Autor Tópico: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.  (Lida 39146 vezes)

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Offline Luis Dantas

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #125 Online: 09 de Dezembro de 2007, 11:15:53 »
Adriano, a idéia de que haja uma espécie "superior" às demais é muito questionável.  Especificamente, NÃO é uma consequência da evolução das espécies.  Como você mesmo disse, a evolução (palavra por sinal um tanto mal escolhida) consiste na adaptação ao meio, não a algum tipo de "escada de aprimoramento".  Não faz sentido dizer que o ser humano é "mais evoluído" do que, por exemplo, as baleias.

Aliás, se há algo que torna o ser humano único do ponto de vista evolutivo, é o quanto ele, sozinho entre os animais, RESISTE à evolução natural.
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Offline Südenbauer

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #126 Online: 09 de Dezembro de 2007, 11:16:18 »
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Quem impõe e demonstra o ser humano como animal superior é a biologia, onde o homem está no topo da cadeia biológica, dominando a natureza. Enquanto as demais espécies lidam de forma precária com a sobrevivência, a espécie humana tem domínio praticamente completo da natureza

Nesse trecho tá tudo errado mesmo. Como já foi exposto acima.

Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #127 Online: 09 de Dezembro de 2007, 11:27:24 »
Adriano, a idéia de que haja uma espécie "superior" às demais é muito questionável.  Especificamente, NÃO é uma consequência da evolução das espécies.  Como você mesmo disse, a evolução (palavra por sinal um tanto mal escolhida) consiste na adaptação ao meio, não a algum tipo de "escada de aprimoramento".  Não faz sentido dizer que o ser humano é "mais evoluído" do que, por exemplo, as baleias.
A adaptação ao meio é feita sim através de uma escada de aprimoramento, chamada seleção natural, o que condiona a replicabilidade dos genes mais complexos adaptativamente em relação ao meio.

A baleia é caçada por humanos a muito tempo, o ser humano é um predador de muitas espécies. A caça a animais sempre foi uma prática de dominação humana, que construiu o seu habitat no domínio e transformação da natureza. O desbatamento e a extinção de muitas espécies é decorrente dessa expanção humana.

Aliás, se há algo que torna o ser humano único do ponto de vista evolutivo, é o quanto ele, sozinho entre os animais, RESISTE à evolução natural.
Balela. O ser humano continua em evolução, esta é um processo contínuo e não para. Apenas damos nomes diferentes a nossas condições adaptativas por serem obviamente muito mais complexas que de qualquer outra espécie no planeta. E isso em termos de espécie, pois o ser humano é um animal social.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #128 Online: 09 de Dezembro de 2007, 11:28:56 »
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Quem impõe e demonstra o ser humano como animal superior é a biologia, onde o homem está no topo da cadeia biológica, dominando a natureza. Enquanto as demais espécies lidam de forma precária com a sobrevivência, a espécie humana tem domínio praticamente completo da natureza

Nesse trecho tá tudo errado mesmo. Como já foi exposto acima.
Obrigado pele sua ajuda, mas não contribuiu em nada no esclarecimento necessário para mim. Não muda nada em relação a caretinha ( :stunned:) que o Oceanos usou como resposta.  :ok:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #129 Online: 09 de Dezembro de 2007, 11:45:01 »
Adriano, a idéia de que haja uma espécie "superior" às demais é muito questionável.  Especificamente, NÃO é uma consequência da evolução das espécies.  Como você mesmo disse, a evolução (palavra por sinal um tanto mal escolhida) consiste na adaptação ao meio, não a algum tipo de "escada de aprimoramento".  Não faz sentido dizer que o ser humano é "mais evoluído" do que, por exemplo, as baleias.
A adaptação ao meio é feita sim através de uma escada de aprimoramento, chamada seleção natural, o que condiona a replicabilidade dos genes mais complexos adaptativamente em relação ao meio.

Nope.

Adaptação é adaptação. "Evolução" conforme alguma escala ou escada de aprimoramento, que permita convenientemente declarar que uma espécie animal é "mais evoluída" que outra, é algo completamente diferente, e que não tenho notícia de acontecer no mundo real.

Pontos questionáveis no seu parágrafo acima:

1) Que escala de aprimoramento é essa?  Em que ela se baseia, como pode ser consultada?

2) Seleção natural é o mecanismo que faz com que certas variações genéticas tenham mais sucesso reprodutivo do que outras e por isso se tornem mais numerosas ao longo das gerações.  Não há vontade ou juízo de valor envolvido, é um fenômeno por assim dizer puramente mecânico.  E, inclusive, não há sequer uma direção definida a não ser em situações bastante localizadas.  A seleção natural leva ursos polares a ter pelo branco e pássaros que tem bicos fortes e cruzados a prosperar em ambientes que tem muitas sementes que possam servir de alimento.  É adaptação - que pode inclusive facilmente mudar de "sentido" ou mesmo se bifurcar em várias direções diferentes.  Aliás, Darwin já documentou a enorme variedade de pássaros que tiveram ancestrais comuns no seu trabalho original.  Nem por isso há algum motivo para dizer que algum deles é mais evoluído do que outro, ou que estaria "involuindo" se a seleção natural levasse seus descendentes a ser mais parecidos com seus ancestrais.

3) "condi(ci)ona a replicabilidade dos genes mais complexos adaptativamente em relação ao meio." - não sei se essa frase tem um sentido, ou qual seria ele, mas "genes mais complexos" são uma idéia que me soa bizarra.  Genes são genes.  O que varia (em situações normais) é o que está codificado neles, e mesmo assim a variação é de conteúdo, não de complexidade.

Diga-se de passagem, complexidade raramente é uma vantagem evolutiva... como tanto a biologia quanto a informática e o Tao Te Ching podem lhe dizer, quanto mais complexo um organismo ou outro tipo de estrutura, mais frágil e vulnerável ele é.

Citar
A baleia é caçada por humanos a muito tempo, o ser humano é um predador de muitas espécies. A caça a animais sempre foi uma prática de dominação humana, que construiu o seu habitat no domínio e transformação da natureza. O desbatamento e a extinção de muitas espécies é decorrente dessa expanção humana.

Sim, o ser humano é predador.  O que isso tem a ver com ser mais evoluído, seja em qual sentido for?

