se especializam na área - não é qualquer um que pode sentar lá e bater o martelo, não é verdade?

A Ciência não é tão rígida assim - você não precisa ter uma especialização para propor uma teoria, precisa apenas de uma teoria - mas existem critérios de julgamento, não é verdade? E na Ciência, um desses critérios é o ceticismo.

Offline Mauricio Rubio

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #157 Online: 16 de Junho de 2007, 12:59:01 »
Que discussão chata !

 :lazy: :lazy: :lazy: :lazy: :lazy: :lazy: :lazy: :lazy: :zzz: :zzz: :zzz: :z: :z: :z: :z:
"Para quem a agitação não existe,
e para quem ser/existir e não ser/existir
    estão superados,
ele é alguém – que está além do medo,
        feliz,
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a quem os devas não podem ver"

Buda Sakyamuni

Offline Adriano

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #158 Online: 16 de Junho de 2007, 13:16:55 »
Citação de: Adriano

Citação de: Luz
Citação de: Barata Tenno
Num julgamento temos dois tipos de sentença…… Culpado, caso haja evidencias e inocente, caso não exista nenhuma…… Diagmos que o teísmo é o culpado e o ateísmo é o inocente……. O que é o agnosticismo?


O agnosticismo é o corpo de jurados, mas como não foram apresentadas provas, o ceticismo, que é o Juiz desse caso, mandou suspender o julgamento:lol:
O corpo de jurados é composto por leigos e dependendo da artimanha do advogado teísta pode enganar facilmente os jurados que deixam impunimente a crença teísta apesar de todas as evidências apresentadas.

Sim, o corpo de jurados (agnóstico) pode ser leigo, por isso existe o perito (Ciência) e o Juiz (ceticismo) - a sentença não é um tiro no escuro, uma aposta, uma crença - é a conclusão de um processo, mas sem provas não é possível proferí-la.  :P
O que não faltas são provas e evidências para a comprovação do ateísmo, que através da convocação de um perito no assunto cultural, a antropologia, demonstra uma prova pericial e dá causa ganha para o ateísmo, demonstrando assim a justiça do ceticismo científico.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Luz

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #159 Online: 16 de Junho de 2007, 13:44:44 »
O que não faltas são provas e evidências para a comprovação do ateísmo, que através da convocação de um perito no assunto cultural, a antropologia, demonstra uma prova pericial e dá causa ganha para o ateísmo, demonstrando assim a justiça do ceticismo científico.

Ué, mas então a questão está resolvida. Nos apresente as provas periciais que a antropologia possui e deixe que elas falem por si mesmas.  :)

Offline Adriano

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #160 Online: 16 de Junho de 2007, 14:13:37 »
O que não faltas são provas e evidências para a comprovação do ateísmo, que através da convocação de um perito no assunto cultural, a antropologia, demonstra uma prova pericial e dá causa ganha para o ateísmo, demonstrando assim a justiça do ceticismo científico.

Ué, mas então a questão está resolvida. Nos apresente as provas periciais que a antropologia possui e deixe que elas falem por si mesmas.  :)
Primeiro eu tenho que ensinar os leigos como é o funcionamente das ciências humanas, que também são ciências naturais, pois estudam o homem que faz parte da natureza tanto quando qualquer outro ser vivo ou qualquer objeto.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Luz

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #161 Online: 16 de Junho de 2007, 14:24:46 »
O que não faltas são provas e evidências para a comprovação do ateísmo, que através da convocação de um perito no assunto cultural, a antropologia, demonstra uma prova pericial e dá causa ganha para o ateísmo, demonstrando assim a justiça do ceticismo científico.

Ué, mas então a questão está resolvida. Nos apresente as provas periciais que a antropologia possui e deixe que elas falem por si mesmas.  :)
Primeiro eu tenho que ensinar os leigos como é o funcionamente das ciências humanas, que também são ciências naturais, pois estudam o homem que faz parte da natureza tanto quando qualquer outro ser vivo ou qualquer objeto.

