Autor Tópico: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados  (Lida 55551 vezes)

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Offline FxF

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #125 Online: 09 de Maio de 2008, 23:45:42 »
Quase. É que sob o argumento de "quem fuma maconha pode realizar um crime", teríamos que proibir uma quantidade de coisas absurdas, incluindo presentes no próprio corpo humano.

Offline Fabulous

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #126 Online: 10 de Maio de 2008, 00:24:22 »
Presentes no próprio corpo humano?
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Offline FxF

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #127 Online: 10 de Maio de 2008, 00:29:18 »
É, stress, índices baixos de endorfina, sonolência, testosterona... Com certeza causam dezenas de vezes mais acidentes que álcool.

Offline Orbe

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #128 Online: 10 de Maio de 2008, 14:51:38 »
Uma coisa é sofrer efeitos de uma substância ou situação natural do seu organismo.

Outra bem diferente é inserir uma substância estranha no organismo, sabendo que está correndo o risco de causar problemas para si mesmo e para outras pessoas.
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline O Grande Capanga

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #129 Online: 10 de Maio de 2008, 15:03:30 »
Alguém sabe quais são os países que são liberados drogas?

São quais drogas?

Pode usar em qualquer lugar?

Ouvi dizer que na Suíça vende cocaína em farmácia.

Offline O Grande Capanga

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #130 Online: 10 de Maio de 2008, 15:12:48 »
Achei isto:

http://veja.abril.com.br/250701/p_075.html

Não sabia que tanto países liberaram drogas. E muitos não há restrição de onde se pode usar e qual o tipo de droga a ser usada.

Mesmo com a liberação, o tráfico é um problema na Holanda, mas a porcentagem da população que é usuária de maconha é menor que em outros países que as restringem.

Acho que para países europes ricos ou do mesmo nível (Canadá e Austrália, por exemplo) o negócio dá certo. Eles têm tempo para pensar nisso, diferente do Brasil que tem coisa mais importante para resolver.

Offline FxF

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #131 Online: 10 de Maio de 2008, 15:27:48 »
Uma coisa é sofrer efeitos de uma substância ou situação natural do seu organismo.

Outra bem diferente é inserir uma substância estranha no organismo, sabendo que está correndo o risco de causar problemas para si mesmo e para outras pessoas.
E? Qualé o sentido disso, "é natural, logo não há problema"? :hmph:

Eu não entendo essa lógica de culpar a maconha pelo crime, e não quem fuma maconha. Ao que eu saiba, se um cara mata uma pessoa, é culpa é dele, e não de um videogame violento, por mais que mães malucas queiram deixa a entender outra coisa.
E se for pela lógica de que quem fuma maconha perde a capacidade de escolha, preciso explicar a inundação hormonal que um estuprador sofre na hora da tesão sexual, e como uma castração química é capaz de resolver o problema?
« Última modificação: 10 de Maio de 2008, 15:42:00 por Ilovefoxes »

Offline Orbe

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #132 Online: 10 de Maio de 2008, 15:49:25 »
E? Qualé o sentido disso, "é natural, logo não há problema"? :hmph:

Não tenho mais a menor paciência para responder seus espantalhos.  :hmph:

Eu não entendo essa lógica de culpar a maconha pelo crime, e não quem fuma maconha. Ao que eu saiba, se um cara mata uma pessoa, é culpa é dele, e não de um videogame violento, por mais que mães malucas queiram deixa a entender outra coisa.
E se for pela lógica de que quem fuma maconha perde a capacidade de escolha, preciso explicar a inundação hormonal que um estuprador sofre na hora da tesão sexual, e como uma castração química é capaz de resolver o problema?

Sua comparação com videogames é totalmente sem sentido.

A questão é que é muito melhor proibir logo a droga do que ficar remediando os estragos que os drogados fazem. Não importa de quem é a culpa (da droga ou do drogado). O que importa é ter um problema a menos para resolver. Simples assim.

E a diferença é gigantesca entre um doente e um usuário de drogas, que sofre efeito de substâncias estranhas por vontade própria e ciente dos riscos.
« Última modificação: 10 de Maio de 2008, 16:04:06 por Orbe »
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline FxF

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #133 Online: 10 de Maio de 2008, 16:13:26 »
Espantalho? Você percebeu que a linha termina com um interrogação? Se quer acusar, ao menos leia o que está escrito.
Citar
A questão é que é muito melhor proibir logo a droga do que ficar remediando os estragos que os drogados fazem. Não importa de quem é a culpa (da droga ou do drogado). O que importa é ter um problema a menos para resolver. Simples assim.
Eu tenho certeza que se as pessoas vivessem em bolhas reduziria muito os crimes.

Offline Orbe

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #134 Online: 10 de Maio de 2008, 16:23:35 »
Então lute por uma lei que torne as bolhas obrigatórias. Tenho certeza que não faltarão seguidores para sua ideologia da bolha. :histeria:
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #135 Online: 10 de Maio de 2008, 17:03:46 »
Trechos  selecionados do texto do Mark Kleiman, sublinhados e negritos por minha conta:




Dopey, Boozy, Smoky—and Stupid

[...] Thirty-five years into the “war on drugs”, the United States still has a huge drug abuse problem, with several million problem users of illicit drugs and about 15 million problem users of alcohol. Illicit drug-dealing industries take in about $50 billion per year. [...]

On top of all that, we have a highly intrusive and semi-militarized drug enforcement effort that is often only marginally constitutional and sometimes more than marginally indecent.1 That enforcement effort keeps about 500,000 Americans behind bars at any one time for drug law violations, about 25 percent of the total U.S. prison and jail population. A larger proportion of U.S. residents is doing time for drug law violations than is behind bars for all offenses put together in any country to which we’d like to be compared.

[nota minha: se não me engano, os EUA tem cerca de 25% da população carcerária mundial)

[...] But the first step toward achieving less awful results is accepting that there is no one “solution” to the drug problem, for essentially three reasons. First, the potential for drug abuse is built into the human brain. Left to their own devices, and subject to the sway of fashion and the blandishments of advertising, many people will wind up ruining their lives and the lives of those around them by falling under the spell of one drug or another. Second, any laws—prohibitions, regulations or taxes—stringent enough to substantially reduce the number of addicts will be defied and evaded, and those who use drugs in defiance of the laws will generally wind up poorer, sicker and more likely to be criminally active than they would otherwise have been. [...]