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Aliás, se há algo que torna o ser humano único do ponto de vista evolutivo, é o quanto ele, sozinho entre os animais, RESISTE à evolução natural.
Balela. O ser humano continua em evolução, esta é um processo contínuo e não para.

Isso pode ou não ser verdade em algum sentido, mas no sentido biológico, o fato é que o ser humano resiste à seleção natural, chegando mesmo ao ponto de tentar dirigi-la artificialmente de várias formas, inclusive aumentando a fertilidade de casais estéreis.

Se isso é balela para você, tudo bem, eu já estou familiarizado com o seu... rigor... de argumentação e te darei a devida... importância.

Salvo engano meu, você está extrapolando a palavra "evolução" BEM além do sentido biológico proposto por Darwin e emprestando a ela (arbitrariamente) significados antropológicos e até mesmo místicos.

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Apenas damos nomes diferentes a nossas condições adaptativas por serem obviamente muito mais complexas que de qualquer outra espécie no planeta. E isso em termos de espécie, pois o ser humano é um animal social.

Como é isso de "obviamente muito mais complexas" mesmo?  Em que você se baseia?  Por falar nisso, a que você se refere?  Nossas condições adaptativas?  Elas são mais complexas do que as de qualquer outra espécie no planeta?  Mesmo?
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Offline Oceanos

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #130 Online: 09 de Dezembro de 2007, 12:10:12 »
Obrigado pele sua ajuda, mas não contribuiu em nada no esclarecimento necessário para mim. Não muda nada em relação a caretinha ( :stunned:) que o Oceanos usou como resposta.  :ok:
A caretinha foi indignação... E o ponto é esse mesmo: eu já acho sem sentido falar de superioridade; dizer que a biologia fala que o homem é superior, então...

Offline Oceanos

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #131 Online: 09 de Dezembro de 2007, 12:27:46 »
A adaptação ao meio é feita sim através de uma escada de aprimoramento, chamada seleção natural, o que condiona a replicabilidade dos genes mais complexos adaptativamente em relação ao meio.

Nope.

Adaptação é adaptação. "Evolução" conforme alguma escala ou escada de aprimoramento, que permita convenientemente declarar que uma espécie animal é "mais evoluída" que outra, é algo completamente diferente, e que não tenho notícia de acontecer no mundo real.

Pontos questionáveis no seu parágrafo acima:

1) Que escala de aprimoramento é essa?  Em que ela se baseia, como pode ser consultada?

2) Seleção natural é o mecanismo que faz com que certas variações genéticas tenham mais sucesso reprodutivo do que outras e por isso se tornem mais numerosas ao longo das gerações.  Não há vontade ou juízo de valor envolvido, é um fenômeno por assim dizer puramente mecânico.  E, inclusive, não há sequer uma direção definida a não ser em situações bastante localizadas.  A seleção natural leva ursos polares a ter pelo branco e pássaros que tem bicos fortes e cruzados a prosperar em ambientes que tem muitas sementes que possam servir de alimento.  É adaptação - que pode inclusive facilmente mudar de "sentido" ou mesmo se bifurcar em várias direções diferentes.  Aliás, Darwin já documentou a enorme variedade de pássaros que tiveram ancestrais comuns no seu trabalho original.  Nem por isso há algum motivo para dizer que algum deles é mais evoluído do que outro, ou que estaria "involuindo" se a seleção natural levasse seus descendentes a ser mais parecidos com seus ancestrais.

3) "condi(ci)ona a replicabilidade dos genes mais complexos adaptativamente em relação ao meio." - não sei se essa frase tem um sentido, ou qual seria ele, mas "genes mais complexos" são uma idéia que me soa bizarra.  Genes são genes.  O que varia (em situações normais) é o que está codificado neles, e mesmo assim a variação é de conteúdo, não de complexidade.

Diga-se de passagem, complexidade raramente é uma vantagem evolutiva... como tanto a biologia quanto a informática e o Tao Te Ching podem lhe dizer, quanto mais complexo um organismo ou outro tipo de estrutura, mais frágil e vulnerável ele é.
Ratificando, com um exemplo:

Existem algumas espécies de peixes que "migraram" no mar, e começaram a viver mais no fundo, onde não havia luz - inutilizando seus olhos. Após um certo tempo vivendo, começaram a aparecer peixes sem olhos. Estes, mais adaptados ao meio e com mais chance de sobreviver: eles economizam energia com um órgão a menos.

Essa adaptação é totalmente dependente do meio. A outra espécie, ainda com olhos, embora menos adaptada ao meio atual, tem uma pré-adaptação para caso precise viver em um lugar onde se tem luz.

Assim:
- Complexidade não tem relação com o que é melhor ou não;
- Não há mais ou menos evoluído: existe o mais adaptado ao meio, apenas.
« Última modificação: 09 de Dezembro de 2007, 13:05:41 por Oceanos »

Offline forced_existence

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #132 Online: 09 de Dezembro de 2007, 12:46:42 »

O que eu percebo é que muitas pessoas que entraram neste debate no que diz respeito a ética, superioridade e/ou inferioridade, exceto o adriano, me pareceu que alguns conceitos que eu disse são imprecisos a alguns foristas.

Quando eu mencionava palavras em um dos textos que eu fiz aqui como estímulo, inteligência, adaptação, evolução, especiação, consciência, moral dentre outras questões eu tive respostas vagas e ataques pessoais como se eu estivesse mencionando subjetivismos estéreis.
Será que niguém desconfia que  estas questões são tratadas somente no universo humano ? O simples fato de possuírem animaizinhos de estimação, não quer dizer que é infundado todo reconhecimento da complexidade das capacidades humanas e é justamente por isso, se faz necessário sistematizar o conhecimento!

Um destes conhecimentos é o estudo da moral enquanto a ética é um código de conduta proveniente dos valores atribuídos a uma sociedade ou entidades que representam determinados segmentos desta sociedade. Isto só é possível por que como disse uma vez, as sociedades humanas são muito complexas e conflitos de valores são inevitáveis. Ética não serve abreviadamente para amparar uma espécie da outra da submissão ou exploração. 

Eu daria continuidade no segundo  texto em que eu tentava explicar onde queria chegar no texto original que eu já disse que reconheço confuso. Mas não deram tempo ou não leram direito. Além do que disse sobre o porquê somos diferentes até pra racionalizar as necessidades básicas que mantém todo animal vivo, queria dar continuidade falando o porquê deveríamos considerar os que são privados de consciência. A consciência que faz de nós humanos superiores e que faltam aos retardados, bebês, aos senis etc.  mas acho que neste ponto, já é inútil.