Ahhh é verdade! Vai ter que ensinar MESMO! Pode começar quando desejar - PRESENTE!  ::)

Offline Fabi

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #162 Online: 16 de Junho de 2007, 14:25:29 »
 :hein: Não sei qual é o problema do Blue Pill com o ceticismo...
Ceticismo é diferente de pseudo-ceticismo...olhe o que a Wikipedia diz:
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O termo pseudo-cetismo ou ceticismo patológico é usado para denotar as formas de ceticismo que se desviam da objetividade. A análise mais conhecida do termo foi conduzida por Marcello Truzzi que, em 1987, elaborou a seguinte conceituação:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos"

Em sua análise, Marcello Truzzi argumentou que os pseudo-céticos apresentam a seguinte conduta:

- A tendência de negar, ao invés de duvidar.
- Utilização de padrões de rigor acima do razoável na avaliação do objeto de sua crítica.
- A realização de julgamentos sem uma investigação completa e conclusiva.
- Tendência ao descrédito, ao invés da investigação.
- Uso do ridículo ou de ataques pessoais.
- A apresentação de evidências insuficientes.
- A tentativa de desqualificar proponentes de novas idéias taxando-os pejorativamente de 'pseudo-cientistas', 'promotores' ou 'praticantes de ciência patológica'.
- Partir do pressuposto de que suas críticas não tem o ônus da prova, e que suas argumentações não precisam estar suportadas por evidências.
- A apresentação de contra-provas não fundamentadas ou baseadas apenas em plausibilidade, ao invés de se basearem em evidências empíricas.
-A sugestão de que evidências inconvincentes são suficientes para se assumir que uma teoria é falsa.
- A tendência de desqualificar 'toda e qualquer' evidência.
O termo pseudo-ceticismo parece ter suas origens na filosofia, na segunda metade do século 19.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ceticismo
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Adriano

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #163 Online: 16 de Junho de 2007, 15:09:52 »
O que não faltas são provas e evidências para a comprovação do ateísmo, que através da convocação de um perito no assunto cultural, a antropologia, demonstra uma prova pericial e dá causa ganha para o ateísmo, demonstrando assim a justiça do ceticismo científico.

Ué, mas então a questão está resolvida. Nos apresente as provas periciais que a antropologia possui e deixe que elas falem por si mesmas.  :)
Primeiro eu tenho que ensinar os leigos como é o funcionamente das ciências humanas, que também são ciências naturais, pois estudam o homem que faz parte da natureza tanto quando qualquer outro ser vivo ou qualquer objeto.

Ahhh é verdade! Vai ter que ensinar MESMO! Pode começar quando desejar - PRESENTE!  ::)

Tudo começa com a terceira fase de Popper, em que ele elabora o método de análise situacional para aplicação na economia, a principal ciência humana, mas o método serve para todas as demais. Tem outros métodos mas quero focar nesse pois a economia é a que mais tem comprovação histórica. Além de ser a mais racional e objetiva.

O meu texto de refência é um trabalho apresentado no V Congresso Brasileiro de História Econômica
e 6ª Conferência Internacional de História de Empresas
e o link:

http://www.abphe.org.br/congresso2003/Textos/Abphe_2003_12.pdf


Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Luz

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #164 Online: 16 de Junho de 2007, 16:23:09 »
Tudo começa com a terceira fase de Popper, em que ele elabora o método de análise situacional para aplicação na economia, a principal ciência humana, mas o método serve para todas as demais. Tem outros métodos mas quero focar nesse pois a economia é a que mais tem comprovação histórica. Além de ser a mais racional e objetiva.

O meu texto de refência é um trabalho apresentado no V Congresso Brasileiro de História Econômica
e 6ª Conferência Internacional de História de Empresas
e o link:

http://www.abphe.org.br/congresso2003/Textos/Abphe_2003_12.pdf

Porém, quando trabalha com as ciências sociais especificamente, Popper elabora um método, denominado de análise situacional, como sendo o método objetivo para tais ciências.