The Facts
Basics

Most drug use is harmless, and much of it is beneficial—at least if harmless pleasure and relaxation count as benefits. But drug abuse is a real problem all the same because some drug users—typically a fairly small minority among consumers of any given drug—lose control of their behavior when under the influence and do foolish or wicked things. Another overlapping and even smaller group loses control over drug-taking itself. [...] For most people who fall into its grip, drug abuse is relatively transient. [...]

Not all drugs are equally risky or abusable. But since different drugs are abused in different ways and have different harm profiles, there is no single measure of “harmfulness” or “addictiveness” by which drugs can be ranked. Moreover, the overall damage caused by a drug does not depend on its neurochemistry alone; the composition of the user base and the social context and customs around its use also matter. Alcohol, for example, constitutes a major violence-and-disorder problem in Britain, but not in Italy. [...]

Among intoxicants (that is, excluding caffeine and nicotine), alcohol abuse accounts for more than three-quarters of total substance abuse in the United States, and for more death, illness, crime, violence and arrests than all illicit drugs combined. [...]

Laws and law enforcement

Taxes, regulations and prohibitions can reduce drug consumption and abuse, but always at the cost of making the remaining consumption more damaging than it would otherwise be. Any rule restrictive enough to matter needs to be enforced, and enforcement is always costly and damaging to those punished. [...]

We have 15 times as many drug dealers in prison today as we had in 1980, yet the prices of cocaine and heroin have fallen by more than 80 percent. [...]

Aggressive enforcement against mass drug markets generates mass imprisonment. Imprisonment is necessarily horrible, and most imprisonment in the United States is worse than necessary. Dealers emerging from prison have limited economic opportunities outside the drug trade, forcing down drug-dealing wages and thus drug prices; that seems to have happened with crack. [...]

Prevention

Drug-use prevention efforts are very cost-effective because they’re very cheap. But they aren’t very effective; even the best programs, combining school-based and community-based efforts, reduce the rate of initiation by no more than a quarter, with no assurance that spending more would produce bigger effects. [...]


Treatment

[...]Most substance abuse disorders resolve “spontaneously”; that is, without formal treatment. (Of those who have met diagnostic criteria for substance abuse disorder during their lifetimes, fewer than a quarter still do, and only a tiny proportion of those who have recovered have ever been treated professionally.) [...]


Tobacco

[...] Pipe and cigar smoking and the use of smokeless tobacco (chewing tobacco and snuff) are much less addictive and much less damaging to health than cigarette smoking. Nicotine use could be made safer by moving users away from cigarettes, by reducing the toxic content of tobacco products (for example, formaldehyde and benzene), or by vaporizing the active agents in tobacco with external heat rather than by burning the leaves, thus delivering nicotine to the lung without the accompanying cloud of hot, toxic gases and particulates.


Hallucinogens

[...] Some hallucinogens have been used for religious/spiritual purposes for centuries, if not millennia [...] A recent experiment at Johns Hopkins University showed that psilocybin, the active agent in “magic mushrooms”, when given under controlled conditions can safely and fairly reliably produce effects indistinguishable from classical mystical experiences, with apparently persistent positive effects on mood and behavior. The Native American Church, which claims a quarter of a million members, has had special legal permission to use mescaline-bearing peyote buttons in its services for more than half a century, and no apparent harm has resulted. The Supreme Court, interpreting the Religious Freedom Restoration Act, has now ruled that other churches using other chemicals may do so lawfully if the religious motive is genuine and the practices reasonably safe.

[...]

A Practical Agenda

[...] Don’t fill prisons with ordinary dealers. While prohibition clearly reduces drug abuse (otherwise there wouldn’t be several times as many abusers of alcohol as of all illicit drugs combined), and some level of enforcement is necessary to make prohibition a reality, increasing enforcement efforts against mass-marketed drugs cannot significantly raise the prices of those drugs or make them much harder to acquire. [...] Given the fiscal and human costs of incarceration, and the opportunity cost of locking up a drug dealer in a cell that might otherwise hold a burglar or a rapist, the current level of drug-related incarceration is hard to justify. We can reduce that level with arrest-minimizing enforcement strategies and by a discriminating moderation in drug sentencing.

Lock up dealers based on nastiness, not on volume. All drug dealers supply drugs; only some use violence, or operate flagrantly, or employ juveniles as apprentice dealers. The current system of enforcement, which bases targeting and sentencing primarily on drug volume, should be replaced with a system focused on conduct. If we target and severely sentence the nastiest dealers rather than the biggest ones, we can greatly reduce the amount of gunfire, the damage drug dealing does to the neighborhoods around it, and the attractive nuisance the drug trade offers to teenagers. [...] If we’re already locking up ordinary drug dealers forever, locking up the nastier ones forever and a day won’t create much competitive disadvantage for violence-prone or juvenile-employing organizations. [...]

 (sobre traficantes-usuários e usuários problemáticos)

Pressure drug-using offenders to stop. The relatively small number of offenders (no more than three million all together) who are frequent, high-dose users of cocaine, heroin and methamphetamine accounts for a large proportion both of theft and of the money spent on illicit drugs. Getting a handle on their behavior is inseparable from getting a handle on street crime and the drug markets.

Yet current policies for dealing with such offenders ignore everything we know both about addiction and deterrence. [...] Not every drug-using offender has a diagnosable substance abuse disorder, and insisting (as drug courts do) that every offender have a treatment-needs assessment and a personalized treatment plan sops up scarce capacity, sometimes to the point that poor drug users can’t get treated without getting arrested first.

[...] we should make the consequences of non-compliance and the rewards of compliance quicker and more reliable. Frequent testing, with automatic and formulaic sanctions for using or missing a test, greatly reduces drug use, and therefore crime, even among chronic user-offenders. Probation or parole revocation—putting the offender behind bars for months, or even years—should be reserved for those who commit serious new crimes or abscond from supervision. The sanction for continuing to use drugs should be no more than a few days in jail. If that threat is made credible, it will generally induce compliance. (Hawaii’s HOPE probation program, based on the “coerced abstinence” model, has reduced the rate of positive drug tests among its clients by 80 percent or more.) Delivering a relatively mild sanction swiftly and consistently is both more effective and less cruel than only occasionally and randomly lowering the boom.

[...] Deny alcohol to problem drinkers. When someone gets caught drinking and driving, we take away his license: his driving license, that is. The “license” to drink—legal permission to buy and consume alcohol in unlimited quantities—is presumed to be irrevocable. But why? We know that someone who drinks and drives is a bad citizen when drunk, but not that he is a bad driver when sober.

