Autor Tópico: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados  (Lida 55553 vezes)

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Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #175 Online: 21 de Maio de 2008, 19:11:19 »
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Quanto a racionalização, você simlesmente a repetiu, se isentando da culpa de crimes que eventualmente financiasse para ter a sua droga em mãos,


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Isso não foi provocação, foi mera reafirmação do que você admitiu abertamente posts atrás, não se faça de vítima.

Você disse com todas as letras que consumiria bebidas (também consideradas drogas) ilegais se fossem ilegalizadas, e o que decorresse desse consumo ilegal seria culpa do estado e não sua.

Aonde falei de drogas? Vc falou "tua droga". Minha resposta foi para a sua afirmacao.


E volto a afirmar.
Se o estado quiser proibir de alguem visitar um prostibulo, ele sera o culpado pela marginalidade que ele gerou a partir desta decisao, nao importa que ele possa ou nao prender as pessoas por isso.
Da mesma maneira que o estado americano foi culpado pela marginalidade que criou quando tomou a decisao de proibir o alcool.

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O irônico é que posições como essa é que de certa forma embasam a justificativa de um estado paternalista, que tenha que ficar fazendo proibições desse tipo, como a das drogas. Se os cidadãos não julgam serem eles próprios responsáveis pelas conseqüências de suas ações, é compreensivel que se admita que o estado tenha que ser mais controlador.

Os usuários de drogas podem jogar a culpa pelas conseqüências indesejadas de se drogar/consumir álcool no estado, dizendo que ele é que tinha que zelar pelas substâncias que deve ou não consumir e o quanto deve consumir e como; se ele fez algo de errado, a culpa é do estado, que falhou em prevenir que ele bebesse ou se drogasse de forma a ser perigoso para outros. O cara enche a cara, sai de carro, mata cinco pedestres e se coloca como vítima de um estado que negligencia os hábitos pessoais, que não é um pai protetor e preocupado.

O ironico e alguem tentar distorcer os significados das coisas, a ponto de afirmar que alguem que quer impedir que o estado participe de sua vida particular e nao aceita um estado paternalista, seja acusado embasar um estado paternalista por um cara paternalista. Aprendendo bem com nosso governo.

E claro que vc sabe as consequencias indesejadas sao na maioria causada pelo estado, e que nao nao acho que ele deva zelar por nada que eu queira consumir e que nao, o estado nao falhou em me proibir, ele cometeu um erro ao tentar proibir e sofre com o impacto disso, assim como toda a populacao.

repetitivo...





“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Herf

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #176 Online: 21 de Maio de 2008, 19:51:38 »
Um vídeo postado em outro tópico. A meu ver, um ótimo argumento em favor da legalização da maconha:

<a href="http://www.youtube.com/v/jY_l-9acDj4" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/jY_l-9acDj4</a>

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #177 Online: 21 de Maio de 2008, 20:10:45 »
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Quanto a racionalização, você simlesmente a repetiu, se isentando da culpa de crimes que eventualmente financiasse para ter a sua droga em mãos,


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Isso não foi provocação, foi mera reafirmação do que você admitiu abertamente posts atrás, não se faça de vítima.

Você disse com todas as letras que consumiria bebidas (também consideradas drogas) ilegais se fossem ilegalizadas, e o que decorresse desse consumo ilegal seria culpa do estado e não sua.

Aonde falei de drogas? Vc falou "tua droga". Minha resposta foi para a sua afirmacao.

Dá no mesmo.



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E volto a afirmar.
Se o estado quiser proibir de alguem visitar um prostibulo, ele sera o culpado pela marginalidade que ele gerou a partir desta decisao, nao importa que ele possa ou nao prender as pessoas por isso.
Da mesma maneira que o estado americano foi culpado pela marginalidade que criou quando tomou a decisao de proibir o alcool.

Como eu dizia, é lavar as mãos da responsabilidade individual pelas próprias ações, com um raciocínio que justifica qualquer crime para obter algo que se deseja.

Não tem no país à venda o tênis da marca X, marca que é "imprescindível" para mim. Só tem disponível das marcas nacionais que o estado quer proteger e uma ou outra a mais importadas, que eu não gosto. O que eu faço então? Então eu compro contrabandeado, mesmo sabendo que é um contrabando assassino.

Eu até poderia muito bem comprar uma das marcas já existentes, mas não gosto tanto delas, essa marca é imprescindível para mim porque só eu sei o que é melhor para mim. E o estado não tem o direito de me proibir de ter a marca que eu quero, por qualquer justificativa que tenha. Então a culpa é dele sobre tudo que estiver implícito na obtenção da marca que eu quero. E ainda durmo tranquilo, porque a culpa é do sistema. Financiando esses crimes eu não só consigo o a minha preciosa marca de tênis, mas me rebelo contra o sistema, "tenho atitude". Sou praticamente um herói da resistência, um soldado da liberdade.


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O irônico é que posições como essa é que de certa forma embasam a justificativa de um estado paternalista, que tenha que ficar fazendo proibições desse tipo, como a das drogas. Se os cidadãos não julgam serem eles próprios responsáveis pelas conseqüências de suas ações, é compreensivel que se admita que o estado tenha que ser mais controlador.

Os usuários de drogas podem jogar a culpa pelas conseqüências indesejadas de se drogar/consumir álcool no estado, dizendo que ele é que tinha que zelar pelas substâncias que deve ou não consumir e o quanto deve consumir e como; se ele fez algo de errado, a culpa é do estado, que falhou em prevenir que ele bebesse ou se drogasse de forma a ser perigoso para outros. O cara enche a cara, sai de carro, mata cinco pedestres e se coloca como vítima de um estado que negligencia os hábitos pessoais, que não é um pai protetor e preocupado.

O ironico e alguem tentar distorcer os significados das coisas, a ponto de afirmar que alguem que quer impedir que o estado participe de sua vida particular e nao aceita um estado paternalista, seja acusado embasar um estado paternalista por um cara paternalista. Aprendendo bem com nosso governo.

E claro que vc sabe as consequencias indesejadas sao na maioria causada pelo estado, e que nao nao acho que ele deva zelar por nada que eu queira consumir e que nao, o estado nao falhou em me proibir, ele cometeu um erro ao tentar proibir e sofre com o impacto disso, assim como toda a populacao.

repetitivo...

Não há distorção alguma aqui. Se as pessoas não assumem a responsabilidade por seus atos, se vão cometer/financiar crimes e colocar a culpa no sistema feito adolescentes rebeldes, é perfeitamente cabível que se pense em ter leis mais rigorosas como meio de contornar os problemas dessa cultura de irresponsabilidade.

Não quis dizer que você na verdade deseja isso, apenas que esse tipo de posição punk de "eu vou fazer o que quiser e que se foda o sistema, a culpa é dele, que não me dá liberdade" dá margem à proporem uma rigidez contra ela.

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #178 Online: 21 de Maio de 2008, 22:28:10 »
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Dá no mesmo.

Nao da no mesmo.

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Como eu dizia, é lavar as mãos da responsabilidade individual pelas próprias ações, com um raciocínio que justifica qualquer crime para obter algo que se deseja.

Não tem no país à venda o tênis da marca X, marca que é "imprescindível" para mim. Só tem disponível das marcas nacionais que o estado quer proteger e uma ou outra a mais importadas, que eu não gosto. O que eu faço então? Então eu compro contrabandeado, mesmo sabendo que é um contrabando assassino.

Eu até poderia muito bem comprar uma das marcas já existentes, mas não gosto tanto delas, essa marca é imprescindível para mim porque só eu sei o que é melhor para mim. E o estado não tem o direito de me proibir de ter a marca que eu quero, por qualquer justificativa que tenha. Então a culpa é dele sobre tudo que estiver implícito na obtenção da marca que eu quero. E ainda durmo tranquilo, porque a culpa é do sistema. Financiando esses crimes eu não só consigo o a minha preciosa marca de tênis, mas me rebelo contra o sistema, "tenho atitude". Sou praticamente um herói da resistência, um soldado da liberdade.

Hummm, nao acho q vc falou a serio com esse exemplo. Quer dizer que existem opcoes ha droga??
Cara, por favor. Nao use falacias (sei que depois que vc usou tantas, fica estranho pedir), nem espantalho. Podemos discutir, mas o minimo de seriedade eh bom.


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Não há distorção alguma aqui. Se as pessoas não assumem a responsabilidade por seus atos, se vão cometer/financiar crimes e colocar a culpa no sistema feito adolescentes rebeldes, é perfeitamente cabível que se pense em ter leis mais rigorosas como meio de contornar os problemas dessa cultura de irresponsabilidade.

Não quis dizer que você na verdade deseja isso, apenas que esse tipo de posição punk de "eu vou fazer o que quiser e que se foda o sistema, a culpa é dele, que não me dá liberdade" dá margem à proporem uma rigidez contra ela.

Puts, quem falou em nao assumir responsabilidade pelos atos??
E, ... as leis nao sao rigorosas?? adianta??
e...  as vezes, as vezes, o sistema esta errado. Vc pode buscar quantos exemplos vc quiser, o que era proibido ha 200 anos, ha 100, ou o que era permitido ha 100, 200, etc...

E sem espantalhos (ta sei que eh dificil)







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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #179 Online: 21 de Maio de 2008, 22:45:04 »
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Dá no mesmo.

Nao da no mesmo.

Dá praticamente no mesmo, mas deixa pra lá. Você parece se prender a detalhes insignificantes para tentar desviar do foco (como na hora em que eu fiz qualquer menção à uma sigla decoreba de marketing e você focou a resposta nisso em vez de no assunto em si).

O ponto que eu faço é que não podemos depender da consciência dos usuários de drogas para nos livrarmos do tráfico, isso é fato. Os usuários racionalizam o fato de financiarem o crime da mesma forma que você disse que faria se o álcool fosse proibido.

 

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Como eu dizia, é lavar as mãos da responsabilidade individual pelas próprias ações, com um raciocínio que justifica qualquer crime para obter algo que se deseja.

Não tem no país à venda o tênis da marca X, marca que é "imprescindível" para mim. Só tem disponível das marcas nacionais que o estado quer proteger e uma ou outra a mais importadas, que eu não gosto. O que eu faço então? Então eu compro contrabandeado, mesmo sabendo que é um contrabando assassino.

Eu até poderia muito bem comprar uma das marcas já existentes, mas não gosto tanto delas, essa marca é imprescindível para mim porque só eu sei o que é melhor para mim. E o estado não tem o direito de me proibir de ter a marca que eu quero, por qualquer justificativa que tenha. Então a culpa é dele sobre tudo que estiver implícito na obtenção da marca que eu quero. E ainda durmo tranquilo, porque a culpa é do sistema. Financiando esses crimes eu não só consigo o a minha preciosa marca de tênis, mas me rebelo contra o sistema, "tenho atitude". Sou praticamente um herói da resistência, um soldado da liberdade.

Hummm, nao acho q vc falou a serio com esse exemplo. Quer dizer que existem opcoes ha droga??

Cigarro, álcool, ou ir para a Holanda.



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Cara, por favor. Nao use falacias (sei que depois que vc usou tantas, fica estranho pedir)

Você acha que "falácia" é um adjetivo bom para qualquer argumento que não tenha como refutar. Simplesmente não é isso.

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Não há distorção alguma aqui. Se as pessoas não assumem a responsabilidade por seus atos, se vão cometer/financiar crimes e colocar a culpa no sistema feito adolescentes rebeldes, é perfeitamente cabível que se pense em ter leis mais rigorosas como meio de contornar os problemas dessa cultura de irresponsabilidade.

Não quis dizer que você na verdade deseja isso, apenas que esse tipo de posição punk de "eu vou fazer o que quiser e que se foda o sistema, a culpa é dele, que não me dá liberdade" dá margem à proporem uma rigidez contra ela.

Puts, quem falou em nao assumir responsabilidade pelos atos??

Você, ao tirar a responsabilidade dos crimes daqueles que pagam para que sejam cometidos e jogá-la ao estado. Isso é como dirigir bêbado, atropelar meia dúzia e dizer que a culpa é do estado que não te pageou o suficiente.


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E, ... as leis nao sao rigorosas?? adianta??

Depende de cada caso. De modo geral, se as pessoas são irresponsáveis, é perfeitamente válido criar leis para tentar amenizar ou prevenir o que pode vir dessa irresponsabilidade.



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e...  as vezes, as vezes, o sistema esta errado. Vc pode buscar quantos exemplos vc quiser, o que era proibido ha 200 anos, ha 100, ou o que era permitido ha 100, 200, etc...

E sem espantalhos (ta sei que eh dificil)

Não entendi de que exemplos está falando. O ponto é que é simplesmente imoral financiar assassinos, qualquer que seja a racionalização - isso é, "desculpa esfarrapada": "o estado não pode interferir na minha liberdade", "temos que combater o sistema", etc.

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #180 Online: 21 de Maio de 2008, 23:06:56 »
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Dá praticamente no mesmo, mas deixa pra lá. Você parece se prender a detalhes insignificantes para tentar desviar do foco (como na hora em que eu fiz qualquer menção à uma sigla decoreba de marketing e você focou a resposta nisso em vez de no assunto em si).

O ponto que eu faço é que não podemos depender da consciência dos usuários de drogas para nos livrarmos do tráfico, isso é fato. Os usuários racionalizam o fato de financiarem o crime da mesma forma que você disse que faria se o álcool fosse proibido.

Detalhes insignificantes.  Sobre as siglas, Vc faz 300 posts falando sobre que o que importa eh o preco, nao le sequer o que foi dito e me vem com essa? A resposta era exatamente sobre sua argumentacao que o preco era a questao determinante que iria minar a producao industrial. Eu argumentei sobre isso.

Vamos de novo para os pre-conceitos. Puxa, juro que nao queria passar por isso.
Nao podemos depender da consciencia de ninguem para as coisas funcionarem. Usuarios de drogas, bebidas, jogos, prostituicao, geladeiras, etc...
As coisas tem que funcionar institucionalmente: O estado faz o que deve, nao se mete onde nao deve, e cria a estrutura de fiscalizacao possivel e necessaria.

Cara, ve so. Vc nao vai acreditar em mim. Mas vc tem um PUTA PRECONCEITO que vaza e atrapalha seus argumentos.


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Cigarro, álcool, ou ir para a Holanda

Isso nao pode ser serio. Vc nao acha que e possivel falar para todo mundo que quer fumar um baseado que va para a holanda.
E cigarro e alcool nao sao opcoes, sao coisas distintas.
Quanto a: eu compro um tenis, nao tem, entao vou contrabandear e financiar uma industria assassina. Espantalho nesta e non sequitur na outra.

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Você acha que "falácia" é um adjetivo bom para qualquer argumento que não tenha como refutar. Simplesmente não é isso.

Nao, falacia sao os dois exemplos que te dei acima. Isso sao falacias.

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Você, ao tirar a responsabilidade dos crimes daqueles que pagam para que sejam cometidos e jogá-la ao estado. Isso é como dirigir bêbado, atropelar meia dúzia e dizer que a culpa é do estado que não te pageou o suficiente.

MAIS UM ESPANTALHO, causado pela sua visao preconceituosa que lhe permite fazer comparacoes deste tipo.


Quanto ao resto....








« Última modificação: 22 de Maio de 2008, 00:07:52 por Agnostico »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #181 Online: 22 de Maio de 2008, 02:48:08 »

As coisas tem que funcionar institucionalmente: O estado faz o que deve, nao se mete onde nao deve, e cria a estrutura de fiscalizacao possivel e necessaria.

Cara, ve so. Vc nao vai acreditar em mim. Mas vc tem um PUTA PRECONCEITO que vaza e atrapalha seus argumentos.

Não é preconceito, pois estamos na situação que estamos porque não podemos depender da consciência ética dos usuários de drogas para nos livrarmos do tráfico. É constatação.

Estão dispostos a financiar qualquer tipo de crime para ter sua preciosa droga em mãos. Fato.

Se é possivel ou certo que muita gente faria o mesmo com outros ítens, não muda esse fato.