Neste novo método, por sua vez, estabelece o princípio de racionalidade para excluir toda e qualquer característica psicológica das análises acerca das diferentes situações dos indivíduos.


Pois bem, então vamos começar partindo do princípio de racionalidade – proposto por Popper – excluindo toda e qualquer característica psicológica das análises das diferentes situações dos indivíduos, quais são as provas periciais que a antropologia tem a nos oferecer, que possam falar por si mesmas?

Offline Adriano

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #165 Online: 16 de Junho de 2007, 17:15:42 »
Porém, quando trabalha com as ciências sociais especificamente, Popper elabora um método, denominado de análise situacional, como sendo o método objetivo para tais ciências.

Neste novo método, por sua vez, estabelece o princípio de racionalidade para excluir toda e qualquer característica psicológica das análises acerca das diferentes situações dos indivíduos.

Pois bem, então vamos começar partindo do princípio de racionalidade – proposto por Popper – excluindo toda e qualquer característica psicológica das análises das diferentes situações dos indivíduos, quais são as provas periciais que a antropologia tem a nos oferecer, que possam falar por si mesmas?


O método da análise situacional mostra a possibilidade de um método puramente objetivo (método compreensivo-objetivo).

Tal método consiste na análise da situação do indivíduo, na busca de explicar a ação a partir da situação.

Assim eu entendo que Feuerbach tenha aplicado o método da análise situacional em sua antropologia, até mesmo pelas características que definem a ciência antropológica. Para este filósofo, a pergunta mais importante é saber como nasceu a religião(1). Foi aluno de Hegel e usou o seu argumento do antropomorfismo (1).

A situação observada por ele foi a religião de seu tempo, em que ele teve um contato muito grande, tendo estúdos teológicos e compreedendo a doutrina cristã. Assim o seu método genético-crítico em muito se parece com o método compreensivo-objetivo. Pois Popper também utiliza o argumento genético para embasar o racionalismo crítico na sua comparação dos organismos indo do mais simples a ameba, até o mais sofisticado, Einsten.

Esse é o principal ponto de interligação entre as duas teorias e que justifica a análise de Feuarbach como racional e válida cientificamente. Lembrando que a demonstração de interligação entre teorias semelhantes é um método também utilizado em história, e como exemplo utilizo a tese de mestrado intitulada O materialismo radical de Holbach e a química moderna.

Sobre a importância e a profundidade da obra de Feuarbach, é relevante ressaltar a tese de mestrado O ateísmo antropológico de Ludwig Feuerbach por Draiton Gonzaga de Souza, segue o link de seu currículo lattes, que informa a continuidade de sua pesquisa do doutorado com o título  Zur Ethik Ludwig Feuerbachs

Agradeço a oportunidade de poder discutir seriamente o tema, e fico no aguardo das críticas.
« Última modificação: 16 de Junho de 2007, 17:22:13 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Luz

