Alguns exemplos de democracias islâmicas !
Há várias outras democracias islâmicas semelhantes ou até piores.
Nesta lista tem vários outros países de maioria islâmica, que mostram o tanto que os islâmicos são democráticos:
http://www.portasabertas.org.br/paises/A Igreja Perseguida nas Maldivas http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=189 República das Maldivas é um grande arquipélago de 1.190 ilhas, localizado 1.600 km a sudoeste da Índia. Essas ilhas de coral agruparam-se em 26 atóis; 200 ilhas são habitadas, e 80 são resorts para turistas.
A Perseguição Como o islamismo é a religião oficial das Maldivas, seu sistema legal baseia-se nas leis muçulmanas. Os direitos individuais são reconhecidos, mas não podem contrariar o islã. Conseqüentemente, a evangelização é totalmente proibida.
Até 1985, não havia cristãos conhecidos entre o povo maldívio, porém, nos últimos anos, pequenos grupos de novos convertidos têm se reunido para cultuar a Deus e estudar a Bíblia.
De acordo com a organização inglesa Christian Solidarity Worldwide (
http://www.csw.org.uk/), 50 cristãos maldívios foram presos devido à sua fé. As autoridades muçulmanas decidiram buscá-los e prendê-los após a transmissão de um programa de rádio cristão na língua local. Na cadeia, o grupo foi pressionado a renunciar à fé cristã e a retornar ao islamismo. Segundo informações, estes cristãos ainda foram forçados a participar de orações islâmicas e a ler o Alcorão.
A última prisioneira do grupo a ser libertada foi uma mulher de 32 anos, Aneesa Hussein. Antes de se converter, ela havia discutido e debatido a fé cristã por vários meses. A princípio, ela não via muita diferença entre o cristianismo e o islamismo, mas reconsiderou a questão quando seu marido divorciou-se dela. Aneesa orou por aquela situação e, segundo o relato de uma amiga, ao longo de algumas semanas Deus tocou o coração de seu marido para que ele não a abandonasse. Essa mesma amiga diz que Aneesa encarou a mudança como uma resposta de Deus e passou a querer saber mais sobre Jesus. Aos poucos, ela cresceu na fé e aprendeu a perdoar, e as relações com o ex-marido melhoraram.
Quando estava na prisão, um oficial ameaçou matá-la alegando que ela era infiel. Ainda assim, Aneesa relatou que sentia a presença real de Deus no cárcere e que estava consciente de que seus irmãos cristãos no mundo todo a apoiavam por meio de orações.
Informações fornecidas por adolescentes à polícia também foram responsáveis pelo início da onda de prisões nas ilhas. Um dos informantes era o próprio filho de Aneesa. Ela foi confinada em isolamento e advertida de que permaneceria na solitária até que retornasse ao islamismo. Ainda assim, ela disse ao seu marido: "Eles podem me manter na prisão por dez anos, mas jamais retornarei ao islamismo. Não há nada no islã para mim".
Os cristãos maldívios não ficaram surpresos com as prisões. Eles haviam lido sobre a perseguição na Bíblia, mas sabiam que o poder, o amor e a presença de Deus estariam com eles auxiliando-os a superar aquela situação. A fé daquele grupo provocou forte impacto sobre os demais maldívios. Pela primeira vez, viram seus compatriotas persistirem voluntariamente na fé cristã apesar dos sacrifícios, sofrimentos e hostilidades. Além da perseguição oficial, os cristãos também costumam ser marginalizados por suas famílias e muitos perdem seus empregos.
As Maldivas podem ser um paraíso turístico, mas, como a própria amiga de Aneesa diz, há padrões culturais muito sombrios debaixo da aparência idílica, e o perdão é algo raro. Além disso, as pessoas acreditam e se desesperam com o inferno, pois no islamismo há pouca esperança de se alcançar o céu. Na fé muçulmana, não há cruz, ressurreição ou salvação, e são poucos os sinais que indicam interesse ou amor de Deus pelo indivíduo.
Nesse momento, os maldívios estão começando a reconhecer que o poder de decidir qual é a suprema verdade para todos os cidadãos não deveria estar nas mãos de alguns poucos indivíduos.
A Igreja Perseguida no IêmenO Iêmen localiza-se na Península Arábica e tem fronteira com a Arábia Saudita ao norte e Omã a oeste. Grande parte da fronteira com a Arábia Saudita ainda não está definida. O país situa-se sobre uma importante cadeia de montanhas que separa uma pequena faixa litorânea dos desertos ao norte e no interior da Península Arábica. O relevo também é caracterizado pela presença de inúmeros vales onde se pode cultivar uma grande variedade de produtos agrícolas.
