Autor Tópico: Legalização da maconha  (Lida 135895 vezes)

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Offline Bob Cuspe

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #250 Online: 27 de Agosto de 2009, 19:08:56 »
Qualquer lei que venha a ser criada deve levar em consideração esses estudos para ser formulada. Não vejo problema nenhum em se exigir por exemplo, que se a pessoa optar por ser usuária ela deva passar por uma bateria de exames fisicos e psicologicos para verificar alguma anormalidade que possa ser afetada pelo uso da droga. Eu como usuário assumido e sem vergonha da minha condição, com certeza seria um dos primeiros da fila.

Bob, essa sua colocação me deixou com uma dúvida: quem custearia esses exames pré-consumo da maconha? Acho a exigência um tanto quanto ilógica, já que a legalização pressupõe que se entregue ao indivíduo o direito de utilizar a droga e ser responsável pelos efeitos dela advindos.

No caso do alcóol, por exemplo: algumas pessoas ficam bêbadas com duas taças de vinho, o que já reduziria a capacidade para dirigir. No entanto, tais pessoas não se submeteram à exames que demonstrem o seu grau de tolerância ao alcóol - até que ponto ele permanecerá capaz de conduzir um veículo. E via de regra, tais pessoas sequer reconhecem ter um limite...

Não sou contra o consumo da maconha por quem quer que seja. No entanto, não posso deixar de lado o fato de que nosso país não está preparado para legalizar uma droga cujos efeitos ainda são objeto de estudo. Acho que, antes de se legalizar, é preciso mostrar à sociedade o que é a droga, quais os efeitos, quais os eventuais benefícios, etc. Tentar romper o preconceito é difícil, mas esclarecer questões nebulosas é fundamental quando se trata de aprovar uma lei que vai influenciar milhares de pessoas.


Oi Lua,

Isso seria só um exemplo e não está em nenhum projeto de lei. Já conversei com muito usuário que não se submeteria a esse tipo de constrangimento, mas eu não vejo problemas em provar que eu tenho consciência da substância que estou ingerindo e os efeitos que ela causa no corpo. Isso que quis demonstrar. Não sei dizer sobre os custos desses exames e se eles são viaveis ou eficientes. Mas concordo plenamente com você no ponto em que o usuário é responsável pelos efeitos da droga no próprio corpo. Acredite ou não, nunca na minha vida dirigi sob efeito de alcool ou maconha pois tenho noção do dano que causaria na minha vida caso eu tirasse a vida de alguém por essa irresponsabilidade.

O problema é que para cada usuário responsável existe outro que é irresponsável. Não tem nada a ver com a droga e sim com o usuário. Por isso eu imagino que numa eventual legalização a tolerância será zero para os usuários, ou seja, se fumar e bater o carro isso vai pesar e muito na justiça. Talvez um dia o uso de álcool tenha essa tolerância zero que eu vejo com muitos bons olhos. Já to cansado de ver na mídia casos em que a impunidade impera (por exemplo aquele deputado de Curitiba).
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Offline Lua

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #251 Online: 27 de Agosto de 2009, 19:19:18 »
Entendi. O que me ocorreu é que a realização de tais exames seria custeada pelo poder público: ou seja, legalizou, agora diz quem pode ou não consumir. Ficaria um tanto quanto contraditório e até ilógico. Se o poder público dá ao cidadão o direito de usar ou não, não pode determinar que ele não pode fazê-lo. Aliás, nem haveria como controlar o consumo nesses casos específicos.

Nunca usei maconha e não tenho qualquer curiosidade. No entanto, quando se fala em legalizar, penso que ainda há muito chão para se percorrer. Conheço pessoas que utilizam maconha e posso afirmar que a generalização que a sociedade faz é grosseira e exagerada: alguns são pessoas extremamente bem sucedidas, ao passo que outros são realmente 'avoados'.

Se você é um cidadão responsável e consciente dos seus direitos, muitos outros não o são. E é justamente tentando coibir esses usuários que as drogas são proibidas. Por outro lado, existe a questão do tráfico: um consumidor da droga recorre a meios ilegais para obter uma droga ilegal. O problema? Muitos estão em busca do prazer que outros encontram no alcool e são pessoas comuns, de bem, que se sentem marginalizadas por uma situação dificilmente resolúvel. Bem... Acho que esse é o lado que você tenta mostrar e ao qual você representa...

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Offline Bob Cuspe

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #252 Online: 31 de Agosto de 2009, 18:44:12 »
Bom, acho que é isso. Não tem mais muito sobre esse assunto atualmente para debatermos. rsrs

Sugiro aos interessados ler dois textos muito bem escritos sobre o assunto:

Legalização da Maconha: Possibilidade, Por Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo
http://www.cartaforense.com.br/Materia.aspx?id=4345

Descriminalização da Maconha: Impossibilidade, por Fernando Capez
http://www.cartaforense.com.br/Materia.aspx?id=4346

Abraço a todos, e se os moderadores acharem por bem, acredito ser uma boa ideia fechar o tópico.
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Offline Madame Bovary

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #253 Online: 01 de Setembro de 2009, 17:36:02 »
:ok:

Bacana, vou ler. Acho que faço uma confusão enorme entre legalização e descriminalização.
.
Olho, e as coisas existem.
Penso e existo só eu.