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #166 Online: 16 de Junho de 2007, 18:16:13 »
(1). A crítica da religião par excellence saiu da pena de Ludwig Feuerbach (1804-1874) que é hoje em dia considerado como o mentor espiritual do “ateísmo moderno” o qual se exprime na sua famosa obra Das Wesen des Christentums. Feuerbach foi aluno de Hegel e usou o seu argumento do antropomorfismo, sublinhando, porém, uma grande diferença. Para este filósofo, a pergunta mais importante é saber como nasceu a religião. Para responder a esta pergunta, Feuerbach desenvolveu o método “genético-crítico”. A diferença fundamental entre o homem e o animal consiste no facto de que o animal está regulado instintivamente, enquanto o homem tem consciência e pode assim refletir sobre si próprio. Mas a consciência ultrapassa as fronteiras do eu e tende também a compreender o mundo, dirigindo-se assim para o infinito. Aqui se funda a religião, contudo, o problema consiste no facto do homem separar o infinito de si próprio. Visto assim, a religião nasce num processo de projeção. Uma experiência humana é considerada como existindo fora do homem. Ao contrário da criação bíblica, é o homem que cria Deus a partir da sua própria imagem: “Homo homini Deus est”. A religião é para Feuerbach a relação do homem com o seu próprio ser. (1841) Feuerbach acreditou assim que o único progresso humano consiste na negação desta projecção. Finalmente temos de questionar o que possibilitou esta projecção. O homem compreende-se como produto da natureza e depende igualmente dela. Esta dependência desperta no homem o desejo de ser livre, independente e eterno. Só uma presença divina pode garantir esta liberdade, independência e eternidade. Assim, Feuerbach encontra no desejo a origem da religião: Onde há desejos nascem deuses, como foi repetido várias vezes na sua obra Theogonie (1857). Feuerbach chamou a primeira vez a atenção para a religião como uma forma de compensação. Esta hipótese da compensação expressa-se mais tarde na sociologia de Marx e na psicanálise de Freud. Hoje em dia, os vestígios desta hipótese da compensação encontram-se especialmente nas explicações funcionais da religião (Kontigenzbewältigung). O texto de Feuerbach sobre o cristianismo teve efeitos enormes e foi intensivamente citado pelos seus contemporâneos assim como pelas gerações seguintes. Apenas três anos depois da famosa bíblia do ateísmo de Feuerbach, Karl Marx escreveu em 1844 que a crítica da religião acabou, pelo menos na Alemanha, como foi anunciado na parte introdutória do texto Zur Kritik der Hegelschen Rechtsphilosophie. E quando declara, logo a seguir, que chegou a altura de ver o homem como homem, isto é o mundo do homem, Marx já abre as primeiras portas para uma análise social do fenomeno da religião.

A metodologia de Popper, que você me apresentou antes, confronta a análise de Feuerbach justamente no critério demarcador, pois esse faz sua análise baseando-se no desejo do homem de ser livre, independente e eterno, buscando na religião uma compensação – que é uma característica psicológica de análise e não situacional - que pode ser notado pela frase "Assim, Feuerbach encontra no desejo a origem da religião" - ou estou enganada?


rizk

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #167 Online: 16 de Junho de 2007, 20:44:24 »
Primeiro eu tenho que ensinar os leigos como é o funcionamente das ciências humanas, que também são ciências naturais, pois estudam o homem que faz parte da natureza tanto quando qualquer outro ser vivo ou qualquer objeto.

Ai MEU BOM JESUS CRISTO. Se você vai começar a ensinar DESSE JEITO, melhor mesmo é que os "leigos" permaneçam na INGUINORANÇA, caro colega.

A filosofia alemâ que seja posta à parte, porque "onde há desejo" há TUDO O QUE O HOMEM FEZ. Convenhamos. Se há  mérito nessa idéia de religião como maneira de projeção, há que admitir que a religião tem valor igual ao da ciência, pelo menos onde (e quando) a ciência moderna não alcança. Agora, se o Adriano quer admitir essa conseqüência lógica da coisa toda, eu acho ideal; mas ele obviamente quer "comprovar o ateísmo antropologicamente", e daí não dá pé.

Se há alguma coisa a ser dita sobre os métodos das ciências humanas, não nos esqueçamos de que CIÊNCIA NÃO TEM VALOR MORAL. Não é possível validar o ateísmo, o islamismo, ou a puta que o pariu através da ciência, seja ela a antropologia ou a física.

Por fim, tudo que é, é. Não faz sentido nenhum a gente ficar especulando sobre deus no sentido metafísico-padrão, porque este domínio a ciência não alcança.

Eu venho batendo nesta tecla há tanto tempo que já cansei (e devo ter cansado a vocês todos, também), mas o FATO é que a história da humanidade é a história de uma espécie que progressivamente se desligou da natureza. As ciências humanas NÃO SÃO ciências naturais, nós não somos "seres vivos e objetos" comuns, nós nos RECUSAMOS a sermos regidos apenas pelas leis da natureza. Nós INVENTAMOS a idéia de valor. Nós inventamos a moral, inventamos o direito, inventamos a etiqueta, as fashion weeks e as leis de trânsito. Entre outras.

