Tanto a maconha quanto o álcool e tabaco são prejudiciais à saúde do usuário (pouco relevante na medida em que ele mesmo arque com os custos), sendo que o álcool e a maconha podem também potencializar ameaças a outras pessoas (fator bastante relevante).
O ideal, portanto, seria não haver o consumo de nenhum deles.
Entretanto, o álcool e o cigarro possuem altíssima aceitação e tolerância da sociedade, enquanto a maconha não. Logo, medidas repressivas contra o álcool e o cigarro seriam contraproducentes, trazendo muito mais problemas do que soluções. A guerra contra os mesmos terá que ser principalmente no plano cultural, com algumas medidas repressivas pontuais.
A maconha, por outro lado, tem baixa aceitação e tolerância da sociedade. Do ponto de vista da guerra contra as drogas, isso é uma vantagem que não deve ser desperdiçada. A batalha cultural contra a maconha nos é altamente favorável, o que nos dá mais liberdade para usar a repressão como um ótimo instrumento a mais na redução do consumo.
DDV (por enquanto, como dito, não vou argumentar sobre maconha ou outras drogas para não corromper o raciocínio e POR AGORA SÓ VOU RESPONDER SOBRE ALCOOL E CIGARRO)
Para mim, quem toma a decisão de quanto alcool eu tomo sou eu. Desde que eu não pegue o carro e saia na rua, aí é um problema da sociedade.
A maior parte das pessoas, meu caso, não são viciadas em alcool. E eu quero tomar alcool quando bem entender, respeitando a minha integridade física e a dos demais.
Interessante, você é um libertário em matéria de economia MAS aceita intervenções que eu considero estapafurdias na vida das pessoas. Por exemplo, essa decisão de que o alcool faz mal ou bem é de acordo com o que você consome, o quanto você consome... você pode inclusive passar momentos tão bacanas regado a alcool que no final, foi muito bom para você (e mesmo se não for para o seu organismo, é o SEU organismo).
E se for um problema de saúde pública o será para muito pouca gente comparado com o todo, o quem toma alcool irá pagar esse imposto a mais que garantirá o equilibrio das contas do consumo de alcool.
Se fosse proibido, nem isso seria verdade.
Com essa desculpa de se regular o que cada um deve consumir temos ingerências que geram aberrações como a lei seca americana gerou. Gera prisões a toa, aparato policial utilizado de uma maneira estúpida.
Na verdade, esse consenso do que é correto pela sociedade pode não ser tão produtivo. Havia um consenso a favor da escravidão, consenso de que não se podia beijar na rua, consenso contra homossexualismo, consensos...... que não deveriam direcionar a vida de alguém.
Veja, como eu disse uma vez nesse site:
1- As leis vigentes não são uma regra que eu tenho que seguir por definição. Por óbvio influenciam na maneira que eu ajo, mas não determinam.
2- Eu balizo minhas ações pelo que considero moral, e isso sem dúvida é sujeito a falhas e aprimoramentos.
3- No caso da pirataria, eu não faço porque considero que estou roubando o trabalho de alguém
4- Eu utilizo meu carro MESMO sabendo que estou contribuindo para o efeito estufa. E como muita carne também.
5- Não compro nada roubado porque isso gera violência desnecessária
6- Compro produtos eletrônicos feitos em países com sweat chops.
7- Aceito que alguém compre diamantes que financiam a guerra na áfria
8- Aceito que alguém compre maconha para consumo.
Eu aceito que a vida não pode ser perfeita. A respeito do 4,6,7 e 8, enquadro exatamente no mesmo contexto. A vida não é perfeita, as regras não são perfeitas, o sujeito que comprou um diamante para sua esposa não pode ser acusado de matar negros em guerras tribais. Não quero ser um monge ou um hipócrita. Ou os dois.
Não quer fazer mal a ninguém, comece deixando seu carro em casa.
Se eu quisesse usar maconha iria usar porque considero que o estado não deve se intrometer aqui.
Se o estado resolvesse proibir o alcool eu iria falar "foda-se o estado" e iria tomar alcool e teria que fazer as escondidas porque seria preso. E eu iria financiar o tráfico porque entendo que nem todas as decisões tomadas são corretas e o dono da minha vida sou eu mesmo.