ReligiãoIslamismo 99%, cristianismo 0,4%, pequena comunidade judia
A Perseguição Por muitos séculos, o norte do país tem sido governado pela sharia. Apesar disso e de a evangelização ser proibida no país, a região manteve-se aberta no passado a alguns ministérios cristãos de ajuda humanitária. O Iêmen do Sul, por sua vez, chegou a expulsar alguns missionários do país em 1973. Nenhuma missão cristã tem permissão oficial para atuar no Iêmen e geralmente não há autorização para a construção de novas igrejas. Alguns cristãos têm sido presos e torturados sob falsas acusações.
Em julho de 1998 um muçulmano fundamentalista de origem bósnia matou três freiras católicas romanas da ordem das Missionárias de Caridade na cidade de Al Hudaidah, no mar Vermelho. Elas trabalhavam lá entre pessoas deficientes físicas e mentais. O assassinato foi atribuído à ação de um homem. Foi dada proteção policial a obreiros religiosos e o presidente Salih ordenou uma investigação sobre o ataque. Em 2000 o muçulmano somali convertido, Omer Haji foi detido em Áden e acusado de apostasia. Foi dada a ele a alternativa de retornar ao islamismo ou enfrentar a pena de morte. Finalmente, Haji foi solto da prisão e recebeu asilo político na Nova Zelândia. Ele chegou lá com sua esposa Sarah e o bebê, Roger em 24 de agosto.
No Dia de Ano Novo de 2001, explodiu uma poderosa bomba na igreja de Cristo em Áden. Ninguém se feriu, mas a igreja ficou seriamente danificada.
Em dezembro de 2002 um membro do Jihad Islâmico, um grupo iemenita local, matou três americanos de um hospital missionário em Jibla, a 170 quilômetros ao sul de Sanaa. O atirador declarou que ele tinha executado o ataque para "limpar sua religião e ficar mais perto de Alá". O presidente Salih mandou uma mensagem de condolência ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, manifestando abalo e tristeza com o ataque a pessoas que estavam trabalhando para ajudar os iemenitas.
Para uma mulher iemenita chamada Bilquis, estudar o cristianismo significou ser espancada por sua própria família muçulmana. Segundo uma amiga de Bilquis, ela conheceu o Evangelho quando ouviu a transmissão de uma rádio cristã. A mensagem tocou seu coração e ela desejou saber mais sobre o cristianismo. Surpreendentemente, Bilquis descobriu que havia uma mulher cristã morando perto de sua casa e elas começaram a estudar a Bíblia juntas. Sua família, porém, suspeitou que ela estivesse interessada no cristianismo e a espancou. Ela ainda se encontra com sua vizinha cristã, mas vive sob constante medo. Bilquis sabe que se seus familiares descobrirem, ela será novamente espancada e ficará confinada dentro de sua casa.
A constituição declara que o islamismo é a religião do Estado e que a sharia (lei islâmica) é a fonte de toda legislação. O governo proíbe os não-muçulmanos de exercerem proselitismo. Sob o islamismo na forma como é aplicado no país, a conversão de um muçulmano para outra religião é considerada apostasia, um crime punível com a morte.
A lei iemenita permite que um homem muçulmano se case com uma mulher cristã, mas nenhuma mulher muçulmana pode se casar fora do islamismo.
Existem algumas igrejas na cidade de Áden. Não existem lugares públicos não-muçulmanos de culto no antigo Iêmen do Norte. O governo não permite a construção de novos locais públicos não-muçulmanos de culto sem permissão.
Em 1998 o Iêmen estabeleceu relações diplomáticas com o Vaticano e concordou com a construção e operação de um "centro cristão" em Sanaa. Eram realizados num auditório do edifício de uma empresa privada em Sanaa serviços religiosos semanais para estrangeiros católicos, protestantes e cristãos etíopes. Mas, isso está suspenso devido a tensões políticas. Em outras cidades os cultos cristãos são realizados em casas particulares ou instalações como de escolas.
Missionários cristãos operam no Iêmen e a maioria deles dedica-se a serviços médicos, outros estão empregados em serviços de ensino e social.
Aconteceu esporadicamente, da polícia maltratar estrangeiros por possuírem literatura religiosa não-islâmica. Alguns membros das forças de segurança censuram ocasionalmente a correspondência do clero cristão, provavelmente para evitar o proselitismo.
As escolas públicas ensinam o islamismo, mas não outras religiões.
Os não-muçulmanos podem votar, contudo, não podem se candidatar a cargos eletivos.
