Ricardo, essas são excelentes questões.
Os estúdios, os produtores de um filme por exemplo, não tem o direito de definir como querem vender esse filme no mercado?
Sim, eles têm todo direito de definir como querem vender e quanto nós devemos pagar. E nós temos todo direito de aceitar ou não esse preço.
Eu, por exemplo, compro produto original e pago ingresso em cinema. Não tenho vergonha alguma em admitir que gosto do Cinemão. E por isso mesmo critico o elevado preço cobrado pelos estúdios; tanto que hoje em dia vou muito menos ao cinema do que cinco anos atrás.
Mas também
nunca vou comprar filme no camelô por causa disso.
Se definirem que apenas quem paga pode ver o produto qual o problema em respeitar a decisão de quem disponibilizou o produto em primeiro lugar?
Nenhum problema. Aliás, eu concordo com isso. É apenas justo.
Mas uma vez que (digamos) o produto tenha sido exibido na TV aberta e um amigo gravou para mim no seu computador, qual a diferença entre o amigo me passar uma cópia do programa e eu pescar o mesmo programa num site de Torrent?
Mais ainda, e seu eu decidir comprar um DVD original depois de assistir a cópia distribuída pela internet? O mesmo para livros, etc.?
Sem querer ofender, apenas querendo entender um pouco mais a discussão.

Mais duas situações que eu gostaria de conhecer a opinião do pessoal que está debatendo no tópico, são raras, mas acontecem :
1) Você comprou um produto (livro, quadrinhos, etc) E fez o download via torrent, por exemplo, para ter uma cópia já digitalizada do item, sem anúncios, ou apenas por segurança, que seja. Qual a opinião de vocês neste caso?
Fair use.
2) Você tem o dinheiro, mas o produto não está mais a venda (um software que não está mais a venda, música ou cd fora de catálogo e sem resposta do produtor), Nesse caso é o mesmo que pirataria?
Eu não acho. A LucasArts, produtora de videogames, pensa diferente, por exemplo.
E é por essas e outras que hoje em dia eu prefiro o Open Source.
Quem sua e estuda para produzir mercadoria cultural / intelectual tem o direito de ser pago por sua dedicação, Adriano. Não concorda?
Eu concordo. Apenas sustento que os atuais meios de distribuição e repartição de lucros têm que ser revistos.
EDIT: corrigindo um pouco de ortografia...