.

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Offline Sísifo

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #254 Online: 01 de Setembro de 2009, 17:49:45 »
Dizem que a maconha tem sido utilizada no tratamento de diversas doenças, como o câncer e a AIDS (para suprimir a náusea e estimular o apetite), glaucoma (para aliviar a pressão ocular), epilepsia (para evitar as convulsões) e em casos de esclerose múltipla (para diminuir os espasmos). Mas seus efeitos são muito mais danosos do que alguns benefícios que pode trazer a maconha que depois eu falo a respeito do que li.

O que pouca gente sabe é que o haxixe é muito mais potente do que a maconha porque este elemento é processado e tirado a resina a partir da inflorescência ou o broto da maconha. Então a substância tóxica que provoca várias alterações no corpo da pessoa é retirado para fins alucinóginos: O tetraidrocarabinol. A parte tóxica que causa estados alterados de consciência é o que interessa áqueles que plantam, vendem e após a prensagem fazem toda a distribuição do produto pra vários pontos conhecidos como boca de tráfico onde muitos matam e morrem em trocas de tiro com a polícia. Existe ainda o fato que mesmo em alguns estados nos EUA, a droga chega contrabandeada e são apreendidas como qualquer outra droga por que as autoridades sabem que elas serão fumadas em suas várias formas.

É pura hipocrisia quando muitos que são favoráveis ao seu uso, dizem que deve haver um protesto favorável ao uso da maconha por que existem inclusive em alguns estados norte-americano em que a droga é liberada para fins terapêuticos. É muitíssimo duvidoso que aqueles que são contra estão pensando nos doentes, nos inválidos ou alguns que podem ser beneficiados com o uso controlado rigorosamente por médicos.

Já vi as pessoas saindo ás ruas para protestarem contra a superlotação dos hospitais, um grupo minoritário de obesos considerados mórbidos protestando frente às repartições públicas onde autoridades trabalham para terem a garantia da gratuidade de cirurgias de redução de estômago paga pelo SUS como a poucos dias teve aqui na cidade onde moro.

Assim como outros doentes que querem ter seu direito de assistência médica gratuita em serviços de urgência sem os quais sua vida estaria em perigo. Dentre outros protestos por um sistema de saúde de qualidade considero legítimos.

Todos temos direito a um sistema e programas de saúde adequados. Estranhamente não vejo aqueles indivíduos que defendem o uso da maconha para fins terapêuticos, saírem às ruas protestando junto aos que precisam de uma melhoria nos serviços de saúde. Os favoráveis á liberação do uso da maconha, certamente a grande maioria, não estão doentes e nem se dignam em reclamar por aqueles que morrem sem terem tido a medicação convencional disponível e básica que sanaria sua enfermidade momentos antes de morrer. Os "descoladinhos" pela legalização da maconha querem é na verdade "curtir o seu barato" em paz sem ter a polícia em seus calcanhares.

Quanto aos supostos "benefícios" da maconha:
Muitos especialistas dizem que os efeitos da substância tóxica da maconha no cérebro são muito danososos. Dentre os efeitos danosos estão em alteração da capacidade de memória a curto prazo, incapacidade em resolver problemas, desestímulo à aprendizagem, problemas no transporte de oxigênio no sangue, coordenação motora, falta da percepção do tempo, incapacidade de concentração, aumento da aceleração cardíaca, ansiedade, paranóia e ataques de pânico dentre vários problemas. Os cientistas dizem que podem ser observados alterações cerebrais importantes com o uso da droga ao longo do tempo como encontrados em outras drogas mais potentes.

Um estudo feito nos EUA mostrou que pessoas que fumam maconha frequentemente mas não cigarro, tem mais problemas de saúde e perdem mais dias de trabalho do que aquelas que não fumam.
"A study of 450 individuals found that people who smoke marijuana frequently but do not smoke tobacco have more health problems and miss more days of work than nonsmokers. Many of the extra sick days among the marijuana smokers in the study were for respiratory illnesses.(...)"

Dentre outro vários problemas, pode ser encontrado na referência: http://www.nida.nih.gov/infofacts/marijuana.html
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Offline EduardoCFF

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #255 Online: 14 de Setembro de 2009, 18:43:04 »
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Maconha. Na Holanda só residentes poderão comprar e fumar a erva em coffee shop

incomodados com o turismo da maconha. E, ainda, com o fato de os belgas, alemães e franceses estarem a atravessar as fronteiras para se abastecerem de  erva canábica, os holandeses conservadores conseguiram uma vitória no Conselho de Ministros. Isto  por força da coalizão governamental entre católicos e centristas.

A partir da próxima primavera, ou seja, no início de 2010, para consumir maconha em coffee shop holandês o freguês vai ter de mostrar a carteira de residente: membership. Assim, o turista não poderá comprar maconha num coffee shop.

Os trabalhistas conseguiram manter a política voltada para distanciar os usuários de drogas leves dos traficantes. Em outras palavras, os cafés continuarão a poder vender maconha, pois a restrição será apenas para os não residentes na Holanda. Mais, em casa, cada holandês poderá continuar a ter plantados, em vasos, até cinco pés de maconha, para uso medicinal.