If someone is convicted of drunken driving, or drunken assault, or drunken vandalism, or repeatedly of drunk and disorderly conduct—if, that is, someone demonstrates that he is either a menace or a major public nuisance when drunk—then why not revoke his (or, much more rarely, her) drinking license? [...]

Eliminate the minimum drinking age. [...] against the benefits we must weigh the costs of making the vast majority of adolescents into lawbreakers. Nearly nine high-school seniors in ten report drinking. Criminalizing statistically normal behavior trivializes lawbreaking by enacting a law that almost everyone breaks, and breaks without apparent harm: Most teenage drinkers, like most adult drinkers, don’t have a drinking problem. The current drinking age has also normalized the acquisition and use of false identification documents, which seems like a bad idea in the age of terror. [...]

Say more than “No.” The current set of messages in most school-based prevention programs—that all drug use is abuse and that cannabis is as dangerous as any other drug—has three big defects. The first is that the messages are false, and lying to schoolchildren is bad. The second is that when the kids figure out that the messages are false—and they do—they won’t believe warnings against harder drugs (or other warnings from the government). The third is that once you’ve told kids that all drug use is abuse, it’s hard to go back and tell them how to keep watch over the circumstances and patterns of their own drug-taking to avoid the transition from non-problem use to abuse. Today, even responsible drinking is a taboo topic. It’s time for the prevention effort to grow up. [...]

Let pot-smokers grow their own. Marijuana is an outlier among currently illicit drugs. Its risks are markedly smaller, its consumption is enormously more widespread, and it leads to more arrests than all the others combined—mostly for misdemeanor possession. It is also the one illicit drug that consumers could practically produce themselves. [...]

Not that cannabis is harmless. While its “capture rate” to abuse and dependency is substantially smaller than comparable rates for alcohol, cocaine, methamphetamine and heroin, and while the damage from abuse and dependency are usually much less drastic, the rate of capture is still high enough, and the consequences bad enough, to constitute a substantial problem, especially given that the median age of cannabis initiation is now about 15.

Full commercial legalization of cannabis, on the model now applied to alcohol, would vastly increase the cannabis-abuse problem by giving the marketing geniuses who have done such a fine job persuading children to smoke tobacco, drink to excess and supersize themselves with junk food another vice to foster. However, if current laws were changed to make it illegal to sell cannabis or to exchange it for anything of value, but not to grow it, possess it, use it or give it away, the costs of the current control regime could be sharply reduced without greatly increasing the size of the marijuana consumption problem. Such a law could not effectively prevent private sales any more than a ban on gambling can prevent private poker games. Its goal would be to prevent mass marketing. [...]

Encourage problem drug users to quit without formal treatment. Some problem drug users need treatment; others do not. Making it widely known that most people with substance abuse problems can recover without professional help would increase the rate of “spontaneous” attempts to quit. Those who try often enough (five failures before success is the average for those trying to quit smoking) are likely to succeed. It won’t work for everyone, but not trying is the only approach certain to fail. [...]

Work on immunotherapies. Imagine stimulating the immune system of a cigarette smoker or a crack user to recognize molecules of nicotine or cocaine as foreign bodies and sop them up in the bloodstream before they reach the brain. It appears that such treatments, consisting of a single injection every month or every few months, are technically feasible for at least some drugs, including nicotine and cocaine. The social benefits of perfecting them and bringing them to market are much larger than the profits a manufacturer could hope to earn.

Immunotherapies should therefore be high priority for public drug-research dollars, especially compared to the expensive and so far largely futile search for drugs to ease the craving that comes from quitting cocaine. (Note that these treatments are technically “vaccines”, but their use is therapeutic, not prophylactic. Mass immunization makes no sense in this context.) [...][







Texto inteiro: Dopey, Boozy, Smoky—and Stupid

Offline FxF

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #136 Online: 10 de Maio de 2008, 18:03:45 »
Então lute por uma lei que torne as bolhas obrigatórias. Tenho certeza que não faltarão seguidores para sua ideologia da bolha. :histeria:
O mesma para a sua ideologia anti-maconha. Tá vendo como a proibição acabou com a maconha?

Offline Fabulous

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #137 Online: 10 de Maio de 2008, 19:22:05 »
O contrabando de cigarros é feito basicamente por mochileiros através do paraguai.

:histeria: :histeria: :histeria:
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Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #138 Online: 10 de Maio de 2008, 20:56:30 »
Ué. só agora viu?  Já corrigi em posts posteriores...
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #139 Online: 10 de Maio de 2008, 21:02:52 »
Quanto ao texto postado pelo Banzai, muito bom

Citar
Full commercial legalization of cannabis, on the model now applied to alcohol, would vastly increase the cannabis-abuse problem by giving the marketing geniuses who have done such a fine job persuading children to smoke tobacco, drink to excess and supersize themselves with junk food another vice to foster.

Mas creio que se for legalizar, o que necessitamos é proibir qualquer atividade de marketing sobre o produto, como está sendo feito com o cigarro.
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Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #140 Online: 10 de Maio de 2008, 21:51:51 »
Citar
Most drug use is harmless, and much of it is beneficial—at least if harmless pleasure and relaxation count as benefits.

É falacioso o argumento de que todo o usuário vai se viciar, que todos os viciados são arruaceiros. Se a maioria dos usuários são inofensivos, estamos financiando um empreendimento (tráfico de drogas) que só nos EUA faturam US50BI/Ano, exatamente com os usuários inofensivos, e deixando eles ilegais e criminosos.

Citar
against the benefits we must weigh the costs of making the vast majority of adolescents into lawbreakers. Nearly nine high-school seniors in ten report drinking. Criminalizing statistically normal behavior trivializes lawbreaking by enacting a law that almost everyone breaks, and breaks without apparent harm: Most teenage drinkers, like most adult drinkers, don’t have a drinking problem. The current drinking age has also normalized the acquisition and use of false identification documents, which seems like a bad idea in the age of terror. [...]

e que isso é evidente para as drogas também...

E que os EUA, como de costume, estão aplicando fortemente as leis, como vemos abaixo
Citar
We have 15 times as many drug dealers in prison today as we had in 1980, yet the prices of cocaine and heroin have fallen by more than 80 percent.

