Autor Tópico: Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'  (Lida 42843 vezes)

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #250 Online: 30 de Novembro de 2012, 15:18:36 »
Ele pode ser vítima,mas isso não o exime da culpa, ele pode inclusive escolher sair da polícia...
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #251 Online: 30 de Novembro de 2012, 15:21:19 »
Teoria da porta de entrada é para o menor infrator não para o policial. Acho que temos que considerar a natureza da coisa. Um policial que assassina um bandido não se acha um criminoso, pra ele foi feito justiça. Essa relativização não existe para um menor infrator, ele sabe que está cometendo um crime e potencialmente ele pode vir ser um bandido perigoso sim, mas não relativiza sua conduta como algo que seja bom.

Alguma evidência disso?

O mais próximo disso que vejo é simplesmente a exaltação da posição de bandido como "vilão" mesmo, mas acho que dá para considerar a mesma coisa.



Um policial capaz de relativizar um assassinato, não é capaz de relativizar outros crimes em nome da "justiça", como agressões, ofensas, roubos...?

Provavelmente a ordem é a inversa.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #252 Online: 30 de Novembro de 2012, 15:28:16 »

Olha esses números, eles não são à toa né...

"Em relação à confiança nas polícias de seus estados, a pesquisa aponta que os habitantes da Região Sudeste são os que menos confiam nas polícias de seus estados sendo que 75,15% disseram confiar pouco ou não confiar na atuação dos policiais, 21,80% confiam e 3% confiam muito. No Nordeste, o grau de alta confiança nas polícias estaduais chega a 5,8%, o mais elevado entre as cinco regiões brasileiras. Já o índice de baixa confiança chega a 70,15%. No Sul, o percentual dos que confiam muito no trabalho policial é 3,4%, inferior à média nacional (4,19%). A região tem 228 policiais para cada grupo de 100 mil habitantes, abaixo da média nacional (273 policiais por 100 mil habitantes). No Norte, apenas 4,45% dos entrevistados disseram confiar muito na atuação das polícias. Na Região Centro-Oeste, o grau de alta confiança nas polícias é 4,5%. Em todo o país, a região tem a maior média de policiais por habitante (quase 600 por 100 mil moradores)."

http://www.ethosonline.com.br/?pg=noticias_cont&id=1328




Mais dados mostram que é complexa toda a questão de aprovação e reprovação da polícia (o que não é de qualquer forma indício de corrupção a menos que se julgue que a população é dotada de telepatia):


 
Talvez fosse interessante criar-se um tópico sobre a polícia, violência policial, aceitação da mesma, e etc (ou voltar com algum anterior sobre o tema), já que a forma como isso se encaixa com esse tópico aqui não é muito clara (mas novamente, não revi as páginas anteriores). Enquanto isso não é feito:


Citar
51% DA POPULAÇÃO NÃO APROVA SEGURANÇA PÚBLICA         

Constata a pesquisa que a segurança pública é o segundo pior problema enfrentado pela população brasileira, só perdendo para a saúde, mas quando combinada com as drogas, que aparecem em terceiro lugar na lista das mazelas nacionais, assume a dianteira.
Segundo o levantamento, 36% dos brasileiros avaliaram como “regular” o serviço de segurança pública. O cenário piora quando se verifica que para 37% das pessoas o serviço piorou nos últimos três anos, permanecendo do mesmo jeito para 47% dos entrevistados. A pesquisa CNI-Ibope - que ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 28 e 31 de julho - faz um diagnóstico da percepção da população sobre várias questões da segurança pública e sobre temas como pena de morte, redução da maioridade penal, qualidade das instituições, entre outros.

SOLUÇÕES
A melhor solução para melhorar a segurança pública, apontada por 58% da população, é combater o tráfico de drogas. Dos entrevistados, 37% sugeriram aumentar o policiamento nas ruas, 27% aumentar as penas pelos crimes cometidos e 24% reprimir a venda ilegal de armas. Outros 17% propuseram ampliar a presença do Estado nas comunidades carentes com políticas públicas, como de educação e saneamento, e igualmente 17% sugeriram ampliar as políticas de combate à pobreza (14%).
Uma parcela significativa da população, de 58%, considera que a polícia não melhorou nem piorou nos últimos 12 meses. Na avaliação de 42%, para que a atuação policial melhore, é preciso haver aumento de salários, enquanto para 41% é necessário melhorar a formação profissional. Punição exemplar de maus policiais (37%) e a melhora nos equipamentos utilizados pela polícia (36%) são outras ações apontadas para uma atuação mais eficiente da polícia.