Enfim, durante toda a história da humanidade, nós usamos a mágica e usamos a ciência, e não há nenhuma escala imparcial que permita dar mais valor a uma que a outra. ALIÁS, se há uma instância julgadora pra isso, só pode ser Deus, ali além do tempo-espaço, como dizem que ele está. Insistir que a ciência é mais fodona é, ao contrário da expectativa de quem o faz, a criação de um espaço onde pode caber a divindade. Nós, que dizemos que nas lacunas do nosso conhecimento não há deus nenhum, mas apenas o desconhecido (que, aliás, SERÁ CONQUISTADO), jamais, JAMAIS poderíamos admitir a possibilidade de uma moralidade universal. Pela coerência da própria ciência, há que se admitir que outros métodos de explicação da realidade têm valor tanto quanto.   

Se insistirmos em manter a imparcialidade e, inclusive, Adriano, os métodos das ciências humanas, o máximo que podemos dizer é que a ciência moderna está NA MODA. É tudo circunstancial. Nada mais.

Offline Adriano

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #168 Online: 16 de Junho de 2007, 21:00:07 »
A metodologia de Popper, que você me apresentou antes, confronta a análise de Feuerbach justamente no critério demarcador, pois esse faz sua análise baseando-se no desejo do homem de ser livre, independente e eterno, buscando na religião uma compensação – que é uma característica psicológica de análise e não situacional - que pode ser notado pela frase "Assim, Feuerbach encontra no desejo a origem da religião" - ou estou enganada?

Citação de: Wikipédia
Abandona os estudos de Teologia para tornar-se aluno do filósofo Hegel, durante dois anos, em Berlim. Em 1828, passa a [/b]estudar ciências naturais[/b] em Erlangen e dois anos depois publica anonimamente o primeiro livro, “Pensamentos sobre Morte e Imortalidade”. Nesse trabalho ataca a idéia da imortalidade, sustentando que, após a morte, as qualidades humanas são absorvidas pela natureza.
Escreve “Abelardo e Heloísa” (1834), “Piere Bayle” (1838) e “Sobre Filosofia e Cristianismo” (1839). Na primeira parte desta última obra, que influencia Marx, discute a "essência verdadeira ou antropológica da religião". Na segunda parte analisa a sua "essência falsa ou teológica". De acordo com sua filosofia, a religião é uma forma de alienação que projeta os conceitos do ideal humano em um ser supremo. Ao atacar religiosos ortodoxos entre 1848 e 1849, anos de turbulência política, é considerado um herói por muitos revolucionários. Morre em Rechenberg, na Alemanha.

Sinceramente não vejo motivos para duvidar dos conhecimentos de Feuerbach e quanto a qualidade de suas obras, pois ele influenciou dois outros grandes pensadores de destaque nas ciências humanas, Marx e Freud, que mesmo a respeito das críticas de Popper a essas duas correntes que ele considerava infalseável, o seu debate com Adorno que representava a escola de Frankfurt, ou seja a corrente de pensamento da filosofia alemã, da crítica dialética marxista, o que indica que teve grande influência na sua terceira fase onde faz as contribuições para as ciências humanas. 
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #169 Online: 16 de Junho de 2007, 21:04:16 »
Isso não é Falácia do Argumento da Autoridade?

Além do que, você não espera realmente chegar a provar a inexistência de Deus com lógica, espera?  Eu sei que afirmou que sim neste tópico, mas estou contando com que seja um impulso irrefletido.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

blue pill

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #170 Online: 16 de Junho de 2007, 21:17:28 »
O ceticismo não é o juiz para todos, ele é o juiz para quem usa o ceticismo para julgar.
E quem usa um outro, como por exemplo a experiência empírica como metodo, o juiz é a experiência empírica.

Não tem muito porque discutir quem é o juiz, o juiz é qualquer coisa e qualquer coisa pode ser juiz.