Citar
On top of all that, we have a highly intrusive and semi-militarized drug enforcement effort that is often only marginally constitutional and sometimes more than marginally indecent.1 That enforcement effort keeps about 500,000 Americans behind bars at any one time for drug law violations, about 25 percent of the total U.S. prison and jail population. A larger proportion of U.S. residents is doing time for drug law violations than is behind bars for all offenses put together in any country to which we’d like to be compared.

E que não está adiantando nada...

Agora, não achei a agenda oferecida nada prática.

Se vamos deixar mais soft a sentença, o mercado ilegal continuará a existir. Vai cair o número de prisioneiros, o que é um ganho.
Sobre prender os traficantes de acordo com a violencia, emprego de menores, etc.. e não vendas de drogas...  Isso quer dizer que iriamos prender os caras por todos os outros delitos menos a droga.. O que é quase igual liberar a droga, mas não ter um mercado legal, nem fiscalização, nem impostos...

Me parece aberração





« Última modificação: 10 de Maio de 2008, 21:54:07 por Agnostico »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Fabulous

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #141 Online: 10 de Maio de 2008, 23:41:47 »
Ué. só agora viu?  Já corrigi em posts posteriores...

Foi mal, não resisti. :histeria:
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #142 Online: 11 de Maio de 2008, 12:02:07 »

Agora, não achei a agenda oferecida nada prática.

Se vamos deixar mais soft a sentença, o mercado ilegal continuará a existir. Vai cair o número de prisioneiros, o que é um ganho.
Sobre prender os traficantes de acordo com a violencia, emprego de menores, etc.. e não vendas de drogas...  Isso quer dizer que iriamos prender os caras por todos os outros delitos menos a droga.. O que é quase igual liberar a droga, mas não ter um mercado legal, nem fiscalização, nem impostos...

Me parece aberração


Eu ainda acho a coisa mais realista até agora. Temos que admitir que tanto a "proibição total" quanto a "liberação geral" tem aspectos ruins; a proibição não consegue ser efetiva e ao que parece gera até mais problemas do que resolve, e a liberação ou legalização nos moldes que se tem com as drogas já legalizadas também possivelmente geraria problemas que não gostaríamos de ter (diferindo um pouco no Brasil e nos EUA, já que aqui me parece haverem restrições maiores quanto à publicidade, com inclusive a perspectiva de eliminação total).

Esse meio termo proposto parece proporcionar que se tenha a maior parte das vantagens dos dois extremos, sem a maior parte dos problemas. Eles não desaparecem completamente, mas parece a saída que os reduz mais efetivamente.

Como o autor comenta em uma parte do texto, esse tipo de coisa ainda permite um mercado negro, mas é mais ou menos análogo a uma proibição dos jogos de azar/cassinos, que não consegue efetivamente evitar apostas em jogos de cartas ocorrendo na mesa da cozinha das pessoas ou de vez em quando em botecos, mas teoricamente resolve a questão dos cassinos legais e ilegais, que seriam, analogamente, um problema maior (sem entrar no mérito da questão da legalidade/problema dos jogos de azar).

Offline Donatello

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #143 Online: 11 de Maio de 2008, 13:18:49 »
Banzai, será que você poderia listar alguns dos problemas que (segundo sua perspectiva) viriam da legalização nos moldes do cigarro de tabaco e que não ocorreriam se adotado este modo de contravenção leve que você propõe? Porque pra mim ainda parece que seria, como o Agnóstico disse, adotar os possíveis malefícios da legalização, mas deixando os prováveis benefícios de fora.

Vejamos:
-Com a legalização plena ou com a transformação em contravenção o tal risco do aumento de consumo (hipótese frágil, ao meu ver, mas vá lá...) ficaria na mesma.
-O negócio muito provavelmente continuaria na mão de criminosos de alta periculosidade (basta usar como referência o negócio do jogo aqui no Rio: nas mãos de gente como Anísio Abraão David, Gerominho, Capitão Guimarães...)
-O Estado continuaria não tendo nenhum modo de reparar o única questão de mérito público que eu concordo que seja relacionada diretamente ao consumo de drogas, qual seja: o gasto com o tratamento médico dos viciados.
-Assim como perderíamos a possibilidade de cobrar impostos, perderíamos a possibilidade de criar novos empregos formais (e todos os benefícios por conta disso).

Quer dizer, até concordo que haja motivos para se discutir possíveis "contras" da descriminalização. Mas, me parece que a proposta de Thomas seria ficar com o pior de cada posição.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #144 Online: 11 de Maio de 2008, 15:55:08 »
Acho que talvez possa dividir em dois grupos básicos de problemas: primeiramente, tudo que pode vir em conseqüência do vício poder ser transformado num grande negócio (incluindo aumento do número de consumidores problemáticos, com investimento em publicidade, ou, se proibida, qualquer que seja a estratégia de venda para que o negócio seja rentável); e em segundo lugar, a dificuldade em se ter criar um mercado legal que possa competir com o ilegal, especialmente se com restrições, como de propaganda e etc, ao mesmo tempo em que teria que pagar impostos e etc.

Por outro lado, talvez até compensasse se a produção legal conseguisse tirar todo o público do tráfico violento, talvez uma legalização verdadeira até possibilitasse maior estrutura para isso do que aquilo que seria possível só fazendo vista grossa para um mercado negro não-violento. Mas acho que o mais provável é que o produto legal fosse mais caro, por impostos e etc (a menos que se cogitasse subsídios e isenções, o que não me parece provável, dado que o preço do maço de cigarro é aproximadamente 80% imposto) e ainda houvesse nicho para o tráfico.

Acho que os produtores legais teriam ainda o poder dos lobbies, e se esforçariam contra a descriminalização do mercado informal, deixando como alternativas ao consumidor apenas consumir do traficante, e como de costume, lavando as mãos quanto a qualquer outro crime que financiam; ou produzir para si e ser tratado pela lei como traficante, podendo ir parar na cadeia desnecessariamente, ficando com estigma de ex-detento e viciado/traficante, enxendo as cadeias de gente que não precisaria estar lá e que tem maior chances de voltar do que tinha antes de ter entrado da primeira vez. Nesse cenário, parece que não tem muita vantagem individual/"egoísta" (não acho que podemos contar com um senso de responsabilidade) em se produzir para consumo próprio e distribuição ilegal, porque o risco de se encrencar é até maior do que comprando dos traficantes.