Em seguida à unificação do Iêmen do Norte e do Iêmen do Sul em 1990, as organizações religiosas foram convidadas a buscar a restituição de suas propriedades. Entretanto, a implementação do processo tem sido extremamente limitado e bem poucas propriedades voltaram a seus antigos donos.
A Igreja Perseguida no UzbequistãoO Uzbequistão está localizado na Ásia central, entre o Cazaquistão e o Turcomenistão. O território uzbeque é caracterizado pela presença de desertos arenosos e pontilhados por dunas que circundam vales intensamente irrigados ao longo dos rios Amu Dária, Sir Dária e Zarafshon. A pecuária ocupa quase metade do território do país, que apresenta um clima árido e não possui saída para o mar.
ReligiãoIslamismo 88%, cristianismo ortodoxos 9%, outros 3%
A perseguição
O controle que o governo exerce sobre a Igreja é forte. Todas as comunidades religiosas têm de se registrar, mas para a Igreja Protestante, esse é um processo longo, cansativo e quase impossível. Geralmente o registro é negado; às vezes, ele é concedido só para ser retirado de novo. Não há igrejas nativas uzbeques com registro (só as estrangeiras o possuem).
O governo não permite nenhum tipo de culto ou religião independente. Além disso, todas as formas de evangelização são proibidas. Líderes cristãos são constantemente vigiados e sofrem freqüentes hostilidades no país.
A importação e impressão de livros no país são estritamente monitoradas e censuradas. As autoridades nacionais e locais confiscam livros cristãos no idioma uzbeque com freqüência. Há altíssimas multas para aqueles envolvidos em distribuição de livros cristãos.
A televisão nacional transmite programas negativos sobre as igrejas. Como resultado, muitas pessoas sofrearam pressões físicas e psicologias na comunidade que vivem.
Em 2006, o pastor pentecostal Dmitry Shestakov, foi condenado a quatro anos de prisão por promover atividades religiosas. Pediu apelo da sentença, mas este lhe foi negado. Foi dito que primeiramente a promotoria tentou acusar o pastor sob o artigo 216-2 do Código Criminal, que pune "violação da lei de organizações religiosas" com prisões de até três anos. Entretanto, a polícia secreta do Serviço de Segurança nacional ordenou que Dmitry fosse acusado de traição, uma ofensa mais séria.
"A polícia secreta estava particularmente irritada porque Dmitry estava pregando entre o povo uzbeque", disse um cristão. "Parece que eles estão se preparando para fazer do julgamento de Dmitry um aviso para os outros."
O caso do pastor Dmitry Shestakov é único no que diz respeito à perseguição de minorias religiosas na história recente do Uzbequistão. Quando as autoridades querem punir fiéis religiosos por sua atividade, elas geralmente abrem processos sob "violação da lei de organizações religiosas", ou "violação de procedimento no ensino religioso". A pena máxima para quem infringe esses artigos é de 15 dias de prisão, embora normalmente os religiosos sejam multados, em vez de irem para a cadeia.
No dia 7 de maio de 2007, Dmitry foi transferido da prisão de Andijan para um campo de trabalhos forçados em Pskent. Lá ele passou duas semanas em uma solitária por ter supostamente "violado regras internas". No dia 25 de maio, ele foi transferido novamente, desta vez para uma prisão em Navoi. Esta cidade fica bem longe de Andijan. As autoridades alegaram que a mudança aconteceu por causa de suposto mal comportamento. Os dias para a família de Dmitry não têm sido fáceis. Eles não sabem em qual prisão ele está. Enquanto isso, diversos membros da igreja do pastor estão sendo investigados e punidos.
"Quando Dmitry foi preso eu estava com medo", disse Marina, sua esposa. "Tive medo, não por mim e pelas minhas filhas, mas por meu marido. As crianças ainda não sabem expressar o sofrimento em lágrimas, sofrem por dentro. Eu disse que o pai não era culpado. Expliquei que sempre trabalhamos pela salvação do povo uzbeque e que esse era o preço a pagar", disse ela.
A Igreja Perseguida em Omã http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=126 Tendo os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita e o Iêmen como vizinhos, Omã é uma nação montanhosa localizada na Península Arábica. Uma área estratégica do Estreito de Omuz, que forma um "portão de acesso" ao Golfo Pérsico, também pertence ao território omani.
ReligiãoIslamismo idabhi 95%, islamismo sunita e outras minorias 5%
A Perseguição A Constituição, conforme a tradição, provê liberdade para praticar ritos religiosos, se estas práticas não perturbarem a ordem pública. O governo geralmente respeita isso; contudo, há limitações no que diz respeito à evangelização e à distribuição de material religioso. A Constituição ainda declara que o islã é a religião oficial e que a sharia é a fonte de toda a legislação.