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Cigarro, álcool, ou ir para a Holanda

Isso nao pode ser serio. Vc nao acha que e possivel falar para todo mundo que quer fumar um baseado que va para a holanda.

E daí? Não é assim para inúmeras outras coisas? Ir para a Disney World não é para todo mundo também. Se o sistema não permite isso então vale se fazer meio de qualquer tipo de crime para esse fim, ou o certo seria alguém ir no Beto Carreiro ou no Playcenter mesmo?



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E cigarro e alcool nao sao opcoes, sao coisas distintas.
Quanto a: eu compro um tenis, nao tem, entao vou contrabandear e financiar uma industria assassina. Espantalho nesta e non sequitur na outra.

Como sempre, tudo que você não consegue refutar é simplesmente espantalho ou falácia, mas nem se dá ao trabalho de explicar por que. São perfeitamente análogas. A menos que haja alguma diferença absurda entre tênis não disponíveis e drogas não disponíveis que eu não consiga ver.

Você primeiro disse que as coisas são imprescindíveis de acordo com julgamentos pessoais. A partir disso, seria lógico então que uma marca de tênis teoricamente pudesse ser considerada imprescindível.

Por outro lado, agora você aparentemente quer argumentar que a pessoa poderia usar uma marca qualquer, que a marca de tênis não é um bem que justificasse se financiar um crime organizado assassino para obter.

Ou seja, o que disse antes sobre o que é imprescindível ser uma decisão totalmente individual não vale mais nada, para tênis; marcas de tênis são prescindíveis, drogas não. Não se pode trocar uma droga ilegal fornecida pelo tráfico assassino por alguma opção legal. Só no caso do tênis.

Caso eu tenha compreendido mal a "lógica", poderia listar todos os tipos de bens e serviços que justificam que se financie uma rede criminosa assassina, e quais não? Para facilitar a discussão, para tentar deixar mais claro qual é o padrão?



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Você, ao tirar a responsabilidade dos crimes daqueles que pagam para que sejam cometidos e jogá-la ao estado. Isso é como dirigir bêbado, atropelar meia dúzia e dizer que a culpa é do estado que não te pageou o suficiente.

MAIS UM ESPANTALHO, causado pela sua visao preconceituosa que lhe permite fazer comparacoes deste tipo.

Essa de ficar dizendo que é uma falácia aleatória qualquer está enchendo o saco.

No máximo, seria uma falsa analogia, não espantalho. Mas não é uma falsa analogia: são dois casos de pessoas se isentando de responsabilidades das próprias ações e jogando-as nas costas do estado.

Qual é a diferença fundamental dessas pessoas que infringem a lei, causando danos a outros, e que acham que a culpa é do estado e não deles? A maior diferença aí é que os problemas causados numa situação são para obter a droga, e na outra, devido ao mal uso, e não me parece ser relevante.

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #182 Online: 22 de Maio de 2008, 10:55:15 »
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Não é preconceito, pois estamos na situação que estamos porque não podemos depender da consciência ética dos usuários de drogas para nos livrarmos do tráfico. É constatação.

Estão dispostos a financiar qualquer tipo de crime para ter sua preciosa droga em mãos. Fato.

Se é possivel ou certo que muita gente faria o mesmo com outros ítens, não muda esse fato.

Vc tem preconceito. Se vc não admite posse colocar suas citações do que vc acha de usuários de drogas, desde questões morais, higienicas, etc...
Usuários não estão dispostos a financiar crimes. Estão dispostos a ter suas drogas. Ele não esta disposto a ter uma decisão sua em algo razoavel ser tomada pelo estado. E se vc concorda ou não, Bucaroo, Se é imoral, amoral, PQP, não muda o fato de muita gente fazer isso e termos que dar uma solução, entende?
Se no seu mundo de bem e mau isso é mau, problema é seu. Mas o problema continua não importa se é ou não. Eu acho que não são da turma do darth vader.

E sim, exemplos de outros itens corroboram a questão de que o estado se mete em encrenca quando quer apitar onde não deve.



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E daí? Não é assim para inúmeras outras coisas? Ir para a Disney World não é para todo mundo também. Se o sistema não permite isso então vale se fazer meio de qualquer tipo de crime para esse fim, ou o certo seria alguém ir no Beto Carreiro ou no Playcenter mesmo?

Incrivel como vc gosta de falacias... INCRIVEL... Ja havia acontecido na discussão do qualia mas não estava com saco..
Bom, se vc acha que podemos falar para os X milhares de jovens, no seu dia a dia, da sua escola, dos caras que querem fazer por lazer, ir para a Holanda, e que isso é efetivo, e se o que vc falou vc acha que realmente faz sentido, não tenho nada a falar...


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Essa de ficar dizendo que é uma falácia aleatória qualquer está enchendo o saco.

No máximo, seria uma falsa analogia, não espantalho. Mas não é uma falsa analogia: são dois casos de pessoas se isentando de responsabilidades das próprias ações e jogando-as nas costas do estado.

Qual é a diferença fundamental dessas pessoas que infringem a lei, causando danos a outros, e que acham que a culpa é do estado e não deles? A maior diferença aí é que os problemas causados numa situação são para obter a droga, e na outra, devido ao mal uso, e não me parece ser relevante.

"No máximo seria falsa analogia"... não vou discutir com você mesmo que tipo de falácia você gosta de usar...

Mais uma vez:
se o estado se mete em proibir alcool, ele vai gerar tráfico
Se o estado se mete em proibir prostituicao, ele vai colocar as putas na marginalidade.
*Se o estado proibe o aborto mesmo quando e razoavel que se faca, ele esta pondo a vida das pessoas em risco.
Quando o estado proibia manifestacoes, ele coloca as pessoas que querem se manisfestar em uma situacao delicada (que era o topico)
Quando o estado permitia  que fizesse tráfico de escravos, e as pessoas que protestavam contra eram marginalizada, havia MILHARES de bucaroos conservadores que adoram o status quo e que iriam contra essas pessoas, porque era contra a LEI. O que é legal pode ou não estar certo, e ja te falei... os costumes MUDAM as leis.

Não da para ir contra o mundo real. Esse é meu ponto de vista. Se quer, continuamos argumentando para o resto de nossas vidas sobre os mesmos pontos que ja colocamos aqui

* alterado



« Última modificação: 22 de Maio de 2008, 14:10:36 por Agnostico »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #183 Online: 22 de Maio de 2008, 14:48:55 »
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Não é preconceito, pois estamos na situação que estamos porque não podemos depender da consciência ética dos usuários de drogas para nos livrarmos do tráfico. É constatação.

Estão dispostos a financiar qualquer tipo de crime para ter sua preciosa droga em mãos. Fato.

Se é possivel ou certo que muita gente faria o mesmo com outros ítens, não muda esse fato.

Vc tem preconceito. Se vc não admite posse colocar suas citações do que vc acha de usuários de drogas, desde questões morais, higienicas, etc...

As minhas afirmações são basicamente de que drogas não são saudáveis para começar (ainda que não sejam venenos letais em uma só dose, que não é a única maneira de algo não ser saudável), então usuários de drogas geralmente não levam em conta para esse hábito aspectos da saúde. Esse é um aspecto menos importante, não é uma "ofensa" ou preconceito contra os usuários de drogas como você tenta colocar para desqualificar toda a minha argumentação, é apenas um fator importante a ser considerado para avaliar a hipótese de que apesar de preços mais caros, os usuários iriam preferir drogas "menos prejudiciais" e estariam dispostas a trocar o tráfico pelo mercado legal por isso, mesmo se tivessem preços consideravelmente maiores. Não acho isso seja completamente inválido, alguma parte dos consumidores possivelmente iria trocar por uma opção "mais saudável", mas levando-se em conta que o grosso do consumidor é de baixa renda e já considera aceitável a droga oferecida pelo tráfico, tão baixa quanto for sua qualidade atual, não acho que podemos contar com isso para levar o tráfico/mercado ilegal violento à falência.

As drogas ilegais são fornecidas por um tráfico assassino que só existe devido aos usuários de drogas estarem dispostos a financiá-los para tê-las; é, para eles, uma troca aceitável, ou não comprariam drogas.

Não são preconceitos, são fatos. Não tem como refutar isso, só racionalizar.


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Usuários não estão dispostos a financiar crimes. Estão dispostos a ter suas drogas. Ele não esta disposto a ter uma decisão sua em algo razoavel ser tomada pelo estado.

Nada que vá contra o que eu disse. Esse é o único aspecto que provavelmente a maioria dos consumidores de drogas leva em conta, o seu ganho pessoal, e não os danos que esse ganho representa à sociedade.

Se levassem isso em consideração, e achassem que os danos provocados pelo tráfico à sociedade são algo mais importante do que ter a sua droga em mãos, não comprariam drogas ilegais. Não tem como fugir disso.

O que se pode fazer é apenas não querer ver, tentar ignorar esse aspecto e se focar apenas no fato do estado não dever controlar esse aspecto da vida das pessoas e então, daí por diante, não é problema do indivíduo que financia o crime, apenas do estado. Mas isso não faz com que deixe de ser verdade que quem financia organizações criminosas sabidamente assassinas tem uma boa parcela da culpa sobre as atividades que financiar.

 

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E se vc concorda ou não, Bucaroo, Se é imoral, amoral, PQP, não muda o fato de muita gente fazer isso e termos que dar uma solução, entende?

Eu não sei se você se lembra, mas eu vim parar nesse tópico justamente porque concordo com isso; não podemos contar apenas com a responsabilidade daqueles que sustentam o mercado ilegal de drogas e os crimes relacionados, e por isso a descriminalização seria ideal.



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Se no seu mundo de bem e mau isso é mau, problema é seu. Mas o problema continua não importa se é ou não. Eu acho que não são da turma do darth vader.

Mais especificamente, eles são da turma dos financiadores de assassinos, goste ou não dessa perspectiva. Se isso para você não é mal, penso que deveria reavaliar melhor os seus conceitos.

Aqueles velhos clichês, sabe, "os fins não justificam os meios" e "a minha liberdade acaba quando começa a sua", etc, podem ser batidos, mas são preceitos muito melhores do que esse relativismo que justifica assassinatos (talvez só os terceirizados) para se obter drogas recreativas.




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E daí? Não é assim para inúmeras outras coisas? Ir para a Disney World não é para todo mundo também. Se o sistema não permite isso então vale se fazer meio de qualquer tipo de crime para esse fim, ou o certo seria alguém ir no Beto Carreiro ou no Playcenter mesmo?

Incrivel como vc gosta de falacias... INCRIVEL... Ja havia acontecido na discussão do qualia mas não estava com saco..
Bom, se vc acha que podemos falar para os X milhares de jovens, no seu dia a dia, da sua escola, dos caras que querem fazer por lazer, ir para a Holanda, e que isso é efetivo, e se o que vc falou vc acha que realmente faz sentido, não tenho nada a falar...

Eu não disse que "temos que falar" isso. Como você parece constantemente se esquecer, estou defendendo a descriminalização das drogas.

Nesse ponto estava apenas contra argumentando sobre a suposta moralidade de se favorecer/financiar crimes diversos, até assassinatos, apenas para se obter algo que se quer, mas que não é acessível sem esses crimes.



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Essa de ficar dizendo que é uma falácia aleatória qualquer está enchendo o saco.

No máximo, seria uma falsa analogia, não espantalho. Mas não é uma falsa analogia: são dois casos de pessoas se isentando de responsabilidades das próprias ações e jogando-as nas costas do estado.

Qual é a diferença fundamental dessas pessoas que infringem a lei, causando danos a outros, e que acham que a culpa é do estado e não deles? A maior diferença aí é que os problemas causados numa situação são para obter a droga, e na outra, devido ao mal uso, e não me parece ser relevante.

"No máximo seria falsa analogia"... não vou discutir com você mesmo que tipo de falácia você gosta de usar...

Melhor dizendo, vai continuar dizendo que são falácias simplesmente como se dizer que algo é falácia fosse um jeito fácil de não ter que lidar com um argumento e "sair por cima".


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Mais uma vez:
se o estado se mete em proibir alcool, ele vai gerar tráfico
Se o estado se mete em proibir prostituicao, ele vai colocar as putas na marginalidade.
*Se o estado proibe o aborto mesmo quando e razoavel que se faca, ele esta pondo a vida das pessoas em risco.
Quando o estado proibia manifestacoes, ele coloca as pessoas que querem se manisfestar em uma situacao delicada (que era o topico)

Sim, vai. Mas isso não tira a responsabilidade das pessoas pelas próprias ações.

Se o estado ou o sistema não proporciona uma igualdade social absoluta e riqueza enorme para todos, sem que tenham sequer que trabalhar, vão haver roubos e homicídios. Se o estado não consegue proporcionar esse estado utópico das coisas, isso não justifica os roubos e homicídios, não faz com que seja direito dos cidadãos. Sim, essa é uma exigência muito maior do estado do que simplesmente permitir o uso de drogas; mas por outro lado, você defendia que o imprescindível é algo totalmente relativo/individual, e mais importante, a lógica subjacente é a mesma. Está em ambos os casos se justificando crimes que afetam outras pessoas apenas por qualquer falha no sistema que não te dê o que você quer, ao mesmo tempo em que é muito razoável se esperar que as pessoas que não podem ter tudo que querem aceitassem essa posição, se contentando com alternativas ou buscando mudar as coisas de maneira legal, não através da violência.

Mesmo se as leis ou o sistema são falhos, o melhor a se fazer é ainda exigir responsabilidade individual.



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Quando o estado permitia  que fizesse tráfico de escravos, e as pessoas que protestavam contra eram marginalizada, havia MILHARES de bucaroos conservadores que adoram o status quo e que iriam contra essas pessoas, porque era contra a LEI. O que é legal pode ou não estar certo, e ja te falei... os costumes MUDAM as leis.

Não da para ir contra o mundo real. Esse é meu ponto de vista. Se quer, continuamos argumentando para o resto de nossas vidas sobre os mesmos pontos que ja colocamos aqui

* alterado

Bem, depois eu é que venho com falácias. Parece provocação. Você não consegue nem manter em mente que eu não estou defendendo, não defendi em nenhum momento, que as leis continuassem como estão.

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #184 Online: 22 de Maio de 2008, 15:21:48 »
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As minhas afirmações são basicamente de que drogas não são saudáveis para começar (ainda que não sejam venenos letais em uma só dose, que não é a única maneira de algo não ser saudável), então usuários de drogas geralmente não levam em conta para esse hábito aspectos da saúde. Esse é um aspecto menos importante, não é uma "ofensa" ou preconceito contra os usuários de drogas como você tenta colocar para desqualificar toda a minha argumentação, é apenas um fator importante a ser considerado para avaliar a hipótese de que apesar de preços mais caros, os usuários iriam preferir drogas "menos prejudiciais" e estariam dispostas a trocar o tráfico pelo mercado legal por isso, mesmo se tivessem preços consideravelmente maiores. Não acho isso seja completamente inválido, alguma parte dos consumidores possivelmente iria trocar por uma opção "mais saudável", mas levando-se em conta que o grosso do consumidor é de baixa renda e já considera aceitável a droga oferecida pelo tráfico, tão baixa quanto for sua qualidade atual, não acho que podemos contar com isso para levar o tráfico/mercado ilegal violento à falência.

As drogas ilegais são fornecidas por um tráfico assassino que só existe devido aos usuários de drogas estarem dispostos a financiá-los para tê-las; é, para eles, uma troca aceitável, ou não comprariam drogas.

Não são preconceitos, são fatos. Não tem como refutar isso, só racionalizar.

Não é saudável para quem? Para o Bucaroo? De acordo com um texto postado por vc, maconha pode ser vista como relaxante... Se no final faz mais mal pra o pulmão do que para a cabeça do cara é problema de quem usa não do estado.
Cara, vc NUNCA vai entender isso... Não precisa concordar, mas pelo menos entenda. A decisão de ir a um prostibulo, comprar alcool, fumar o baseado é de quem toma.