É verdade que qualquer coisa pode servir como juiz, teoricamente, mas… temos algumas regras estabelecidas socialmente - por isso, os juízes de tribunais são pessoas que estudam e se especializam na área - não é qualquer um que pode sentar lá e bater o martelo, não é verdade?

A Ciência não é tão rígida assim - você não precisa ter uma especialização para propor uma teoria, precisa apenas de uma teoria - mas existem critérios de julgamento, não é verdade? E na Ciência, um desses critérios é o ceticismo.

A ciência não é nada rígida, faz ciência quem quiser, eu posso falar que o céu é cor-de-rosa e chamar isso de teoria, ou chamar isso de prova, ou de método.... Se for isso que a minha razão me conduzir, é isso que vou fazer... Como eu poderia negar a minha própria razão, ja não teria de usar a minha razão para fazer isso ? Então, a minha razão não esconde de mim a verdade, pelo contrário, a minha razão me traz precisamente a verdade sobre tudo.
A identidade do Ser e do Pensar é a ferramenta que me mostra isso, o crente pensa, o crente É aquilo que pensa, o que o crente pensa É.
Eu penso, aquilo que eu penso é ser, o ser é aquilo que penso.
Ser e Pensar são idênticos.

Por isso digo, o que pensa os crentes é tão verdadeiramente igual o que nós pensamos, pois existe um em comum entre ele e eu e todos nós aqui, todos aqui somos.

Ser, essa palavra não é definivel, ela é o suprassumo da definição, ela é paradigma da definição, ela é a totalidade das coisas, ela simplismente É, se adicionar uma palavra a ela, vai especificar algo e vai deixar de representar o que ela é de fato.
A palavra SER neste sentido do qual estou falando quer representar uma coisa que na verdade ela ja está deixando de representar, pois ela ja é uma nota definitória, dessa forma, a melhor maneira de interpretar aquilo que essa palavra quer representar (mas não consegue), a melhor forma é com palavra nenhuma, tirar todas as notas definitórias, de forma que tudo aquilo que sejá possível de ser adicionado a ela, será....

Offline Luis Dantas

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #171 Online: 16 de Junho de 2007, 21:21:00 »
Blue Pill, solipsismo não é ciência.  Esquizofrenia também não.

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A ciência não é nada rígida, faz ciência quem quiser, eu posso falar que o céu é cor-de-rosa e chamar isso de teoria, ou chamar isso de prova, ou de método… Se for isso que a minha razão me conduzir, é isso que vou fazer… Como eu poderia negar a minha própria razão, ja não teria de usar a minha razão para fazer isso ?

Usando a comprovação pelos fatos.
« Última modificação: 16 de Junho de 2007, 21:23:28 por Luis Dantas »
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Offline Adriano

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #172 Online: 16 de Junho de 2007, 21:29:49 »
Primeiro eu tenho que ensinar os leigos como é o funcionamente das ciências humanas, que também são ciências naturais, pois estudam o homem que faz parte da natureza tanto quando qualquer outro ser vivo ou qualquer objeto.

Ai MEU BOM JESUS CRISTO. Se você vai começar a ensinar DESSE JEITO, melhor mesmo é que os "leigos" permaneçam na INGUINORANÇA, caro colega.
Primeiro quero esclarecer que uma das pessoas que me assustou aqui no fórum foi você quando eu associei o ateísmo com a liverdade sexual e você me disse que eu estava defamando os ateus com as minhas bobagens, isso ficou marcado e estou expondo aqui essa mágoa.

Pois a porra do cristianismo que você defende é que impõe limitações quanto a questão da exclusividade sexual como uma atitude moral e ética.

A filosofia alemâ que seja posta à parte, porque "onde há desejo" há TUDO O QUE O HOMEM FEZ.
Claro jogue o livro O mundo como vontade e representação de Schopenhauer no lixo, pois você diz que tem que por a parte, sem nem ao menos citar o motivo.

