Bem, analisemos os diversos livros
A bíblia deve ser o livro mais antigo dos que vc citou.
A epopéia de Gilgamesh é mais antiga. Aliás, muitas lendas do Gênesis foram copiadas dela. Não tenho certeza sobre a idade dos Vedas, mas provavelmente já existia como tradição oral muito antes da bíblia, uma vez que a civilização do vale do Indo é uma das mais antigas que se tem notícia.
Mas mesmo que fosse mais antiga, não é argumento a favor. Deus só poderia inspirar um escritor antigo e não um moderno?
Ela se propõe a ser inerrante e suficiente para os anseios humanos. Não há erros ou contradições.
Isso é você que afirma baseado justamente no que falei acima, "reinterpretar" os erros e contradições como metáforas ou produto cultural. E é exatamente isso que é possível fazer com qualquer outro livro sagrado. Então a questão continua, se a bíblia é um conjunto de tradições, mitos e lendas dos hebreus, onde está a infalibilidade, o dedo de Deus que a diferencia dos demais textos?
Não é na verdade um livro, mas uma coletânea de livros. O estilo literário de cada um é rebuscado. Não há erros gramaticais ou ortográficos.
Isso não serve como argumento a favor, obviamente a bíblia passou por revisões gramaticais e ortográficas tanto na cópia para o grego quanto na tradução para o latim e o inglês. Sem contar que outros textos, como os Veda, também têm estilo rebuscado e sofisticado, além de reflexões filosóficas.
O livro de mórmon foi escrito recentemente (no século dezenove), por um único autor. Não há comprovação que os personagens descritos no livro existiram. Há trechos imensos copiados da bíblia. O livro se propõe a ser um complemento da bíblia (embora a bíblia se diga suficiente). O estilo literário, bem..., aquilo não tem nenhum estilo literário, é cheio de erros gramaticais e de ortografia.
Como disse, nem idade nem gramática e ortografia são argumentos contrários. Também aqui poderia argumentar (como você mesmo fez com várias passagens bíblicas) que Deus preferiu manter os erros gramaticais e o estilo para respeitar o contexto cultural do seu profeta e dos seus seguidores, algo como "Deus falando na língua do povo e para o povo".
Quanto a comprovação da existência de personagens, o mesmo é válido para a bíblia. Quais as evidências da existência de Adão, Set, Caim, Jacó, Abraão, Moisés e tantos outros?
Para o Corão, valem as mesmas observações que para o livro de mormon, só que ele foi escrito no século sete e não se propõe a ser complementar à bíblia.
Idem para os comentários.
Os outros livros eu não li, mas defendem a reencarnação, na qual eu não creio.
Mas isso também não é argumento contrário a eles.
Você ainda não mostrou o diferencial da bíblia. Se ela é um conjunto de tradições, lendas e mitos dos hebreus, igual as demais escrituras sagradas de outros povos, por que ela deveria ser considerada infalível e os outros não?
Afinal posso reinterpretar cada um desses textos sagrados como metáforas e contextos culturais para eliminar os erros e contradições e alegar que cada um deles é infalível e inspirado por uma deidade.