Tópico: Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas

[Bolsonaro neles]

Entendi. Depois da festa do vai-e-vem virtual do dinheiro, no fim do dia as coisas são acertadas no montante existente no BC. É isso?

[_Juca_]

Entendi. Depois da festa do vai-e-vem virtual do dinheiro, no fim do dia as coisas são acertadas no montante existente no BC. É isso?

Isso, mas no fim tudo volta para os próprios bancos, a diferença é sempre pequena. Quando falta, o que está em débito empresta do que ficou em crédito e no outro dia se ficou com crédito devolve para o outro que pode estar em débito, ou não.

[Partiti]

Entendi. Depois da festa do vai-e-vem virtual do dinheiro, no fim do dia as coisas são acertadas no montante existente no BC. É isso?

Isso, mas no fim tudo volta para os próprios bancos, a diferença é sempre pequena. Quando falta, o que está em débito empresta do que ficou em crédito e no outro dia se ficou com crédito devolve para o outro que pode estar em débito, ou não.

Na verdade não. O que acontece é que depois de toda a transferencia o banco A tem que depositar um x% do deposito no banco central, é assim com todo e qualquer deposito. Isso chama-se deposito compulsório. Por isso que quando você vê a noticia no jornal que o governo aumentou/abaixou o compulsório e porque o governo quer deixar a disposição menos/mais dinheiro para os bancos emprestarem e frear/estimular a economia.

[Bolsonaro neles]

Quer dizer, alguma coisa volta pros bancos e um pouco fica retido no BC?

[Geotecton]

O depósito compulsório é de 40%, se eu não estiver enganado.

[Price]

Sim, é 40%.

[_Juca_]

Entendi. Depois da festa do vai-e-vem virtual do dinheiro, no fim do dia as coisas são acertadas no montante existente no BC. É isso?

Isso, mas no fim tudo volta para os próprios bancos, a diferença é sempre pequena. Quando falta, o que está em débito empresta do que ficou em crédito e no outro dia se ficou com crédito devolve para o outro que pode estar em débito, ou não.

Na verdade não. O que acontece é que depois de toda a transferencia o banco A tem que depositar um x% do deposito no banco central, é assim com todo e qualquer deposito. Isso chama-se deposito compulsório. Por isso que quando você vê a noticia no jornal que o governo aumentou/abaixou o compulsório e porque o governo quer deixar a disposição menos/mais dinheiro para os bancos emprestarem e frear/estimular a economia.

Mas no fim do dia há diferenças nos depósitos de cada banco devido às transferências interbancárias, os bancos que ficam com saldo menor tem que compensar a perda até o valor estipulado pelo compulsório de cada um. Não é assim?

[_Juca_]

(...)

Neste exemplo numérico dos $1.000 em conta-corrente, se um correntista transferir, digamos, $50 deste banco para um banco de outra marca (do Itaú para o Bradesco, por exemplo), as reservas cairão para $350 e o valor total da conta-corrente será de $950. Neste caso, o banco estará violando a regra de 40% do compulsório.  Tendo $950 de conta-corrente, ele tem de ter $380 de reservas bancárias.  Logo, o banco terá de arranjar mais $30 para cobrir este "rombo".

No sistema bancário atual, esta "cobertura de rombo" acontece diariamente no final do expediente bancário, que é quando ocorrem as compensações.  Normalmente, o dinheiro que é transferido dos clientes do Itaú para os clientes do BB, da CEF, do Bradesco e do Santander é compensado pelo dinheiro que os clientes destes transferem para o Itaú.  No entanto, caso algum banco chegue ao final do dia tendo de arrecadar dinheiro para cobrir o rombo em seu compulsório, ele irá recorrer ao mercado interbancário, no qual aqueles bancos com reservas em excesso emprestam dinheiro para aqueles com reservas insuficientes.  Os juros que eles cobram nesta operação é exatamente a taxa SELIC.

(...)

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1387

[Lion]

Tem algum modo de sincronizar legendas em filmes sem ter que alterar todas as entradas das legendas. Ex: a legenda aparece em 01:37, mas na verdade teria aparecer em 01:40 para ficar sincronizada com a fala. Se esse horário for mudado a entrada da legenda também muda, mas não to com saco pra fazer isso em 1:30h de filme. Queria assistir "A Brief History of Time" com a legenda em inglês, mas ta difícil. Toda legenda, em inglês, que acrescento ao filme ta fora de sincronismo. Aliás, é uma constante a falta de sincronismo das legendas em inglês.

[SnowRaptor]

Dependendo do seu player, dá pra você configurar nele um atraso da legenda. No VLC são as teclas G e H.

