Autor Tópico: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados  (Lida 55555 vezes)

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Offline Nightstalker

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #225 Online: 26 de Maio de 2008, 00:02:03 »
A auto-destruição é uma situação patológica, um sintoma de possível doença psiquiátrica. O suicídio é condenado moralmente e legalmente em praticamente todas as culturas. E isso tem a ver com a biologia, com o instindo de preservação do ser vivo. É o ponto de ligação entre natureza e cultura, onde o instinto de sobrevivência da espécie se transforma em lei social. A conjunção de uma lei da natureza com uma lei humana.



Todo drogado é doente então?

Não sei se é correto considerar vícios como doenças.
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Offline Adriano

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #226 Online: 26 de Maio de 2008, 00:09:36 »
A auto-destruição é uma situação patológica, um sintoma de possível doença psiquiátrica. O suicídio é condenado moralmente e legalmente em praticamente todas as culturas. E isso tem a ver com a biologia, com o instindo de preservação do ser vivo. É o ponto de ligação entre natureza e cultura, onde o instinto de sobrevivência da espécie se transforma em lei social. A conjunção de uma lei da natureza com uma lei humana.



Todo drogado é doente então?

Não sei se é correto considerar vícios como doenças.
O vício de drogas é considerado doença sim. Por isso é necessário o uso de tratamento específico e de clínicas reabilitadoras. Em poucos casos existem indivíduos com maior resistencia as drogas e que a utilizam de modo recreativo e talvez sem danos maiores a saúde. Porém nesse caso não poderia ser caracterizado de vício, seria apenas um eventual uso. É a questão do dependente e do não-dependente e está muito ligado a genética também.

Citar
A maioria das definições de adicção a drogas ou dependência de substâncias inclui descrições do tipo "indivíduo completamente dominado pelo uso de uma droga (uso compulsivo)" e vários sintomas ou critérios que refletem a perda de controle sobre o consumo de drogas.

http://virtualpsy.locaweb.com.br//art=229&sec=34


Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Rhyan

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #227 Online: 26 de Maio de 2008, 08:56:20 »
Eu sou partidário da tese de que todo indivíduo deve ser livre para se auto-destruir, o problema é que as drogas implicam em externalidades graves para a sociedade.

Isso vale para o álcool?

Rhyan

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #228 Online: 26 de Maio de 2008, 09:04:38 »
Tem dois pontos principais essa discussão:

1) A liberdade individual, que acaba quando começa a do próximo. Como a grande maioria dos usuários de drogas não comentem outros crimes, esse tema se torna simples. A pessoa tem o direito de se drogas, mas se cometer um crime por causa disso que pegue por ele. O fato de estar drogado deveria considerar um agravante.

2) Legalização para acabar com o tráfico de drogas. Sim, o crime organizado iria perder sua fonte de lucros, e provavelmente se tornaria um simples contrabando.

Offline Dbohr

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #229 Online: 26 de Maio de 2008, 09:13:13 »
Eu não sou totalmente contrário à legalização (ou totalmente a favor, diga-se), mas queria saber uma coisa: o que é que se faz com os Senhores da Guerra armados até os dentes em seus feudos nos morros? A legalização não iria torná-los honestos comerciantes pagadores de impostos da noite para o dia.

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #230 Online: 26 de Maio de 2008, 09:30:20 »
Essa é uma pergunta recorrente Dbohr e existe pouca certeza em afirmar quaquer coisa, mas tenho algumas considerações:


1- Quanto aos senhores da guerra é facil, viram nada (Um documentário na discovery mostrou os efeitos para os senhores da guerra de Serra Leoa quando a De Beers parou de comprar indiretamente os diamantes daquela região)

A questão complexa é o que ocorre com os trabalhadores das camadas mais baixas:

1- Não esta claro para mim o número de pessoas que trabalham com o tráfico.
2- Os meninos que entram no tráfico olhando o "sucesso" dos seus amigos certamente terão que ter outra referência
3- O mercado de roubo (candidato natural a substituir o tráfico) pode aumentar, mas há um limite. Não pode ocorrer que todos os traficantes venham com suas metralhadoras roubar as pessoas em Ipanema, existe uma saturação e um policiamento que deve manter as coisas mais ou menos como estão


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Offline Adriano

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #231 Online: 26 de Maio de 2008, 10:34:45 »
Um ponto positivo na legalização seria a responsabilidade maior da sociedade civil em relação ao uso de drogas, possibilitando a autonomia dos indivíduos através de maior informação sobre as drogas. A proibição impossibilita o debate e qualquer discussão de possível fator positivo das drogas é considerado apologia. Poderia até ser um caminho mais sensato de eliminação desse mal, ou então de um uso responsável, que é o que acreditam os usuários e defensores. Penso que com informação e maior discussão sobre o tema possibilita essa responsabilidade, que num certo sentido é sinônimo de liberdade individual.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #232 Online: 26 de Maio de 2008, 10:39:16 »
Eu não sou totalmente contrário à legalização (ou totalmente a favor, diga-se), mas queria saber uma coisa: o que é que se faz com os Senhores da Guerra armados até os dentes em seus feudos nos morros? A legalização não iria torná-los honestos comerciantes pagadores de impostos da noite para o dia.

Segundo Mark Kleiman, poderia ser mais ou menos que continuassem a ser procurados pela polícia, mas pelos outros crimes, conforme os cometessem ou tivessem cometido.

