Ser "bom" em debates não significa que esteja defendendo uma posição correta.
O Michael Shermer já foi feito de gato e sapato por um criacionista bem tosco, Ken Ham ou Duane Gish, não lembro. Acho que um cara que diz algo como que, "ok, eu não sei traçar uma linha divisória entre esses fósseis hominídeos; mas que prova você tem de que algum deles de fato teve filhos?" É uma colocação ridiculamente tosca, que te deixa até meio atônito. O fundo de lógica que tem e a dificuldade em formular uma resposta para o que deveria ser óbvio é um tremendo golpe em um debate.
O Dawkins tem uma posição oficial de não participar em qualquer debate do tipo, não só contra esse cara, se bem me lembro.
Para coisas como a "sintonia fina", por exemplo. Só imagino respostas que não seriam "impressionantes" para quem já está disposto a crer que isso existe e que é obra divina, como que não podemos viver em "99,999%" da área do universo, e que não saber a explicação para uma coisa não permite concluir nem é forte indício de que essa explicação seja um super-cara. Talvez, combinando as duas, poderia dizer que se essa conclusão é considerada válida, mais correto seria assumir que o "ajuste" do universo foi em tentar impedir nossa existência, e falhou.
Mas não deve ser difícil fazer pouco dessas colocações e dizer algo psicologicamente satisfatório em favor da intuição de antropogenia universal.