E sim, o tráfico assassino só existe porque os usuários compram drogas ilegais PORQUE o estado a torna ilegais. Mais uma vez, se vc não entende isso, não sei porque continuamos argumentando exatamente o mesmo ponto.,

E não, não são fatos. São preconceitos seus. E... quanto ao preconceito, afirmo. Vc tem preconceito. Se quer, diga que sim, eu saio fazendo uma coletanea das suas frases.

Quanto ao blablabla apos a esta situação, cai no mesmo ja exposto acima.


E não, não vc não argumenta. Vc fica fazendo JULGAMENTOS morais de acordo com seus preconceitos. As falacias ja as citei de monte. Quer que eu faça um apanhado sobre moral de drogados, higiene, não se preocupa com saude, preço baixos, comprar droga na holanda, etc... eu faço. Mas sinceramene acho que é desnecessário.

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Sim, vai. Mas isso não tira a responsabilidade das pessoas pelas próprias ações.

Se o estado ou o sistema não proporciona uma igualdade social absoluta e riqueza enorme para todos, sem que tenham sequer que trabalhar, vão haver roubos e homicídios. Se o estado não consegue proporcionar esse estado utópico das coisas, isso não justifica os roubos e homicídios, não faz com que seja direito dos cidadãos. Sim, essa é uma exigência muito maior do estado do que simplesmente permitir o uso de drogas; mas por outro lado, você defendia que o imprescindível é algo totalmente relativo/individual, e mais importante, a lógica subjacente é a mesma. Está em ambos os casos se justificando crimes que afetam outras pessoas apenas por qualquer falha no sistema que não te dê o que você quer, ao mesmo tempo em que é muito razoável se esperar que as pessoas que não podem ter tudo que querem aceitassem essa posição, se contentando com alternativas ou buscando mudar as coisas de maneira legal, não através da violência.

Mesmo se as leis ou o sistema são falhos, o melhor a se fazer é ainda exigir responsabilidade individual.

Mais uma vez. Não tira a responsabilidade mesmo.
O cara que usa drogas pode ir em cana, esta financiando o tráfico, por uma decisão dele de fumar a maconha e do estado de deixa-la ilegal.


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Bem, depois eu é que venho com falácias. Parece provocação. Você não consegue nem manter em mente que eu não estou defendendo, não defendi em nenhum momento, que as leis continuassem como estão.

E não, não é este o ponto. Se vc quisesse discutir sobre legalização apenas, estariamos ainda falando sobre a questão do negócio registrado (com cnpj, 13, fiscalizacao, etc..) versus o modelo informal proposto, que era uma semi-descriminalização.

Há tempos que não discutimos sobre isso...  estamos discutindo exatamente onde o estado pode ou não dizer o que eu devo fazer, responsabilidades, consequencias e claro... os preconceitos.


“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #185 Online: 22 de Maio de 2008, 16:10:44 »
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As minhas afirmações são basicamente de que drogas não são saudáveis para começar (ainda que não sejam venenos letais em uma só dose, que não é a única maneira de algo não ser saudável), então usuários de drogas geralmente não levam em conta para esse hábito aspectos da saúde. Esse é um aspecto menos importante, não é uma "ofensa" ou preconceito contra os usuários de drogas como você tenta colocar para desqualificar toda a minha argumentação, é apenas um fator importante a ser considerado para avaliar a hipótese de que apesar de preços mais caros, os usuários iriam preferir drogas "menos prejudiciais" e estariam dispostas a trocar o tráfico pelo mercado legal por isso, mesmo se tivessem preços consideravelmente maiores. Não acho isso seja completamente inválido, alguma parte dos consumidores possivelmente iria trocar por uma opção "mais saudável", mas levando-se em conta que o grosso do consumidor é de baixa renda e já considera aceitável a droga oferecida pelo tráfico, tão baixa quanto for sua qualidade atual, não acho que podemos contar com isso para levar o tráfico/mercado ilegal violento à falência.

As drogas ilegais são fornecidas por um tráfico assassino que só existe devido aos usuários de drogas estarem dispostos a financiá-los para tê-las; é, para eles, uma troca aceitável, ou não comprariam drogas.

Não são preconceitos, são fatos. Não tem como refutar isso, só racionalizar.

Não é saudável para quem? Para o Bucaroo? De acordo com um texto postado por vc, maconha pode ser vista como relaxante... Se no final faz mais mal pra o pulmão do que para a cabeça do cara é problema de quem usa não do estado.
Cara, vc NUNCA vai entender isso... Não precisa concordar, mas pelo menos entenda. A decisão de ir a um prostibulo, comprar alcool, fumar o baseado é de quem toma.

Eu não disse que ninguém pode escolher fazer algo não saudável. Eu aceito que seja escolha das pessoas se engajarem em atividades ou hábitos não-saudáveis. É direito delas.

O meu ponto era que:

Citação de: Buckaroo Banzai
[esse é um aspecto importante a se considerar ao] avaliar a hipótese de que apesar de preços mais caros, os usuários iriam preferir drogas "menos prejudiciais" e estariam dispostas a trocar o tráfico pelo mercado legal por isso, mesmo se tivessem preços consideravelmente maiores. Não acho isso seja completamente inválido, alguma parte dos consumidores possivelmente iria trocar por uma opção "mais saudável", mas levando-se em conta que o grosso do consumidor é de baixa renda e já considera aceitável a droga oferecida pelo tráfico, tão baixa quanto for sua qualidade atual, não acho que podemos contar com isso para levar o tráfico/mercado ilegal violento à falência.

Repetindo: as pessoas podem ter hábitos prejudiciais à saúde, se acharem que vale a pena qualquer outro benefício que ache que obtenha em troca.



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E sim, o tráfico assassino só existe porque os usuários compram drogas ilegais PORQUE o estado a torna ilegais. Mais uma vez, se vc não entende isso, não sei porque continuamos argumentando exatamente o mesmo ponto.,

Eu não disse que não é por causa disso. Mas também eu só financio um comércio assassino ao pagar um cara para roubar um carro para mim porque o estado não legaliza a expropriação desse carro para mim ou me fornece um carro igual de graça ou por um preço menor.

O fato de algo ser ilegal - mesmo injustificavlemente ilegal - e as pessoas quererem esse algo, não justifica que se mate por elas, que se terceirize assassinatos.

Se as pessoas fazem isso, não podemos contar com sua ética individual para que esses crimes acabem; elas estão dispostas a financiá-los.


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E não, não são fatos. São preconceitos seus. E... quanto ao preconceito, afirmo. Vc tem preconceito. Se quer, diga que sim, eu saio fazendo uma coletanea das suas frases.

Repetindo: usar drogas não é um hábito saudável, praticamente por definição. Isso é fato, não é preconceito, pelamordedeus. E ainda que boa parte do uso possa não ser consideravelmente prejudicial à saúde, não é o caso com o grosso do mercado consumidor de drogas. São fatos, sim, queira ou não.

E como você mesmo admitiu, "sim, o tráfico assassino só existe porque os usuários compram drogas ilegais" - também é um fato.

Não tem preconceito meu aí, isso é só falta de argumento seu, argumento "ad hominem", para te familiarizar um pouco mais com o lado real das falácias.



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E não, não vc não argumenta. Vc fica fazendo JULGAMENTOS morais de acordo com seus preconceitos.

Bem, sim, é um julgamento moral, quando eu digo que é errado/mal que se financie assassinatos para se obter algo que se quer mas que não se pode obter legalmente.


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As falacias ja as citei de monte. Quer que eu faça um apanhado sobre moral de drogados, higiene, não se preocupa com saude,

Mas você vai ainda insistir nisso? O uso de drogas geralmente não é saudável, isso é um consenso médico, e os usuários de modo geral não tem uma preocupação com a saúde ao levar adiante esse hábito. Tanto menos, quanto mais freqüente for o uso, e já que estamos falando de mercado, e o grosso do mercado é sustentado por usuários freqüentes/problemáticos, o fator "droga de qualidade" continua argumentavelmente inverossímil como algo que contasse para reduzir suficientemente o tráfico.


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preço baixos,

Misturando dois argumentos/fatos agora, relativos à falta de preocupação com a saúde e o preço. Como já exemplifiquei, charuto e cachimbo são menos nocivos que cigarros, mas os cigarros são de longe mais populares. Em parte, talvez devido ao outro fato que você não julga ser muito importante, o preço (mais para o charuto do que para o cachimbo, pelo que me lembro)


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comprar droga na holanda,

Repetindo, isso não é o que eles realmente deveriam ter como opção. É apenas uma das opções legais que eles teriam, se pudéssemos contar com a responsabilidade deles, o que é demonstrado como fato que não podemos, e aceito por você.

Tudo que você aponta como falácias e preconceitos meus ou são simplesmente fatos ou argumentos perfeitamente válidos.




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Sim, vai. Mas isso não tira a responsabilidade das pessoas pelas próprias ações.

Se o estado ou o sistema não proporciona uma igualdade social absoluta e riqueza enorme para todos, sem que tenham sequer que trabalhar, vão haver roubos e homicídios. Se o estado não consegue proporcionar esse estado utópico das coisas, isso não justifica os roubos e homicídios, não faz com que seja direito dos cidadãos. Sim, essa é uma exigência muito maior do estado do que simplesmente permitir o uso de drogas; mas por outro lado, você defendia que o imprescindível é algo totalmente relativo/individual, e mais importante, a lógica subjacente é a mesma. Está em ambos os casos se justificando crimes que afetam outras pessoas apenas por qualquer falha no sistema que não te dê o que você quer, ao mesmo tempo em que é muito razoável se esperar que as pessoas que não podem ter tudo que querem aceitassem essa posição, se contentando com alternativas ou buscando mudar as coisas de maneira legal, não através da violência.

Mesmo se as leis ou o sistema são falhos, o melhor a se fazer é ainda exigir responsabilidade individual.

Mais uma vez. Não tira a responsabilidade mesmo.
O cara que usa drogas pode ir em cana, esta financiando o tráfico, por uma decisão dele de fumar a maconha e do estado de deixa-la ilegal.

Não só pode como deve ir em cana, se aceitamos humildes premissas como de que os fins não justificam os meios, e de que ao financiar o tráfico ele está financiando a violência, quando não era obrigado a isso, apesar de ser o único meio disponível e acessível para esse fim.


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Bem, depois eu é que venho com falácias. Parece provocação. Você não consegue nem manter em mente que eu não estou defendendo, não defendi em nenhum momento, que as leis continuassem como estão.

E não, não é este o ponto. Se vc quisesse discutir sobre legalização apenas, estariamos ainda falando sobre a questão do negócio registrado (com cnpj, 13, fiscalizacao, etc..) versus o modelo informal proposto, que era uma semi-descriminalização.

Há tempos que não discutimos sobre isso...  estamos discutindo exatamente onde o estado pode ou não dizer o que eu devo fazer, responsabilidades, consequencias e claro... os preconceitos.

Não, você é que está vendo isso, mas o tempo todo eu estou tão somente dizendo que não podemos depender do consumidor que financia o tráfico atualmente para acabar com ele, seja por consciência ética - pois ele já não financiaria o tráfico hoje - ou por apelo à sua saúde pessoal e supostas menores desvantagens das drogas do mercado legal - pois eles não já não consumiriam as drogas da qualidade oferecida pelo tráfico para começar, e/ou não na quantidade que consomem, e não se teria problemas de saúde oriundos do abuso de drogas legais, nem formas de consumo mais nocivas preferidas em detrimento de outras menos nocivas (cigarro versus cachimbo).

Isso parece perfeitamente aceitável, mas você resolveu defender a indefensável idéia de que é moralmente aceitável financiar o tráfico e seus crimes para se obter as drogas que se quiser consumir, e me colocar como um tipo de moralista direitista radical por ser contra essa aberração.

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #186 Online: 22 de Maio de 2008, 16:38:55 »
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Eu não disse que não é por causa disso. Mas também eu só financio um comércio assassino ao pagar um cara para roubar um carro para mim porque o estado não legaliza a expropriação desse carro para mim ou me fornece um carro igual de graça ou por um preço menor.

O fato de algo ser ilegal - mesmo injustificavlemente ilegal - e as pessoas quererem esse algo, não justifica que se mate por elas, que se terceirize assassinatos.

Se as pessoas fazem isso, não podemos contar com sua ética individual para que esses crimes acabem; elas estão dispostas a financiá-los.

Não, duvido que preciso explicar isso para vc. Se vc acha que é igual a situação de quem compra um carro roubado e de quem esta comprando o baseado, repito: Preconceito seu.

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Repetindo: usar drogas não é um hábito saudável, praticamente por definição. Isso é fato, não é preconceito, pelamordedeus. E ainda que boa parte do uso possa não ser consideravelmente prejudicial à saúde, não é o caso com o grosso do mercado consumidor de drogas. São fatos, sim, queira ou não.

E como você mesmo admitiu, "sim, o tráfico assassino só existe porque os usuários compram drogas ilegais" - também é um fato.

Não tem preconceito meu aí, isso é só falta de argumento seu, argumento "ad hominem", para te familiarizar um pouco mais com o lado real das falácias.

Não é praticamente saudável.... por definição do bucaroo. Mais uma vez: se o cara fuma maconha, é bom para ele (ele relaxa, etc..), não abusa, temo momentos saudáveis... sim É saudáve PARA ELE.

E não, não tire o que falei do contexto:
Isto é o que disse: "E sim, o tráfico assassino só existe porque os usuários compram drogas ilegais PORQUE o estado a torna ilegais"

Voce tem certeza q quer me dar o trabalho de varrer seus posts para que revejamos suas afirmações preconceituosas?

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Bem, sim, é um julgamento moral, quando eu digo que é errado/mal que se financie assassinatos para se obter algo que se quer mas que não se pode obter legalmente.

Se vc gosta de simplificar algo que criado por toda uma cadeia de decisões legais, equivocadas, muitas pre-conceituosas para isso aí que vc disse... ja disse, não temos nada a conversar.

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Misturando dois argumentos/fatos agora, relativos à falta de preocupação com a saúde e o preço. Como já exemplifiquei, charuto e cachimbo são menos nocivos que cigarros, mas os cigarros são de longe mais populares. Em parte, talvez devido ao outro fato que você não julga ser muito importante, o preço (mais para o charuto do que para o cachimbo, pelo que me lembro)

Não. Se vc não consegue ver que houve uma propaganda historica, hollywood, astros, novelas, bilhoes gastos, pesquisas realizadas para ver como viciar melhor as pessoas... e fica com a lenga lenga do preço... esquece dos outros fatores (nao vou falar da sigla)  não temos realmente nada para conversar.

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Repetindo, isso não é o que eles realmente deveriam ter como opção. É apenas uma das opções legais que eles teriam, se pudéssemos contar com a responsabilidade deles, o que é demonstrado como fato que não podemos, e aceito por você.

Tudo que você aponta como falácias e preconceitos meus ou são simplesmente fatos ou argumentos perfeitamente válidos.

Vc reclama que eu falo sobre falacias. Se vc ler esse texto acima, e achar lógico e um argumento válido... desculpe, não temos nada a conversar sobre o assunto.

Cara, o resto é mais do mesmo...


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Não, você é que está vendo isso, mas o tempo todo eu estou tão somente dizendo que não podemos depender do consumidor que financia o tráfico atualmente para acabar com ele, seja por consciência ética - pois ele já não financiaria o tráfico hoje - ou por apelo à sua saúde pessoal e supostas menores desvantagens das drogas do mercado legal - pois eles não já não consumiriam as drogas da qualidade oferecida pelo tráfico para começar, e/ou não na quantidade que consomem, e não se teria problemas de saúde oriundos do abuso de drogas legais, nem formas de consumo mais nocivas preferidas em detrimento de outras menos nocivas (cigarro versus cachimbo).

Isso parece perfeitamente aceitável, mas você resolveu defender a indefensável idéia de que é moralmente aceitável financiar o tráfico e seus crimes para se obter as drogas que se quiser consumir, e me colocar como um tipo de moralista direitista radical por ser contra essa aberração.