Os cidadãos e os estrangeiros são livres para discutir suas crenças religiosas dentro dos limites da lei; contudo, o Governo proíbe a conversão de muçulmanos.
Segundo obreiros que estão no país, ex-muçulmanos sofrem perseguição severa por parte dos parentes e da sociedade. Eles podem perder a família, a casa e o emprego, e até serem mortos. O governo só interfere nos casos de ex-muçulmanos a pedido da família. Nesses casos, os convertidos são considerados e tratados como pacientes psiquiátricos.
A Igreja Perseguida no Kuwaithttp://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=98 Muitos ocidentais estão familiarizados com o Kuwait, especialmente após a eclosão da Guerra do Golfo entre países ocidentais e o Iraque. Em pleno Oriente Médio, o Kuwait situa-se entre o Iraque e a Arábia Saudita, na Península Arábica, e desfruta de grande importância devido às suas substanciais reservas petrolíferas.
ReligiãoIslamismo 85%, outros 15%
A Perseguição A Constituição de 1962 estabelece o islamismo como religião oficial do Estado e utiliza a sharia, lei islâmica, como principal base de sua legislação. No entanto, o texto também assegura a liberdade e a livre prática religiosa. Em comparação com muitos países islâmicos, o Kuwait mantém uma postura moderada no que se refere a outras religiões. Os cristãos residentes no país podem se reunir livremente e estabelecer igrejas, e as relações entre muçulmanos e cristãos são abertas e amistosas.
O governo não permite conversões para fora do islã. Quando elas acontecem, se dão de forma discreta. Quando a conversão é descoberta, o indivíduo encontra hostilidade, o que inclui perder o emprego, ser intimado repetidas vezes à delegacia, sofrer detenção arbitrária, abuso físico e verbal, ser monitorado pela polícia, sofrer danos em sua propriedade. Um muçulmano que abandona o islamismo encontra problemas legais.
As igrejas fora das quatro denominações reconhecidas (anglicana, copta ortodoxa, evangélica nacional e católica romana) são proibidas de expor sinais exteriores, como a cruz ou o nome da congregação. Também não podem realizar atividades públicas. Igrejas sem recursos financeiros para alugar um espaço podem se reunir em escolas nos fins de semana, embora os representantes das igrejas informem que as escolas foram pressionadas a impedir tais reuniões.
Não há uma lei específica que proíba estabelecer templos não-muçulmanos; contudo, na prática, os poucos grupos que solicitaram licenças para construir novos templos não tiveram permissão. Para alguns grupos religiosos, isso mostra que é impossível obter licença para se ter um novo templo.
http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=194 A Igreja Perseguida no CatarO Catar é um pequeno Estado independente e localizado na Península Arábica, na extremidade oriental da Arábia Saudita. Seu território é rochoso e pouco fértil. O clima do país é extremamente quente e árido.
ReligiãoIslamismo 77,5%, cristianismo 8,5%, outras 14%
O Catar é uma monarquia constitucional fundamentada na sharia, o código legal muçulmano. Não há assembléia legislativa, mas a Constituição assegura os direitos básicos dos cidadãos. O Governo e a família real são intrinsecamente ligados ao islã. O Ministério de Assuntos Islâmicos controla a construção de mesquitas, assuntos clericais, e educação islâmica para adultos e recém-convertidos ao islamismo. O emir participa das orações públicas nos feriados religiosos e financia pessoalmente o hajj (peregrinação à Meca) àqueles que não tem condições de bancar a viagem.
A Perseguição Segundo a Constituição do Catar, o islamismo é a religião oficial do Estado e a base do sistema legal. Esta mesma Constituição, no entanto, garante direitos democráticos. O respeito à liberdade religiosa melhorou nos últimos anos. A Constituição explicitamente provê a liberdade de culto, e adotou leis que provêem liberdade de reuniões públicas.
Essa dicotomia reflete-se na sociedade. Embora qualquer tentativa de evangelismo seja proibida, os estrangeiros cristãos são livres para organizar e divulgar seus serviços de culto, e ministros cristãos têm liberdade para entrar no país e viajar pelo território sem nenhuma restrição. O governo regula a distribuição de materiais religiosos, mas há permissão para se importar Bíblias.
Missionários contam que os convertidos sofrem uma perseguição severa por parte de sua família e do governo, e podem até ser mortos por isso. Por essa razão, ex-muçulmanos protegem sua identidade e não querem nem ter contato com outros ex-muçulmanos, temendo fofocas, traição e perseguição. Quase todos os ex-muçulmanos catarianos se convertem fora do país quando, por exemplo, cursam universidades no ocidente. Mas a maioria não retorna ao país após sua conversão, temendo a perseguição.
