(Em casa, usando um laptop que tem preconceito contra acentos).
A questão é que o aumento de ordem localizado, sendo ou não traduzido como diminuição de entropia, mas que se traduz no universo como ele é hoje, é muito estranho como mera obra do acaso. Imagine que a entropia baixou tanto que teve que crescer o mesmo tanto em um outro lugar, para compensar, e tudo que vemos ao nosso redor é obra do acaso.
Sobre o trecho em negrito: quando falamos de diminuicao de entropia em um local, estamos nos referindo a processos realmente localizados, como a vida, ou o
interior de um refrigerador. E o aumento de entropia ocorre num "outro lugar" que na verdade nao é muito longe (qual a temperatura do seu corpo? Veja a entropia
da radiacao térmica que você emite). O "universo como ele é hoje", ou seja, somando tudo, tem entropia mais alta do que o Universo no passado.
E quando formos nos referir ao acaso, é importante que seja feita um distincao: 1) existe o acaso no sentido de aleatoreidade, e 2) o acaso no sentido de ausência de
um plano, de um guia. Por exemplo: se você reagir oxigênio e hidrogênio, o processo da reacao vai ocorrer sem um plano. Ou seja, é acaso no sentido de 2. Mas nao é completamente aleatório: as moléculas de água resultantes vao ter 2 hidrogênios e 1 oxigênio cada, com os hidrogênios fazendo um ângulo preciso entre si. Isso porque
existem leis e regularidades no Universo. Nesse sentido, o que vemos ao nosso redor nao é obra do acaso, mas de um conjunto de leis.
Ao que se soma, vcs querem convencer que o livro esta se referindo ao estado atual relativamente a um possível estado, mas não é isso. O autor estaria se aprofundando em algo que não teria dado back ground ao aluno. Eu não sou um expert em entropia como vcs parecem ser, embora tenha o conceito bem sedimentado em minha cabeça, mas definitivamente não é isso que os caras do livro disseram.
Entao existem duas possibilidades: ou os autores erraram, ou você nao entendeu o que eles queriam dizer.