Me pedem para dar provas que o ser humano é superior, para provar que o ser humano tem precedência sobre todas as outras espécies num aspecto mais amplo e imparcial ( sinceramente nem sei que isso signfica) semelhante a ter que redescobrir a roda a meu ver !

Antes que digam de novo que eu "apelo à autoridade" por que eu disse pra procurar na wikipédia o que é a 'moral', quero falar que isso não é apelo á autoridade por que a wikipédia não é um indivíduo em particular detentor de uma inteligência, mas sim um instrumento feito e construído por todos, inclusive por mim. Desta forma se me disser que estou fazendo apelo à autoridade quando falo: "procure na wikipédia' estaria apelando á minha própria autoridade nesta lógica, uma vez que eu também contribuo á wikipédia.
« Última modificação: 09 de Dezembro de 2007, 12:58:18 por forced_existence »
Um resto azul de sono ainda me ilude, mais visível se torna o meu fantasma, turvo entre a névoa da metamorfose.
  Respiro este leve ar que sustenta o mundo, minha vida nada mais que este respiro, meu olhar nada mais do que esta procura...
  Este o mundo a que vim, de pedra e sonho..

Offline Spitfire

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #133 Online: 09 de Dezembro de 2007, 13:36:51 »
Eu acho que é você que não esta entendendo.... no geral o pessoal discorda do texto e das idéias apresentadas.   :wink:

Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #134 Online: 09 de Dezembro de 2007, 13:40:51 »
Adriano, a idéia de que haja uma espécie "superior" às demais é muito questionável.  Especificamente, NÃO é uma consequência da evolução das espécies.  Como você mesmo disse, a evolução (palavra por sinal um tanto mal escolhida) consiste na adaptação ao meio, não a algum tipo de "escada de aprimoramento".  Não faz sentido dizer que o ser humano é "mais evoluído" do que, por exemplo, as baleias.
A adaptação ao meio é feita sim através de uma escada de aprimoramento, chamada seleção natural, o que condiona a replicabilidade dos genes mais complexos adaptativamente em relação ao meio.

Nope.

Adaptação é adaptação. "Evolução" conforme alguma escala ou escada de aprimoramento, que permita convenientemente declarar que uma espécie animal é "mais evoluída" que outra, é algo completamente diferente, e que não tenho notícia de acontecer no mundo real.
Adaptação é sempre relativa ao meio. E nesse quesito o homem tem a melhor adaptação da biosfera, com a melhor adaptação devido a melhor manipulação e aproveitamento energético e da cadeia alimentar, estruturando até mesmo uma industria para a sua própria alimentação.

O aprimoramento manipulativo do meio chega no seu auge que é o conhecimento científico, a melhor estrutura de conhecimento e desenvolvimento tecnológico da natureza para a sobrevivência de uma espécie.

O mundo real demonstra isso, com as ciências humanas dedicadas a explicas essa complexidade do animal mais evoluido do planeta.

Pontos questionáveis no seu parágrafo acima:

1) Que escala de aprimoramento é essa?  Em que ela se baseia, como pode ser consultada?
A organização biológica dos organismos é feita através da classificação científica, uma área da taxonomia.
O homo sapiens é um aniamal biopsicosocial e devido a sua estrutura social uma adaptabilidade superior a qualquer outra espécie no planeta. Isso considerando a sua manipulação do meio de maneira a melhorar suas condições de reprodução. Tanto que a população humana aumentou drasticamente em curto período de tempo e com grande qualidade de vida.     

2) Seleção natural é o mecanismo que faz com que certas variações genéticas tenham mais sucesso reprodutivo do que outras e por isso se tornem mais numerosas ao longo das gerações.  Não há vontade ou juízo de valor envolvido, é um fenômeno por assim dizer puramente mecânico.  E, inclusive, não há sequer uma direção definida a não ser em situações bastante localizadas.  A seleção natural leva ursos polares a ter pelo branco e pássaros que tem bicos fortes e cruzados a prosperar em ambientes que tem muitas sementes que possam servir de alimento.  É adaptação - que pode inclusive facilmente mudar de "sentido" ou mesmo se bifurcar em várias direções diferentes.  Aliás, Darwin já documentou a enorme variedade de pássaros que tiveram ancestrais comuns no seu trabalho original.  Nem por isso há algum motivo para dizer que algum deles é mais evoluído do que outro, ou que estaria "involuindo" se a seleção natural levasse seus descendentes a ser mais parecidos com seus ancestrais.
As nossas variações genéticas possibilitaram o avanço do cérebro, que é o atributo cognitivo mais importante que a biologia conhece. Isso não é mesmo resultado de nenhum juízo de valor, porém não é algo mecânico e sim biológico, simplesmente por ser relativo a vida.

Qualquer outra exemplificação de adaptação de outras espécies é extremamente insignificante perante a mobilidade de manuseio e domínio do meio ambiente pelo homem. Enquanto outras espécies ainda usam das modificações morfológicas para adaptação ao meio, a espécie humana consegue interagir e tranformar o meio de maneira que melhor lhe convém para a sua expansão. O único problema que temos são os nossos resultantes de nossos próprios desenvolvimentos tecnológicos e muito pouco de ameaças de outras espécies.

3) "condi(ci)ona a replicabilidade dos genes mais complexos adaptativamente em relação ao meio." - não sei se essa frase tem um sentido, ou qual seria ele, mas "genes mais complexos" são uma idéia que me soa bizarra.  Genes são genes.  O que varia (em situações normais) é o que está codificado neles, e mesmo assim a variação é de conteúdo, não de complexidade.
A complexidade do desenvolvimento humano, como o desenvolvimento cerebral e sua linguagem, são de origem genética, resultado da seleção natural em que o homem se tornou mais apto em relação a biosfera do que qualquer outro. O conteúdo genético que traz a programação complexa que possibilita a nossa ontogenia totalmete diferenciada e superior aos demais animais, devido principalmente a nossa capacidade de socialização, o fator preponderante a espécie.