A política liberal holandesa permitiu a venda, por noite, de até meio quilo de maconha em cafés, para consumo no próprio local. O primeiro coffee shop autorizado a vender maconha, sempre para maiores de idade, foi o Sarasani, na cidade de Utrecht.

O famoso café  Sarasani, na universitária Utrecht, vende maconha aos seus clientes desde 28 de novembro de 1968, ou seja, há mais de 40 anos.

Pano Rápido: A preocupação maior dos governantes, principalmente dos prefeitos de cidades de fronteira ou próxima dela, é com a queda de arrecadação.

Nas grandes cidades, em especial na capital Amsterdã e em Maastricht (onde nasceu a Comunidade Europeia), a proibição de compra de maconha por turistas deverá afetar profundamente o “PIB”.

Dizem os holandeses liberais que a proibição será esquecida, tão logo os conservadores sentirem os efeitos dessa medida restritiva na economia e no próprio bolso.

–Wálter Fanganiello Maierovitch–
http://maierovitch.blog.terra.com.br/2009/09/14/maconha-na-holanda-so-residentes-poderao-comprar-e-fumar-a-erva-em-coffe-shop/
“Se a historia da ciência nos ensina alguma coisa, é que não vamos a lugar nenhum chamando nossa ignorância de deus”

Offline Bob Cuspe

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #256 Online: 16 de Setembro de 2009, 18:39:12 »
Tá vendo.... vai cair aquele argumento proibicionista amplamente utilizado aqui. "quer fumar maconha vai pra Holanda"

Segue abaixo um artigo um pouco mais completo sobre o assunto:

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O DEBATE SOBRE A CANNABIS NA HOLANDA

No momento em que os meios de comunicação e os que tomam as decisões políticas se derem conta do impacto real da proibição sobre os problemas relacionados com as drogas, a suposta legitimidade do regime proibicionista se irá desintegrar completamente. É esta a razão pela qual a Encod e outros grupos que trabalham pela reforma da política de drogas continuam os esforços para desafiar o status quo, organizando conferências e marchas, produzindo publicações e sítios web, assistindo a encontros internacionais onde fazemos perguntas críticas àqueles que são responsáveis para manter a proibição de drogas. Aparentemente sem sucesso notável, porque tanto as autoridades como os meios de comunicação continuam centrados sobre as drogas, sem nem sequer questionar o fato de que estão proibidas.

Mas o tempo está a nosso favor. Naqueles países onde foi instalado uma política de drogas que não esteja baseada na proibição total, a própria realidade demonstra que a única maneira de avançar é através de um contínuo desmantelamento deste regime. Tal é o caso dos Países Baixos, onde a venda de pequenas quantidades de cannabis para o uso pessoal em coffeeshops foi tolerada desde 1976. Isso significa que uma geração inteira cresceu rodeada por um clima em que o acesso à cannabis para adultos esteve relativamente normalizado. Praticamente todos os problemas com a cannabis (em relação à saúde ou à segurança pública) podem ser reduzidos ao facto que a cannabis continua a ser um produto ilegal. Por isso o cultivo a grande escala e a distribuição comercial fora dos coffeeshops seguem em mãos de organizações criminais. Esta verdade está completamente óbvia para todos os trabalhadores de saúde, autoridades locais, políticos e até um importante sector da força policial. Como tal será de esperar que o próprio país estaria disposto para o próximo passo, que seria a legalização total.

O actual governo holandês, dominado por partidos conservadores cristãos, em aliança com personagens poderosos dentro do aparelho legal, estão a fazer tudo para evitar que isso suceda. Utilizando todos os truques manipuladores da caixa de ferramentas proibicionistas, obrigaram a polícia a aumentar a luta contra os pequenos cultivadores, o que somente aumentou a infiltração de grupos criminais no cultivo de cannabis. Acusam os coffeeshops nas cidades próximas às fronteiras junto com a Bélgica e a Alemanha de causar moléstias públicas devido à chegada de turistas estrangeiros que preferem comprar cannabis em um ambiente seguro em vez de no mercado negro nos seus países de origem. Ali onde se produzem estas moléstias públicas graças a um acordo entre autoridades locais e os coffeeshops (tal como é o caso de Checkpoint em Terneuzen), as autoridades legais nacionais decidem fechar a loja por ter um inventário que excede a quantidade tolerada de 500 gramas, uma coisa inevitável quando um estabelecimento recebe milhares de clientes por dia. Em vários municípios as autoridades fecharam a coffeeshops]por estar situados menos de 250 metros de uma escola, com o argumento que isso seria uma forma de prevenir o consumo de cannabis entre menores. Com isso ignoram completamente o fato de que o consumo de cannabis por menores na Holanda é menor que em vários outros países onde não existem coffeeshops.

Nos meios de comunicação holandeses de alguma maneira criou-se a ilusão que as políticas tolerantes estão a causar problemas que na verdade são criadas pelo fato de que estas políticas não são suficientemente tolerantes ainda. No entanto, é difícil predizer como esta situação será adequadamente resolvida. Para toda a gente, quer seja a favor ou contra a cannabis, chega a ser claro que algo terá que passar: depois que 33 anos de políticas tolerantes, os holandeses deverão optar seja por uma legalização seja por uma proibição completa.