[Gabarito]

Tem algum modo de sincronizar legendas em filmes sem ter que alterar todas as entradas das legendas. Ex: a legenda aparece em 01:37, mas na verdade teria aparecer em 01:40 para ficar sincronizada com a fala. Se esse horário for mudado a entrada da legenda também muda, mas não to com saco pra fazer isso em 1:30h de filme. Queria assistir "A Brief History of Time" com a legenda em inglês, mas ta difícil. Toda legenda, em inglês, que acrescento ao filme ta fora de sincronismo. Aliás, é uma constante a falta de sincronismo das legendas em inglês.

Envia a legenda por PM que eu corrijo para você. Pode ser automatizado todo o processo e eu tenho os programas.

[Partiti]

O depósito compulsório é de 40%, se eu não estiver enganado.

Um dos maiores do mundo, diga-se de passagem.

[Bolsonaro neles]

O depósito compulsório é para garantir as transações ou é para garantir que nenhum banco quebre? Achava que era para evitar a quebradeira.

[Partiti]

A ídeia principal é tirar dinheiro de circulação da economia, evitando que haja uma sobre-oferta de dinheiro no mercado. Cada real que fica no Banco Central é um real que o Banco não pode conceder em empréstimos. Como esses empréstimos são em geral para comprar bens de alguma outra pessoa, no final esse dinheiro volta ao banco na forma de mais depóstos. Em teoria, com compulsório zero, poderia haver uma oferta de dinheiro infinita na economia, por isso a exigência de compulsórios.

Se não me engano, nos outros países é da ordem de 5-10%. Aqui é mais de 40%.

[Price]

Evita a especulação e aumenta a parcimônia dos bancos, ser 40% é ótimo.

[Lion]

Dependendo do seu player, dá pra você configurar nele um atraso da legenda. No VLC são as teclas G e H.

Instalei esse VLC. Bacana, tem vários recursos. Mais tarde vou tentar sincronizar.

Envia a legenda por PM que eu corrijo para você. Pode ser automatizado todo o processo e eu tenho os programas.

Gabarito, enviei a MP pra vc.
Por curiosidade, quais programas vc usa?

[Gabarito]

Gabarito, enviei a MP pra vc.
Por curiosidade, quais programas vc usa?

Vários, entre eles Aegisub, SubtitleCreator, DVDSubEdit, SubtitleEdit, SubtitleWorkshop e mais alguns outros próprios, que desenvolvi em Delphi, para manobras bem específicas que, às vezes, preciso usar.

[Partiti]

Evita a especulação e aumenta a parcimônia dos bancos, ser 40% é ótimo.

Aumenta o custo bancário e encarece empréstimos à cadeia produtiva. É na verdade, como quase tudo no sistema bancário brasileiro, um resquício da época da inflação, por isso é 8 vezes maior que nos países desenvolvidos.

[Price]

Justamente, aumenta custos e encarece as mais diversas operações e juntamente com a regulação ampla feita pelo BC mantém os bancos em estado conservador. Os bancos bem geridos continuam dando centenas de milhões de lucro para seus acionistas. Os 40% estão muito bem, obrigado.

[Partiti]

Justamente, aumenta custos e encarece as mais diversas operações e juntamente com a regulação ampla feita pelo BC mantém os bancos em estado conservador. Os bancos bem geridos continuam dando centenas de milhões de lucro para seus acionistas. Os 40% estão muito bem, obrigado.

Lógico que é bom para os acionistas, torna menos atrativo a entrada de concorrentes no mercado, como todas as regulações que temos. É assim em qualquer indústria, regulação não é necessáriamente má para os acionistas, ainda mais se protege o seu mercado. Mas o ponto de vista que eu queria colocar não é para o bem estar dos bancos, mas sim da população em geral, limitando a quantidade de dinheiro em circulação ele fica mais caro (mais juros), aumentando os custos de toda a cadeia produtiva. Logico que isto foi feito num cenário inflacionário, onde é necessário tentar controlar a quantidade de dinheiro na economia, mas questiona-se a permanência de instrumentos tão fora de linha das praticas internacionais. O compulsório é só a ponta do iceberg.

[Price]

O empecilho das regulações e tributação é somente uma pequena fração dos impedimentos que o mercado oferece às novas empresas. Os bancos vêm se reduzindo há tempos sem sofrer centralizações, basta conferirmos com Bertrand e Stackelberg, imagino que continuará assim por ser o curso natural, obviamente acelerado pela interferência estatal.
Eu não vejo de modo algum a diminuição dos compulsórios como aumento do bem-estar da população. A economia nacional vem recebendo diversos planos de incentivo ao consumo desde 2002 fortalecidos com as políticas do BC e do BNDES desde 2007, isso fez com que o endividamento aumentasse enormemente enquanto a poupança mal duplicasse. A economia nacional está fragilizada e não me parece ser uma boa hora em pensar em aumentar o consumo.