Diga-se de passagem, complexidade raramente é uma vantagem evolutiva... como tanto a biologia quanto a informática e o Tao Te Ching podem lhe dizer, quanto mais complexo um organismo ou outro tipo de estrutura, mais frágil e vulnerável ele é.
Isto sim é misticismo. A complexidade da população humana garante a sua melhor adaptação ao meio e sobrevivência em relação a outras espécies. A espécie humana melhorou muito seus índices de expectativa de vida, seja através do controle de doenças ou das melhorias de higiene.

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A baleia é caçada por humanos a muito tempo, o ser humano é um predador de muitas espécies. A caça a animais sempre foi uma prática de dominação humana, que construiu o seu habitat no domínio e transformação da natureza. O desbatamento e a extinção de muitas espécies é decorrente dessa expanção humana.

Sim, o ser humano é predador.  O que isso tem a ver com ser mais evoluído, seja em qual sentido for?
Os predadores são os mais aptos na natureza para a caça. Evoluiram biológicamente de forma extraordinária e com avançados recursos adaptativos. E nenhum destes é predador do homem, salvo ocasiões especiais. A estrutura de sobrevivência do homem é muito superio, o que garante tranquilidade para ter preocupações bem específicas do bicho homem, como tomar conta do planeta de forma consciente sem com isso interromper o seu processo de evolução cultural.

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Aliás, se há algo que torna o ser humano único do ponto de vista evolutivo, é o quanto ele, sozinho entre os animais, RESISTE à evolução natural.
Balela. O ser humano continua em evolução, esta é um processo contínuo e não para.

Isso pode ou não ser verdade em algum sentido, mas no sentido biológico, o fato é que o ser humano resiste à seleção natural, chegando mesmo ao ponto de tentar dirigi-la artificialmente de várias formas, inclusive aumentando a fertilidade de casais estéreis.
Isso não é contra a seleção natural e sim um ponto a favor. A espécie humana é caracterizada pela sua sociabilidade e a perpetuação da espécie num nível coletivo e não individual. Assim como ocorrem as técnicas de fertilização, temos as técnicas controle de reprodução e até mesmo o controle de planejamento familiar, algo já muito difundido nas culturas com maior nível educacional.

Se isso é balela para você, tudo bem, eu já estou familiarizado com o seu... rigor... de argumentação e te darei a devida... importância.
Acho muito forte você dizer que o homem resiste a evolução natural. Nós somos parte da natureza, qualquer rumo que tomarmos é um ato natural. E nos adaptamos conforme o meio, agora que nos sentimos ameaçados pelo desestabilização ambiental estamos buscando mudanças para nossa sobrevivência.

Salvo engano meu, você está extrapolando a palavra "evolução" BEM além do sentido biológico proposto por Darwin e emprestando a ela (arbitrariamente) significados antropológicos e até mesmo místicos.
Não vejo nada de místico nem de extrapolação em dizer que o homem é o animal mais evoluído do planeta. Algo simplesmente normal dentro do contexto da biologia.

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Apenas damos nomes diferentes a nossas condições adaptativas por serem obviamente muito mais complexas que de qualquer outra espécie no planeta. E isso em termos de espécie, pois o ser humano é um animal social.

Como é isso de "obviamente muito mais complexas" mesmo?  Em que você se baseia?  Por falar nisso, a que você se refere?  Nossas condições adaptativas?  Elas são mais complexas do que as de qualquer outra espécie no planeta?  Mesmo?
Claro que são. Me baseio na biologia, na antropologia física, na sociobiologia e na etologia. Não faz sentido é vocês quererem usar de um relativismo biológico, dizendo que o homem, uma planta e uma vírus são a mesma coisa na biologia por não haver nenhum conjunto de "valor".
« Última modificação: 09 de Dezembro de 2007, 13:47:53 por Adriano »
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Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #135 Online: 09 de Dezembro de 2007, 13:47:10 »
Ratificando, com um exemplo:

Existem algumas espécies de peixes que "migraram" no mar, e começaram a viver mais no fundo, onde não havia luz - inutilizando seus olhos. Após um certo tempo vivendo, começaram a aparecer peixes sem olhos. Estes, mais adaptados ao meio e com mais chance de sobreviver: eles economizam energia com um órgão a menos.

Essa adaptação é totalmente dependente do meio. A outra espécie, ainda com olhos, embora menos adaptada ao meio atual, tem uma pré-adaptação para caso precise viver em um lugar onde se tem luz.
Toda adaptação é dependente do meio, inclusive a humana, que tem nas ciência naturais como principal ferramenta atual de adaptação ambiental. É através desta ferramenta sofisticadíssima que conseguimos detectar alterações climáticas na biosfera que podem prejudizar a espécie e todo o meio ambiente.

Assim:
- Complexidade não tem relação com o que é melhor ou não;
Tem sim, pois a complexidade é adaptativa, como no caso da espécie humana que tem o cérebro altamentente desenvolvido devido a sua adaptação como ser social, que demonstra ser a melhor estratégia evolutiva entre os animais.

- Não há mais ou menos evoluído: existe o mais adaptado ao meio, apenas.
Sim, mas mais ou menos evoluido é exatamente isso, mais adaptado ao meio ou não. Quem não se adapta fica extinto, quem se adapta evolui em relação as espécies que padecem.
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Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #136 Online: 09 de Dezembro de 2007, 13:53:44 »

O que eu percebo é que muitas pessoas que entraram neste debate no que diz respeito a ética, superioridade e/ou inferioridade, exceto o adriano, me pareceu que alguns conceitos que eu disse são imprecisos a alguns foristas.
Me desculpe, mas não li bem o seu texto, não gostei muito dos seus argumentos nem do título do tópico. É mais uma coincidência de opiniões do que de um entendimento dos seus pontos apresentados.  :confuso:

Talvez o que tenha causado alguma confusão em relação ao meu argumento em relação aos demais é essa coincidência de argumentos então.  :?

Os meu pensamento seria voltado a um título diferente do seu, no qual considero correto agir éticamente em frente a morte de animais, principalmente no apoio discursivo, sou meio que politicamente correto.  :hihi:  :vergonha:
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Offline Oceanos

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #137 Online: 09 de Dezembro de 2007, 13:55:52 »
Tem sim, pois a complexidade é adaptativa, como no caso da espécie humana que tem o cérebro altamentente desenvolvido devido a sua adaptação como ser social, que demonstra ser a melhor estratégia evolutiva entre os animais.
Mas e meu exemplo, que demonstra exatamente o contrário: um peixe mais simples está mais adaptado ao meio que um mais "complexo"? Esse exemplo derruba a relação entre complexidade e melhor adaptação.