Esta eleição está aproximando-se lentamente. Nos próximos meses, o parlamento holandês irá discutir uma nova proposta do governo, que estará baseada nos vários relatórios, incluindo o do comité de assessoria dirigido por Wim van der Donk presidente o Conselho Científico para a Política Governamental ([WRR]), o mais alto corpo de assessores nos Países Baixos. O relatório, que foi apresentado no dia primeiro de julho, envia muitos sinais positivos sobre os fenómenos da cannabis e os coffeeshops. De acordo com o comité, a tolerância em relação à cannabis não tem fracassado, ao invés: graças a esta política, o consumo desta substância por adultos obteve um lugar legítimo na sociedade holandesa.

“Este consumo, e as eventuais consequências negativas para a saúde pública relacionadas com isso, estão num nível relativamente baixo na Holanda comparado ao de outros estados - Membros da UE, onde a proibição está a ser aplicada de forma muito mais estricta”, escreve o comité. “Graças aos coffeeshops é possível entrar em contacto e informar os consumidores de cannabis, e executar uma política para evitar as moléstias públicas. Por isso, uma proibição total de cannabis é indesejável, e a validade do argumento com o qual alguns municípios estão actualmente fechando as coffeeshops (a distância de 250 metros a uma escola) é duvidosa”.

O comité apresenta três opções diferentes para seguir desenvolvendo o modelo do coffeeshop como uma solução para o actual dilema da "porta de atrás", no qual o cultivo da cannabis segue proibido e o proprietário do coffeeshop está obrigado a manter uma posição esquizofrénica, com uma perna na economia legal e outra na ilegal.

A primeira opção é a legalização total: os coffeeshops se transformariam em lojas normais, a cannabis num produto normal que poderia ser submissa só a regras específicas tais como os limites de idade. De acordo com o comité, esta opção não é desejável não só porque "não solucionaria todos os problemas relacionados ao consumo de cannabis, atrairia turistas estrangeiros e significaria que os Países Baixos terão que denunciar os tratados de drogas da ONU”.

Estes argumentos podem ser neutralizados de maneira relativamente fácil. Certamente ninguém acha que a legalização vai solucionar a todos os problemas, mas é precisamente a experiência da Holanda que mostrou que o acesso seguro à cannabis para adultos não provoca um aumento de problemas de saúde. Também não provocaria um aumento no fluxo de turistas, porque a situação na porta de entrada não mudaria. No entanto, se a oferta aos coffeeshops fora legalizada, seria mais fácil de reduzir as moléstias públicas do turismo cannábico e de desanimar os que cultivam unicamente para a exportação ou a venda fora dos coffeeshops. Finalmente, vários especialistas legais mostraram que a Convenção Única da ONU deixa suficiente espaço para que as autoridades nacionais elaborem sua própria política com relação ao consumo de drogas. A Holanda utilizou este margem para introduzir uma política tolerante em relação à venda de quantidades para o consumo pessoal desde os anos 1970. Seria um passo lógico se estendesse esta política a uma legalização completa 35 anos depois.

No entanto, no actual clima político dos Países Baixos, a legalização do mercado de cannabis continua sendo uma realidade distante. Como nos demais países, esta proposta mais que tudo provoca emoções, o que faz impossível discuti-la de forma racional.

A segunda opção é estender a tolerância para a venda em coffeeshops ao cultivo para estas lojas. A substância, em si seguiria sendo ilegal. O comité também rejeita esta opção, já que não poria fim à infiltração de grupos criminais neste cultivo. Por suposto é razoável esta observação, mas a única resposta lógica a ela é que este problema pode ser solucionado exclusivamente aplicando a primeira opção.

A terceira opção, a que aconselha o comité, é de transformar o coffeeshop em um "cannabis clube" fechado, com um abastecimento regulado. Os clientes deveriam aderir ao clube, que organizaria o cultivo das plantas e ofereceria a colheita no local, que somente seria acessível aos membros. Enquanto que daríamos as boas-vindas a este sistema em qualquer outro país, está claro que na Holanda significaria um passo atrás. O registo de consumidores de cannabis é uma medida discriminatória que provocaria muita resistência em um país no qual a cannabis chegou a ser uma parte da vida normal. Além disso, existe um sério risco de que a situação tenebrosa na porta de trás, passar à na porta da frente também. Será de esperar que surja um comércio extenso com os passes do clube.

Depois de tudo, o debate sobre a cannabis na Holanda este próximo Outono, promete converter-se em uma experiência interessante. Depois do relatório do comité de assessoria será muito difícil para os conservadores de linha dura, obter o fim da política tolerante. O governo holandês terá que mobilizar todos seus conselheiros de comunicação, para evitar a conclusão de que a legalização é a única opção e que se trata de avançar. Provavelmente, não se tomará nenhuma decisão clara e o assunto se irá protelar até depois das próximas eleições, que se realizam em 2011.