Nao. vc que parece defender a ideia idefensavel que o estado meter o bedelho aonde não deve gera essas aberrações.
Vc não entende o meu ponto:
Pessoas são como são, e não como o Bucaroo quer que seja.
Tendo isso em mente, se o estado fizer uma aberração, vai gerar uma aberração
Vão financiar sim o tráfico, porque é ilegal e as pessoas colocaram na cabeca dela que vão consumir.
Vc fica no na estorinha do bem e do mal, que as pessoas deveriam isso, e que deveriam aquilo... e eu estou falando que as pessoas fazem... não é sonho, e desfilando (mais uma fucking vez) preconceitos sobre a moral dos usuarios
Quem falou em moralmente aceitável, bom, malvadao, foi vc. Não saiu essas groselhas de mim. Saiu de vc. Eu falei e afirmo: O estado causa o tráfico ao marginalizar o comercio de drogas. Daí vc tirou esse bem, mal, que as pessoas deveriam fazer se fossem boazinhas...

Ja falei: Se vc eventualmente não gosta de putas, alguem gosta. E se proibirem as putas, elas vão para a ilegalidade. E gente vai morrer por isso. E vc ia falar essas groselhas sobre os malvadões comedores de putas que destroem suas familias por causa das putas e estragam o crescimento das criancinhas. Eu eu estaria defendendo as putas e falando que quem fez merda foi o estado ao proibir isso.

Bucaroo, meu caro. Vemos as coisas de maneira MUITO distinta.
« Última modificação: 22 de Maio de 2008, 16:57:46 por Agnostico »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #187 Online: 22 de Maio de 2008, 18:03:58 »
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Eu não disse que não é por causa disso. Mas também eu só financio um comércio assassino ao pagar um cara para roubar um carro para mim porque o estado não legaliza a expropriação desse carro para mim ou me fornece um carro igual de graça ou por um preço menor.

O fato de algo ser ilegal - mesmo injustificavlemente ilegal - e as pessoas quererem esse algo, não justifica que se mate por elas, que se terceirize assassinatos.

Se as pessoas fazem isso, não podemos contar com sua ética individual para que esses crimes acabem; elas estão dispostas a financiá-los.

Não, duvido que preciso explicar isso para vc. Se vc acha que é igual a situação de quem compra um carro roubado e de quem esta comprando o baseado, repito: Preconceito seu.

Então, por favor, esclareça a todos melhor a diferença, o que eu já tinha perguntado anteriormente. Quais bens e serviços que justificam assassinatos para obtê-los, e por que.



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Repetindo: usar drogas não é um hábito saudável, praticamente por definição. Isso é fato, não é preconceito, pelamordedeus. E ainda que boa parte do uso possa não ser consideravelmente prejudicial à saúde, não é o caso com o grosso do mercado consumidor de drogas. São fatos, sim, queira ou não.

E como você mesmo admitiu, "sim, o tráfico assassino só existe porque os usuários compram drogas ilegais" - também é um fato.

Não tem preconceito meu aí, isso é só falta de argumento seu, argumento "ad hominem", para te familiarizar um pouco mais com o lado real das falácias.

Não é praticamente saudável.... por definição do bucaroo. Mais uma vez: se o cara fuma maconha, é bom para ele (ele relaxa, etc..), não abusa, temo momentos saudáveis... sim É saudáve PARA ELE.

Você está saindo do cerne da questão, e indo para outros aspectos apenas marginalmente relevantes. Há uma coisa chamada "medicina", que estuda a saúde do corpo humano, e de modo geral, o uso de drogas não é considerado saudável, isso é praticamente um consenso (não meu, mas da medicina).

Não quer dizer que não se possa fazer uso de qualquer droga sem se causar danos irreparáveis à saúde, de qualquer forma, mas não era isso que eu estava argumentando, e nem que o usuário não possa julgar ter qualquer outro ganho pessoal vindo do uso de drogas. Eu não neguei isso.


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E não, não tire o que falei do contexto:
Isto é o que disse: "E sim, o tráfico assassino só existe porque os usuários compram drogas ilegais PORQUE o estado a torna ilegais"

Obviamente. Uma pessoa que se apropria ilegalmente de um objeto qualquer só usa de violência porque o estado/sistema não lhe fornece/permite acesso a esse bem.

Isso não muda o fato de que na cadeia causal as pessoas que fazem uso da violência para obter o que querem estão muito mais próximas e diretamente relacionadas com as conseqüências dos próprios atos violentos que o estado ao não garantir o acesso ao que elas querem, e é isso que julgo ser o ponto principal aqui.

Se consideramos que as pessoas devem ser responsabilizadas por suas ações, não é o fato do estado/sistema não garantir o acesso a algo que queiram que justifica que se use a violência como meio para obtenção, ou que joga a responsabilidade dessa decisão individual para o estado/sistema e suas falhas.


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Bem, sim, é um julgamento moral, quando eu digo que é errado/mal que se financie assassinatos para se obter algo que se quer mas que não se pode obter legalmente.

Se vc gosta de simplificar algo que criado por toda uma cadeia de decisões legais, equivocadas, muitas pre-conceituosas para isso aí que vc disse... ja disse, não temos nada a conversar.

Na verdade, não é que não tenha nada a conversar, na realidade não tem é como justificar o que defende senão por pesos e medidas diferentes e arbitrários, dependendo apenas do bem que se queira obter.



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Misturando dois argumentos/fatos agora, relativos à falta de preocupação com a saúde e o preço. Como já exemplifiquei, charuto e cachimbo são menos nocivos que cigarros, mas os cigarros são de longe mais populares. Em parte, talvez devido ao outro fato que você não julga ser muito importante, o preço (mais para o charuto do que para o cachimbo, pelo que me lembro)

Não. Se vc não consegue ver que houve uma propaganda historica, hollywood, astros, novelas, bilhoes gastos, pesquisas realizadas para ver como viciar melhor as pessoas... e fica com a lenga lenga do preço... esquece dos outros fatores (nao vou falar da sigla)  não temos realmente nada para conversar.

Não, não esqueço não, e por alguns desses fatores que sou contra a produção em massa e venda liberada nos moldes das drogas lícitas, ainda que seja favorável à descriminalização.

Continuam sendo, de qualquer forma, fatores muito relevantes que o grosso do consumidor é de baixa renda e já julga que a qualidade oferecida pelo tráfico, tão baixo como possa ser, já é suficiente para ser aceitável, o que torna o fator de "melhor qualidade" da droga (que não existe sem algum custo) da produção industrial algo de importância questionável no papel da indústria em levar o tráfico à falência.




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Não, você é que está vendo isso, mas o tempo todo eu estou tão somente dizendo que não podemos depender do consumidor que financia o tráfico atualmente para acabar com ele, seja por consciência ética - pois ele já não financiaria o tráfico hoje - ou por apelo à sua saúde pessoal e supostas menores desvantagens das drogas do mercado legal - pois eles não já não consumiriam as drogas da qualidade oferecida pelo tráfico para começar, e/ou não na quantidade que consomem, e não se teria problemas de saúde oriundos do abuso de drogas legais, nem formas de consumo mais nocivas preferidas em detrimento de outras menos nocivas (cigarro versus cachimbo).

Isso parece perfeitamente aceitável, mas você resolveu defender a indefensável idéia de que é moralmente aceitável financiar o tráfico e seus crimes para se obter as drogas que se quiser consumir, e me colocar como um tipo de moralista direitista radical por ser contra essa aberração.


Nao. vc que parece defender a ideia idefensavel que o estado meter o bedelho aonde não deve gera essas aberrações.

Repetindo mais uma vez, eu não estou defendendo que o estado deve proibir o consumo de drogas.

E o estado regular sobre a produção e comercialização, de qualquer forma, não vai além do seu papel, a menos que você considerasse que álcool, cigarros, cocaína, crack, maconha, devessem ter sua venda permitida até a crianças e ter propagandas que fizessem uso de personagens infantis. Dentre as possibilidades de regulação, está a permissão do consumo e produção doméstica, e a proibição de industrialização e comercialização em massa.



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Vc não entende o meu ponto:
Pessoas são como são, e não como o Bucaroo quer que seja.
Tendo isso em mente, se o estado fizer uma aberração, vai gerar uma aberração
Vão financiar sim o tráfico, porque é ilegal e as pessoas colocaram na cabeca dela que vão consumir.

Sim eu admito isso, é justamente o meu ponto. Não podemos contar com a consciência das pessoas que acham válido financiar o tráfico assassino para obterem a droga que querem usar como recreação.

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Vc fica no na estorinha do bem e do mal, que as pessoas deveriam isso, e que deveriam aquilo... e eu estou falando que as pessoas fazem... não é sonho, e desfilando (mais uma fucking vez) preconceitos sobre a moral dos usuarios

Não é um preconceito, é uma constatação. Eles financiam assassinos para obterem suas drogas recreativas. Você não tem como negar isso, só pode ficar tentando relativizar, e desviar a atenção do fato, mas ele nunca deixa de ser fato. É sim, o que as pessoas fazem, não é mesmo um sonho, mas também não é preconceito, é apenas um triste fato. As pessoas estão dispostas a pagar para que pessoas morram para obter suas drogas, e fazem isso conscientemente.


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Quem falou em moralmente aceitável, bom, malvadao, foi vc. Não saiu essas groselhas de mim. Saiu de vc. Eu falei e afirmo: O estado causa o tráfico ao marginalizar o comercio de drogas. Daí vc tirou esse bem, mal, que as pessoas deveriam fazer se fossem boazinhas...

Não é nada disso. Como eu disse no fim da mensagem: "o tempo todo eu estou tão somente dizendo que não podemos depender do consumidor que financia o tráfico atualmente para acabar com ele, seja por consciência ética - pois ele já não financiaria o tráfico hoje - ou por apelo à sua saúde pessoal e supostas menores desvantagens das drogas do mercado legal - pois eles não já não consumiriam as drogas da qualidade oferecida pelo tráfico para começar, e/ou não na quantidade que consomem, e não se teria problemas de saúde oriundos do abuso de drogas legais, nem formas de consumo mais nocivas preferidas em detrimento de outras menos nocivas (cigarro versus cachimbo)."

Mais resumidamente: não é um apelo à saúde ou à moral que vai resolver o problema do tráfico. Se houver um nicho para o comércio ilegal, e se esse comércio ilegal se beneficiar de violência, os consumidores de drogas vão financiá-lo se ele for competitivo.

Não tem nada de "bem versus mal", de idealismo aí. É pragmatismo puro, estou só aceitando os fatos.



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Ja falei: Se vc eventualmente não gosta de putas, alguem gosta. E se proibirem as putas, elas vão para a ilegalidade. E gente vai morrer por isso. E vc ia falar essas groselhas sobre os malvadões comedores de putas que destroem suas familias por causa das putas e estragam o crescimento das criancinhas. Eu eu estaria defendendo as putas e falando que quem fez merda foi o estado ao proibir isso.

Bucaroo, meu caro. Vemos as coisas de maneira MUITO distinta.

Mais uma vez, eu não estou defendendo a proibição das drogas, ou das putas. Apenas não considero que industrialização/comercialização em massa seja uma solução viável para o caso das drogas, acho que traz problemas desnecessários, e um meio termo evita os problemas de ambos os lados, sendo a saída mais satisfatória. O caso das putas teria que ser analisado separadamente.

Offline Pregador

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #188 Online: 22 de Maio de 2008, 20:45:44 »
Agnóstico, não que você esteja agindo contra as regras, mas seu tom é bastante desrespeitoso. Certas acusações sobre preconceituoso, falásioso, etc etc, além de outros termos pejorativos em nada contribuem. De todas as suas supostas acusações eu não vi provas.

E quanto aos dois, na contramão do que ambos falam, na minha modestíssima opinião e sabedor de que as pessoas não são tão capazes como imaginamos de se auto-tutelarem e de saberem de fato as consequências de seus atos, sendo esta a razão da existência do direito e do Estado, digo:

É evidentente que drogas trazem malefícios para seus consumidores, para os terceiros que se relacionam com estes consumidores e para toda sociedade. Não faz sentido a proibição de drogas como maconha, cocaína, crack, etc, quando outras que são tão maléficas quanto estas como cigarros e bebidas alcólicas continuam liberadas.

Todas deveriam ser banidas e a ilegalidade duramente combatida. Para isso precisava vontade política e de uma população com melhor noção de ética, moral e cidadãnia, coisa que a nossa não tem.  Aqui bandidos e pessoas que estão no poder se misturam. Há uma virtual separação entre eles mas que é irreal, ambos se auto-sustentam. Faz tempo que o Estado faliu neste aspecto e é por isso que a solução nunca ocorrerá sem esta mudança.

É simples: quem toma conta da coisa pública não pode ser os mesmos que violam a coisa pública.

Tá pra nascer quem me convença que bebida alcólica faz bem, cigarros e outras drogas e que o suposto direito individual de cada um tem de consumí-las se sobrepõe ao direito coletivo à saúde, a não-violência, a menos acidentes e a menos famílias arrasadas em nome dessa "liberdade de se ferrar".

« Última modificação: 22 de Maio de 2008, 20:53:01 por Amenemés »
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline O Grande Capanga

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #189 Online: 22 de Maio de 2008, 22:31:31 »
Tá pra nascer quem me convença que bebida alcólica faz bem, cigarros e outras drogas e que o suposto direito individual de cada um tem de consumí-las se sobrepõe ao direito coletivo à saúde, a não-violência, a menos acidentes e a menos famílias arrasadas em nome dessa "liberdade de se ferrar".

Agora é impossível proibir drogas já liberadas. Uma coisa são drogas liberadas em países como a Suíça, outra é em países como o Brasil.

O foda é que nego sabe que se beber e dirigir muito provavelmente dará merda, mas poucos ligam.

Só não concordo que o cigarro produza tantos riscos assim. Tirando o risco que o próprio fumante assume, os riscos a terceiros são os menos prejudiciais como um todo (o único risco a terceiros é o fumo passivo).

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #190 Online: 23 de Maio de 2008, 00:38:47 »
Acho temos que ser realistas, fazer a comparação dos danos de todas as opções.

Mesmo aceitando a premissa de que as drogas são meio que inerementemente terríveis e que seria uma boa idéia a proibição, se ela pudesse ser efetivamente imposta, a proibição de drogas nos moldes existentes atualmente parece não ser eficiente de modo geral. É meio como utopia comunistóide e totalitária de revolução cultural.

Será que há lugares do mundo em que isso funcionou, em que efetivamente erradicaram um tráfico já bem estabelecido? Sem chance de voltar? E a que custo? Eu não sei de exemplos.

De qualquer forma, se lembramos que o objetivo real é reduzir as vítimas ao mínimo possível, e não acabar com o tráfico ou o uso de drogas numa sociedade utópica, mesmo que se encontre um ou outro caso bem sucedido, e sabendo que no nosso caso está aparentemente longe de dar certo, e tendo um custo muito alto, acho que temos que pensar em outra solução, uma que não seja um problema tão grande ou maior que o que visa resolver. Mesmo aceitando a idéia de que as drogas seriam sempre inerentemente coisas ruins, a proibição acaba sendo um mal pior.

A descriminalização teoricamente pode ser a mais eficiente arma contra a violência do tráfico, ao mesmo tempo em que oferece riscos muito menores de aumentar os danos diretos decorrentes do uso de drogas, em comparação com a alternativa de industrialização e comercialização em massa, que é um processo que se beneficia do aumento do consumo de drogas - e tem estrutura para proporcionar isso - e do qual se pode muito razoavelmente esperar que leve ao aumento do número de usuários e de abuso decorrente.

Ao mesmo tempo, nessa opção o estado não arbitra demais sobre questões morais mais subjetivas, como essa do uso de drogas. Várias coisas são drogas, e não são apenas drogas que podem causar os problemas que as drogas podem causar. O estado deveria então talvez proibir outras drogas como a cafeína? E quem sabe o açúcar, o sal, e pornografia? A prática de exercícios e de uma dieta saudável deveria ser um dever legal, meio como se todos cidadãos fossem soldados alistados obrigatoriamente, que tem que comer de um cardápio oficial decidido pelo em acordo entre os Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente, dos Transportes e da Felicidade?