Sim, mas mais ou menos evoluido é exatamente isso, mais adaptado ao meio ou não. Quem não se adapta fica extinto, quem se adapta evolui em relação as espécies que padecem.
Mais evoluído quer dizer superior, melhor. E isto não existe na biologia: existem apenas os mais adaptados... Pergunte a qualquer biológo: adaptação é adaptação e evolução é evolução. Esses conceitos não são misturáveis.

Offline Luis Dantas

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #138 Online: 09 de Dezembro de 2007, 14:15:01 »
Adaptação é sempre relativa ao meio. E nesse quesito o homem tem a melhor adaptação da biosfera, com a melhor adaptação devido a melhor manipulação e aproveitamento energético e da cadeia alimentar, estruturando até mesmo uma industria para a sua própria alimentação.

Isso tem mais verdade, mas também é questionável.  Há sérias dúvidas sobre até que ponto o desenvolvimento humano é sustentável.

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O aprimoramento manipulativo do meio chega no seu auge que é o conhecimento científico, a melhor estrutura de conhecimento e desenvolvimento tecnológico da natureza para a sobrevivência de uma espécie.

No caso mais vaidade do que sobrevivência... o desenvolvimento tecnológico humano tem enfatizado principalmente a pesquisa bélica, o que por si só já mostra que sobrevivência não é bem a prioridade.

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O mundo real demonstra isso, com as ciências humanas dedicadas a explicas essa complexidade do animal mais evoluido do planeta.

Acho que eu não concordaria mesmo que houvesse uma gramática funcional nessa frase.
 

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Pontos questionáveis no seu parágrafo acima:

1) Que escala de aprimoramento é essa?  Em que ela se baseia, como pode ser consultada?
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A organização biológica dos organismos é feita através da classificação científica, uma área da taxonomia.

Que não se presta nem a grosso modo para sustentar as suas alegações de que o ser humano é mais evoluído do que alguma outra espécie...

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O homo sapiens é um aniamal biopsicosocial e devido a sua estrutura social uma adaptabilidade superior a qualquer outra espécie no planeta. Isso considerando a sua manipulação do meio de maneira a melhorar suas condições de reprodução. Tanto que a população humana aumentou drasticamente em curto período de tempo e com grande qualidade de vida.

Há sem dúvida muitas vantagens e méritos na estruta cultural e social do ser humano, mas não estou certo de que isso indique uma "adaptabilidade superior".  Em muitos sentidos as baratas e outros insetos são mais adaptáveis do que nós.  Para não falar nada de vírus e outros microorganismos.

Quanto à qualidade de vida, não era você que denunciava tanto as injustiças sociais?

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As nossas variações genéticas possibilitaram o avanço do cérebro, que é o atributo cognitivo mais importante que a biologia conhece.

Cérebro não é "atributo cognitivo".  E se fosse, não seria a biologia a opinar sobre ele.

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Isso não é mesmo resultado de nenhum juízo de valor, porém não é algo mecânico e sim biológico, simplesmente por ser relativo a vida.

Vamos tentar de novo: segundo quem, por qual critério, o cérebro do ser humano o torna mais evoluído do que todas as outras formas de vida?


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Qualquer outra exemplificação de adaptação de outras espécies é extremamente insignificante perante a mobilidade de manuseio e domínio do meio ambiente pelo homem.

Por que tanta pompa?  "Extremamente insignificantes" ou não, o fato é que todas as previsões parecem indicar que os vírus e baratas ainda estarão aqui na Terra quando a humanidade se extinguir.  Isso se a humanidade não extinguir a Terra inteira de uma vez... então, por que tanta pressa em decretar a superioridade humana?

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Enquanto outras espécies ainda usam das modificações morfológicas para adaptação ao meio, a espécie humana consegue interagir e tranformar o meio de maneira que melhor lhe convém para a sua expansão.

Dentro de certos limites, e por um preço - ecológico, financeiro, até mesmo de horas de trabalho simplesmente. 

O ser humano não é toda essa cocada preta, mesmo que goste de dizer para si que o é.

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O único problema que temos são os nossos resultantes de nossos próprios desenvolvimentos tecnológicos e muito pouco de ameaças de outras espécies.

Sim, somos talvez a única espécie viva que consegue ser um problema muito maior para si própria do que todas as outras juntas... isso é o que "prova" nossa "suprema" evolução?

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A complexidade do desenvolvimento humano, como o desenvolvimento cerebral e sua linguagem, são de origem genética, resultado da seleção natural em que o homem se tornou mais apto em relação a biosfera do que qualquer outro.

Não, Adriano, essa é uma simplificação bem tosca dos fatos. 

O desenvolvimento genético do ser humano foi importante até o ponto em que permitiu a formação de uma cultura verdadeira.  Depois disso tornou-se até que bastante irrelevante, pois a cultura em si passou a ser mais determinante.  E a seleção natural, também, passou a ser BEM menos aplicável para o ser humano do que para outros animais.

Quanto a ser "mais apto para a biosfera", o que raios você quer dizer com isso?  Existe algum critério pelo qual o ser humano seja "mais apto para a biosfera" do que vírus e insetos?

Citar
O conteúdo genético que traz a programação complexa

Os genes humanos NÃO são perceptivelmente mais complexos do que os que qualquer outro animal.  Nem em estrutura, nem em conteúdo de informação, nem em qualquer outro aspecto.

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que possibilita a nossa ontogenia totalmente diferenciada e superior aos demais animais,

Em qual mundo de ficção isso acontece?  NESTE mundo em que você e eu vivemos a nossa ontogenia é absolutamente similar à de outros símios, e em muitos sentidos inferior à de vários outros animais.

Citar
devido principalmente a nossa capacidade de socialização, o fator preponderante a espécie.

A linguagem, a socialização e a cultura realmente são um patrimônio precioso da humanidade, mas não a ESSE ponto tão... messiânico... que você descreve.

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Diga-se de passagem, complexidade raramente é uma vantagem evolutiva... como tanto a biologia quanto a informática e o Tao Te Ching podem lhe dizer, quanto mais complexo um organismo ou outro tipo de estrutura, mais frágil e vulnerável ele é.
Isto sim é misticismo. A complexidade da população humana garante a sua melhor adaptação ao meio e sobrevivência em relação a outras espécies. A espécie humana melhorou muito seus índices de expectativa de vida, seja através do controle de doenças ou das melhorias de higiene.

