Daqui a alguns anos, vai ser liberada completamente.
E o estado vai dizer o que sobre as dezenas de milhares de pessoas que trancafiou por uso, como fez na época da lei seca?
E as pessoas que taxam esses caras de criminosos imorais vão dizer o que?
O estado faz as leis conforme se supõe ser melhor, teoricamente devido à representação da sociedade. Trancafiou quem quer tivesse que ter trancafiado pela lei, que visa tornar a sociedade viável; não acho que ele tenha qualquer coisa "a dizer". E sei lá o que "vão dizer" de quem cometia crimes antes, não me importa.
Bucaroo
É porque não faz sentido. Um erro não se justifica só por "tem um monte de gente no meio do esquema", ou porque é complicado. Não tem sentido algum.
Senão se teria algo bizarro como, comprar um carro que eu encomendei que um ladrão roubasse ser notoriamente errado; mas não ter nada demais comprar do que eu sei ser uma violenta gangue de roubos de carros, apenas porque ela já cresceu bastante, e tem toda uma estrutura complexa, site na internet, filiais em vários estados, toda uma hierarquia, maior que de muitas empresas, com tesoureiro separando a verba para corrupção policial e política e etc.
Pare com essas metáforas...
-O carro foi roubado de alguem, a droga foi produzida
O carro não teria que ser necessariamente roubado;
ou o roubo poderia ser justificado pelo preço, tal como você justifica as mortes em troco da droga pela ilegalidade.
Como não me parece haver nada de intrínseco na ilegalidade de um produto que justifique as mortes e demais crimes para o seu fornecimento, se eu simplesmente aceitar isso como verdade, não me é claro que "isso", o que dá essa justificativa, estivesse evidentemente ausente no caso do preço elevado de um carro para justificar o seu roubo.
A menos que fosse meramente arbitrário, ilegalidade é motivo para violência, preço alto demais não.
-O cara pode comprar um carro, usado, de 2mil,... a droga é proibida. (me recuso a considerar a opção de ir para holanda, desculpe)
Não, a droga não é proibida. Assim como há carros legais por preços mais acessíveis, há diversas opções de drogas legais, resumidamente álcool e cigarro. Se o cara que é aficcionado em drogas pode defender que vale a pena tirar vidas inocentes para o hábito do baseado ou cocaína, então é argumentável que para um modelo diferente de carro se justificasse também matar ou, no mínimo roubar, que é bem menos grave.
-O cara que fuma baseado da dinheiro para o tráfico, mas a violencia não é gerada por esse dinheiro. Ela encontra um mundo bizarro de desiguladade, corrupção, falta de perspectiva das pessoas que entram no tráfico, educação precaria, vontade de elevar-se socialmente devido a o que veem em novelas, propagandas, etc... Suficiente para mim para desvincular uma coisa da outra, na optica de quem usa.
O mesmo para quem compra um carro roubado ou qualquer outra coisa. Ele pode ver simplesmente como estar fazendo um bom negócio e fechar os olhos para o que acontece depois. Não tem culpa se é um mundo de corrupção, crime e violência, onde há pessoas dispostas para matar para lhe venderem um carro mais barato.
-Não compre petroleo. Vc esta financiando uma guerra assassina no Iraque.
...
Eu me pergunto se você realmente consegue acreditar no que diz. Acho que não. Tudo depende do petróleo. Até a comida. As pessoas não podem parar de usar petróleo. Mesmo se todos parassem de usar petróleo, o que quer que isso custasse, isso não iria resolver qualquer problema no Iraque.
Já com drogas, a situação é um pouquinho diferente, se reparar bem. Possivelmente a maioria das pessoas não usa drogas, ou algo próximo de 50%, e com certeza a maioria não usa as ilegais. É bem diferente de parar de comprar comida industrializada, andar de carro, comprar objetos de plástico, etc. Não é o que se considera serem "bens de primeira necessidade". As pessoas podem parar de usar drogas, especialmente as ilegais. Se não comprassem mais drogas fornecidas por um esquema que precisa de assassinatos e corrupção, esse esquema não precisaria mais existir, e faria toda a diferença. Completamente diferente do caso de supostamente adotarmos um estilo de vida semi-medieval para tentar acabar com a guerra no Iraque.