Se um mercado legal de verdade não fizesse oposição à descriminalização e ao mercado informal, não se teria esses problemas, mas aí voltamos à questão da aparente inviabilidade de um mercado em larga escala com a concorrência do tráfico ilegal E do mercado informal descriminalizado, ao mesmo tempo que normalmente teria que pagar impostos e etc.

Acho que qualquer que fosse a saída para esse mercado funcionar apesar dessa concorrência, deveria implicar num aumento dos consumidores, e talvez em isenções fiscais e até subsídios. Isso anula a vantagem que teria esse mercado quanto a impostos que poderiam ser utilizados para sanar alguns problemas mais diretos do abuso das drogas - lembrando que mesmo as álcool e cigarro, que apesar de pagarem (altos) impostos e não terem uma concorrência tão grande do mercado ilegal (acho) me parecem estar muito longe de conseguirem gerar arrecaração suficiente para sanar os problemas causados pelo abuso.

Por outro lado, talvez a questão seja na verdade de como de fato são gastados esses recursos dos impostos dessas indústrias do que realmente o quanto se arrecada... não sei...

Sem contar, que talvez simplesmente com a eventual redução dos gastos no combate ao tráfico violento e conseqüências diversas, talvez já se tenha mais recursos para lidar com os problema do abuso de drogas em si também, se é que isso não implica em algum tipo de "desvio de verbas"...

E também tem o ponto todo de, ao menos nos EUA, o tratamento ser feito de forma bem errada, segundo o autor... a maioria dos usuários que tem problema, segundo ele, podem parar sem nem precisar de ajuda profissional, então outras estratégias pró-abstinência ou talvez até anti-abuso sejam mais viáveis... (além de mais eficientes)




... Já sem criarmos o "big-business" das drogas, mesmo que restrito, acho que também não criamos todos esses problemas... lobbistas, aumento significativo do abuso como efeito colateral/"externalidade" do lucro, e etc. Ao mesmo tempo, se sana a maior parte dos problemas, ou se pavimenta o caminho para isso. O maior problema é que o mercado informal ainda tem como concorrente o tráfico... presumivelmente responderia violentamente... mas acho que tenderia a ser amenizado com o tempo na medida em que os consumidores tem uma outra opção.

Offline HSette

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #145 Online: 11 de Maio de 2008, 21:25:27 »
« Última modificação: 11 de Maio de 2008, 21:33:47 por HSette »
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Offline Donatello

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #146 Online: 11 de Maio de 2008, 21:51:41 »
Citação de: Buckaroo Banzai
Acho que talvez possa dividir em dois grupos básicos de problemas: primeiramente, tudo que pode vir em conseqüência do vício poder ser transformado num grande negócio (incluindo aumento do número de consumidores problemáticos, com investimento em publicidade, ou, se proibida, qualquer que seja a estratégia de venda para que o negócio seja rentável); e em segundo lugar, a dificuldade em se ter criar um mercado legal que possa competir com o ilegal, especialmente se com restrições, como de propaganda e etc, ao mesmo tempo em que teria que pagar impostos e etc.

Por outro lado, talvez até compensasse se a produção legal conseguisse tirar todo o público do tráfico violento, talvez uma legalização verdadeira até possibilitasse maior estrutura para isso do que aquilo que seria possível só fazendo vista grossa para um mercado negro não-violento. Mas acho que o mais provável é que o produto legal fosse mais caro, por impostos e etc (a menos que se cogitasse subsídios e isenções, o que não me parece provável, dado que o preço do maço de cigarro é aproximadamente 80% imposto) e ainda houvesse nicho para o tráfico.
Eu sei que os exemplos não se adequam exatamente ao caso, mas são os únicos que temos, então: tanto no caso da pirataria fonográfica, quanto no caso do mercado ilegal de tabaco não há indícios de que o mercado pirata esteja ganhando a batalha. Em que pese todo o choro (natural) das indústrias, o ganho e o montante de vendas, por elas, ainda é bem superior ao da indústria ilegal em ambos os casos.

Isso levando em conta que o custo de um CD pirata é pelo menos 5 vezes menor que o custo do original (devido às peculiaridades da indústria fonográfica, na qual o principal insumo não é o cd ou a embalagem, mas os direitos de cópia)!

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Acho que os produtores legais teriam ainda o poder dos lobbies, e se esforçariam contra a descriminalização do mercado informal, deixando como alternativas ao consumidor apenas consumir do traficante, e como de costume, lavando as mãos quanto a qualquer outro crime que financiam; ou produzir para si e ser tratado pela lei como traficante, podendo ir parar na cadeia desnecessariamente, ficando com estigma de ex-detento e viciado/traficante, enxendo as cadeias de gente que não precisaria estar lá e que tem maior chances de voltar do que tinha antes de ter entrado da primeira vez. Nesse cenário, parece que não tem muita vantagem individual/"egoísta" (não acho que podemos contar com um senso de responsabilidade) em se produzir para consumo próprio e distribuição ilegal, porque o risco de se encrencar é até maior do que comprando dos traficantes.

Se um mercado legal de verdade não fizesse oposição à descriminalização e ao mercado informal, não se teria esses problemas, mas aí voltamos à questão da aparente inviabilidade de um mercado em larga escala com a concorrência do tráfico ilegal E do mercado informal descriminalizado, ao mesmo tempo que normalmente teria que pagar impostos e etc.
Novamente não é o que observo quando me reporto ao caso da pirataria de cds ou ao comércio ilegal de cigarros. Muito eventualmente, quase nunca, ouço notícias de combate da polícia aos pequenos comerciantes destes produtos. Quando muito um ataque da guarda municipal, que resulta numa mera apreensão e (vez ou outra) em trocas de bordoada. Nada daquilo que vemos nas favelas cariocas. O mercado formal, nestes casos, parece pressionar mais o governo em combater a produção em arga escala e o contrabando idem (o que é mais lógico) do que o comércio. O que não parece sustentar a sua hipótese.


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Acho que qualquer que fosse a saída para esse mercado funcionar apesar dessa concorrência, deveria implicar num aumento dos consumidores,
Acho que haveria sim, como se criar um mercado sólido e com condições de competir (em condições de vantagem) com o mercado ilícito e não vejo nenhuma obrigatoriedade de haver alguma explosão de consumo  em caso de legalização, mas aí é mesmo achismo. Eu pagaria para ver.