Nem vou discutir esse ponto, Adriano, porque você está falando bobagem e não merece resposta.  Quando a sua vaidade parar de te devorar as entranhas a gente conversa.

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Os predadores são os mais aptos na natureza para a caça. Evoluiram biológicamente de forma extraordinária e com avançados recursos adaptativos.

Predadores são os mais vulneráveis às mudanças no ambiente, pois dependem de toda a árvore que os sustenta para sobreviverem.  De forma alguma são mais "extraordinários" biologicamente do que outros seres vivos.  Pelo contrário até; exceto por critérios puramente físicos, são praticamente idênticos aos herbívoros, mais frágeis do que suas próprias presas, e certamente muito ordinários do ponto de vista biológico.

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E nenhum destes é predador do homem, salvo ocasiões especiais.

Conheço alguns grandes felinos que gostam muito de ocasiões especiais.  Alguns ofídios, também.  E répteis.  Até mesmo mamíferos aquáticos.

O ser humano pode ter recursos culturais e tecnológicos para se defender com eficácia, mas isso não autoriza ninguém a negar que existem animais que o predam.

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A estrutura de sobrevivência do homem é muito superio,

Ah, isso não é MESMO.  Pelo contrário, exatamente por ser tão complexo e depender de tantas coisas ao mesmo tempo, a "estrutura de sobrevivência" do ser humano é muito menos eficaz do que a de fungos, microorganismos (principalmente vírus) e até mesmo de insetos.

A sofisticação da existência humana é de fato única (até o momento), mas sobrevivência é outro assunto completamente distinto.

Citar
o que garante tranquilidade para ter preocupações bem específicas do bicho homem, como tomar conta do planeta de forma consciente sem com isso interromper o seu processo de evolução cultural.

Especificidade por especificidade, outros animais também tem preocupações bem específicas.  "Tomar conta do planeta" é algo um tanto vago, no mínimo.  A forma consciente é mais uma meta (talvez utópica) do que uma realidade. 

E "sem interromper seu processo de evolução cultural"... honestamente não sei em que você estava pensando.  Na boa, parece que você estevem muito exposto ao kardecismo ou algum outro fóssil positivista e aprendeu a repetir palavras de ordem.


Eu continuaria, mas acho que você já tem material suficiente para refletir.
« Última modificação: 09 de Dezembro de 2007, 14:18:46 por Luis Dantas »
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #139 Online: 09 de Dezembro de 2007, 14:18:41 »
Tem sim, pois a complexidade é adaptativa, como no caso da espécie humana que tem o cérebro altamentente desenvolvido devido a sua adaptação como ser social, que demonstra ser a melhor estratégia evolutiva entre os animais.
Mas e meu exemplo, que demonstra exatamente o contrário: um peixe mais simples está mais adaptado ao meio que um mais "complexo"? Esse exemplo derruba a relação entre complexidade e melhor adaptação.
Não são mais simples. São mais complexos em relação ao ambientes, pois estão mais adaptados devido a ausência dos olhos que são inúteis no novo meio e portanto uma situação mais simples ao novo meio e menos apta. A complexidade nesse caso se deu devido ao melhor aproveitamento energético da nova espécie.

Sim, mas mais ou menos evoluido é exatamente isso, mais adaptado ao meio ou não. Quem não se adapta fica extinto, quem se adapta evolui em relação as espécies que padecem.
Mais evoluído quer dizer superior, melhor. E isto não existe na biologia: existem apenas os mais adaptados... Pergunte a qualquer biológo: adaptação é adaptação e evolução é evolução. Esses conceitos não são misturáveis.
Não é preciso consultar nenhum biólogo para saber os fundamentos da teoria evolução das espécies. A evolução das espécies se dá devido a melhor adaptação as consições ambientais, ao seu habitat.

A seleção natural é o nome dado ao processo que em que as espécies mais adaptadas ao ambiente transmitem essas caracteristicas mais especializadas (sempre em relação ao ambiente e de cunho adaptativo a este), através da hegeditariedade, que é feita através do processo genético de reprodução sexual, no caso dos seres assexuados.

Adaptação é o fundamento da evolução, são conceitos interdependentes no contexto da biologia. Os com mecanismos de adaptação superiores são os mais evoluidos e o homem é incontestavelmente o mais evoluido dos animais, devido a sua capacidade cognitiva e sua extrema adaptabilidade ao meio, promovendo até mesmo a transformação desse para a sua proliferação.
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Offline Luis Dantas

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #140 Online: 09 de Dezembro de 2007, 14:32:51 »
Não são mais simples. São mais complexos em relação ao ambientes, pois estão mais adaptados devido a ausência dos olhos que são inúteis no novo meio e portanto uma situação mais simples ao novo meio e menos apta. A complexidade nesse caso se deu devido ao melhor aproveitamento energético da nova espécie.

Estão melhor adaptados, porque não tem olhos (em um ambiente em que olhos não acrescentam nada de útil).  E são menos complexos, porque não tem olhos.

Realmente não é complicado de entender.

Como é que você vê "complexidade" na ausência de olhos (e no melhor aproveitamento da energia metabólica que resulta dessa ausência), isso eu realmente não entendo.
 
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #141 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:09:07 »
Adaptação é sempre relativa ao meio. E nesse quesito o homem tem a melhor adaptação da biosfera, com a melhor adaptação devido a melhor manipulação e aproveitamento energético e da cadeia alimentar, estruturando até mesmo uma industria para a sua própria alimentação.

Isso tem mais verdade, mas também é questionável.  Há sérias dúvidas sobre até que ponto o desenvolvimento humano é sustentável.
O desenvolvimento humano nunca foi sustentável em sua industrialização, mas agora se faz necessário a mudança, e está ocorrendo, principalmente dum ponto de vista ético. É o assunto do momento e que veio para ficar. Nos preocupa a nossa existência futura.

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O aprimoramento manipulativo do meio chega no seu auge que é o conhecimento científico, a melhor estrutura de conhecimento e desenvolvimento tecnológico da natureza para a sobrevivência de uma espécie.