Não é questão de achar que as pessoas são ou não capazes de se auto-tutelarem de forma que consideraríamos ideal, mas do nível de liberdade que devemos ter e de quanto o estado pode controlar as nossas vidas. Acho que enquanto a nossa liberdade não interfere com a de outros, de modo geral, a opção deve ser por liberdade e não por controle. Mais ainda se a tentativa de controle também fracassa de forma a prejudicar a liberdade de todos ainda mais do que seria prejudicada sem esse controle.

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #191 Online: 23 de Maio de 2008, 00:44:00 »
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Amenemes

Agnóstico, não que você esteja agindo contra as regras, mas seu tom é bastante desrespeitoso. Certas acusações sobre preconceituoso, falásioso, etc etc, além de outros termos pejorativos em nada contribuem. De todas as suas supostas acusações eu não vi provas.

Ok, vou moderar o tom. Sobre as provas do que acho pre-conceito, é toda e qualquer post que associe o ato de utilizar droga a um defeito no caráter.
Para mim, se a pessoa é usuária não define seu caráter. Durante o curso da história, diversos critérios que enquadravam pessoas como criminosas cairam por terra, e dezenas de anos depois as mesmas pessoas seriam aceitas normalmente.

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Então, por favor, esclareça a todos melhor a diferença, o que eu já tinha perguntado anteriormente. Quais bens e serviços que justificam assassinatos para obtê-los, e por que.

1- Nenhum bem e serviço justifica assassinatos.
2- Não é proibido ter um carro. O estado não está falando: Não tenha um carro. O cara que comprou um radio roubado porque quis, e não porque o estado mandou ele não comprar um radio. Situações completamente distintas.
3- Acho que aqui é ponto que realmente não concordamos. Já disse várias vezes e creio que não vou ser feliz agora.
Inicia-se uma sociedade hoje, em algum lugar, com seres humanos. Em quanto tempo vai existir:
A- Prostituição
B- Jogos
C- Vicios (alcool, tabaco, substancias alucinogenas vindo de frutas/plantas que são tratadas como drogas)
D- Religião
E- etc..

Isto é: No meu ponto de vista, essas questões são inerentes ao comportamento humano.  São caracteristicas humanas. Ex:
Quantas pessoas apostam em jogos de azar com amigos em bares (truco, tranca, etc..)? Quantas pessoas utilizam drogas? O prefeito de SP fechou diversos bordeis (deve ser a maioria), apenas para jogar prostitutas na rua e aumentar a contratação através de sites, expondo-as a riscos maiores. A URSS, com toda o seu estado policial, conseguiu tirar a religião da URSS? Adiantou ela prender, quebrar, fechar... criminalizar as pessoas... A Igreja hortodoxa parou de existir? Os EUA acabaram com o Alcool ou com as drogas?
Então, vem o estado e proibe qualquer uma dessas questões que são, no final das contas, inerentes ao ser humano e acha que pode acabar com isso. Eu considero impossível. A experiencia de outros paises considera impossivel. E considero contraproducente. E a experiencia mostra isso.
Então, o estado toma uma decisão e a consequencia direta é o tráfico, já que certamente o ser humano não vai mudar o comportamento. Ser humano não uma pessoa específica, mas nós como espécie.

A proibição está fadada ao fracasso. E estamos gerando guerras e mortes, e sustentando um tráfico criminoso. E o consumo de drogas esta aumentando. E o consumo de cigarros, liberado nos EUA, caiu 40% em 20 anos, e estabilizou no Brasil mesmo sendo um pais em desenvolvimento (a maioria desses paises tem seu consumo aumentado)

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Você está saindo do cerne da questão, e indo para outros aspectos apenas marginalmente relevantes. Há uma coisa chamada "medicina", que estuda a saúde do corpo humano, e de modo geral, o uso de drogas não é considerado saudável, isso é praticamente um consenso (não meu, mas da medicina).

Não quer dizer que não se possa fazer uso de qualquer droga sem se causar danos irreparáveis à saúde, de qualquer forma, mas não era isso que eu estava argumentando, e nem que o usuário não possa julgar ter qualquer outro ganho pessoal vindo do uso de drogas. Eu não neguei isso.

Ok, então não discutimos isso.

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Obviamente. Uma pessoa que se apropria ilegalmente de um objeto qualquer só usa de violência porque o estado/sistema não lhe fornece/permite acesso a esse bem.

Isso não muda o fato de que na cadeia causal as pessoas que fazem uso da violência para obter o que querem estão muito mais próximas e diretamente relacionadas com as conseqüências dos próprios atos violentos que o estado ao não garantir o acesso ao que elas querem, e é isso que julgo ser o ponto principal aqui.

Se consideramos que as pessoas devem ser responsabilizadas por suas ações, não é o fato do estado/sistema não garantir o acesso a algo que queiram que justifica que se use a violência como meio para obtenção, ou que joga a responsabilidade dessa decisão individual para o estado/sistema e suas falhas.

Leia minha primeira resposta ao post.

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Na verdade, não é que não tenha nada a conversar, na realidade não tem é como justificar o que defende senão por pesos e medidas diferentes e arbitrários, dependendo apenas do bem que se queira obter.

Não. Não tenho o que argumentar com uma opção: quer comprar drogas, vai para holanda.

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Não, não esqueço não, e por alguns desses fatores que sou contra a produção em massa e venda liberada nos moldes das drogas lícitas, ainda que seja favorável à descriminalização.

Continuam sendo, de qualquer forma, fatores muito relevantes que o grosso do consumidor é de baixa renda e já julga que a qualidade oferecida pelo tráfico, tão baixo como possa ser, já é suficiente para ser aceitável, o que torna o fator de "melhor qualidade" da droga (que não existe sem algum custo) da produção industrial algo de importância questionável no papel da indústria em levar o tráfico à falência.
`

Se não esquece disso, esqueceu do que dissemos a respeito de proibir o marketing, da mesma forma que se faz com o cigarro, que falamos da queda no consumo de alguns paises, etc...
E desculpe, mas continuo achando que esse raciocinio não bate. Creio, e muitos dos gurus de marketing acham o mesmo, que a decisão de compra é uma conjunção de fatores.
Mas já conversamos sobre esses dois pontos diversas vezes.

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Repetindo mais uma vez, eu não estou defendendo que o estado deve proibir o consumo de drogas.

E o estado regular sobre a produção e comercialização, de qualquer forma, não vai além do seu papel, a menos que você considerasse que álcool, cigarros, cocaína, crack, maconha, devessem ter sua venda permitida até a crianças e ter propagandas que fizessem uso de personagens infantis. Dentre as possibilidades de regulação, está a permissão do consumo e produção doméstica, e a proibição de industrialização e comercialização em massa.

Bom, a boa noticia é que concordamos sobre isso faz tempo.
A má: para mim, a empresa que quer produzir tem que ter CNPJ, pagar 13 a seus funcionarios, ferias. Ter um cadastro junto a prefeitura para ser fiscalizada, ter uma qualidade do produto possivelmente definido pelo inmetro (ou correlato), e ser proibida de fazer marketing.
No meu ponto de vista: Se fizer isso continuo com o tráfico (por não gerar diferenciais relevantes em relação a este), não ganho impostos, não tenho como autuar uma empresa que lesa os consumidores ou faz propaganda para crianças, por exemplo.
Acho que mantem o tráfico, cria um mercado de trabalho ilegal...
Mas Bucaroo, ja discutimos sobre isso 1000x

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Sim eu admito isso, é justamente o meu ponto. Não podemos contar com a consciência das pessoas que acham válido financiar o tráfico assassino para obterem a droga que querem usar como recreação.

Bucaroo, ja discutimos isso tambem. Não posso contar com a consciencia de ninguem, tenho que contar com uma lei viavel.
No final, estamos discutindo o que? A moral dos usuários de droga? Esse é o nosso ponto de discordia?
Voce acha que eu consigo falar aqui: Cara, usuarios de drogas sao uns FDP porque fazem isso e sustentam o tráfico? Não, ja disse que conheço pais de familia, sei que tem surfistas que estudam, malham o fisico e eventualmente fumam e podem ter uma carreira brilhante caso não sejam pegos em uma coisa inocente dessas (nao as consequencias... o tráfico. Falo do baseado).
Então, o que estamos discutindo?

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Não é um preconceito, é uma constatação. Eles financiam assassinos para obterem suas drogas recreativas. Você não tem como negar isso, só pode ficar tentando relativizar, e desviar a atenção do fato, mas ele nunca deixa de ser fato. É sim, o que as pessoas fazem, não é mesmo um sonho, mas também não é preconceito, é apenas um triste fato. As pessoas estão dispostas a pagar para que pessoas morram para obter suas drogas, e fazem isso conscientemente.

Bucaroo, este definitivamente não é meu ponto de vista.
Quando o alcool era proibido nos EUA, as pessoas não queriam que o Al Capone matasse e subornasse metade dos EUA, não importa que a consequencia seja exatamente essa. É injusto.
Vc consegue adimitir que:
1- Pessoas cordias, bons pais, participantes da comunidade dos EUA à época, tomavam sua bebida alcoolica?
2- Politicos famosos, etc..
3- Aquelas pessoas citadas pelo Donatello logo no inicio dos posts... eles querem que aconteça isso que vc diz?

Não é justo. Para sair do estigma das drogas. O usuario de alcool se sentia no direito de beber... é um comportamento humano... numeros existiam que provavam que a bebida fazia mal... e o tempo deu razão a quem desobedeceu e ficou claro que o estado errou.

Veja: Se nós dois admitimos que o tráfico é um problema, e que (corporativamente ou não) poderiamos estingui-los com a legalização, fica faltando apenas UM ATO do estado para acabar com essas mortes Bucaroo. Apenas o Estado. Vc tem que entender isso.


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Mais uma vez, eu não estou defendendo a proibição das drogas, ou das putas. Apenas não considero que industrialização/comercialização em massa seja uma solução viável para o caso das drogas, acho que traz problemas desnecessários, e um meio termo evita os problemas de ambos os lados, sendo a saída mais satisfatória. O caso das putas teria que ser analisado separadamente.

O exemplo das putas é exatamente o mesmo Bucaroo. E é bom porque sai do estigma que foi criado sobre o assunto droga.
Putas ilegais iriam causar dor e morte. E eu iria defender os usuários e as putas contra o estado, e não aceitaria alguem falar que eu não tenho moral porque estou alimentando um comércio ilegal.
E uma coisa para pensar:
Familias são destruidas hoje por causa das putas? Se um cara gasta sua grana com elas e não da mais valor a sua familia, as putas são as culpadas? Qual o desequilibrio deste eventual pai de familia que o fez associar-se de maneira tão obsessiva com elas que não faria com que ele mesmo destruisse sua vida sem elas?


Bucaroo, respeito vc. Por mais que fique realmente de saco cheio porque realmente não concordo com esses tipos de julgamentos que enquadram e julgam pessoas por uma determinada preferencia, consumo, etc..

Mas realmente acho que não temos mais nada a conversar sobre esse assunto.

[ ]s
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #192 Online: 23 de Maio de 2008, 02:40:37 »
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Amenemes

Agnóstico, não que você esteja agindo contra as regras, mas seu tom é bastante desrespeitoso. Certas acusações sobre preconceituoso, falásioso, etc etc, além de outros termos pejorativos em nada contribuem. De todas as suas supostas acusações eu não vi provas.

Ok, vou moderar o tom. Sobre as provas do que acho pre-conceito, é toda e qualquer post que associe o ato de utilizar droga a um defeito no caráter.

Eu não disse que usar a droga é um defeito no caráter.

Eu disse apenas que:

 - o uso de drogas geralmente não condiz com uma preocupação com a própria saúde - não visando criticar esse aspecto do caráter dos usuários, mas a idéia de que um apelo para drogas de melhor qualidade não seria efeitivo para o que se debate;

 - a disposição dos usuários de drogas ilegais em financiar um tráfico notoriamente violento nos leva a crer que desde que haja competitividade de um fornecimento ilegal, mesmo que notoriamente violento, esse tráfico persistirá. Há implícita a questão da falha de caráter de quem se dispõe a financiar esses crimes para obter o seu entretenimento - e não necessariamente do uso de drogas em si - mas isso não é nem de longe o centro da questão, é meramente um aspecto menor do fato de que, ao estarem financiando crimes violentos para obter a droga, constata-se que o fato de financiar crimes violentos não é um obstáculo suficiente para impedir que financiem esses crimes violentos.





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Para mim, se a pessoa é usuária não define seu caráter. Durante o curso da história, diversos critérios que enquadravam pessoas como criminosas cairam por terra, e dezenas de anos depois as mesmas pessoas seriam aceitas normalmente.

E para mim, financiar a violência em qualquer situação análoga a do tráfico é inaceitável e imoral. Não há o que justifique.




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Então, por favor, esclareça a todos melhor a diferença, o que eu já tinha perguntado anteriormente. Quais bens e serviços que justificam assassinatos para obtê-los, e por que.

1- Nenhum bem e serviço justifica assassinatos.

Então vou reformular a pergunta: quais bem ou serviços justificam que se terceirize assassinatos ou financie assassinos? Há algum além das drogas, porque no caso das drogas, a impressão que está passando é que sim, é justo, como disse que faria, em caso de lei seca.



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2- Não é proibido ter um carro. O estado não está falando: Não tenha um carro. O cara que comprou um radio roubado porque quis, e não porque o estado mandou ele não comprar um radio. Situações completamente distintas.

A distinção não é "completa", a distinção se reduz à dificuldade de acesso ser num caso devida à proibição estatal, e no outro, ter outras causas diversas, se falando genericamente de carros ou rádios cujo comércio seja permitido.

Então o que justifica é a proibição estatal, e não a dificuldade de acesso em si? Gostaria de compreender o porque.

Quer dizer que se a produção e comércio de drogas fossem legalizadas, mas por moralismo, tanto da parte mais rica da população em posição de boicote, quanto do setor produtivo, ninguém as produzisse num país ou região, aí então não seria mais justificável que os usuários de drogas financiassem o tráfico assassino?

E de forma similar à que ocorre com as drogas ilícitas, seria justo que se comprasse quaisquer outros produtos contrabandeados (como tênis) ou obtidos ilegalmente, desde que não haja importação legal para o país, mesmo se os contrabandistas/fornecedores fossem sabidamente tão violentos como os traficantes?

É um tipo de ativismo político então, um protesto válido contra medidas do estado, mais do que um meio de se obter o que se quer, mas que é indisponiel por uma razão ou outra?



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3- Acho que aqui é ponto que realmente não concordamos. Já disse várias vezes e creio que não vou ser feliz agora.
Inicia-se uma sociedade hoje, em algum lugar, com seres humanos. Em quanto tempo vai existir:
A- Prostituição
B- Jogos
C- Vicios (alcool, tabaco, substancias alucinogenas vindo de frutas/plantas que são tratadas como drogas)
D- Religião
E- etc..

Isto é: No meu ponto de vista, essas questões são inerentes ao comportamento humano.  São caracteristicas humanas. Ex:
Quantas pessoas apostam em jogos de azar com amigos em bares (truco, tranca, etc..)? Quantas pessoas utilizam drogas? O prefeito de SP fechou diversos bordeis (deve ser a maioria), apenas para jogar prostitutas na rua e aumentar a contratação através de sites, expondo-as a riscos maiores. A URSS, com toda o seu estado policial, conseguiu tirar a religião da URSS? Adiantou ela prender, quebrar, fechar... criminalizar as pessoas... A Igreja hortodoxa parou de existir? Os EUA acabaram com o Alcool ou com as drogas?
Então, vem o estado e proibe qualquer uma dessas questões que são, no final das contas, inerentes ao ser humano e acha que pode acabar com isso. Eu considero impossível. A experiencia de outros paises considera impossivel. E considero contraproducente. E a experiencia mostra isso.
Então, o estado toma uma decisão e a consequencia direta é o tráfico, já que certamente o ser humano não vai mudar o comportamento. Ser humano não uma pessoa específica, mas nós como espécie.