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talvez em isenções fiscais e até subsídios. 
:?:

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Isso anula a vantagem que teria esse mercado quanto a impostos que poderiam ser utilizados para sanar alguns problemas mais diretos do abuso das drogas - lembrando que mesmo as álcool e cigarro, que apesar de pagarem (altos) impostos e não terem uma concorrência tão grande do mercado ilegal (acho) me parecem estar muito longe de conseguirem gerar arrecaração suficiente para sanar os problemas causados pelo abuso.

Por outro lado, talvez a questão seja na verdade de como de fato são gastados esses recursos dos impostos dessas indústrias do que realmente o quanto se arrecada... não sei...

Sem contar, que talvez simplesmente com a eventual redução dos gastos no combate ao tráfico violento e conseqüências diversas, talvez já se tenha mais recursos para lidar com os problema do abuso de drogas em si também, se é que isso não implica em algum tipo de "desvio de verbas"...
Concordo com os dois últimos parágrafos, discordo do primeiro. Mesmo que o consumo aumentasse a carga de impostos arrecadados aumentaria junto e na mesma proporção. Não sei se anularia os custos (os cálculos já são muito complexos se ficarmos no basicão "tratamento de todas as doenças realmente causadas pelo uso" X "impostos arrecadados"; mas a tendência de ambos os lados em puxar a brasa para a sua sardinha e incluir varáveis do tipo "custos com tratamento psicológico dos familiares" X "empregos indiretos criados pelas empresas prestadoras de serviço de limpeza nas fábricas" torna impossível dar uma sentença final sobre este ponto) .

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... Já sem criarmos o "big-business" das drogas, mesmo que restrito, acho que também não criamos todos esses cristos... lobbistas, aumento significativo do abuso como efeito colateral/"externalidade" do lucro, e etc. Ao mesmo tempo, se sana a maior parte dos problemas, ou se pavimenta o caminho para isso. O maior problema é que o mercado informal ainda tem como concorrente o tráfico... presumivelmente responderia violentamente... mas acho que tenderia a ser amenizado com o tempo na medida em que os consumidores tem uma outra opção.
Inda mais se fossem duas as outras opções: comprar o produto "original" com inspeção de qualidade, variedade de "modelos" e todos os "benefícios subjetivos" que só o mercado formal costuma dar (embalagem bonita, ser de "marca"...)  ou comprar um vagabundo, com embalagem "artesanal" e piratão, mas sem precisar correr o risco de ser fuzilado em um tiroteio ou ser assassinado por não ter pago o "fiado".
« Última modificação: 11 de Maio de 2008, 21:54:30 por Donatello van Dijck »

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #147 Online: 12 de Maio de 2008, 01:04:58 »
(antes de mais nada, onde estava escrito "cristos" na mensagem anterior, deveria estar algo como "problemas"; acho que deve ter sido um breve surto de professor-girafalite; ouvi "cristo" enquanto digitava e coloquei em vez do que devia)


Esclarecendo brevemente a lógica do problema:

Acho que com o contrabando tendo o seu mercado/público já estabelecido, fica difícil para um mercado legal tomar o seu lugar de forma rentável; para isso, imagino que tivesse que ter subsídios e isenções de impostos (que ficaram comentados com as interrogações), além de talvez aumentar o público de modo geral, enquanto tenta tomar do tráfico ou simplesmente "acidentalmente" no processo de tomar.

O problema de não se arrecadar o suficiente para sanar os problemas do abuso de drogas não estaria tanto no aumento do número de consumidores (ainda que também), mas principalmente nessa hipótese da produção legal precisar de isenções e subsídios para conseguir competir rentavelmente com o tráfico já estabelecido, mais um mercado informal descriminalizado.

Acho que é um tanto diferente da situação das gravadoras e etc porque essas "chegaram primeiro" e conquistaram seu espaço, no caso das drogas é o contrário.

Eu não pretendia comparar as blitz contra contrabando e pirataria com as operações anti-tráfico, se fosse assim, acho que praticamente nem se falaria muito do assunto... :hein:  a questão era que sem uma descriminalização do mercado informal / produção "auto-sustentável" (que é desfavorável para os produtores comerciais/legais... E aos traficantes, o que é mais importante), imagino que muitos usuários que poderiam estar se abastecendo dessa maneira, a mais inofensiva - pois não gera nem a indústria do vício nem sustenta o tráfico violento - prefeririam recorrer ao tráfico "mesmo", o mais nocivo, do que comprar o produto legal, que muito provavelmente seria mais caro.

Se comprar do traficante não for crime, o tráfico que se quer combater continua sendo financiado praticamente livremente, e a produção legal tem mais dificuldade em ir para frente (acho que só conseguiria aumentar o número de usuários de drogas nas classes mais ricas e mais nada); se comprar do traficante for crime, adicionalmente se tem o problema de colocar na cadeia gente que não precisaria estar lá, ainda que se amenize em algo problema o anterior.



Se ocorrem as duas coisas, produção legal de fato mais descriminalização, menos mal; mas acho que o essencial é a descriminalização.

Legalização da produção "de verdade", comercial, como álcool e cigarro, acho que seria potencialmente arriscado demais, as possíveis vantagens não me são convincentes... acho que quando a indústria do cigarro e a do álcool estiverem dando conta, através dos impostos que pagam, dos problemas de saúde e acidentes/violência em que acarretam, se poderia pensar então mais seriamente sobre ter indústrias similares com outras drogas. Antes disso, não sei se temos como esperar que as novatas consigam o que essas que já estão aí não conseguiram, ao mesmo tempo em que nunca tiveram uma concorrência tão grande quanto os traficantes (E mercado informal) seriam para a produção estreante das outras drogas.

Acho que essa seria a principal vantagem... a vantagem de ter algo já meio "de luxo", com "valor agregado", e etc, acho que já basta o que vier num mercado informal "não-traficante", que provavelmente já poderá ter um "controle de qualidade melhor", que sempre vão ter indicações de quem tem "material do bom" e etc; já uma indústria "de verdade", acho tem um poder muito maior de popularizar as drogas muito mais do que se precisaria (que imagino, teoricamente, nem se popularizariam com a mera descriminalização; talvez até reduzisse o interesse por deixar de ser proibido, seguindo aquela teoria de "rebeldia"). Acho que talvez a melhor vantagem desse mercado descriminalizado será não ter que dever nada para traficante, nem ter que ter nenhum tipo de envolvimento com eles de modo geral. Só isso já me parece bem mais atrativo do que a idéia de uma droga de marca. Droga de marca... sei lá, me parece coisa que mais atrairia os playboys e Parises Hiltons da vida, que talvez nem fossem consumir nada, justamente porque não é de marca... (não que nesse meio não hajam um monte de usuários de drogas, mas sei lá, me parece que a inserção disso como produto por si só já é incentivo para alguns).