No caso mais vaidade do que sobrevivência... o desenvolvimento tecnológico humano tem enfatizado principalmente a pesquisa bélica, o que por si só já mostra que sobrevivência não é bem a prioridade.
Não necessáriamente. As divergências são étnicas (nações), que causam as disputas de grupos culturais de humanos. Embora não tenhamos uma divisão biológica de raças (por motivos de variação genética mínima), temos uma divisão cultural muito forte entre as etnias, principalmente as nações que foram as grandes motivações das guerras, com o objetivo de conquistas de certos povos por outros. A situação evoluiu para uma disputa mais saudável, que é a econômica e política. A guerra se tornou cirúrgida de modo a diminuir os estragos na população humana.

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O homo sapiens é um aniamal biopsicosocial e devido a sua estrutura social uma adaptabilidade superior a qualquer outra espécie no planeta. Isso considerando a sua manipulação do meio de maneira a melhorar suas condições de reprodução. Tanto que a população humana aumentou drasticamente em curto período de tempo e com grande qualidade de vida.

Há sem dúvida muitas vantagens e méritos na estruta cultural e social do ser humano, mas não estou certo de que isso indique uma "adaptabilidade superior".  Em muitos sentidos as baratas e outros insetos são mais adaptáveis do que nós.  Para não falar nada de vírus e outros microorganismos.
As baratas e os insetos somente são "mais adaptados" por não ameaçarem a existência humana atual. Caso contrário o homem poderia extingui-los. E há um grande investimento humano em pesquisas científicas e tecnologicas para nos proteger de vírus e demais microorganismos que nos ameacem. Isso é sofisticação adaptativa, voltada a manutenção da nossa sobrevivência como espécie.

Quanto à qualidade de vida, não era você que denunciava tanto as injustiças sociais?

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As nossas variações genéticas possibilitaram o avanço do cérebro, que é o atributo cognitivo mais importante que a biologia conhece.

Cérebro não é "atributo cognitivo".  E se fosse, não seria a biologia a opinar sobre ele.
É o tema preferido da sociologia e psicologia evolutivas. Sempre buscando associações de áreas cerebrais a funções comportamentais e sociais do homem. Entre a medicina, as neurociências e a biologia como um todo, só é mudado o animal de estudo. Na biologia há um estudo de animais e sociedades de animais menos complexas, embora exista muita interdisciplinariedade.

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Isso não é mesmo resultado de nenhum juízo de valor, porém não é algo mecânico e sim biológico, simplesmente por ser relativo a vida.

Vamos tentar de novo: segundo quem, por qual critério, o cérebro do ser humano o torna mais evoluído do que todas as outras formas de vida?
Segundo o critério científico. É o objeto de estudo de maior interesse da ciência, com a participação pluri-disciplinar das mais diversas áreas científicas. Existe uma lista enorme de ciências voltadas a compreensão dessa ainda caixa de pandora para nós.

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Enquanto outras espécies ainda usam das modificações morfológicas para adaptação ao meio, a espécie humana consegue interagir e tranformar o meio de maneira que melhor lhe convém para a sua expansão.

Dentro de certos limites, e por um preço - ecológico, financeiro, até mesmo de horas de trabalho simplesmente. 

O ser humano não é toda essa cocada preta, mesmo que goste de dizer para si que o é.
O fato de, na espécie humana haver exploração interna, não significa que sejamos inferiores por isso. A questão da alienação do trabalho é um fato de nossa história recente, porém superior aos sistemas anteriores. Existe também uma evolução social espécie humana, nisso fico com Hayek.

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O único problema que temos são os nossos resultantes de nossos próprios desenvolvimentos tecnológicos e muito pouco de ameaças de outras espécies.

Sim, somos talvez a única espécie viva que consegue ser um problema muito maior para si própria do que todas as outras juntas... isso é o que "prova" nossa "suprema" evolução?
Ao meu ver é prova da divisão étnica entre a humanidade. Como disse, as motivações são mais inter-culturais. Não é algo gratuito e mesmo essas disputas evoluiram para sofisticação mais mental ainda, "guerras" econômicas e políticas.

O desenvolvimento genético do ser humano foi importante até o ponto em que permitiu a formação de uma cultura verdadeira.  Depois disso tornou-se até que bastante irrelevante, pois a cultura em si passou a ser mais determinante.  E a seleção natural, também, passou a ser BEM menos aplicável para o ser humano do que para outros animais.
A sociedade em rede, científica e teconológica exige muito mais dos atributos cognitivos do que anteriormente. A cultura é mais determinante devido a valorização da ciência e da tecnologia. As culturas (culturas, etnias) que a dominam exercem maior controle sobre as outras. O imperialismo de hoje é muito diferente do passado e muito melhor e com mais benefícios, apesar de suas mazelas. Embora até mesmo o sistema de hegemonia mundial esteja mudando.

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que possibilita a nossa ontogenia totalmente diferenciada e superior aos demais animais,

Em qual mundo de ficção isso acontece?  NESTE mundo em que você e eu vivemos a nossa ontogenia é absolutamente similar à de outros símios, e em muitos sentidos inferior à de vários outros animais.
Qual animal que é superior em relação ao homem? E superior em relação a qual critério? Os homens guerriaram entre si por não haver na natureza ameaça a espécie. Quando o problema é a espécie como um todo ocorre a mobilização internacional, multicultural, para a solução dos problemas apresentados. Assim a ciência desenvolve um dos seu papeis.

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devido principalmente a nossa capacidade de socialização, o fator preponderante a espécie.

A linguagem, a socialização e a cultura realmente são um patrimônio precioso da humanidade, mas não a ESSE ponto tão... messiânico... que você descreve.
São importantes do ponto de vista evolutivo e de impacto na estrutura social, ao ponto de chegar ao auge humano que é a ciência que contribui muito para a sua adaptação constante ao meio.

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E nenhum destes é predador do homem, salvo ocasiões especiais.

Conheço alguns grandes felinos que gostam muito de ocasiões especiais.  Alguns ofídios, também.  E répteis.  Até mesmo mamíferos aquáticos.

O ser humano pode ter recursos culturais e tecnológicos para se defender com eficácia, mas isso não autoriza ninguém a negar que existem animais que o predam.
Mas isso é muito ocasionalmente mesmo, e sempre são evitadas essas situação, não agindo o homem de forma sempre violênta por motivos de consciência ecológica.