Por: Joep Oomen, com a ajuda de Peter Webster

http://www.encod.org/info/BOLETIM-ENCOD-55.html

Bom, qualquer opção aqui para o Brasil seria um grande avanço....
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Offline Orbe

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #257 Online: 16 de Setembro de 2009, 19:26:21 »
Um "avanço" rumo ao abismo.
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline Bob Cuspe

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #258 Online: 16 de Setembro de 2009, 19:53:17 »
Um "avanço" rumo ao abismo.

acho que faltou eu deixar claro que era opinião pessoal não senso comum.

Enfim, eu acredito que o fundo do poço seja a atual realidade então creio que a definição de "abismo" dependa do referencial. Ahh e também do estado de espirito... você acordou otimista ou pessimista hoje?

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Offline goffman

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #259 Online: 30 de Janeiro de 2010, 16:50:16 »
álcool e tabaco são mais prejudiciais que a maconha (http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070323_drogasclassificaebc.shtml).
as pessoas utilizam, sendo ilegal ou não (a maconha é a 3º droga mais popular do mundo, ficando atras, obviamente, de tabaco e alcool).
bom...sendo assim, o usuário financia o tráfico, que financia a violência, que financia os corruptos e que resulta na morte de civis.
se a situação chegou a esse ponto, é sinal que a lei está errada.
o problema é o preconceito moral enrustido na cabeça das pessoas sem opinião própria. ou seja, a maioria.

enquanto isso, a contradição continua... :?


"Os homens que procuram a felicidade são como os embriagados que não conseguem encontrar a própria casa, apesar de saberem que a têm".

Voltaire

Offline Barata Tenno

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #260 Online: 31 de Janeiro de 2010, 01:45:12 »
Quando o pessoal fala que usuários de drogas financiam po tráfico, será que eles imaginam que se as drogas forem legalizadas os traficantes instantaneamente vão virar pessoas de bem e trabalhadoras?
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Offline Moro

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #261 Online: 31 de Janeiro de 2010, 01:55:51 »
ou imaginam que se as pessoas lá tivessem educação, empregos, um estado mais presente, não morassem em uma favela, elas iriam querer continuar traficando e correndo esses riscos.

A relação direta entre o consumo de droga e a violência dos morros só pode ser aceita com muita dose de boa vontade. A violência nos morros têm muitas causas, é claramente multidimensional.

Temos uma falta de educação absurda, falta de perspectiva, falta de empregos ou subempregos, nossos políticos roubando dinheiro de iniciativas que poderiam melhorar isso, nossas leis obsoletas e juízes coniventes.... e a culpa é do baseado do surfista.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Sacred cows make the best hamburgers

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Offline Barata Tenno

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #262 Online: 31 de Janeiro de 2010, 02:35:46 »
ou imaginam que se as pessoas lá tivessem educação, empregos, um estado mais presente, não morassem em uma favela, elas iriam querer continuar traficando e correndo esses riscos.

A relação direta entre o consumo de droga e a violência dos morros só pode ser aceita com muita dose de boa vontade. A violência nos morros têm muitas causas, é claramente multidimensional.

Temos uma falta de educação absurda, falta de perspectiva, falta de empregos ou subempregos, nossos políticos roubando dinheiro de iniciativas que poderiam melhorar isso, nossas leis obsoletas e juízes coniventes.... e a culpa é do baseado do surfista.

E nenhuma dessas coisas se resolve simplesmente com a legalização das drogas...... Acho que para legalizar as drogas deveriamos primeiro resolver esses problemas...... E usuários deveriam esperar a lei mudar antes de consumir drogas.
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Offline Darkside

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #263 Online: 31 de Janeiro de 2010, 03:02:27 »
ou imaginam que se as pessoas lá tivessem educação, empregos, um estado mais presente, não morassem em uma favela, elas iriam querer continuar traficando e correndo esses riscos.

A enorme maioria das pessoas que vivem em favelas não são traficantes, e sendo assim, colocar os indivíduos envolvidos com o tráfico como vítimas de uma situação onde a enorme maioria de pessoas prefere ter empregos decentes ao invés de cair na criminalidade não parece justo com os favelados honestos, na minha opinião.

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A relação direta entre o consumo de droga e a violência dos morros só pode ser aceita com muita dose de boa vontade. A violência nos morros têm muitas causas, é claramente multidimensional.

A guerra propriamente dita dos morros, com seus soldados e metralhadoras, acontece entre facções criminosas (muitas vezes umas contra as outras) e a polícia. As execuções de pessoas que não quitam suas dívidas com o tráfico também são uma causa comum de mortes.

As maiores demonstrações de violência nos morros parecem estar inegavelmente ligadas ao tráfico, sendo financiadas e perpetuadas por ele.

Citar
Temos uma falta de educação absurda, falta de perspectiva, falta de empregos ou subempregos, nossos políticos roubando dinheiro de iniciativas que poderiam melhorar isso, nossas leis obsoletas e juízes coniventes.... e a culpa é do baseado do surfista.

Geralmente essa linha de argumentação presume que quando alguém compra algo de um criminoso em uma negociação ilegal, o comprador é isento de qualquer responsabilidade, porque o verdadeiro responsável por essa transação ilegal estar ocorrendo é a situação que supostamente "obrigou" o criminoso a exercer essa atividade.