Na verdade, nesse ponto eu concordo em tudo, apenas considero que, apesar das falhas do sistema, as pessoas ainda devem ser tidas como responsáveis pelas suas ações.





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Não, não esqueço não, e por alguns desses fatores que sou contra a produção em massa e venda liberada nos moldes das drogas lícitas, ainda que seja favorável à descriminalização.

Continuam sendo, de qualquer forma, fatores muito relevantes que o grosso do consumidor é de baixa renda e já julga que a qualidade oferecida pelo tráfico, tão baixo como possa ser, já é suficiente para ser aceitável, o que torna o fator de "melhor qualidade" da droga (que não existe sem algum custo) da produção industrial algo de importância questionável no papel da indústria em levar o tráfico à falência.
`

Se não esquece disso, esqueceu do que dissemos a respeito de proibir o marketing, da mesma forma que se faz com o cigarro, que falamos da queda no consumo de alguns paises, etc...
E desculpe, mas continuo achando que esse raciocinio não bate. Creio, e muitos dos gurus de marketing acham o mesmo, que a decisão de compra é uma conjunção de fatores.
Mas já conversamos sobre esses dois pontos diversas vezes.

Se é concebível proibir a publicidade com o objetivo de com isso dificultar o aumento do consumo de drogas, não seria muito mais eficiente proibir a produção industrial das mesmas? Uma vez que o problema real não é que assistam propagandas ou vejam anúncios, mas o aumento do consumo e abuso das drogas de acesso facilitado pela industrialização? Há falta de foco nesse raciocínio.

É cabível a idéia de apenas se proibir/restringir a publicidade com esse objetivo numa situação em que se já tenha uma droga comercializada em massa cujo consumo se quisesse reduzir, uma vez que a proibição da produção em si de uma hora para a outra, por diversos fatores, acaba sendo inviável. Mas se ela não começou ainda, e consideramos que seria danoso à sociedade que mais indústrias dessas surgissem (implícito em se ver como benéfica a diminuição do consumo das drogas lícitas), não me parece a estratégia mais condizente com essas convicções dar toda essa colher de chá para que o problema se alastre.

Continuando sobre essa contradição em se ver como positiva uma diminuição das vendas das drogas lícitas e ao mesmo tempo se defender a industrialização de mais delas, há nesses números aparentemente positivos sobre diminuição do consumo também o possível problema de uma produção ilegal não contabilizada estar mascarando algo que pode ser desde uma manutenção ou até aumento do consumo. Ainda mais se suspeitamos que uma diminuição no consumo tiver como principal causa o aumento do preço do produto por causa de impostos, como no caso dos cigarros. Além de outros efeitos estatísticos enganosos, como uma diminuição geral ao mesmo tempo em que se tem aumento do consumo entre adolescentes.

Ou seja, não é claro que a industrialização de drogas tenda a se estabilizar em níveis que se possa considerar bons, ou que tenda a finalmente falir e acabar com o consumo de drogas. Ao mesmo tempo, ainda tendo como exemplo as drogas lícitas, a arrecadação de impostos que se tem através delas não parece ser suficiente para neutralizar os seus problemas.


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Não é um preconceito, é uma constatação. Eles financiam assassinos para obterem suas drogas recreativas. Você não tem como negar isso, só pode ficar tentando relativizar, e desviar a atenção do fato, mas ele nunca deixa de ser fato. É sim, o que as pessoas fazem, não é mesmo um sonho, mas também não é preconceito, é apenas um triste fato. As pessoas estão dispostas a pagar para que pessoas morram para obter suas drogas, e fazem isso conscientemente.

Bucaroo, este definitivamente não é meu ponto de vista.
Quando o alcool era proibido nos EUA, as pessoas não queriam que o Al Capone matasse e subornasse metade dos EUA, não importa que a consequencia seja exatamente essa. É injusto.
Vc consegue adimitir que:
1- Pessoas cordias, bons pais, participantes da comunidade dos EUA à época, tomavam sua bebida alcoolica?
2- Politicos famosos, etc..
3- Aquelas pessoas citadas pelo Donatello logo no inicio dos posts... eles querem que aconteça isso que vc diz?

Não é justo. Para sair do estigma das drogas. O usuario de alcool se sentia no direito de beber... é um comportamento humano... numeros existiam que provavam que a bebida fazia mal... e o tempo deu razão a quem desobedeceu e ficou claro que o estado errou.

Nada disso quer dizer que financiar máfia assassina fosse moral. Você poderia defender a Suzane Hichtofen com argumentos parecidos, que ela era boazinha, uma simpatia de garota, estudiosa, blablablá, e "simplesmente" era habituada a um nível de consumo que não poderia ter sem matar seus pais. Nos dois casos podemos olhar só para um lado, o do que as pessoas querem obter (bebida ou dinheiro), e fechar os olhos para o que está implícito nos meios (mortes de inocentes).

Não há uma diferença tão grande entre as duas coisas, apenas a cadeia causal existente entre o homicídio dos pais é mais curta e direta do que a existente entre pagar para obter uma droga mesmo que fatalmente estranhos sejam mortos no processo. Nossos instintos morais "apitam" mais contra a primeira situação do que a segunda, mas isso não quer dizer que sejam realmente distintas, apenas que o nosso gut feeling instintivo da moral não é totalmente confiável. As pessoas também tendem a achar mais aceitável que se mate uma pessoa inocente para salvar cinco através do uso de uma alavanca do que a empurrando na frente de um vagão desgovernado, por exemplo. A diferença é apenas que a ação que tira a vida da inocente em uma das situações é mais direta, e isso importa para o nosso senso moral instintivo, mesmo que numa análise racional essa distinção seja muito questionável e difícil de se defender.



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Veja: Se nós dois admitimos que o tráfico é um problema, e que (corporativamente ou não) poderiamos estingui-los com a legalização, fica faltando apenas UM ATO do estado para acabar com essas mortes Bucaroo. Apenas o Estado. Vc tem que entender isso.

Eu entendo isso, apenas considero que, quando as são falhas, as pessoas ainda devem ser tidas como responsáveis pelos seus atos, em vez de poderem jogar a culpa na ineficiência do estado.



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Mais uma vez, eu não estou defendendo a proibição das drogas, ou das putas. Apenas não considero que industrialização/comercialização em massa seja uma solução viável para o caso das drogas, acho que traz problemas desnecessários, e um meio termo evita os problemas de ambos os lados, sendo a saída mais satisfatória. O caso das putas teria que ser analisado separadamente.

O exemplo das putas é exatamente o mesmo Bucaroo. E é bom porque sai do estigma que foi criado sobre o assunto droga.
Putas ilegais iriam causar dor e morte. E eu iria defender os usuários e as putas contra o estado, e não aceitaria alguem falar que eu não tenho moral porque estou alimentando um comércio ilegal.
E uma coisa para pensar:
Familias são destruidas hoje por causa das putas? Se um cara gasta sua grana com elas e não da mais valor a sua familia, as putas são as culpadas? Qual o desequilibrio deste eventual pai de familia que o fez associar-se de maneira tão obsessiva com elas que não faria com que ele mesmo destruisse sua vida sem elas?

Eu não sei se é tão igual, prefiro analisar cada caso individualmente. Possivelmente é parecida, com exceção de não se ter um "tráfico" de prostitutas assassino nas mesmas proporções, talvez por não existir a ilegalidade. As principais diferenças são que acho que não temos uma situação análoga ao tráfico/ilegalidade e essa violência toda, e que a industrialização da prostituição não teria provavelmente problemas análogos aos do aumento dos usuários/abuso de drogas, ainda que tivesse os seus (mas essas são mais subjetivos, como um êxodo de pessoas, principalmente mulheres, para essa área, e talvez encorajamento da emancipação de menores de uns 13-17 anos, especialmente virgens, como produto de luxo).



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Bucaroo, respeito vc. Por mais que fique realmente de saco cheio porque realmente não concordo com esses tipos de julgamentos que enquadram e julgam pessoas por uma determinada preferencia, consumo, etc..

Mas realmente acho que não temos mais nada a conversar sobre esse assunto.

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OK, mas eu continuo sem conseguir respeitar a idéia de que falhas do estado tornam moralmente aceitável que indivíduos financiem assassinatos em troca de recreação.

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #193 Online: 23 de Maio de 2008, 12:19:33 »
Continuamos então

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- o uso de drogas geralmente não condiz com uma preocupação com a própria saúde - não visando criticar esse aspecto do caráter dos usuários, mas a idéia de que um apelo para drogas de melhor qualidade não seria efeitivo para o que se debate;

"Geralmente" não é uma relação de causa e efeito. E não sei das estatísticas de quem geralmente usa, se estão preocupados ou não, de modo que a frase não diz muito.

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- a disposição dos usuários de drogas ilegais em financiar um tráfico notoriamente violento nos leva a crer que desde que haja competitividade de um fornecimento ilegal, mesmo que notoriamente violento, esse tráfico persistirá. Há implícita a questão da falha de caráter de quem se dispõe a financiar esses crimes para obter o seu entretenimento - e não necessariamente do uso de drogas em si - mas isso não é nem de longe o centro da questão, é meramente um aspecto menor do fato de que, ao estarem financiando crimes violentos para obter a droga, constata-se que o fato de financiar crimes violentos não é um obstáculo suficiente para impedir que financiem esses crimes violentos.

Para mim não bate com a realidade. Já citei diversas vezes o que é tido como fator decisório de compra. O que acontece hoje, onde não há a opção legal, não representa em hipótese alguma o que aconteceria se fosse legal. Para mim, há um non sequitur aqui, como já havia dito.
Se vc acha que os fatores tidos como predominantes para justificar a compra não valem, te peço que diga porque não vale ou se não, não temos o que conversar sobre o assunto.
Quanto a falha de carater, tratamos mais abaixo.


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Agnostico
Veja: Se nós dois admitimos que o tráfico é um problema, e que (corporativamente ou não) poderiamos estingui-los com a legalização, fica faltando apenas UM ATO do estado para acabar com essas mortes Bucaroo. Apenas o Estado. Vc tem que entender isso.

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Bucaroo
Eu entendo isso, apenas considero que, quando as são falhas, as pessoas ainda devem ser tidas como responsáveis pelos seus atos, em vez de poderem jogar a culpa na ineficiência do estado.


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Agnostico  [inserido]
Então, o estado toma uma decisão [proibir] e a consequencia direta é o tráfico, já que certamente o ser humano não vai mudar o comportamento. Ser humano não uma pessoa específica, mas nós como espécie.

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Bucaroo
Na verdade, nesse ponto eu concordo em tudo, apenas considero que, apesar das falhas do sistema, as pessoas ainda devem ser tidas como responsáveis pelas suas ações.

Ok, então concordamos que o estado é participante nesta cadeia toda. Quanto ao fato de que as pessoas são parte do problema, não há a menor duvida. As pessoas são responsáveis por alimentar o tráfico, já que compram, tendo como causa primeira o estado, que proibe um comportamento humano como já conversamos e concordamos
O que discuti, e parece que ficamos aí, é seu julgamento moral a respeito, criar uma categoria de usuarios de drogas mal carateres que "deveriam estar em cana mesmo" é que não concordo, pelo que ja disse.

Então, a sua frase:

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E para mim, financiar a violência em qualquer situação análoga a do tráfico é inaceitável e imoral. Não há o que justifique

tendo em vista a participação do estado, descrita e aceita, é uma reação sua, não minha.
Eu não gosto de julgar as pessoas Bucaroo. É um perfil meu.
Não vou falar nada de alguém como imoral, etc.., porque não conheço essa pessoa, não sei de outros atributos dela, não sei como ela interage com a sociedade, não sei como ela cria seus filhos, não sei o que ela busca na vida...

Se vc quer falar de falhas de carater, que o ato é injustificado, go ahead. Como falei, vemos o mundo de maneiras completamente distintas.





« Última modificação: 23 de Maio de 2008, 12:23:04 por Agnostico »
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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #194 Online: 23 de Maio de 2008, 14:43:05 »

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- a disposição dos usuários de drogas ilegais em financiar um tráfico notoriamente violento nos leva a crer que desde que haja competitividade de um fornecimento ilegal, mesmo que notoriamente violento, esse tráfico persistirá. Há implícita a questão da falha de caráter de quem se dispõe a financiar esses crimes para obter o seu entretenimento - e não necessariamente do uso de drogas em si - mas isso não é nem de longe o centro da questão, é meramente um aspecto menor do fato de que, ao estarem financiando crimes violentos para obter a droga, constata-se que o fato de financiar crimes violentos não é um obstáculo suficiente para impedir que financiem esses crimes violentos.

Para mim não bate com a realidade. Já citei diversas vezes o que é tido como fator decisório de compra. O que acontece hoje, onde não há a opção legal, não representa em hipótese alguma o que aconteceria se fosse legal. Para mim, há um non sequitur aqui, como já havia dito.
Se vc acha que os fatores tidos como predominantes para justificar a compra não valem, te peço que diga porque não vale ou se não, não temos o que conversar sobre o assunto.

Mas é assim. Hoje os usuários poderiam não consumir, eles não são obrigados a consumir drogas e forçados a financiar o tráfico. Eles tem essencialmente três opções: não consumir; ir para a Holanda; e financiar o tráfico e sua conhecida violência. De forma análoga, se eu quero ir à Disney, eu teria as opções de fazer isso analogamente à ir à Holanda legalmente, que seria ir à Disney legalmente, simplesmente não ir, ou ir a algum outro parque loca, e por fim, analogamente ao tráfico, financiar minha viagem à Disney com roubos e mortes.

Eles optam pela terceira opção. Trocam vidas inocentes por recreação pessoal.

Talvez uma parte deles pense algo como "bem, é mais importante a minha droga do que o que quer que o tráfico venha a fazer com inocentes, então não tenho opção; se legalizarem, de qualquer forma, ao menos tenho uma opção na qual não prejudico outros para obter minha recreação, então a preferiria mesmo que a um custo em algo maior".

Mas não me parece nem um pouco claro que quem já não tenha grande consideração com o crime que financia na situação de ilegalidade vá ter numa hipotética legalidade, se o preço oferecido pelo tráfico ainda for competitivo. Ainda podem simplesmente lavar as mãos da mesma forma. Tal como "não tinham outra opção" a não ser comprar a droga do tráfico, não teriam outra opção para comprar a droga a um preço X a não ser comprar do tráfico. Deixam de racionalizar se enxergando como vítimas do estado, e passam a se fazer de vítimas do mercado, do capitalismo selvagem.

Não estou dizendo que seria assim com todos - talvez para uns a disponibilidade legal já faça com que o "sacrifício" pessoal de uns reais a mais seja comparativamente menor do que de se abster dessa droga, e que então valha a pena para poupar vidas inocentes. Mas a própria colocação clara dessa situação nessa frase já diz que não é algo com o qual se possa contar; estamos trantando de um consumidor que já dá mais valor à sua recreação pessoal do que à vidas de inocentes, que está disposto a trocar uma coisa pela outra e conscientemente o faz, então é razoável supor que para ele ainda valesse mais ter mais entretenimento por um preço menor, do mercado ilegal, do que as vidas de inocentes.



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Quanto a falha de carater, tratamos mais abaixo.


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Agnostico
Veja: Se nós dois admitimos que o tráfico é um problema, e que (corporativamente ou não) poderiamos estingui-los com a legalização, fica faltando apenas UM ATO do estado para acabar com essas mortes Bucaroo. Apenas o Estado. Vc tem que entender isso.

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Bucaroo
Eu entendo isso, apenas considero que, quando as são falhas, as pessoas ainda devem ser tidas como responsáveis pelos seus atos, em vez de poderem jogar a culpa na ineficiência do estado.


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Agnostico  [inserido]
Então, o estado toma uma decisão [proibir] e a consequencia direta é o tráfico, já que certamente o ser humano não vai mudar o comportamento. Ser humano não uma pessoa específica, mas nós como espécie.