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #148 Online: 12 de Maio de 2008, 10:05:49 »
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Acho que com o contrabando tendo o seu mercado/público já estabelecido, fica difícil para um mercado legal tomar o seu lugar de forma rentável; para isso, imagino que tivesse que ter subsídios e isenções de impostos (que ficaram comentados com as interrogações), além de talvez aumentar o público de modo geral, enquanto tenta tomar do tráfico ou simplesmente "acidentalmente" no processo de tomar.

O problema de não se arrecadar o suficiente para sanar os problemas do abuso de drogas não estaria tanto no aumento do número de consumidores (ainda que também), mas principalmente nessa hipótese da produção legal precisar de isenções e subsídios para conseguir competir rentavelmente com o tráfico já estabelecido, mais um mercado informal descriminalizado.

Acho que é um tanto diferente da situação das gravadoras e etc porque essas "chegaram primeiro" e conquistaram seu espaço, no caso das drogas é o contrário.

Não concordo. Creio que usuários de drogas não querem se expor a visitar buracos sujeitos a toda e qualquer sorte de problemas. Pense por exemplo no cigarro: É muito fácil comprar o cigarro ilegal (não tenho que subir no morro) mesmo assim seu consumo está restrito a 15%.
Questões como a citada pelo Donattelo como qualidade (ninguém gostaria de fumar um baseado com esterco junto, ou em um processo que o cara que embala as drogas acabou de ir no banheiro e não limpou as mãos).
Acho que isso realmente não é um problema.

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Eu não pretendia comparar as blitz contra contrabando e pirataria com as operações anti-tráfico, se fosse assim, acho que praticamente nem se falaria muito do assunto... Hein?  a questão era que sem uma descriminalização do mercado informal / produção "auto-sustentável" (que é desfavorável para os produtores comerciais/legais... E aos traficantes, o que é mais importante), imagino que muitos usuários que poderiam estar se abastecendo dessa maneira, a mais inofensiva - pois não gera nem a indústria do vício nem sustenta o tráfico violento - prefeririam recorrer ao tráfico "mesmo", o mais nocivo, do que comprar o produto legal, que muito provavelmente seria mais caro.

Se comprar do traficante não for crime, o tráfico que se quer combater continua sendo financiado praticamente livremente, e a produção legal tem mais dificuldade em ir para frente (acho que só conseguiria aumentar o número de usuários de drogas nas classes mais ricas e mais nada); se comprar do traficante for crime, adicionalmente se tem o problema de colocar na cadeia gente que não precisaria estar lá, ainda que se amenize em algo problema o anterior.

Não entendi muito bem aqui... mas:
1- A comparação que pode ser feita é pós-liberação. Isto é: Quando não houver mais tráfico deste porte, batidas para pegar baseados vão ser eventuais problemas de contravenção, como os citados. A comparação faz sentido neste ponto. Os caras não vão ter mais "lança misseis".

2- A produção certamente será auto-sustentável. Porque não? A premissa de que as pessoas iriam querer continuar comprando de traficantes para mim não se sustenta, como dito acima. O preço não é tudo.
Veja: A ordem que uma industria se instalou no mercado ou não é irrelevante. As pessoas, como sabemos em economia, pesam a cada compra que fazem, buscam por conveniência (não me lembro mais 3Ps (preco, ponto, produto), 4Cs (conveniencia, custo,..)) (não só preço), segurança, procedência, etc...
Comprar do traficante no cenário de legalização não seria crime... É contravenção.

O resto do texto se sustentam nestas premissas que não acho reais.





« Última modificação: 12 de Maio de 2008, 10:10:52 por Agnostico »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #149 Online: 12 de Maio de 2008, 18:03:40 »
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Acho que com o contrabando tendo o seu mercado/público já estabelecido, fica difícil para um mercado legal tomar o seu lugar de forma rentável; para isso, imagino que tivesse que ter subsídios e isenções de impostos (que ficaram comentados com as interrogações), além de talvez aumentar o público de modo geral, enquanto tenta tomar do tráfico ou simplesmente "acidentalmente" no processo de tomar.

O problema de não se arrecadar o suficiente para sanar os problemas do abuso de drogas não estaria tanto no aumento do número de consumidores (ainda que também), mas principalmente nessa hipótese da produção legal precisar de isenções e subsídios para conseguir competir rentavelmente com o tráfico já estabelecido, mais um mercado informal descriminalizado.

Acho que é um tanto diferente da situação das gravadoras e etc porque essas "chegaram primeiro" e conquistaram seu espaço, no caso das drogas é o contrário.

Não concordo. Creio que usuários de drogas não querem se expor a visitar buracos sujeitos a toda e qualquer sorte de problemas. Pense por exemplo no cigarro: É muito fácil comprar o cigarro ilegal (não tenho que subir no morro) mesmo assim seu consumo está restrito a 15%.
Questões como a citada pelo Donattelo como qualidade (ninguém gostaria de fumar um baseado com esterco junto, ou em um processo que o cara que embala as drogas acabou de ir no banheiro e não limpou as mãos).
Acho que isso realmente não é um problema.

Concordo que prefeririam não ter que irem aos buracos do submundo do crime para comprar droga, mas isso não significa que comprariam a droga legal, qualquer que fosse o preço.

Se o preço e qualidade não fossem um problema que justificasse aos usuários financiar criminosos assassinos, mesmo usando crianças como "mulas", mesmo vendendo droga misturada com esterco e todo tipo de aditivo químico (não que a droga pura fosse muito mais saudável), eles importariam droga limpinha dos países onde é legal ou comprariam mais diretamente dos produtores, pagando mais caro por questões éticas e higiênicas, OU não consumiriam, e não se teria o problema que temos com o tráfico.

Qual então é o limite de preço em que passa a não valer a pena para o usuário de drogas? Eu não conheço ninguém pessoalmente que use drogas ilegais para ter uma idéia, mas praticamente todo mundo que compra cigarros, que eu conheço, economiza nas moedinhas.

Se eles não se importam de se drogar* com as drogas já oferecidas pelo tráfico com a qualidade atual, é bem provavel que preferissem pagar menos para o traficante, implicando em tudo que isso implica (aparentemente estão pouco se lixando para as vítimas).