Ou seja, se eu compro um carro roubado, fomentando esse mercado ilegal, eu não tenho culpa nenhuma se as pessoas que estão envolvidas nesse negócio continuarem a roubar carros, já que a responsabilidade toda é dos motivos que levaram elas a começarem a roubar e vender carros roubados.

Mesmo que os surfistas e seus vícios não sejam a principal fonte de renda do tráfico, a lógica é a mesma.

Há também quem pense que os maconheiros realmente sustentam o tráfico e tudo bem, já que existem problemas piores relacionados ao tráfico, essa questão pode simplesmente ser deixada de lado enquanto isso, para o bem estar dos maconheiros. Possivelmente as famílias das vítimas do tráfico discordam que alguma frente deste problema deveria ser vista com tanta conivência.

Offline Moro

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #264 Online: 31 de Janeiro de 2010, 10:38:08 »
Existe uma correlação extremamente forte entre pobreza e tráfico, talvez mais do que tráfico e violência, e certamente muito forte entre pobreza e violência.

Veja essa resposta, e se puder seguir desde a primeira página ajuda. Veja o que falamos sobre problemas fabricados como o do tráfico, a analogia entre o que está ocorrendo e a lei seca norte americana.

Buckaroo,

depende o que você chama de "fiscalização não funciona". Eu estou falando da fiscalização quanto a qualidade do produto, dos encargos trabalhistas que são pagos, da condição de trabalho e higiene do produto.
Isto é garantido porque é uma empresa com capital estabelecido e obrigações perante a sociedade civil.

Sobre o assunto que não vemos lógica na argumentação do outro.
Veja, primeiro eu não posso ser acusado de estar defendendo o meu lado. Não sou usuário de droga alguma, e na verdade já bebi (quando adolecente) e hoje bebo menos do que socialmente. Então, não estou me defendendo. Estou defendendo algo que para mim é extremamente óbvio.

Eu não consiguirei argumentar muito melhor do que já fiz, só posso te pedir que leia, linha a linha, sem começar a contestar antes do final.

Ao dizer que a violência tem componentes de desigualdade social, de pouca presença do estado na favela, de que a educação é uma merda, de que as crianças não tem perspectivas e vêm no tráfico/crime uma carreira factível... ao falar que se o tráfico não existisse a violência reduziria provavelmente muito pouco porque todos esses componentes continuariam a existir, na minha visão eu estava minimizando essa relação direta entre o ato de consumir maconha e o crime que você cita para algo que se enquadra em nosso cotidiano.


Existe uma correlação entre o consumo de carne e o nosso meio de locomoção com o aquecimento global, algo que pode virtualmente acabar com a espécie humana? Claro que sim, existe a relação. E é absolutamente direta, tão direta ou mais direta do que o consumo de drogas e a violência na favela. As vitimas não são imprevisiveis, todos somos as vitimas do aquecimento. E ainda existe a relação combustivel-guerra, lembrando-se dos LOBs das petrolíferas, Chenney, etc..

Agora tentando encaixar minha argumentação em seu modo de ver as coisas.
Existe uma diferença entre comprar um radio roubado e consequentemente financiar um crime organizado, comprar maconha e consequentemente financiar o crime organizado e dirigir um carro e ajudar a acabar com a espécie humana?

Eu por exemplo acho que comprar o radio roubado é um ato pior do que os outros mas, bem, eu não conheço um ladrão de rádios e também não quero ir trabalhar de bicicleta no trânsico caótico de SP.
Então eu posso razoavelmente me enquadrar em uma visão parcial para proteger a minha conciência.

Agora, existe a diferença?

Abstraindo a sentença para o que realmente importa:

Eu estou fazendo/consumindo algo que no final das contas vai ser prejudicial às outras pessoas? 
A resposta é sim. Sem dúvida alguma nos três casos eu estou fazendo algo que vai fazer mal.


Isso é correto? Se estabelecermos Buckaroo, um paradigma onde cada ato nosso deve ser perfeito no sentido de evitarmos qualquer dano possível aos outros, então é incorreto. Eu posso me locomover em 90% das vezes sem carro, eu posso comer vegetais, eu não preciso beber alcool, e posso ainda virar um monge.

Só que para mim Buckaroo, isso não é humano. Eu acho que dentro do nosso comportamento, do nosso modo de vida, estão todos esses elementos presentes e cabe a nós criar uma maneira para lidar com eles. E não me comparo com um paradigma de perfeição, eu me comparo com o que meu bom senso acha razoável, e tento identificar os pontos que fazem com que minha visão possa se tornar parcial. E acho que quando perdemos isso, viramos hipócritas ou monges (talvez hipócritas ou hipócritas, mas isso é uma outra discussão)

Só que o bom senso é um problema, claro. Ele não gosta muito de ser tangibilizado. E você poderia argumentar que "Ok, no seu ponto de vista, se o bom senso de alguém envolve o estupro, que assim seja, ou buscamos a perfeição ou liberamos o mundo para a libertinagem".

Bem, você poderia argumentar assim. E eu falaria: Pois é, vemos o mundo de maneira bem distinta.