Offline Titoff

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #233 Online: 23 de Abril de 2011, 11:02:43 »
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Integrantes da Marcha da Maconha são detidos fazendo panfletagem pela legalização, na Lapa

RIO - Quatro integrantes do movimento Marcha da Maconha foram detidos no início da madrugada deste sábado (23), distribuindo panfletos com o calendário das passeatas do grupo e frases em defesa da legalização da droga, na Rua Mem de Sá, na Lapa, Centro do Rio. Renato Athayde Silva, Thiago Tomazine, Adriano Caldas e Achille Lollo foram levados para a 5ª DP (Gomes Freire) e autuados por apologia ao crime. Orientados pelo advogado do grupo, eles afirmaram que só iram prestar depoimento em juízo e foram liberados.

Além dos panfletos, o grupo carregava um cartaz. Dois integrantes usavam uma camisa com o nome do movimento. Os panfletos continham frases questionando por que a maconha não era legalizada; afirmando que é utilizada há anos para diversos fins; que, se vendida legalmente, poderia gerar recursos para o Estado; e que o comércio ilegal tem como consequências violência e corrupção.

Autor do texto e advogado do movimento, Gerardo Xavier Santiago considerou arbitrária e truculenta a atuação dos policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que prenderam os integrantes do grupo.

Ele citou decisões da Justiça favoráveis à realização da marcha (passeata que acontece anualmente em diversos estados) - como os habeas corpus preventivos, concedidos nos dois últimos anos - para

argumentar que a panfletagem não caracteriza apologia, mas, sim, a manifestação de um posicionamento político:

- Se ser favorável à mudança da legislação é crime, os abolicionistas deveriam ter ido para a cadeia no século IXX. Somos um movimento legítimo, que defende uma ideia. Ano passado, aconteceu a mesma coisa: detiveram integrantes do movimento que estavam panfletando, mas o Ministértio Público arquivou o procedimento. Só durante a ditadura pessoas foram presas em circunstâncias como essa. Vou analisar a possibilidade de entrar com uma representação por abuso de autoridade contra os policiais.

Delegado-adjunto da 5ª DP, Antônio Ferreira Bonfim Filho ratificou a interpretação do policiais militares, de que os rapazes estavam fazendo apologia ao uso de drogas:

- O Direito brasileiro não permite a apologia ao crime, seja ela explícita ou implícita. No caso deles, era explícita.


http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/23/integrantes-da-marcha-da-maconha-sao-detidos-fazendo-panfletagem-pela-legalizacao-na-lapa-924303899.asp

Começa a palhaçada de todo ano. Enquanto outras cidades pelo mundo não tem problema em saber que existe liberdade de expressão para pedir mudanças na legislação, isto por aqui parece ser um problema, mesmo não tendo nenhum caso de alguem condenado por apologia ao crime por se manifestar desta forma.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #234 Online: 23 de Abril de 2011, 11:14:38 »
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Renato Athayde Silva, Thiago Tomazine, Adriano Caldas e Achille Lollo

Fala do mesmo Achille Lollo que é procurado pela justiça italiana por terrorismo?

Citar
Em 1973, Lollo e dois colegas da organização Poder Operário derramaram gasolina por baixo da porta do apartamento onde morava Mario Mattei, um gari de 48 anos, a esposa e seis filhos. Mattei era secretário de um partido , o Movimento Social Italiano. Ele ficou encurralado pelas chamas e se jogou pela janela. A esposa conseguiu pegar os filhos pequenos de 9 e 4 anos e os levou para o andar de cima, onde foram socorridos pelos bombeiros. Outras duas filhas de 19 e 15 anos escaparam descendo de um balcão. Os últimos dois filhos ficaram presos no quarto. Morreram abraçados e carbonizados. Veja fotos digitando "Rogo di Primavalle" (incêndio de Primavelle) no Google Imagens.


http://www.conteudo.com.br/providafamilia/quem-e-achille-lollo-pergunte-ao-psol

Dá para ver que os maconheiros presos são gente boa só pela amostra...com certeza eles se preocupam muito com a saúde e bem estar dos outros.


Offline Titoff

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #235 Online: 23 de Abril de 2011, 11:26:14 »
Nao deve tere duas pessoas com esse nome tosco por aqui (ou seria uma "homenagem"?)

De qualquer forma, ao atrelar uma ideia, instituição ou movimento a conduta criminosa ou reprovavel de uma pessoa, podemos desacreditar todos os movimentos, ideias e instituiçōe existentes.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #236 Online: 23 de Abril de 2011, 11:32:32 »
OK, nada de errado em um movimento apoiado por um terrorista que tentou queimar uma família inteira.

E o advogado dele ainda vem falar em legalizar a merda que ele fuma para diminuir a violência...

Só pelo trecho vc já pode ver que tipo de gente medíocre tem interesse nisso.

Offline Gutislo, o godo

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #237 Online: 23 de Abril de 2011, 11:36:22 »
Eu adoro bebidas alcóolicas,  :chopp: e, por natureza, não causo quaisquer problemas após as ingerir - gosto de fazer besteira de "cara limpa". No entanto, os danos provocados pelo abuso de bebidas alcóolicas são muito conhecidos:
* no trânsito, com acidentes gravíssimos;
* brigas diversas, pois com o sistema de inibição chapado, o indivíduo faz o que quer;
* males à saúde, doenças diversas...

Conforme disse o colega Agnóstico, cada um é responsabilizado de acordo com o que faz, não servindo o fato de se estar sob o domínio de certa drogas como excludente de ilicitude - no trânsito, só o fato de as haver consumido constitui infração.