Convenhamos. Se há  mérito nessa idéia de religião como maneira de projeção, há que admitir que a religião tem valor igual ao da ciência, pelo menos onde (e quando) a ciência moderna não alcança.
Vá ser um pouquinho sobre o critério de demarcação das ciências e do método da análise situacional das ciências humanas. Ou então me diga qual é o motivo da filosofia de Schopenhaer ser incompatível com estes critérios metodológicos.

Agora, se o Adriano quer admitir essa conseqüência lógica da coisa toda, eu acho ideal; mas ele obviamente quer "comprovar o ateísmo antropologicamente", e daí não dá pé.
Entra pra fica dos que não compreendem o meu pensamento. Mas o problema é me refutar.

Se há alguma coisa a ser dita sobre os métodos das ciências humanas, não nos esqueçamos de que CIÊNCIA NÃO TEM VALOR MORAL. Não é possível validar o ateísmo, o islamismo, ou a puta que o pariu através da ciência, seja ela a antropologia ou a física.

Por fim, tudo que é, é. Não faz sentido nenhum a gente ficar especulando sobre deus no sentido metafísico-padrão, porque este domínio a ciência não alcança.

Eu venho batendo nesta tecla há tanto tempo que já cansei (e devo ter cansado a vocês todos, também), mas o FATO é que a história da humanidade é a história de uma espécie que progressivamente se desligou da natureza. As ciências humanas NÃO SÃO ciências naturais, nós não somos "seres vivos e objetos" comuns, nós nos RECUSAMOS a sermos regidos apenas pelas leis da natureza. Nós INVENTAMOS a idéia de valor. Nós inventamos a moral, inventamos o direito, inventamos a etiqueta, as fashion weeks e as leis de trânsito. Entre outras.
Inventou e desinventou, O existêncialismo fez a descontrução e colocou a existência como essência.

Enfim, durante toda a história da humanidade, nós usamos a mágica e usamos a ciência, e não há nenhuma escala imparcial que permita dar mais valor a uma que a outra. ALIÁS, se há uma instância julgadora pra isso, só pode ser Deus, ali além do tempo-espaço, como dizem que ele está. Insistir que a ciência é mais fodona é, ao contrário da expectativa de quem o faz, a criação de um espaço onde pode caber a divindade. Nós, que dizemos que nas lacunas do nosso conhecimento não há deus nenhum, mas apenas o desconhecido (que, aliás, SERÁ CONQUISTADO), jamais, JAMAIS poderíamos admitir a possibilidade de uma moralidade universal. Pela coerência da própria ciência, há que se admitir que outros métodos de explicação da realidade têm valor tanto quanto.   
Então se baseie na religião, eu estou muito bem com a ciência e obrigado.

Se insistirmos em manter a imparcialidade e, inclusive, Adriano, os métodos das ciências humanas, o máximo que podemos dizer é que a ciência moderna está NA MODA. É tudo circunstancial. Nada mais.
Não, ceticismo pirrônico não!  :susto:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

blue pill

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #173 Online: 16 de Junho de 2007, 21:35:06 »
Blue Pill, solipsismo não é ciência.  Esquizofrenia também não.

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A ciência não é nada rígida, faz ciência quem quiser, eu posso falar que o céu é cor-de-rosa e chamar isso de teoria, ou chamar isso de prova, ou de método… Se for isso que a minha razão me conduzir, é isso que vou fazer… Como eu poderia negar a minha própria razão, ja não teria de usar a minha razão para fazer isso ?

Usando a comprovação pelos fatos.

Que fatos? Os fatos também não são (verbo ser)?.
O meu pensamento ja é o próprio fato, eu não preciso de um fato além de ser.

Princípio da idêntidade, ser e pensar.

blue pill

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Re: [Dividido] Agnosticismo
« Resposta #174 Online: 16 de Junho de 2007, 21:39:51 »
Ser e Pensar são idênticos, esse é um dos pilares metafísicos.

Não tem porque dizer que algo que é, não é.
Aquilo que penso, é, para mim.
Aquilo que o crente pensa, é, para ele.
Ponto final, o ponto final é também.

 

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