Então para mim é perfeitamente justificável a locomoção por carro, comer carne, tomar alcool dentro de limites, usar drogas dentro do limites, utilizar-se de prostituição de pessoas que já possuem responsabilidade para tal, e etc..



“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline FxF

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #265 Online: 31 de Janeiro de 2010, 11:56:16 »
ou imaginam que se as pessoas lá tivessem educação, empregos, um estado mais presente, não morassem em uma favela, elas iriam querer continuar traficando e correndo esses riscos.

A relação direta entre o consumo de droga e a violência dos morros só pode ser aceita com muita dose de boa vontade. A violência nos morros têm muitas causas, é claramente multidimensional.

Temos uma falta de educação absurda, falta de perspectiva, falta de empregos ou subempregos, nossos políticos roubando dinheiro de iniciativas que poderiam melhorar isso, nossas leis obsoletas e juízes coniventes.... e a culpa é do baseado do surfista.
E nenhuma dessas coisas se resolve simplesmente com a legalização das drogas...... Acho que para legalizar as drogas deveriamos primeiro resolver esses problemas...... E usuários deveriam esperar a lei mudar antes de consumir drogas.
Mas a postura que você está assumindo, então, é de enquanto esses problemas existirem, a legalidade das drogas será mais danosa que a ilegalidade?

Offline Mr. Mustard

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #266 Online: 31 de Janeiro de 2010, 12:31:18 »
Quando o pessoal fala que usuários de drogas financiam po tráfico, será que eles imaginam que se as drogas forem legalizadas os traficantes instantaneamente vão virar pessoas de bem e trabalhadoras?

Muito bem colocado.

Nada garante que legalização seja sinônimo de cidadania. Há uma distância enorme em usar substâncias e ser uma pessoa honesta.

Offline Felius

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #267 Online: 31 de Janeiro de 2010, 12:49:04 »
Quando o pessoal fala que usuários de drogas financiam po tráfico, será que eles imaginam que se as drogas forem legalizadas os traficantes instantaneamente vão virar pessoas de bem e trabalhadoras?

Muito bem colocado.

Nada garante que legalização seja sinônimo de cidadania. Há uma distância enorme em usar substâncias e ser uma pessoa honesta.
Sim, sem duvida alguma. Este argumento para a legalização das drogas não trata-se de que os traficantes vão virar comerciantes honestos depois da legalização, mas sim que a maior fonte de renda dos mesmos ira sumir, ou no mínimo ser extremamente reduzida. Com essa redução de renda, dado um prazo adequado, haveria menos dinheiro para o financiamento da violência, tal qual a compra de armas por exemplo.
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Offline Mr. Mustard

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #268 Online: 31 de Janeiro de 2010, 12:54:58 »
Tai uma coisa que eu não havia prestado muita atenção: Armas.

As drogas são, no rol do que é ilícito, apenas mais um item da criminalidade e da marginalização.
Acho que droga liberada ou não, na mão de quem está armado, o efeito é o mesmo.

Offline Felius

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #269 Online: 31 de Janeiro de 2010, 13:05:37 »
Tai uma coisa que eu não havia prestado muita atenção: Armas.

As drogas são, no rol do que é ilícito, apenas mais um item da criminalidade e da marginalização.
Acho que droga liberada ou não, na mão de quem está armado, o efeito é o mesmo.

Tal qual o álcool, ou até estendendo um pouco, a privação de sono. O problema aqui é a arma, ou para quem tem porte legal, o porte enquanto intoxicado, seja qual for o motivo de tal. O que digo, é que sem o tráfico, a maior fonte de renda do poder paralelo some. Sem ela, vão diminuir as armas que o mesmo tempo, dado o devido tempo, ja que passaram a não poder comprar mais tantas. Provavelmente sera bem mais notado na armas pesadas de grande porte que o tráfico atualmente tem, mas mesmo as armas menores é provável de haver uma diminuição na compra das armas. Menos armas compradas, dado o devido prazo, significara menos armas nas ruas.
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Offline Mr. Mustard

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #270 Online: 31 de Janeiro de 2010, 13:16:03 »
Tai uma coisa que eu não havia prestado muita atenção: Armas.

As drogas são, no rol do que é ilícito, apenas mais um item da criminalidade e da marginalização.
Acho que droga liberada ou não, na mão de quem está armado, o efeito é o mesmo.

Tal qual o álcool, ou até estendendo um pouco, a privação de sono. O problema aqui é a arma, ou para quem tem porte legal, o porte enquanto intoxicado, seja qual for o motivo de tal. O que digo, é que sem o tráfico, a maior fonte de renda do poder paralelo some. Sem ela, vão diminuir as armas que o mesmo tempo, dado o devido tempo, ja que passaram a não poder comprar mais tantas. Provavelmente sera bem mais notado na armas pesadas de grande porte que o tráfico atualmente tem, mas mesmo as armas menores é provável de haver uma diminuição na compra das armas. Menos armas compradas, dado o devido prazo, significara menos armas nas ruas.

Entendendo, mas entendo também que digamos que a maconha seja legalizada: Não acha que outras substâncias entraram no rol do tráfico? Como o ecstasy, a cocaína e/ou a heroina? Digo isto, pois tendo uma visão de América Latina, não acha que os traficantes dos grandes suburbios irão forçar a entrada de tais drogas? Que aliás, são bem mais caras que a maconha no geral?

