Acho que talvez esse tipo de coisa seja um pouco diferente. Uma coisa é exigir uma mudança que não vai impactar nos custos e nos preços, outra é exigir um aumento significativo dos custos.
Uma Apple da vida até poderia fazer algo como, "ok então, seus anti-escravagistas frescurentos, vamos pagar as mesmas fábricas bem mais e exigir melhores condições", e então os consumidores socialmente responsáveis da Apple continuariam mantendo os lucros da empresa, comprando ainda mais para compensar a perda de potenciais compradores não-socialmente responsáveis, o que para eles talvez fosse muito bom pois tornaria a linha ainda mais chique/hipster. Ainda assim acho arriscado supor que isso seja uma "tendência".
Mas para os genéricos made in China o que ocorreria é simplesmente que os trabalhadores dessas empresas perderiam esses empregos, sem qualquer garantia que o outro que conseguissem, se conseguissem, fosse ser minimamente melhor. Aliás, as chances são de que fossem piores, pois se houvessem empregos melhores aos quais já estão capacitados, já teriam migrado a esses e não ficado masoquisticamente no emprego ruim.
É o tipo de coisa que se fosse ser resolvida, provavelmente dependeria mais de regulações internacionais/sanções e etc, se é que existe realmente uma fórmula ideal que gere os melhores resultados, há quem diga que os "sweat shops" são justamente o caminho natural/possível para os países pobres saírem da pobreza.
While East Asia has embraced large numbers of sweatshops, sub-Saharan Africa has not. This graph shows that the percentage of the population living on less than $1 per day (adjusted for inflation) has fallen substantially in East Asia, while remaining relatively unchanged in sub-Saharan Africa. The graph shows the 1981–2001 period. Data source: "How Have the World's Poorest Fared Since the Early 1980s?" by Shaohua Chen and Martin Ravallion.
[...] In 1997, economist Jeffrey Sachs said, "My concern is not that there are too many sweatshops, but that there are too few."[33] Sachs and other proponents of sweatshops cite the economic theory of comparative advantage, which states that international trade will, in the long run, make all parties better off. [...]
Writer Johan Norberg, a proponent of market economics, points out an irony:[37]
“ [Sweatshop critics] say that we shouldn't buy from countries like Vietnam because of its labor standards, they've got it all wrong. They're saying: "Look, you are too poor to trade with us. And that means that we won't trade with you. We won't buy your goods until you're as rich as we are." That's totally backwards. These countries won't get rich without being able to export goods.
[...]
http://en.wikipedia.org/wiki/Sweatshop#Pro-sweatshop_arguments