Qual o critério para o álcool ser legal e a maconha não? - saliento que detesto o cheiro desta erva, mas mesmo assim sou favorável à sua legalização.

Com relação ao crime,  todos sabemos que, caso o cigarro e a cerveja sejam proibidos, em breve serão encontrados em "bocas-de-gole" espalhadas não mais somente nas favelas; dará um poder muito maior aos traficantes de drogas, os quais terão agora muito mais fontes de renda. Por outro lado, é plausível que a legalização da Cannabis não cause um impacto tão grande assim sobre o poder dos traficantes hoje, isto porque, pelo menos aqui em Belo Horizonte, o crescimento da cocaína e do crack foram espantosos. No Departamento de Narcóticos, entre as ocorrências trazidas por policiais militares, observo ser muito mais comum a presença destas últimas que a maconha.

Já sobre as marchas, no ano passado uma foi proibida aqui em Belo Horizonte, por uma das Varas de Tóxicos; por que proibir, proibir? Se se vive em uma democracia, o correto é abrir ao debate mesmo, para o povo decidir o que ele acha; que hipocrisia é esta? Quando menos, todo mundo sabe que no Brasil roubar não é crime...  :susto:

Eu pelo menos acredito que, com um trabalho maior de conscientização, tentar interiorizar nas pessoas, como se faz com o cigarro, seja mais eficiente para combater esta porcaria, que simplesmente uma proibição a qual não funciona.
"Todas as verdades estão contra nós. Mas continuamos vivendo porque as aceitamos em si mesmas, porque nos recusamos a tirar as conseqüências. Onde existe alguém que tenha traduzido uma só conclusão do ensino da astronomia, da biologia e tenha decidido não levantar-se mais por revolta ou por humildade face às distâncias siderais ou aos fenômenos naturais? Houve alguma vez um orgulho vencido pela evidência de nossa irrealidade?... As ciências provam nosso nada. Mas quem tirou disso a última lição?" E. Cioran

Offline Titoff

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #238 Online: 23 de Abril de 2011, 11:38:12 »
Eu defendo e não sou medíocre. No entanto, vejo q sua opinião é.

Se fosse um crente dizendo q os ateus podem ser medidos por Lenin...

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #239 Online: 23 de Abril de 2011, 11:44:21 »
O cara fugiu da justiça italiana porque queimou uma familia inteira, vem aqui defender o uso de drogas que todo mundo sabe sempre financiaram crimes maiores.

Legalizar a maconha vai acabar com o trafico?

Conversa, se pudessem ou quisessem acabar com o tráfico já o teriam feito, ou vc acha mesmo que o pessoal da Rocinha vai vender maconha com nota fiscal só porque liberaram?

Offline Titoff

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #240 Online: 23 de Abril de 2011, 11:50:43 »
Gutislo, a idéia é essa mesma. Se lida comuma situação da pior forma possível, que cria mais danos ainda.

O pior, no caso colocado, é que o direito de se manifestar pacificamente pela mudança na legislação some para se dizer que isto na verdade é uma conduta criminosa (um crime de opinião?). Diga-se de passagem que nunca ninguém foi condenado por isso. Serviu apenas para tirar, naquele momento, pessoas que tem idéias "incovenientes".

Offline Titoff

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #241 Online: 23 de Abril de 2011, 11:52:40 »
Cara, esfrie a cabeça e se informe. Verá que esta totalmenge desinformado quanto as propostas.

Offline Titoff

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #242 Online: 23 de Abril de 2011, 11:56:42 »
Conversa, se pudessem ou quisessem acabar com o tráfico já o teriam feito, ou vc acha mesmo que o pessoal da Rocinha vai vender maconha com nota fiscal só porque liberaram?

Realmente se pudessem, acabariam. Mas nestes moldes de war on drugs, não conseguem, é só derrota pelo mundo.

Se querem? Muitos não querem que a mamata atual acabe. É o tráfico, crime organizado.

"pessoal da rocinha", se refere-se a criminosos q dentre outras coisas, traficam, não iriam ganhar alvará. Na boa, como eu disse, se informe melhor.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #243 Online: 23 de Abril de 2011, 12:00:02 »
Não estou desinformado sobre a convivência que tive com parentes que se drogavam, legalizar a merda não acabará com o tráfico e nem com a bandidagem que continuará vendendo na rua.

Se um FDP como o citado acima defende algo, pode ter certeza que não é bom.

Simples assim.
Conversa, se pudessem ou quisessem acabar com o tráfico já o teriam feito, ou vc acha mesmo que o pessoal da Rocinha vai vender maconha com nota fiscal só porque liberaram?

Realmente se pudessem, acabariam. Mas nestes moldes de war on drugs, não conseguem, é só derrota pelo mundo.

Se querem? Muitos não querem que a mamata atual acabe. É o tráfico, crime organizado.

"pessoal da rocinha", se refere-se a criminosos q dentre outras coisas, traficam, não iriam ganhar alvará. Na boa, como eu disse, se informe melhor.

Sei...e liberando tudo eles começarão a produzir livremente e a pagar impostos que não pagam hoje. :stunned:


Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #244 Online: 23 de Abril de 2011, 12:23:42 »
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Renato Athayde Silva, Thiago Tomazine, Adriano Caldas e Achille Lollo

Fala do mesmo Achille Lollo que é procurado pela justiça italiana por terrorismo?