O governo, há anos, tem permitido que comunidades cristãs católicas, ortodoxas, anglicanas e de outras denominações protestantes reúnam-se informalmente em cultos domésticos mediante notificação prévia às autoridades locais. Em abril de 2006, foi anunciada a construção da primeira Igreja cristã desde a chegada do islamismo.
Nenhum grupo missionário estrangeiro tem operado abertamente no país. Em junho de 2004, entrou em vigor um novo código criminal que estabelece novas regras para a conversão. Quem for flagrado pregando em nome de uma organização, sociedade, ou fundação que não seja islâmica, pode ser condenado a até dez anos de prisão. Se a pregação for feita no âmbito individual, a detenção é de até cinco anos. Segundo essa nova lei, as pessoas que possuem materiais escritos ou gravados, ou itens que promovam a atividade missionária podem ser detidas durante até dois anos.
http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=130 A Igreja Perseguida no PaquistãoLocalizado entre o Afeganistão, o Irã, a China e a Índia, o Paquistão ocupa uma região estratégica no sul da Ásia.
ReligiãoIslamismo 97%, outros 3%
A Perseguição A lei da blasfêmia paquistanesa recebeu uma significativa atenção da mídia ocidental na década passada. Embora nenhum cristão paquistanês até agora tenha sido executado após sua condenação, mais de uma dezena de pessoas foram acusadas e forçadas a viver em condições desumanas na prisão, em esconderijos ou no exílio.
A lei de blasfêmia sentencia à morte quem deprecia o islã ou seus profetas; à prisão perpétua quem deprecia, danifica ou profana o Alcorão; e a dez anos de prisão quem insulta os sentimentos religiosos de outra pessoa. Essas leis são geralmente usadas para resolver questões pessoais, uma vez que é necessário apenas acusar alguém, sem provas, para que a pessoa seja julgada por blasfêmia. E, no contexto paquistanês, a palavra de um muçulmano vale o dobro da de um cristão.
Em setembro de 2004, duas crianças paquistanesas foram seqüestradas pelo próprio pai muçulmano, porque sua ex-esposa era cristã. Abdul Ghaffar seqüestrou seu filho de 5 anos e sua filha de 3 no dia, escapando da Vara Familiar de Lahore, pouco depois de ter começado seu encontro particular de duas horas com eles.
Para a mãe das crianças, Maria Samar John, este foi o segundo seqüestro traumático de sua vida. Sete anos antes, quando era uma adolescente de 17 anos, ela foi seqüestrada e mantida prisioneira por cinco meses até que seus seqüestradores muçulmanos conseguiram vendê-la para Abdul por uma quantia equivalente a dois mil dólares. Então, foi forçada a casar-se com ele e teve seu nome mudado para Kalsum. Pelos próximos dois anos e meio, ela se tornou uma escrava na casa dele em Gujranwala, mantida em cárcere privado e espancada pelo seu marido e sogra por recusar-se a fazer as orações islâmicas e a decorar o Alcorão.
Deu à luz um filho, e estava grávida pela segunda vez quando achou uma chave perdida e conseguiu fugir de seus raptores. Mas seu próprio pai e irmão recusaram-se a dar abrigo a ela e ao bebê. Então, em dezembro de 2000, o Centro de Ajuda Assistencial e Abrigo Legal (CLAAS), localizado em Lahore, providenciou alojamento para Maria e seus filhos.
Em fevereiro de 2003, advogados cristãos afiliados ao CLAAS conseguiram o divórcio de Mariam. Mas, no começo de 2004, a Vara Familiar de Lahore concedeu a Abdul direitos de visitar as crianças, permitindo-lhe ter duas horas por mês a sós com seus filhos, dentro das propriedades da corte. Ele aproveitou essa chance, seqüestrou seus filhos e desapareceu.
Depois de mais de dois anos, em setembro de 2006, os membros da equipe do CLAAS conseguiram descobrir o número de telefone de Abdul Ghaffar. Maria Samar surpreendeu-o ao telefonar, implorando para encontrar ele e seus filhos. Ele concordou em encontrá-la em um parque de Lahore, mas sem as crianças. Assim que Abdul chegou, a polícia que estava escondida na área o cercou e o prendeu. Nos dias seguintes, as crianças também foram recuperadas.
Em sua declaração inicial à polícia, Abdul Ghaffar disse que a disputa religiosa - uma "guerra de religiões" - era o centro da briga pela custódia. "Maria tentava converter meus filhos ao cristianismo, então eu os seqüestrei", ele disse.