[Partiti]

O empecilho das regulações e tributação é somente uma pequena fração dos impedimentos que o mercado oferece às novas empresas. Os bancos vêm se reduzindo há tempos sem sofrer centralizações, basta conferirmos com Bertrand e Stackelberg, imagino que continuará assim por ser o curso natural, obviamente acelerado pela interferência estatal.

Elabore. Você quer dizer que os bancos vem diminuindo de tamanho ou que há menos bancos no mercado? Sinceramente espero que seja a segunda. E mesmo assim, você acha que, no mercado bancário, especialmente o brasileiro, a regulação/governo tem um impacto pequeno? Num mercado em que mais de 50% é controlado pelo estado? Concordo que há outros fatores, como a correlação negativa entre ativos e custo de capital (too big to fail) que globalmente impede a entrada de novos players, mas o que na sua opinião impede uma entrada mais forte de um banco estrangeiro no Brasil com um custo de capital mais barato que os bancos nacionais?

Eu não vejo de modo algum a diminuição dos compulsórios como aumento do bem-estar da população. A economia nacional vem recebendo diversos planos de incentivo ao consumo desde 2002 fortalecidos com as políticas do BC e do BNDES desde 2007, isso fez com que o endividamento aumentasse enormemente enquanto a poupança mal duplicasse. A economia nacional está fragilizada e não me parece ser uma boa hora em pensar em aumentar o consumo.

Sim, isso é obvio, agora não dá mais para fazer isso, pelo menos não agora. Mas é um exemplo de como o governo brasileiro preferiu tomar medidas pontuais, direcionadas e midiáticas (com exceção da queda da SELIC) do que terminar de tirar o arcabouço da inflação. Agora é esperar por um bom momento para tentar ficar mais em linha com os mercados internacionais. E repito, o compulsório é só um dos problemas.

[Price]

O empecilho das regulações e tributação é somente uma pequena fração dos impedimentos que o mercado oferece às novas empresas. Os bancos vêm se reduzindo há tempos sem sofrer centralizações, basta conferirmos com Bertrand e Stackelberg, imagino que continuará assim por ser o curso natural, obviamente acelerado pela interferência estatal.

Elabore. Você quer dizer que os bancos vem diminuindo de tamanho ou que há menos bancos no mercado? Sinceramente espero que seja a segunda. E mesmo assim, você acha que, no mercado bancário, especialmente o brasileiro, a regulação/governo tem um impacto pequeno? Num mercado em que mais de 50% é controlado pelo estado? Concordo que há outros fatores, como a correlação negativa entre ativos e custo de capital (too big to fail) que globalmente impede a entrada de novos players,

Sim, falei sobre a redução na quantidade de bancos, sem ocorrer centralização, isso mesmo que você entendeu. Eu creio que o problema da regulação não seja o pior por causa da existência do BB e da CEF, estes sim são pesados impedidores de concorrência (em alguns casos, são a materialização do monopólio mantido pelo Estado).

mas o que na sua opinião impede uma entrada mais forte de um banco estrangeiro no Brasil com um custo de capital mais barato que os bancos nacionais?

Levarei um tempo para escrever, depois respondo.

[Bolsonaro neles]

Caraca, uma simples pergunta já gerou duas páginas. Daqui a pouco vai virar um livro: "Funcionamento do sistema bancário Brasileiro".

[_Juca_]

O empecilho das regulações e tributação é somente uma pequena fração dos impedimentos que o mercado oferece às novas empresas. Os bancos vêm se reduzindo há tempos sem sofrer centralizações, basta conferirmos com Bertrand e Stackelberg, imagino que continuará assim por ser o curso natural, obviamente acelerado pela interferência estatal.

Elabore. Você quer dizer que os bancos vem diminuindo de tamanho ou que há menos bancos no mercado? Sinceramente espero que seja a segunda. E mesmo assim, você acha que, no mercado bancário, especialmente o brasileiro, a regulação/governo tem um impacto pequeno? Num mercado em que mais de 50% é controlado pelo estado? Concordo que há outros fatores, como a correlação negativa entre ativos e custo de capital (too big to fail) que globalmente impede a entrada de novos players,

Sim, falei sobre a redução na quantidade de bancos, sem ocorrer centralização, isso mesmo que você entendeu. Eu creio que o problema da regulação não seja o pior por causa da existência do BB e da CEF, estes sim são pesados impedidores de concorrência (em alguns casos, são a materialização do monopólio mantido pelo Estado).

mas o que na sua opinião impede uma entrada mais forte de um banco estrangeiro no Brasil com um custo de capital mais barato que os bancos nacionais?

Levarei um tempo para escrever, depois respondo.

Como o BB e a CEF podem ser considerados "a materialização do monopólio mantido pelo Estado"?