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Em 1973, Lollo e dois colegas da organização Poder Operário derramaram gasolina por baixo da porta do apartamento onde morava Mario Mattei, um gari de 48 anos, a esposa e seis filhos. Mattei era secretário de um partido , o Movimento Social Italiano. Ele ficou encurralado pelas chamas e se jogou pela janela. A esposa conseguiu pegar os filhos pequenos de 9 e 4 anos e os levou para o andar de cima, onde foram socorridos pelos bombeiros. Outras duas filhas de 19 e 15 anos escaparam descendo de um balcão. Os últimos dois filhos ficaram presos no quarto. Morreram abraçados e carbonizados. Veja fotos digitando "Rogo di Primavalle" (incêndio de Primavelle) no Google Imagens.


http://www.conteudo.com.br/providafamilia/quem-e-achille-lollo-pergunte-ao-psol

Dá para ver que os maconheiros presos são gente boa só pela amostra...com certeza eles se preocupam muito com a saúde e bem estar dos outros.



http://en.wikipedia.org/wiki/Al_Capone

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #245 Online: 23 de Abril de 2011, 12:35:18 »
Não estou desinformado sobre a convivência que tive com parentes que se drogavam, legalizar a merda não acabará com o tráfico e nem com a bandidagem que continuará vendendo na rua.

Seria meio como a venda de álcool e cigarros.


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Se um FDP como o citado acima defende algo, pode ter certeza que não é bom.

falácia de associação.


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Simples assim.
Conversa, se pudessem ou quisessem acabar com o tráfico já o teriam feito, ou vc acha mesmo que o pessoal da Rocinha vai vender maconha com nota fiscal só porque liberaram?

Realmente se pudessem, acabariam. Mas nestes moldes de war on drugs, não conseguem, é só derrota pelo mundo.

Se querem? Muitos não querem que a mamata atual acabe. É o tráfico, crime organizado.

"pessoal da rocinha", se refere-se a criminosos q dentre outras coisas, traficam, não iriam ganhar alvará. Na boa, como eu disse, se informe melhor.

Sei...e liberando tudo eles começarão a produzir livremente e a pagar impostos que não pagam hoje. :stunned:

Não necessariamente. Há vários "modelos" de como uma legalização ou descriminalização poderia ser feita. Nem todos incluem legalização formal plena da atividade.

O ponto principal é que o combate não só é inefetivo, como causa mais danos do que se podeira razoavelmente esperar de não haver esse combate, de ser como cigarros ou álcool. E não precisaria ser (eu não acho que deveria ser) como cigarro ou álcool, poderia já começar de uma restrição ainda mais ferrenha que a do álcool, só não precisa se continuar dando murro em ponta de faca com as ações anti-drogas.

Citação de: Mucuna
Artigo da Associated Press (AP) sobre a política de 'guerras as drogas':

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APÓS 40 ANOS, UM TRILHÃO DE DÓLARES, A GUERRA AS DROGAS DOS EUA FALHOU EM TODOS OS SEUS OBJETIVOS

CIDADE DO MÉXICO (AP) - Depois de 40 anos, a "guerra contra as drogas" dos Estados Unidos custou US $ 1 trilhão e centenas de milhares de vidas, e para quê? O uso de drogas está desenfreado e violência ainda mais brutal e generalizada.

Mesmo o czar das drogas dos EUA, Gil Kerlikowske, admite a estratégia não funcionou.

"No geral, não tem sido bem sucedida", Kerlikowske disse à Associated Press. “Se algo mudou, é que quarenta anos depois a preocupação com drogas e problemas de droga só aumentou e se intensificou".

Esta semana o presidente Obama prometeu "reduzir o uso de drogas e os grandes danos que estas provocam" com uma nova política nacional que disse tratar o uso de drogas mais como questão de saúde pública e se concentra na prevenção e tratamento.

No entanto, seu governo aumentou os gastos com a interdição e aplicação da lei para níveis recorde tanto em dólares quanto em termos percentuais; este ano, que representam US$10 bilhões dos US$15 bilhões do seu orçamento de controle de drogas.

Kerlikowske, que coordena todas as políticas federais antidrogas, diz que vai levar tempo para que os gastos se equiparem com a retórica.

"Nada acontece de um dia para o outro", diz ele. "Nós nunca trabalhamos o problema da droga de forma holística. Vamos prender o traficante, mas deixamos o vício."

Seu antecessor, John P. Walters, vê problemas nisso.

O abuso de drogas atingiu em 1979 a nível máximo nacional e, apesar das flutuações, permanece abaixo destes níveis, ele diz. Julgar a guerra às drogas é complicado: Registros indicam que o uso abusivo de maconha e drogas de prescrição está subindo, enquanto o consumo de cocaína está caindo. As apreensões estão aumentando, mas o mesmo ocorre com a disponibilidade.

"Dizer que todas as coisas que têm sido feitos na guerra contra as drogas não fizeram qualquer diferença é ridículo", diz Walters. "Dizer isso destrói tudo o que fizemos. É dizer todas as pessoas envolvidas na aplicação da lei, tratamento e prevenção estiveram perdendo seu tempo. Diz todo o trabalho dessas pessoas está errado."

___ ___

Em 1970, os hippies estavam fumando maconha e tomando ácido. Os soldados estavam voltando para casa do Vietnam viciados em heroína. O presidente Richard M. Nixon, belicoso, iniciou uma nova guerra ele pensou que poderia ganhar.

"Esta nação enfrenta uma grave crise em termos do uso crescente de drogas, principalmente entre os jovens," Nixon disse ao assinar o Global Drug Abuse Prevention and Control Act. No ano seguinte, ele disse: "inimigo público número 1 nos Estados Unidos é o abuso de drogas. A fim de combater e derrotar esse inimigo, é necessário empreender uma nova ofensiva total".