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A estrutura de sobrevivência do homem é muito superio,

Ah, isso não é MESMO.  Pelo contrário, exatamente por ser tão complexo e depender de tantas coisas ao mesmo tempo, a "estrutura de sobrevivência" do ser humano é muito menos eficaz do que a de fungos, microorganismos (principalmente vírus) e até mesmo de insetos.

A sofisticação da existência humana é de fato única (até o momento), mas sobrevivência é outro assunto completamente distinto.
Não vejo motivos para a distinção. O aumento populacinal da espécie é algo surpreendente, ainda mais com o seu desenvolvimento cultural. E sempre as preocupações são as futuras gerações, algo inato na estrutura social humana assim como em todas as espécies.


Eu continuaria, mas acho que você já tem material suficiente para refletir.
Não se preocupe em continuar, por mim não. Já fico grato com a sua participação, a discussão virtual é algo que me agrada muito e não acho mesmo que deva existir qualquer sendo de obrigação nesse sentido.  :)
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Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #142 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:13:09 »
Não são mais simples. São mais complexos em relação ao ambientes, pois estão mais adaptados devido a ausência dos olhos que são inúteis no novo meio e portanto uma situação mais simples ao novo meio e menos apta. A complexidade nesse caso se deu devido ao melhor aproveitamento energético da nova espécie.

Estão melhor adaptados, porque não tem olhos (em um ambiente em que olhos não acrescentam nada de útil).  E são menos complexos, porque não tem olhos.

Realmente não é complicado de entender.

Como é que você vê "complexidade" na ausência de olhos (e no melhor aproveitamento da energia metabólica que resulta dessa ausência), isso eu realmente não entendo.
 
Oras, a complexidade num ambiente desses é a que leva ao organismo ter um melhor aproveitamento de energia. Abandonar um orgão inútel para um habitat é uma forma de "inteligência" evolutiva, um fator de melhor adaptação que a outra espécie que teria um gasto energético desnecessário. Melhores condições de sobrevivência e replicabilidade.
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Offline Luis Dantas

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #143 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:19:27 »
Adriano, uma dica: aprenda o que é ontogenia.  E, por falar nisso, vaidade.
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Offline Luis Dantas

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #144 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:22:34 »
Oras, a complexidade num ambiente desses é a que leva ao organismo ter um melhor aproveitamento de energia.

A profundeza abissal é mais complexa do que águas mais rasas, com mais iluminação?  Como chegou a essa conclusão?

E como é que esse ambiente supostamente mais complexo leva a melhor aproveitamento de energia?  Essa é uma idéia nova.  O que Oceanos mencionou e eu concordo (e pensei que você também) é que a inexistência dos olhos em um ambiente em que eles não tem utilidade leva a um melhor aproveitamento da energia metabólica.

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Abandonar um orgão inútel para um habitat é uma forma de "inteligência" evolutiva, um fator de melhor adaptação que a outra espécie que teria um gasto energético desnecessário. Melhores condições de sobrevivência e replicabilidade.

Através de uma diminuição de complexidade do organismo...
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Offline Mafalda

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #145 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:31:47 »
 Eu simplesmente não acho descabido matar animais para comer ou para pesquisas, acho que o limite se dás no âmbito da matança predatória, no matar por matar. Matar um animal para explorar sua pele para casacos, pelos para pinceis, e como trofeus de caça, não gosto, mas para fins científicos e de sobrevivencia não vejo nada de errado.
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Offline Luis Dantas

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #146 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:34:33 »
Se houvesse necessidade era uma coisa, Mafalda.  Mas a imensa maioria das mortes e do sofrimento animal causados por humanos é perfeitamente evitável.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #147 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:38:48 »
Adriano, uma dica: aprenda o que é ontogenia.  E, por falar nisso, vaidade.
Nem vem dar uma de professor. Não estou aqui como aluno para ser ensinado. Estou para debater de igual para igual. Se não me acha apto para debater contigo então me ignore. Eu dispenso o seu posicionamento como mestre, embora goste de discutir contigo quanto é de igual para igual, através de argumentos sobre o contexto do tópico e da discussão encaminhada.

Oras, a complexidade num ambiente desses é a que leva ao organismo ter um melhor aproveitamento de energia.

A profundeza abissal é mais complexa do que águas mais rasas, com mais iluminação?  Como chegou a essa conclusão?
Eu fiz referência do organismo em relação ao ambiente. Não fiz uma comparação de ambientes. E nesse caso comparativo de ambientes, o homem é o que domina o planeta todo, em todos os recantos da terra. E mesmo que de modo científico desbrava todos os detalhes da natureza terrestre e marítica.

E como é que esse ambiente supostamente mais complexo leva a melhor aproveitamento de energia?  Essa é uma idéia nova.  O que Oceanos mencionou e eu concordo (e pensei que você também) é que a inexistência dos olhos em um ambiente em que eles não tem utilidade leva a um melhor aproveitamento da energia metabólica.
Não fiz comparação entre os ambientes. Em relação a cada habitat cada peixe está melhor adaptado. Essa capacidade de adaptação que é importante e uma evolução em relação a situação anterior para o respectivo ambiente de cada peixe.

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Abandonar um orgão inútel para um habitat é uma forma de "inteligência" evolutiva, um fator de melhor adaptação que a outra espécie que teria um gasto energético desnecessário. Melhores condições de sobrevivência e replicabilidade.

Através de uma diminuição de complexidade do organismo...
Em relação ao outro ambiente. Se a adaptação e sempre relativa ao meio, então esse tem um peso grande na avaliação de complexidade. Esse foi o meu raciocínio, mas que não muda em nada a defesa do homem como o animal mais adaptado ao ambiente terrestre.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #148 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:41:06 »
Nem vem dar uma de professor.

"A cada um conforme a necessidade..." :)
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #149 Online: 09 de Dezembro de 2007, 15:43:04 »
Eu fiz referência do organismo em relação ao ambiente. Não fiz uma comparação de ambientes. E nesse caso comparativo de ambientes, o homem é o que domina o planeta todo, em todos os recantos da terra. E mesmo que de modo científico desbrava todos os detalhes da natureza terrestre e marítica.

Isso pode ser bom exemplo de estilo literário, mas nem mesmo a repetição empresta a esse seu discurso valor científico.  Cadê os fatos?  Todos os que foram apresentados contestam esse seu mantra.
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