* - que já não é exatamente higiênico por definição; acho que pouca coisa tem menos sentido do que prazo de validade em maço de cigarro... quão mais prejudicial pode ser cigarro velho? O mesmo vale para as outras drogas, 90% do que causa os maiores problemas à saúde já deve estar presente mesmo nas drogas "puras".


Talvez uma parte até estivesse disposta a pagar um pouco mais caro por uma eventual droga "limpinha", mas acho que a maior parte do público ainda seria do tráfico, que já é dono do público-alvo da hipotética industria novata.

O cigarro ilegal, como já disse, não é o pioneiro na situação do cigarro, quem já liderava o mercado antes deles começarem a produzir eram grandes produtores, estão em desvantagem tanto por falta de pioneirismo como de recursos. No caso das drogas atualmente ilegais, a situação é em muitos aspectos inversa, os ilegais é que são os donos exclusivos do mercado atual, já dotados de toda sua logística e estrutura.

Pode até ser que indústria consiguisse eventualmente tomar esse mercado dos traficantes, mas não acho que possa fazer isso sem também aumentar desnecessariamente os consumidores de drogas. O aumento do número de viciados/"usuários" é desejável para a indústria, pois barateia o produto, e a indústria vive disso; quanto mais viciados existirem, melhor para ela, as ações sobem e todos comemoram. Abuso de drogas é só um efeito colateral/externalidade a que eles simplesmente "lavam as mãos" como os usuários fazem quanto aos crimes cometidos pelos seus queridos fornecedores.

E isso é indesejável e desnecessário, já que mercado informal/auto-sustentável não tem a mesma gana comercial. As pessoas ou não ganham nada com isso ou ganham muito pouco; não tem empresários com planos de marketing e verbas de nove dígitos para aumentar a produção, técnicos para inventar uma estratégia contra a concorrência, mercado de ações e etc.




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Eu não pretendia comparar as blitz contra contrabando e pirataria com as operações anti-tráfico, se fosse assim, acho que praticamente nem se falaria muito do assunto... Hein?  a questão era que sem uma descriminalização do mercado informal / produção "auto-sustentável" (que é desfavorável para os produtores comerciais/legais... E aos traficantes, o que é mais importante), imagino que muitos usuários que poderiam estar se abastecendo dessa maneira, a mais inofensiva - pois não gera nem a indústria do vício nem sustenta o tráfico violento - prefeririam recorrer ao tráfico "mesmo", o mais nocivo, do que comprar o produto legal, que muito provavelmente seria mais caro.

Se comprar do traficante não for crime, o tráfico que se quer combater continua sendo financiado praticamente livremente, e a produção legal tem mais dificuldade em ir para frente (acho que só conseguiria aumentar o número de usuários de drogas nas classes mais ricas e mais nada); se comprar do traficante for crime, adicionalmente se tem o problema de colocar na cadeia gente que não precisaria estar lá, ainda que se amenize em algo problema o anterior.

Não entendi muito bem aqui... mas:
1- A comparação que pode ser feita é pós-liberação. Isto é: Quando não houver mais tráfico deste porte, batidas para pegar baseados vão ser eventuais problemas de contravenção, como os citados. A comparação faz sentido neste ponto. Os caras não vão ter mais "lança misseis".

Também não entendi muito bem...  não sei que sentido faz em "sumir" de repente com o tráfico "de verdade" num passe de mágica para qualquer comparação... :hein:

Se o preço das drogas legais não for baixo o suficiente para tomar todo o mercado do tráfico, e ao mesmo tempo os usuários não puderem produzir para si e terem o seu mercado informal deixado quieto sem correrem o risco de serem presos como traficantes (ou mesmo como "compradores de produto ilegal"), me parece que o tráfico terá ainda como continuar por um bom tempo, talvez indefinidamente.


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2- A produção certamente será auto-sustentável. Porque não? A premissa de que as pessoas iriam querer continuar comprando de traficantes para mim não se sustenta, como dito acima. O preço não é tudo.
Veja: A ordem que uma industria se instalou no mercado ou não é irrelevante. As pessoas, como sabemos em economia, pesam a cada compra que fazem, buscam por conveniência (não me lembro mais 3Ps (preco, ponto, produto), 4Cs (conveniencia, custo,..)) (não só preço), segurança, procedência, etc...
Comprar do traficante no cenário de legalização não seria crime... É contravenção.

O resto do texto se sustentam nestas premissas que não acho reais.

Muitas dessas hipóteses de comportamento do consumidor da economia/teoria de jogos não tem um "background" psicológico de verdade, são reducionistas e falhas, por isso estão surgindo áreas como "neuroeconomia" e coisas do tipo. As pessoas não são tão racionais como comumente se costuma assumir em economia. Tanto que se fossem, não usariam drogas ilegais, nocivas para a saúde e para a sociedade, para começo de conversa.

Acho que a melhor demonstração de como o mercado legal estaria em desvantagem é que, mesmo nos casos em que ele é o pioneiro - álcool e cigarro - ainda enfrenta concorrência com produção ilegal.

O preço conta muito, e o consumidor não está muito interessado com qualidade ou procedência (ao menos segundo algumas evidências anedóticas, umas que podem ser obtidas até procurando pelo fórum, mas acho que de modo geral deve ser assim). A principal diferença é o cigarro, mesmo ilegal (não sei quanto a bebida) está muitas vezes vendido lado a lado com a opção legal, diferindo apenas no preço. Se os traficantes conseguirem colocar a droga deles mais barata lado a lado com as marcas legais, já estão garantidos.

E ao mesmo tempo, se digamos, os cigarros que se vende por aí fossem algo como 20 reais o maço, e tivessem que ir às bocas para conseguir comprar maços por 5-3 reais, também acho que elas seriam mais freqüentadas por fumantes de tabaco. Ainda mais se eles fossem tradicionalmente freqüentadores dessas bocas há um tempão, diferentemente dessa situação de repente virar realidade, quando eles eram acostumados com bares e padarias.




Mas como disse, não sei de nada. Só acho que uma indústria não teria muita chance, e, supondo que tivesse chance, não me parece trazer nada de realmente vantajoso que não pudesse ser obtido com a mera descriminalização de um mercado informal e produção para consumo próprio. Em vez disso, a indústria só faz do vício um negócio lucrativo onde todo novo consumidor é bem vindo e fundamental, e isso é em parte o que se quer combater.

 

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