Seu primeiro orçamento antidrogas foi de US $ 100 milhões. Agora é de US $ 15,1 bilhões, 31 vezes a quantidade de Nixon, mesmo quando ajustados pela inflação.

Usando pedidos realizados através do Freedom Information Act, documentos de arquivo, orçamentos federais e dezenas de entrevistas com líderes e analistas, a AP rastreou para onde esse dinheiro foi, e descobriu que os Estados Unidos aumentaram várias vezes os orçamentos dos programas que pouco fizeram para parar o fluxo de drogas. Em 40 anos, os contribuintes gastaram mais de:

— US $ 20 bilhões para lutar contra os traficantes de drogas em seus países de origem. Na Colômbia, por exemplo, os Estados Unidos gastaram mais de US $ 6 bilhões, enquanto o cultivo de coca aumentou e o tráfico mudou para o México - e a violência junto com ele.

— US $ 33 bilhões em marketing com mensagens do estilo "Apenas Diga Não" aos jovens dos EUA e outros programas de prevenção. São reportadas as mesmas taxas de uso de drogas ilegais por estudantes dos colégios desde 1970, e os Centros de Controle de Doenças e Prevenção dizem que casos de overdoses tem "subido de forma constante" desde o início dos anos 1970 para mais de 20.000 no ano passado.

— US$ 49 bilhões para a aplicação da lei ao longo das fronteiras dos Estados Unidos visando o corte do fluxo de drogas ilegais. Este ano, 25 milhões de americanos irão cheirar, engolir, injetar e fumar drogas ilícitas, cerca de 10 milhões a mais que em 1970, com a maior parte dessas drogas importados do México.

— $121 bilhões para prender mais de 37 milhões de infratores por drogas não-violentos, cerca de 10 milhões delas por posse de maconha. Estudos mostram que o tempo da cadeia tende a aumentar o consumo de drogas.

— US$ 450 bilhões para trancar as pessoas em prisões (federais, apenas).. No ano passado, metade de todos os presos federais dos EUA estavam servindo sentenças por delitos de drogas.

At the same time, drug abuse is costing the nation in other ways. Ao mesmo tempo, o abuso de drogas está onerando o país em outras maneiras. O Departamento de Justiça estima as conseqüências do abuso de drogas - "um sistema judiciário sobrecarregado e um sistema de saúde no limite, perda de produtividade, e a destruição ambiental" - custou aos Estados Unidos 215 bilhões de dólares por ano.

Economista da Universidade Harvard, Jeffrey Miron diz que a única certeza que os contribuintes conseguem ao gastar mais com policiais e soldados são mais homicídios.

"A política atual não está tendo um efeito de redução do uso de drogas", disse Miron, "mas está custando uma fortuna ao público."

___ ___

Desde o início, os parlamentares debateram ferozmente se a aplicação da lei - não importa quão bem financiada e bem treinados - poderia um dia derrotar o problema das drogas.

O então senador do Alasca Mike Gravel, que tinha suas dúvidas, desde então viu seus piores medos acontecerem.

"Olhe o que aconteceu. É uma tragédia em curso que nos custou um trilhão de dólares. Lotou nossas cadeias e desestabilizou países como México e Colômbia", diz ele.

Em 1970, proponentes disseram que leis mais severas poderiam efetivamente fechar a fronteira sul dos EUA e parar o fluxo de drogas. Desde então, os EUA vem usado patrulhamento, checkpoints, cães farejadores, câmeras, detectores de movimento, sensores de calor, aeronaves espiãs - e mesmo colocar mais de 1.600 quilômetros de viga de aço, paredes de concreto e cercas que se esticam da Califórnia ao Texas.

Nada disso parou as drogas. O Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas, diz que cerca de 330 toneladas de cocaína, 20 toneladas de heroína e 110 toneladas de metanfetamina são vendidas nos Estados Unidos a cada ano - quase tudo trazido pelas fronteiras. Even more marijuana is sold, but it's hard to know how much of that is grown domestically, including vast fields run by Mexican drug cartels in US national parks. Ainda mais a maconha é vendida, mas é difícil saber quanto que é cultivada a nível nacional, incluindo as vastas plantações em parques nacionais dos EUA dos cartéis da droga mexicanos.

Os traficantes que são apanhados têm sobrecarregado os sistemas de justiça nos Estados Unidos e em outros lugares. Procuradores dos EUA retiraram acusações de 7.482 casos envolvendo drogas no ano passado, a maioria porque simplesmente devido a não terem tempo. Isso é cerca de um em cada quatro casos envolvendo drogas.

Os Estados Unidos nos últimos anos juntou milhares de suspeitos de associação com traficantes de drogas do México, então, em seguida, delegou parte dos casos a promotores locais que não pode fazer as acusações se manterem por falta de provas. Os suspeitos são, então, às vezes liberados, deportados ou absolvidos. O Ministério da Justiça dos EUA nem sequer acompanha o que acontece com todos eles.

No México, os traficantes exploram um sistema de justiça falido. Investigadores muitas vezes não conseguem reunir provas convincentes - e às vezes são assassinados quando o fazem. Confissões são obtidas através do espancamento de suspeitos por policiais frustrados e mal pagos. Juízes que já não fecham os olhos para tais abusos, contrariados, libertam os suspeitos.

Na prisão, seja nos EUA ou no México, os traficantes continuam a operar, ordenar assassinatos e organizar a distribuição de seus produtos até mesmo de confinamento em solitárias no Texas e na Califórnia. No México, os prisioneiros às vezes pode até comprar a sua fuga.