Offline FxF

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #271 Online: 31 de Janeiro de 2010, 13:17:23 »
O que basicamente não é bem um argumento contra a legalização...
Quando o pessoal fala que usuários de drogas financiam po tráfico, será que eles imaginam que se as drogas forem legalizadas os traficantes instantaneamente vão virar pessoas de bem e trabalhadoras?
Muito bem colocado.

Nada garante que legalização seja sinônimo de cidadania. Há uma distância enorme em usar substâncias e ser uma pessoa honesta.
O que se espera é que com a legalização os traficantes se juntem aos gangsters... ou seja, percam essa fonte de renda e por fim vão pelo o ralo.
Tai uma coisa que eu não havia prestado muita atenção: Armas.

As drogas são, no rol do que é ilícito, apenas mais um item da criminalidade e da marginalização.
Acho que droga liberada ou não, na mão de quem está armado, o efeito é o mesmo.
Tal qual o álcool, ou até estendendo um pouco, a privação de sono. O problema aqui é a arma, ou para quem tem porte legal, o porte enquanto intoxicado, seja qual for o motivo de tal. O que digo, é que sem o tráfico, a maior fonte de renda do poder paralelo some. Sem ela, vão diminuir as armas que o mesmo tempo, dado o devido tempo, ja que passaram a não poder comprar mais tantas. Provavelmente sera bem mais notado na armas pesadas de grande porte que o tráfico atualmente tem, mas mesmo as armas menores é provável de haver uma diminuição na compra das armas. Menos armas compradas, dado o devido prazo, significara menos armas nas ruas.
Ué, é bem simples. Sem dinheiro do tráfico, não há dinheiro para comprar armas. E como eles andam armados para manter longe os policiais que tentam impedir suas atividades criminosas, a legalização também elimina a principal causa de estarem armados.

Offline Mr. Mustard

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #272 Online: 31 de Janeiro de 2010, 13:23:44 »
O que se espera é que com a legalização os traficantes se juntem aos gangsters... ou seja, percam essa fonte de renda e por fim vão pelo o ralo.

Tudo bem, desde que sejam todas as drogas certo? Não acredito que somente a legalização da maconha o efeito seja tão eficaz assim.

Offline Felius

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #273 Online: 31 de Janeiro de 2010, 13:25:29 »
Tai uma coisa que eu não havia prestado muita atenção: Armas.

As drogas são, no rol do que é ilícito, apenas mais um item da criminalidade e da marginalização.
Acho que droga liberada ou não, na mão de quem está armado, o efeito é o mesmo.

Tal qual o álcool, ou até estendendo um pouco, a privação de sono. O problema aqui é a arma, ou para quem tem porte legal, o porte enquanto intoxicado, seja qual for o motivo de tal. O que digo, é que sem o tráfico, a maior fonte de renda do poder paralelo some. Sem ela, vão diminuir as armas que o mesmo tempo, dado o devido tempo, ja que passaram a não poder comprar mais tantas. Provavelmente sera bem mais notado na armas pesadas de grande porte que o tráfico atualmente tem, mas mesmo as armas menores é provável de haver uma diminuição na compra das armas. Menos armas compradas, dado o devido prazo, significara menos armas nas ruas.

Entendendo, mas entendo também que digamos que a maconha seja legalizada: Não acha que outras substâncias entraram no rol do tráfico? Como o ecstasy, a cocaína e/ou a heroina? Digo isto, pois tendo uma visão de América Latina, não acha que os traficantes dos grandes suburbios irão forçar a entrada de tais drogas? Que aliás, são bem mais caras que a maconha no geral?

Sim, mas também são menos populares. Algumas dessas mais leves eu também até defenderia uma legalização regulamentada (deixe bem claro, que não a liberação) tambem, o que ajudaria a diminuir ainda mais a renda dos traficantes.

Mas o ponto é, que, mesmo que eles continuem vendendo as outras drogas, a renda deles vai cair um bom bocado. E quanto menos renda pros traficantes, melhor.

Edit: E por favor, não comecem com o declive escorregadio de que se fuma maconha, quer dizer que ja esta disposto a cheirar cocaina, fumar crack, e etc.
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Offline Mr. Mustard

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Re: Legalização da maconha
« Resposta #274 Online: 31 de Janeiro de 2010, 13:31:56 »
Edit: E por favor, não comecem com o declive escorregadio de que se fuma maconha, quer dizer que ja esta disposto a cheirar cocaina, fumar crack, e etc.

De forma alguma, mas eu gostaria de entender o que faz uma pessoa fumar maconha... Qual o mecanismo?
Qual a influência? Social? Cultural? Musical? Sei lá... O qual o mecanismo para o vicio em heroína? Até onde estes fatores não te fazem, por exemplo, viciado em LSD?

Se o tráfico prega que a maconha é jóia, bacana, "coisa de happer", coisa de doidão ou desbaratinado, o que o tráfico faria para te convencer que cocaína é o barato do dia?

Entende o meu ponto?

Assim como o álcool e ou o cigarro, alguma coisa te faz usar isto...

 

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