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Bucaroo
Na verdade, nesse ponto eu concordo em tudo, apenas considero que, apesar das falhas do sistema, as pessoas ainda devem ser tidas como responsáveis pelas suas ações.

Ok, então concordamos que o estado é participante nesta cadeia toda. Quanto ao fato de que as pessoas são parte do problema, não há a menor duvida. As pessoas são responsáveis por alimentar o tráfico, já que compram, tendo como causa primeira o estado, que proibe um comportamento humano como já conversamos e concordamos
O que discuti, e parece que ficamos aí, é seu julgamento moral a respeito, criar uma categoria de usuarios de drogas mal carateres que "deveriam estar em cana mesmo" é que não concordo, pelo que ja disse.

Então, a sua frase:

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E para mim, financiar a violência em qualquer situação análoga a do tráfico é inaceitável e imoral. Não há o que justifique

tendo em vista a participação do estado, descrita e aceita, é uma reação sua, não minha.
Eu não gosto de julgar as pessoas Bucaroo. É um perfil meu.
Não vou falar nada de alguém como imoral, etc.., porque não conheço essa pessoa, não sei de outros atributos dela, não sei como ela interage com a sociedade, não sei como ela cria seus filhos, não sei o que ela busca na vida...

Se vc quer falar de falhas de carater, que o ato é injustificado, go ahead. Como falei, vemos o mundo de maneiras completamente distintas.

Não tem como escapar de julgamentos morais se estamos discutindo leis, senão poderíamos chegar a ridículos de coisas como "eu não vou ficar julgando falhas de caráter de um assassino serial estuprador, ou de um político corrupto que desvia verbas da merenda escolar para comprar mobília de luxo para seu apartemento na praia". A lei serve para garantir o que é moral, o que é certo, o que as pessoas tem ou não direito de fazer.

Não que não possa haver alguma subjetividade em diversas questões morais, mas violência e mortes em troca de entretenimento não me parece ser um grau razoável de subjetividade, diferente do mero consumo de drogas em si, ou prostituição.


Você está novamente se esquivando do essencial: quando é moral e quando não é financiar uma rede criminosa assassina para se obter o que se quer?

Apenas quando o que se quer é inacessível por regulação estatal, e não por outras circunstâncias? Por que? O que faz com que seja mais justa violência contra os inocentes quando o objeto que se quer tem seu acesso restrito pelo estado e não por uma outra circunstância qualquer? Por que uma pessoa na primeira situação não deve estar em cana, mas na segunda sim? Só porque podemos jogar a culpa no estado? E o segundo não pode jogar a culpa nas circunstâncias de modo geral?

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #195 Online: 23 de Maio de 2008, 15:06:56 »
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Mas é assim. Hoje os usuários poderiam não consumir, eles não são obrigados a consumir drogas e forçados a financiar o tráfico. Eles tem essencialmente três opções: não consumir; ir para a Holanda; e financiar o tráfico e sua conhecida violência. De forma análoga, se eu quero ir à Disney, eu teria as opções de fazer isso analogamente à ir à Holanda legalmente, que seria ir à Disney legalmente, simplesmente não ir, ou ir a algum outro parque loca, e por fim, analogamente ao tráfico, financiar minha viagem à Disney com roubos e mortes.

Não é assim. Ir para a holanda quando quer fumar um baseado é non sense. Mesmo para quem tem dinheiro
Financiam o tráfico porque o estado os proibiu de fazer algo que inerente à humanidade. Iriam financiar tráfico, cafetão no caso de putas e etc..
Para mim esse argumento é, de tão absurso, ofensivo.
Então não trocam vidas inocentes porque não tem opção (sendo que é uma caracteristica humana, como as putas, etc..)
É razoavel que o cara consuma. O estado não permite. Com um ato ele pode acabar com o tráfico. E quer jogar nas costas do usuário as culpas por algo sistêmico, ainda mais individualmente???
Não concordo. Falo que conheço usuários sensacionais, com responsabilidade, camaradagem e etc..  da mesma maneira que conheço usuários de bebida na mesma situação

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Mas não me parece nem um pouco claro que quem já não tenha grande consideração com o crime que financia na situação de ilegalidade vá ter numa hipotética legalidade, se o preço oferecido pelo tráfico ainda for competitivo. Ainda podem simplesmente lavar as mãos da mesma forma. Tal como "não tinham outra opção" a não ser comprar a droga do tráfico, não teriam outra opção para comprar a droga a um preço X a não ser comprar do tráfico. Deixam de racionalizar se enxergando como vítimas do estado, e passam a se fazer de vítimas do mercado, do capitalismo selvagem.

Bucaroo, vc não sabe. Pare de julgar as pessoas com pensamentos simplistas. O cara pode se preocupar com isso e fumar seu baseado. Cara, isso é falacioso e vou começar a falar de falacias de novo.

Muita gente vai fumar, se preocupar com o noticiario. Isso é falacia. Vc não conhece as pessoas e julga-as. Classifica-as.

O CARA PODE FUMAR SEU BASEADO e por uma preocupação dele com tráfico (que todos tem, inclusive os que usam), aceitar pagar a mais, sem contar os outros fatores como qualidade, convenieincia, etc..

Se vc vive em um mundo onde tudo é preto no branco eu não vivo.
Retiro o que disse no post anterior. Não respeito opiniões assim. São falaciosas.

Volto ao tom anterior: Preconceito.

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Não tem como escapar de julgamentos morais se estamos discutindo leis, senão poderíamos chegar a ridículos de coisas como "eu não vou ficar julgando falhas de caráter de um assassino serial estuprador, ou de um político corrupto que desvia verbas da merenda escolar para comprar mobília de luxo para seu apartemento na praia". A lei serve para garantir o que é moral, o que é certo, o que as pessoas tem ou não direito de fazer.


Eu não vou mesmo. Não julgo isso. Se o cara vai encana vai, mas ele pode ter facetas boas mesmo sendo um estuprador.
Não sei a priori o que passou na vida dele, problemas, nada. Não sei nada do cara. Não vou julgar a essencia de alguem por causa de um ato, mesmo deste porte.
Não vou falar que ele não se preocupa com o tratamento dos pais com os filhos porque ele estuprou alguem... Seria falacioso. EU NAO SEI.
Ele que vá preso. Não vou fazer parte do pelotão de linchamento
.

Ja falei: vc ve tudo preto no branco, bem e mal. Eu não vejo assim. Para mim, é uma discussão do mesmo porte que com um religioso.

voltamos.
o resto...

Vou continuar debatendo por pura inercia.
Já entendi seu ponto de vista, conheço pessoas que pensam assim (não sobre drogas, mas sobre pessoas, bem e mal, etc..) e sei o impacto que isto causa.
« Última modificação: 23 de Maio de 2008, 15:21:54 por Agnostico »
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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #196 Online: 23 de Maio de 2008, 15:41:03 »
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Você está novamente se esquivando do essencial: quando é moral e quando não é financiar uma rede criminosa assassina para se obter o que se quer?

Apenas quando o que se quer é inacessível por regulação estatal, e não por outras circunstâncias? Por que? O que faz com que seja mais justa violência contra os inocentes quando o objeto que se quer tem seu acesso restrito pelo estado e não por uma outra circunstância qualquer? Por que uma pessoa na primeira situação não deve estar em cana, mas na segunda sim? Só porque podemos jogar a culpa no estado? E o segundo não pode jogar a culpa nas circunstâncias de modo geral?

Em absoluto, não me esquivo disto.
O cara não esta financiando uma rede assassina. Ele esta comprando drogas para seu uso. A rede assassina é decorrencia da imposicao do estado de não permitir comprar algo que vão comprar DE QUALQUER MANEIRA.
Vai existir a compra. Quem gera o tráfico é a proibição. O uso vai existir.

Vejamos: O cara compra o baseado. Veja a cadeia de acontecimentos.
1- Milhares de pessoas compram um baseado
2- Um desnivel socias absurdo, ignorancia e pobreza fazem as pessoas no mesmo lugar que se compra droga, formar uma visão obtusa da realidade, onde não ha valorizacao a vida
3- Os traficantes ganham milhoes e conseguem comprar armas de um tráfico ilegal, subornando uma rede imensa de fiscais, autoridades (veja, temos mais papeis aqui)
4- Os deputados e a maioria da populacao sao refratarias à discussão
5- Os presidios são um absurdo. Um cara prefere lutar ate as ultimas consequencias a ser preso
....
335- O surfista vai para a praia, depois de uma semana de prova, compra um baseado para se divertir.

E vou chamar o surfista de assassino, causal, não causal, ou qualquer outro.

Eu não. Para mim, non sequitur.
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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #197 Online: 23 de Maio de 2008, 17:05:37 »
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Mas é assim. Hoje os usuários poderiam não consumir, eles não são obrigados a consumir drogas e forçados a financiar o tráfico. Eles tem essencialmente três opções: não consumir; ir para a Holanda; e financiar o tráfico e sua conhecida violência. De forma análoga, se eu quero ir à Disney, eu teria as opções de fazer isso analogamente à ir à Holanda legalmente, que seria ir à Disney legalmente, simplesmente não ir, ou ir a algum outro parque loca, e por fim, analogamente ao tráfico, financiar minha viagem à Disney com roubos e mortes.

Não é assim. Ir para a holanda quando quer fumar um baseado é non sense. Mesmo para quem tem dinheiro
Financiam o tráfico porque o estado os proibiu de fazer algo que inerente à humanidade. Iriam financiar tráfico, cafetão no caso de putas e etc..
Para mim esse argumento é, de tão absurso, ofensivo.
Então não trocam vidas inocentes porque não tem opção (sendo que é uma caracteristica humana, como as putas, etc..)
É razoavel que o cara consuma. O estado não permite. Com um ato ele pode acabar com o tráfico. E quer jogar nas costas do usuário as culpas por algo sistêmico, ainda mais individualmente???
Não concordo. Falo que conheço usuários sensacionais, com responsabilidade, camaradagem e etc..  da mesma maneira que conheço usuários de bebida na mesma situação

Como disse antes, um defensor de um contrabando assassino poderia racionalizar:

Não é assim. Ir para a outro país e importar legalmente um tênis que se queira ter mas que não é vendido aqui é nonsense. Mesmo para quem tem dinheiro.

Financiam o contrabando a qualquer custo porque o estado os proibiu de fazer algo que inerente à humanidade. Iriam financiar tráfico, cafetão no caso de putas e etc..
Para mim esse argumento é, de tão absurso, ofensivo.
Então não trocam vidas inocentes porque não tem opção (sendo que é uma caracteristica humana, como as putas, etc..)
É razoavel que o cara consuma. O estado não permite. Com um ato ele pode acabar com o contrabando. E quer jogar nas costas do comprador as culpas por algo sistêmico, ainda mais individualmente???
Não concordo.



Ou, no caso do fã dos personagens de Walt Disney:


Não é assim. Não ir para a Disney quando quer ver o Mickey e o Castelo da Branca de Neve é nonsense.
Financiam a viagem com crime porque o estado não garante que eles possam fazer algo que é inerente à humanidade.

Então não trocam vidas inocentes porque não tem opção (sendo que é uma caracteristica humana, como as putas, etc..)
É razoavel que o cara vá para a Disney. O estado não possibilita isso para todos. Com mudança ele pode acabar com o esse tipo de crimes. E quer jogar nas costas do fã de Disney as culpas por algo sistêmico, ainda mais individualmente???



Por que a proibição estatal das drogas é uma coisa especial, que faz com que seja mais justo que se financie mortes em troca de um ganho pessoal, do que as dificuldades que se tem em ir para o Disney World ou comprar um tênis ou carro de modelo que não seja vendido legalmente/barato no país?

Só com pesos e medidas diferentes, totalmente arbitrários se pode defender isso.



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Mas não me parece nem um pouco claro que quem já não tenha grande consideração com o crime que financia na situação de ilegalidade vá ter numa hipotética legalidade, se o preço oferecido pelo tráfico ainda for competitivo. Ainda podem simplesmente lavar as mãos da mesma forma. Tal como "não tinham outra opção" a não ser comprar a droga do tráfico, não teriam outra opção para comprar a droga a um preço X a não ser comprar do tráfico. Deixam de racionalizar se enxergando como vítimas do estado, e passam a se fazer de vítimas do mercado, do capitalismo selvagem.

Bucaroo, vc não sabe. Pare de julgar as pessoas com pensamentos simplistas. O cara pode se preocupar com isso e fumar seu baseado. Cara, isso é falacioso e vou começar a falar de falacias de novo.

Não é falacioso, nem simplista, apenas reduz as coisas à essência sem ficar nublando a análise com detalhes insignificantes. Só existem essas opções: não comprar, comprar onde é legal, ou comprar do tráfico. Comprar do tráfico é uma troca do lazer pessoal por vidas inocentes. Os usuários de drogas fazem conscientemente essa troca.



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Muita gente vai fumar, se preocupar com o noticiario. Isso é falacia. Vc não conhece as pessoas e julga-as. Classifica-as.

O fato delas racionalizarem essa opção não a varre para debaixo do tapete. Não muda o fato de que eles sabem a quem e o que estão financiando.

E se estamos discutindo leis, se admitimos que temos que ter leis para a sociedade funcionar, classificações são inescapáveis. Não podemos permitir tudo só para não rotular pessoas ou grupos de pessoas como "criminosos".



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O CARA PODE FUMAR SEU BASEADO e por uma preocupação dele com tráfico (que todos tem, inclusive os que usam), aceitar pagar a mais, sem contar os outros fatores como qualidade, convenieincia, etc..

Eu coloquei essa possibilidade, só não sei se os principais financiadores de assassinatos em troca de recração pessoal considerariam que vale a pena poupar vidas com esse investimento extra, uma vez que a abstinência desse prazer específico para eles não vale. Ou não sustentariam o tráfico. Pode muito bem ser que comprar mais prazer por menos dinheiro continue valendo mais do que as vidas inocentes, como é o caso.




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Se vc vive em um mundo onde tudo é preto no branco eu não vivo.
Retiro o que disse no post anterior. Não respeito opiniões assim. São falaciosas.

Não é questão de preto ou branco, certo ou errado, simplesmente lógica, de fatos. Eles não estão se preocupando com os crimes que sabidamente financiam, dão de ombros. Você tenta escapar disso, mas não tem como.




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Não tem como escapar de julgamentos morais se estamos discutindo leis, senão poderíamos chegar a ridículos de coisas como "eu não vou ficar julgando falhas de caráter de um assassino serial estuprador, ou de um político corrupto que desvia verbas da merenda escolar para comprar mobília de luxo para seu apartemento na praia". A lei serve para garantir o que é moral, o que é certo, o que as pessoas tem ou não direito de fazer.


Eu não vou mesmo. Não julgo isso. Se o cara vai encana vai, mas ele pode ter facetas boas mesmo sendo um estuprador.
Não sei a priori o que passou na vida dele, problemas, nada. Não sei nada do cara. Não vou julgar a essencia de alguem por causa de um ato, mesmo deste porte.
Não vou falar que ele não se preocupa com o tratamento dos pais com os filhos porque ele estuprou alguem... Seria falacioso. EU NAO SEI.
Ele que vá preso. Não vou fazer parte do pelotão de linchamento
.

Quem foi que falou de linchamento. E, se não temos como fazer julgamentos morais, então não podemos decidir qualquer lei. Deveria ser anarquia total, porque as leis são baseadas em princípios morais. As pessoas podem estuprar, podem roubar, podem matar, e não podemos julgar e arbitrar sobre a moral dessas decisões pessoais. É simplesmente ridículo.





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Você está novamente se esquivando do essencial: quando é moral e quando não é financiar uma rede criminosa assassina para se obter o que se quer?

Apenas quando o que se quer é inacessível por regulação estatal, e não por outras circunstâncias? Por que? O que faz com que seja mais justa violência contra os inocentes quando o objeto que se quer tem seu acesso restrito pelo estado e não por uma outra circunstância qualquer? Por que uma pessoa na primeira situação não deve estar em cana, mas na segunda sim? Só porque podemos jogar a culpa no estado? E o segundo não pode jogar a culpa nas circunstâncias de modo geral?