A violência toma o México. Em Ciudad Juarez, o epicentro da violência relacionada às drogas no México, 2.600 pessoas foram mortas no ano passado em a violência relacionada com carteis, tornando a cidade de um milhão de habitantes em todo o Rio Grande a partir de El Paso, Texas, uma das mais mortais do mundo. Nem uma única pessoa foi processado por homicídio relacionado ao crime organizado.

E então há o dinheiro.

Os US $ 320 bilhões anuais da indústria global de drogas representa atualmente um por cento de todo o comércio no planeta.

Um total de 10 por cento de economia do México é construído sobre rendimentos de drogas – 25 bilhões de dólares contrabandeadas dos Estados Unidos a cada ano, dos quais 25 centavos de cada 100 dólares de contrabando é apreendido na fronteira. Assim, não há incentivo para uma reforma financeira que poderia domar a cartéis.

"Para cada traficante que se coloca na cadeia ou mata, há uma fila para substituí-lo, porque o dinheiro é muito", diz Walter McCay, que dirige a ONG Centro para a Certificação Profissional da Polícia na Cidade do México.

McCay é um dos 13 mil membros de Medford, Massachusetts, base da Law Enforcement Against Prohibition, um grupo de policiais, juízes, procuradores, guardas prisionais e outros que querem legalizar e regulamentar todas as drogas.

Uma década atrás, nenhum político que desejasse manter seu emprego seria capaz de dizer uma única palavra sobre a legalização, mas é um consenso crescente em todo o país que pelo menos a maconha vai um dia ser regulamentada e vendida como álcool e tabaco.

Os eleitores da Califórnia em novembro decidem se legalizam a maconha, e Dakota do Sul vai votar no outono quanto à possibilidade de uso medicinal da maconha, já autorizados na Califórnia e 13 outros estados. A administração Obama diz que não terá como alvo os dispensários de maconha se estes estiverem de acordo com as leis estaduais.

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O presidente mexicano Felipe Calderón diz que se os EUA querem corrigir o problema das drogas, é preciso fazer algo a respeito sobre a sede sem fim dos americanos por drogas ilegais.

Kerlikowske concorda, e Obama se comprometeu a fazer isso.

No entanto ambos os países continuam a gastar a maior parte de seus orçamentos de políticas sobre drogas na aplicação da lei ao invés de tratamento e prevenção.

O orçamento recém-lançado do presidente Barack Obama para a guerra as drogas é essencialmente o mesmo que Bush, com cerca de duas vezes mais dinheiro indo para o sistema de justiça criminal do que para tratamento e prevenção", disse Bill Piper, diretor de assuntos nacionais para a organização sem fins lucrativos Drug Policy Alliance. "Isso apesar das declarações de Obama durante a campanha que o uso de drogas deve ser tratado como uma questão de saúde, e não uma questão de justiça criminal."

Obama pede 15,5 bilhões de dólares para o combate às drogas em 2011, cerca de dois terços disso indo para a aplicação da lei nas linhas de frente da batalha: a polícia, militares e agentes da patrulha de fronteira lutando para apreender drogas e prender traficantes e usuários.

Cerca de 5,6 bilhões de dólares serão gastos em prevenção e tratamento.

"Pela primeira vez o país tem diante de si uma administração que vê a questão das drogas primeiramente através de uma visão de saúde pública", disse o economista e especialista em políticas sobre drogas, John Carnevale, que serviu três administrações e quatro czares das drogas (secretários antidrogas). "Porém ... parece que este passo político histórico tem alguns problemas com o seu orçamento de apoio."

Carnevale disse que o governo continua, substancialmente, alocando de maneira excessiva recursos para as áreas que a pesquisa mostra serem menos eficazes - interdição e programas para países de origem -, enquanto realiza uma sub-alocação de fundos para tratamento e prevenção.

Kerlikowske, que gostaria que as pessoas parassem de chamar a política de "guerra" contra as drogas, muitas vezes fala sobre uma das mais valiosas ferramentas que eles encontraram, a qual médicos detectam o abuso de drogas durante a rotina de exames médicos. Esse programa receberia apenas US $ 7,2 milhões no orçamento de Obama.

"As pessoas vão dizer que não é suficiente. Dirão que o orçamento de drogas não deslocou-se tanto quanto deveria, não discordo disso", disse Kerlikowske. "Gostaríamos de fazer mais nesse sentido."

Quinze anos atrás, quando o governo começou a pedir aos médicos que perguntassem a seus pacientes sobre o uso de drogas durante exames médicos rotineiros, o programa foi descrito como uma das formas mais eficazes de intervenção precoce de futuros viciados.

"Nada acontece da noite para o dia", diz Kerlikowske.

___ ___

Até 100 anos atrás, as drogas eram simplesmente uma mercadoria. Então mudanças culturais do Ocidente a tornaram imoral e torpe, de acordo com a professora Fernanda Mena da London School of Economics.

Movimentos religiosos levaram as cruzadas contra as drogas: Em 1904, um bispo episcopal ao retornar de uma missão no Extremo Oriente, defendeu a proibição do ópio após ter observado a "degeneração moral dos nativos." Em 1914, o New York Times publicou que a cocaína fazia os negros cometerem "crimes violentos", e que os tornavam resistentes aos tiros da polícia. Nas décadas que se seguiram, diz Mena, as drogas se tornaram sinônimo de maldade.

Nixon usou essas emoções, quando fez pressão por sua guerra contra as drogas.

"Vício em narcóticos é um problema que atinge tanto o corpo quanto a alma da América", disse ele em uma mensagem especial ao Congresso, 1971. "Ele entra discretamente nos lares e destrói os filhos, move-se em bairros e quebra a fibra da comunidade que faz os vizinhos. Devemos tentar entender melhor a confusão e desilusão e desespero que levam as pessoas, especialmente os jovens, ao uso de entorpecentes e drogas perigosas."

Apenas alguns anos mais tarde, um jovem Barack Obama foi um dos jovens usuários, um adolescente fumando maconha e dando "uma cheiradinha quando dava para pagar", como ele escreveu em "Dreams From My Father". Quando perguntado durante sua campanha, se ele tinha tragado a maconha, ele respondeu: "Este era o objetivo."

Então, por que persistir com programas caros que não funcionam?

Department of Homeland Security Secretary Janet Napolitano, sitting down with the AP at the US Embassy in Mexico City, paused for a moment at the question. Secretária do Departamento de Segurança Interna, Janet Napolitano, reunida com a AP na embaixada dos EUA na Cidade do México, parou por um momento diante da questão.

"Olha", diz ela, começando devagar. "Isso é algo que vale a pena lutar, porque a questão da toxicodependência é sobre uma luta pela vida de alguém, a vida de uma criança, a vida de um adolescente, sua capacidade para ser um adulto bem sucedido e produtivo.

"Se você pensar sobre isso nesses termos, que estão lutando pela vida - e no México estão literalmente lutando por vidas bem do ponto de vista da violência - que você percebe as apostas são altas demais para rolar."

http://www.foxnews.com/world/2010/05/13/ap-impact-years-trillion-war-drugs-failed-meet-goals/

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Offline Gaúcho

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #246 Online: 23 de Abril de 2011, 12:51:43 »
Alguém poderia responder?

1) Vantagens da legalização da maconha. Quais problemas atuais a liberação resolveria? Que problemas poderia causar?
2) Exemplos de lugares onde a legalização foi posto em prática, e dados concretos da diminuição da violência nestes lugares.
3) Se a legalização possuí mais vantagens que desvantagens, por que não foi ainda posta em prática? Interesses suspeitos de nossos políticos? Os pró-liberação sabem de algo que mais ninguém sabe?
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #247 Online: 23 de Abril de 2011, 12:58:40 »
1 - acho que principalmente gente sendo presa por comercializar algo análogo a tabaco ou álcool como meio de vida, bem como a violência envolvida, tanto na manutenção do comércio quanto no seu combate.

2 - legalização plena eu não sei (e nem acho que deveria ser feito), mas diversos níveis de tolerância existem em alguns países. Acho que os Países Baixos e Portugal são os mais conhecidos, ao menos os que eu me lembro.


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The Portuguese experiment with the legalisation of drugs
Posted by Paul Frijters on Tuesday, November 2, 2010

In 2001, Portugal decriminalized the private use of all illicit drugs, including heroin, cannabis, and cocaine. As long as a person is not found in possession of more than 10 days’ worth of any of these drugs, use and possession is no longer a criminal offense. The main point of the new policy was to focus more on dissuasion, make it easier for addicted users to seek help, reduce the flow of funds to criminal gangs, and to reduce the burden of drug enforcement upon the criminal justice system.

How did they do? Politically speaking the scheme has been a success in that Portuguese politicians, including the current prime minister Socrates, have been bragging about their role in the introduction of this policy. What about the effects on usage and crime? I can do no better than to copy the conclusions of a recent paper on the issue by Hughes and Stevens, two UNSW based Australian researchers:

In the Portuguese case, the statistical indicators and key informant interviews that we have reviewed suggest that since decriminalization in July 2001, the following changes have occurred:

* small increases in reported illicit drug use amongst adults;
* reduced illicit drug use among problematic drug users and adolescents, at least since 2003;
* reduced burden of drug offenders on the criminal justice system;
* increased uptake of drug treatment;
* reduction in opiate-related deaths and infectious diseases;
* increases in the amounts of drugs seized by the authorities;
* reductions in the retail prices of drugs.

Perhaps worth copying here in Australia?

http://clubtroppo.com.au/2010/11/02/the-portuguese-experiment-with-the-legalisation-of-drugs/


3 - conservadorismo, medo de um avanço enorme no uso de drogas e de crimes cometidos por pessoas drogadas ou mesmo pelos traficantes apesar de não terem mais que se defender da polícia. Os pró-legalização/liberalização/tolerância apenas acreditam que não é um cenário realista, em diversos graus, vendo como algo mais análogo ao uso do álcool.

Offline EuSouOqueSou

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #248 Online: 23 de Abril de 2011, 15:30:55 »
Alguém poderia responder?

1) Vantagens da legalização da maconha. Quais problemas atuais a liberação resolveria? Que problemas poderia causar?

Respondendo de maneira curta e grossa. De imediato, usuários regulares de maconha deixariam de correr o risco de serem presos e terem suas vidas prejudicadas. Existem muitas pessoas, cidadãos de bem, que trabalham, estudam, tem filhos, que usam maconha regularmente, assim como tem gente q usa cigarro ou cerveja; e nem por isso vendem um carro ou uma casa pra comprar maconha, nem passam a usar crack ou cocaina por causa da maconha.

A médio prazo, geração de receitas para o Estado e empregos na logística do produto.

É preciso lembrar que a legalização tem diversas "facetas", digamos assim. Pode ser legalizado o uso e cultivo com fins medicinais, como na Califónia, e pode ser legalizado o uso recreativo, com limite definidos em lei para a quantidade a ser portada por usuário.