Em absoluto, não me esquivo disto.
O cara não esta financiando uma rede assassina. Ele esta comprando drogas para seu uso. A rede assassina é decorrencia da imposicao do estado de não permitir comprar algo que vão comprar DE QUALQUER MANEIRA.
Vai existir a compra. Quem gera o tráfico é a proibição. O uso vai existir.

Vejamos: O cara compra o baseado. Veja a cadeia de acontecimentos.
1- Milhares de pessoas compram um baseado
2- Um desnivel socias absurdo, ignorancia e pobreza fazem as pessoas no mesmo lugar que se compra droga, formar uma visão obtusa da realidade, onde não ha valorizacao a vida
3- Os traficantes ganham milhoes e conseguem comprar armas de um tráfico ilegal, subornando uma rede imensa de fiscais, autoridades (veja, temos mais papeis aqui)
4- Os deputados e a maioria da populacao sao refratarias à discussão
5- Os presidios são um absurdo. Um cara prefere lutar ate as ultimas consequencias a ser preso
....
335- O surfista vai para a praia, depois de uma semana de prova, compra um baseado para se divertir.

E vou chamar o surfista de assassino, causal, não causal, ou qualquer outro.

Eu não. Para mim, non sequitur.



Ainda não é nem um pouco claro por que financiar violência e mortes é justificável para obter drogas apenas, e não outras coisas que se quisesse. Poderia se fazer um argumento muito similar com carro, tênis ou bebidas contrabandeadas, com as devidas alterações.

Por que não posso dizer que quem compra um carro roubado não está financiando um crime, apenas comprando um carro para seu uso, e assim justificar qualquer meio de se obtê-lo? Para tornar mais próximo o exemplo, suponhamos que é um carro que não é vendido no país por políticas protecionistas.

Offline Moro

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #198 Online: 23 de Maio de 2008, 23:33:41 »
Bucaroo, desculpe, mas, parafraseando o Adriano, temos no minimo uma dissonancia cognitiva.
Mas continuaremos. Quem sabe ganhamos no ranking do CC como a discussão mais longa de toda a história.

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Como disse antes, um defensor de um contrabando assassino poderia racionalizar:

Não é assim. Ir para a outro país e importar legalmente um tênis que se queira ter mas que não é vendido aqui é nonsense. Mesmo para quem tem dinheiro.

Financiam o contrabando a qualquer custo porque o estado os proibiu de fazer algo que inerente à humanidade. Iriam financiar tráfico, cafetão no caso de putas e etc..
Para mim esse argumento é, de tão absurso, ofensivo.
Então não trocam vidas inocentes porque não tem opção (sendo que é uma caracteristica humana, como as putas, etc..)
É razoavel que o cara consuma. O estado não permite. Com um ato ele pode acabar com o contrabando. E quer jogar nas costas do comprador as culpas por algo sistêmico, ainda mais individualmente???
Não concordo.




Cara, não fique falando... Um defensor poderia... um viajante de walt disney.... não da nem para entender esse raciocionio. Ta comparando o que com oque???
Se vc não entendeu a diferença, leia os posts novamente e faça um esforço.



Outra coisa: Vc esta discutindo a moralidade dos usuários: Para mim, esta aqui:

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Agnostico

O cara não esta financiando uma rede assassina. Ele esta comprando drogas para seu uso. A rede assassina é decorrencia da imposicao do estado de não permitir comprar algo que vão comprar DE QUALQUER MANEIRA.
Vai existir a compra. Quem gera o tráfico é a proibição. O uso vai existir.

Vejamos: O cara compra o baseado. Veja a cadeia de acontecimentos.
1- Milhares de pessoas compram um baseado
2- Um desnivel socias absurdo, ignorancia e pobreza fazem as pessoas no mesmo lugar que se compra droga, formar uma visão obtusa da realidade, onde não ha valorizacao a vida
2'- Jovens pobres com pouquissima educação do estado e incentivos dos familiares, entram para a vida de traficantes. Também não tem estimulo dos pais
2'' - A referencia de sucesso é o tráfico.....
3- Os traficantes ganham milhoes e conseguem comprar armas de um tráfico ilegal, subornando uma rede imensa de fiscais, autoridades (veja, temos mais papeis aqui)
4- Os deputados e a maioria da populacao sao refratarias à discussão
5- Os presidios são um absurdo. Um cara prefere lutar ate as ultimas consequencias a ser preso
....
335- O surfista vai para a praia, depois de uma semana de prova, compra um baseado para se divertir.

E vou chamar o surfista de assassino, causal, não causal, ou qualquer outro.

Eu não. Para mim, non sequitur.

e

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Eu não vou mesmo. Não julgo isso. Se o cara vai encana vai, mas ele pode ter facetas boas mesmo sendo um estuprador.
Não sei a priori o que passou na vida dele, problemas, nada. Não sei nada do cara. Não vou julgar a essencia de alguem por causa de um ato, mesmo deste porte.
Não vou falar que ele não se preocupa com o tratamento dos pais com os filhos porque ele estuprou alguem... Seria falacioso. EU NAO SEI.
Ele que vá preso. Não vou fazer parte do pelotão de linchamento

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Bucaroo
Quem foi que falou de linchamento. E, se não temos como fazer julgamentos morais, então não podemos decidir qualquer lei. Deveria ser anarquia total, porque as leis são baseadas em princípios morais. As pessoas podem estuprar, podem roubar, podem matar, e não podemos julgar e arbitrar sobre a moral dessas decisões pessoais. É simplesmente ridículo.

Linchamento moral. Vc sabe do que estou falando. É o que vc adora fazer.
E não venha com argumentos infantis do tipo em bold (nao vou falar de falacias), vc sabe que não tem nada a ver eu não julgar a essencia de uma pessoa com o fato de eu quere-la na cadeia.

e isso:

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- Acho que aqui é ponto que realmente não concordamos. Já disse várias vezes e creio que não vou ser feliz agora.
Inicia-se uma sociedade hoje, em algum lugar, com seres humanos. Em quanto tempo vai existir:
A- Prostituição
B- Jogos
C- Vicios (alcool, tabaco, substancias alucinogenas vindo de frutas/plantas que são tratadas como drogas)
D- Religião
E- etc..

Isto é: No meu ponto de vista, essas questões são inerentes ao comportamento humano.  São caracteristicas humanas. Ex:
Quantas pessoas apostam em jogos de azar com amigos em bares (truco, tranca, etc..)? Quantas pessoas utilizam drogas? O prefeito de SP fechou diversos bordeis (deve ser a maioria), apenas para jogar prostitutas na rua e aumentar a contratação através de sites, expondo-as a riscos maiores. A URSS, com toda o seu estado policial, conseguiu tirar a religião da URSS? Adiantou ela prender, quebrar, fechar... criminalizar as pessoas... A Igreja hortodoxa parou de existir? Os EUA acabaram com o Alcool ou com as drogas?
Então, vem o estado e proibe qualquer uma dessas questões que são, no final das contas, inerentes ao ser humano e acha que pode acabar com isso. Eu considero impossível. A experiencia de outros paises considera impossivel. E considero contraproducente. E a experiencia mostra isso.
Então, o estado toma uma decisão e a consequencia direta é o tráfico, já que certamente o ser humano não vai mudar o comportamento. Ser humano não uma pessoa específica, mas nós como espécie.


Bucaroo, se vc acha usuários de drogas todos uns FDPs, continue com seu raciocinio.
Alias, torça para o estado deixar mais coisas ilegais, ai vc pode aumentar a quantidade de FDPs no mundo.

Depois, eventualmente, se o estado liberar o consumo dessas coisas, não esqueça de tira-los de sua lista. Ou quer saber, deixa la mesmo.
« Última modificação: 23 de Maio de 2008, 23:39:10 por Agnostico »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Marchas pró-maconha são proibidas em quatro estados
« Resposta #199 Online: 24 de Maio de 2008, 01:09:52 »
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Como disse antes, um defensor de um contrabando assassino poderia racionalizar:

Não é assim. Ir para a outro país e importar legalmente um tênis que se queira ter mas que não é vendido aqui é nonsense. Mesmo para quem tem dinheiro.

Financiam o contrabando a qualquer custo porque o estado os proibiu de fazer algo que inerente à humanidade. Iriam financiar tráfico, cafetão no caso de putas e etc..
Para mim esse argumento é, de tão absurso, ofensivo.
Então não trocam vidas inocentes porque não tem opção (sendo que é uma caracteristica humana, como as putas, etc..)
É razoavel que o cara consuma. O estado não permite. Com um ato ele pode acabar com o contrabando. E quer jogar nas costas do comprador as culpas por algo sistêmico, ainda mais individualmente???
Não concordo.




Cara, não fique falando... Um defensor poderia... um viajante de walt disney.... não da nem para entender esse raciocionio. Ta comparando o que com oque???
Se vc não entendeu a diferença, leia os posts novamente e faça um esforço.


Eu não entendi a diferença porque ela não existe. A essência de se financiar o tráfico para se obter drogas ou outro esquema criminoso parecido para se obter qualquer outra coisa que se queira, é a mesma. A essência, o fato essencial, é o seguinte:

 - os usuários de drogas ilegais trocam o seu entretenimento pessoal por vidas inocentes

Se isso não soa bem para os usuários de drogas ilegais, não é culpa minha, eu não vou deixar de falar a verdade só porque não é um elogio. Você está tentando retratar isso como se eu estivesse numa cruzada contra os usuários de drogas de modo geral, que achasse que são todos uns FDPs ou sei lá mais o quê. O que deveria fazer é explicar claramente por que a situação de se financiar crimes para obtenção de drogas é tão diferente de se financiar crimes para obter outras coisas.

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Agnostico

O cara não esta financiando uma rede assassina. Ele esta comprando drogas para seu uso. A rede assassina é decorrencia da imposicao do estado de não permitir comprar algo que vão comprar DE QUALQUER MANEIRA.
Vai existir a compra. Quem gera o tráfico é a proibição. O uso vai existir.

Vejamos: O cara compra o baseado. Veja a cadeia de acontecimentos.
1- Milhares de pessoas compram um baseado
2- Um desnivel socias absurdo, ignorancia e pobreza fazem as pessoas no mesmo lugar que se compra droga, formar uma visão obtusa da realidade, onde não ha valorizacao a vida
2'- Jovens pobres com pouquissima educação do estado e incentivos dos familiares, entram para a vida de traficantes. Também não tem estimulo dos pais
2'' - A referencia de sucesso é o tráfico.....
3- Os traficantes ganham milhoes e conseguem comprar armas de um tráfico ilegal, subornando uma rede imensa de fiscais, autoridades (veja, temos mais papeis aqui)
4- Os deputados e a maioria da populacao sao refratarias à discussão
5- Os presidios são um absurdo. Um cara prefere lutar ate as ultimas consequencias a ser preso
....
335- O surfista vai para a praia, depois de uma semana de prova, compra um baseado para se divertir.

E vou chamar o surfista de assassino, causal, não causal, ou qualquer outro.

Eu não. Para mim, non sequitur.

Como eu havia dito antes, essa historinha do surfista pode ser narrada com um esquema criminoso similar fornecendo a ele outro objeto, além da droga.

Apenas porque não é a droga que já não se justifica? Por que? É a droga que é um objeto especial, ou é a proibição estatal ser a situação que dificulta se obter o objeto? No que difere a proibição estatal de políticas protecionistas de importação, por exemplo, para se justificar esse esquema criminoso?


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Bucaroo
Quem foi que falou de linchamento. E, se não temos como fazer julgamentos morais, então não podemos decidir qualquer lei. Deveria ser anarquia total, porque as leis são baseadas em princípios morais. As pessoas podem estuprar, podem roubar, podem matar, e não podemos julgar e arbitrar sobre a moral dessas decisões pessoais. É simplesmente ridículo.

Linchamento moral. Vc sabe do que estou falando. É o que vc adora fazer.
E não venha com argumentos infantis do tipo em bold (nao vou falar de falacias), vc sabe que não tem nada a ver eu não julgar a essencia de uma pessoa com o fato de eu quere-la na cadeia.

Mas você estava agora há pouco falando que quem financia o tŕafico não deveria ir para a cadeia!

Eles devem ou não? E receptadores de mercadoria roubada, ou financiadores de algum outro esquema criminoso igualmente assassino?



E eu não estou julgando porcaria de "essência" nenhuma da pessoa. Não interessa essa tal "essência" da pessoa, ISSO é espantalho, colocar palavras na boca do outro para ficar mais fácil de "refutar", quando não está refutando o que eu disse.

Por exemplo, não me importa a "essência" de um cara que tenha cometido latrocínio; o que importa é só o latrocínio, ou a essência do crime.

Se estivéssemos falando sobre políticas para diminuir ou prevenir o latrocínio, eventualmente eu teria que traçar padrões, alguns bem básicos, como "quem comete latrocínio está disposto a matar para obter algum objeto", é algo que temos que levar em consideração para pensar no problema do latrocínio. E uma argumentação análoga a sua seria "ah, mas não, não podemos julgar a essência do ser humano, o sistema não lhe deu outra chance, ele é produto do meio, que não lhe deu outra oportunidade, apenas lhe mostrou que esse era o único caminho, blablabla". Não é nem que essas coisas não possam ser verdade, mas não mudam o fato de que quem comete latrocínio foi alguém que se dispôs a matar para obter algo que queria. Ou podemos considerar assim de forma geral para pensar sobre como prevenir o latrocínio.

E de forma similar, o usuário de drogas ilegais é alguém disposto a financiar um esquema de corrupção e assassinatos para obter a sua recreação. É isso. Eu não estou interessado em ficar colocando lacinhos e enfeitinhos eufemistas em torno dos fatos nas discussões, não contribuem em nada.



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e isso:

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- Acho que aqui é ponto que realmente não concordamos. Já disse várias vezes e creio que não vou ser feliz agora.
Inicia-se uma sociedade hoje, em algum lugar, com seres humanos. Em quanto tempo vai existir:
A- Prostituição
B- Jogos
C- Vicios (alcool, tabaco, substancias alucinogenas vindo de frutas/plantas que são tratadas como drogas)
D- Religião
E- etc..

Isto é: No meu ponto de vista, essas questões são inerentes ao comportamento humano.  São caracteristicas humanas. Ex:
Quantas pessoas apostam em jogos de azar com amigos em bares (truco, tranca, etc..)? Quantas pessoas utilizam drogas? O prefeito de SP fechou diversos bordeis (deve ser a maioria), apenas para jogar prostitutas na rua e aumentar a contratação através de sites, expondo-as a riscos maiores. A URSS, com toda o seu estado policial, conseguiu tirar a religião da URSS? Adiantou ela prender, quebrar, fechar... criminalizar as pessoas... A Igreja hortodoxa parou de existir? Os EUA acabaram com o Alcool ou com as drogas?
Então, vem o estado e proibe qualquer uma dessas questões que são, no final das contas, inerentes ao ser humano e acha que pode acabar com isso. Eu considero impossível. A experiencia de outros paises considera impossivel. E considero contraproducente. E a experiencia mostra isso.
Então, o estado toma uma decisão e a consequencia direta é o tráfico, já que certamente o ser humano não vai mudar o comportamento. Ser humano não uma pessoa específica, mas nós como espécie.

Repete um trecho no qual parecia esquecer que eu não defendo deixar as coisas como estão. De qualquer forma, no decorrer da discussão eu mencionei duas máximas que talvez considere moralistas, "a minha liberdade acaba onde começa a do outro", e "os fins não justificam os meios". Outra que tinha me esquecido mas é fundamental aqui é que "um erro não justifica o outro".

Assim, não importa que o estado não seja perfeito, que o mundo não seja uma maravilha onde todos conseguem tudo o que querem - as pessoas ainda são responsáveis por suas ações. É fundamental para se ter uma sociedade que funcione, mesmo que implique em julgamentos morais - inescapáveis, como disse antes.

E sendo assim, não se justifica financiar um esquema de corrupção e morte para se obter drogas ou qualquer outro entretenimento.

 

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