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2) Exemplos de lugares onde a legalização foi posto em prática, e dados concretos da diminuição da violência nestes lugares.

Portugal
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Dez anos separam duas realidades de um mesmo país. Até 2000, Portugal era tomado pela pior epidemia de drogas de sua história – e uma das mais graves da Europa. Hoje, os portugueses orgulham-se de sua bem-sucedida política de descriminalização. Na década de 1990, o país chegou a ter 150 mil viciados em heroína (quase 1,5% da população). Em 2001, o governo português arriscou: descriminalizou a posse individual de todas as drogas, da maconha à heroína. De lá para cá, a polícia portuguesa não prende quem porta pequenas quantidades de droga. No lugar da punição, os usuários flagrados são encaminhados para tratamento. Quando essa decisão foi aprovada pelo Parlamento, temia-se uma explosão no consumo. Mas o que se vê agora é uma queda no uso de todas as drogas e em todas as faixas etárias (leia nos quadros) .

Os números positivos da descriminalização só vieram a público no ano passado, com a publicação de um relatório do Cato Institute. Entre 2001 e 2006, as mortes por overdose caíram de 400 para 290. O registro de pessoas infectadas pelo HIV por compartilhar seringas contaminadas passou de 2 mil para 1.400. Mais importante: Portugal não virou destino para jovens europeus dispostos a se drogar sem que a polícia os incomodasse.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI120449-15227,00-A+LICAO+DOS+PORTUGUESES.html

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3) Se a legalização possuí mais vantagens que desvantagens, por que não foi ainda posta em prática? Interesses suspeitos de nossos políticos? Os pró-liberação sabem de algo que mais ninguém sabe?
3 - conservadorismo, medo de um avanço enorme no uso de drogas e de crimes cometidos por pessoas drogadas ou mesmo pelos traficantes apesar de não terem mais que se defender da polícia. Os pró-legalização/liberalização/tolerância apenas acreditam que não é um cenário realista, em diversos graus, vendo como algo mais análogo ao uso do álcool.

Concordo com o Indiana Jones. :D
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #249 Online: 23 de Abril de 2011, 16:43:17 »
http://markapropria.multiply.com/journal/item/1368/1368

A Holanda, um dos países mais liberais do mundo, está em crise com seus próprios conceitos. O país que legalizou a eutanásia, o aborto, as drogas, o “casamento” entre homossexuais e a prostituição reconhece que essa posição não melhorou o país. Ao contrário: aumentou seus problemas.

Em matéria publicada na revista Veja de 5 de março, sob o título Mudanças na vitrine, o jornalista Thomaz Favaro ressalta que, desde que a prostituição e as drogas foram legalizadas, tudo mudou em De Wallen, famoso bairro de Amsterdã, capital holandesa, onde a tolerância era aceita. “A região do De Wallen afundou num tal processo de degradação e criminalidade que o governo municipal tomou a decisão de colocar um basta. Desde o início deste ano, as licenças de alguns dos bordéis mais famosos da cidade foram revogadas. Os coffee shops já não podem vender bebidas alcoólicas nem cogumelos alucinógenos, e uma lei que tramita no Parlamento pretende proibi-los de funcionar a menos de 200 metros das escolas. Ao custo de 25 milhões de euros, o governo municipal comprou os imóveis que abrigavam dezoito prostíbulos. Os prédios foram reformados e as vitrines agora acolhem galerias de arte, ateliês de design e lojas de artigos de luxo”.

A matéria destaca ainda que a legalização da prostituição na Holanda resultou “na explosão do número de bordéis e no aumento da demanda por prostitutas”. Nos primeiros três anos de legalização da prostituição, aumentou em 260% o tráfico de mulheres no país. E a legalização da maconha? Fez bem? Também não. “O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras drogas. (...) O problema é que Amsterdã, com seus coffee shops, atrai ‘turistas da droga’ dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa”, afirma a matéria de Veja.

O criminologista holandês Dirk Korf, da Universidade de Amsterdã, afirma: “Hoje, a população está descontente com essas medidas liberais, pois elas criaram uma expectativa ingênua de que a legalização manteria os grupos criminosos longe dessas atividades”. Pesquisas revelam que 67% da população holandesa é, agora, a favor de medidas mais rígidas.
E ainda tem gente que defende que o Brasil deve legalizar a maconha, o aborto (no editorial passado, vimos o caso de Portugal), a prostituição etc, citando a Holanda e outros países como exemplo de “modernidade”.

Veja o caso da Suíça. Conta Favaro: “A experiência holandesa não é a única na Europa. Zurique, na Suíça, também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas e a prostituição. O bairro de Langstrasse, onde as autoridades toleravam bordéis e o uso aberto de drogas, tornara-se território sob controle do crime organizado. A prefeitura coibiu o uso público de drogas, impôs regras mais rígidas à prostituição e comprou os prédios dos prostíbulos, transformando-os em imóveis residenciais para estudantes. A reforma atraiu cinemas e bares da moda para o bairro”.

E a Dinamarca? “Em Copenhague, as autoridades fecharam o cerco ao Christiania, o bairro ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971. A venda de maconha era feita em feiras ao ar livre e tolerada pelos moradores e autoridades, até que, em 2003, a polícia passou a reprimir o tráfico de drogas no bairro. Em todas essas cidades, a tolerância em relação às drogas e ao crime organizado perdeu a aura de modernidade”.

Dessa “modernidade”, não precisamos। Nunca.

 

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