DIVIDIDA
De acordo com a pesquisa CNI-Ibope, a população está rigorosamente dividida sobre a aplicação da pena de morte no Brasil: 46% são favoráveis e 46% são contrários.
A instituição da prisão perpétua, porém, tem a aprovação de 69% dos brasileiros. O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, que divulgou o estudo, enfatizou que tais dados demonstram haver grande vontade da sociedade no combate à violência. As Forças Armadas e a Polícia Federal são as instituições melhor avaliadas pela população, com conceitos de “ótima” e “boa” para 63% (Forças Armadas) e 60% (PF). Em oposição, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário são as instituições com pior conceito: nada menos do que 40% dos brasileiros consideram a atuação do Congresso “ruim” e “péssima”, índice que é de 32% no caso da Justiça.

http://www.aquiamapa.com.br/site/option=com_content&view=article&id=587:51-da-populacao-nao-aprova-seguranca-publica&catid=46:cidade&Itemid=67



Citar
Quase metade dos brasileiros aprova provas obtidas por tortura

Pesquisa da USP foi elaborada com 4025 entrevistas domiciliares em onze capitais

SÃO PAULO - Quase metade dos brasileiros (47,5%) concorda que os tribunais aceitem provas obtidas mediante tortura policial, segundo pesquisa realizada em 2010 e divulgada nesta terça-feira pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP). Os dados indicam que aumentou a aceitação à prática em relação a 1999, quando 28,8% diziam ser favoráveis a obtenção de provas por meio de violência. A Pesquisa sobre Atitudes, Normas Culturais e Valores em Relação à Violação de Direitos Humanos e Violência foi elaborada com 4025 entrevistas domiciliares em onze capitais brasileiras, incluindo Rio e São Paulo.

O estudo indica que para a maioria dos entrevistados, a polícia deve interrogar sem violência. No entanto, para alguns crimes a população defende o uso de métodos como “bater”, “dar choques ou queimar com ponta de cigarro” e “deixar alguém sem água ou comida”. O uso de algum desses métodos contra suspeitos de estupro é aceito por 43,2% dos entrevistados. O porcentual de apoio aumenta entre os entrevistados mais jovens.

[...]

http://oglobo.globo.com/pais/quase-metade-dos-brasileiros-aprova-provas-obtidas-por-tortura-5130102



Citar
Sociologias, Porto Alegre, ano 4, nº 7, jan/jun 2002, p. 188-221

A polícia dos pobres: violência policialem classes populares urbanas
EDUARDO PAES MACHADOAES MACHADO* ee CECI VILCECI VILAR NORONHAAR NORONHA

[...]

Facilmente compreensível, o medo de ser roubado associa a perdade valores logrados com a venda da força de trabalho, essenciais para osustento da família, com a violência sofrida, a impotência para revidar e oressentimento contra os agressores. Conforme o depoimento de Oscar, 52anos, negro, eletricista, Você vai trabalhar para ter seu pão, seu trocado ...chega para dar aos seus filhos ... chega um aí e lhe toma. Então nessa horaa pessoa perde a cabeça [controle] e se puder dar fim naquele, então umacoisa dá na outra ... então se você puder matar não morra.

[...]

Na visão demonológica, o delinqüente é o mal absoluto, a encarnaçãodo diabo que, impulsionado pelo egoísmo, rompeu com a ordem do mun-do. A luta do bem e do mal se reatualiza na escolha dos indivíduos por umou por outro, como é colocado por Sara, para quem: A pessoa tem um filho. Será que aquele filho nasce la-drão? Não nasce. Quando a pessoa cresce... o egoísmo, odesejo vai fazer daquela pessoa um ladrão. A mesma coi-sa é o diabo. Deus não fez o diabo. Ele mesmo se tornou pelo egoísmo. Ele queria ter riquezas, então hoje tem muitas pessoas que fazem pacto como o diabo.

Ambas as visões são coerentes com a transformação do marginal embode expiatório. Exacerbando o elemento condenatório das outras inter-pretações, a figura do bode expiatório nomeia ameaças, unifica visõesconflitantes e parece oferecer uma saída para a crise social. Mais do que asoutras, esta interpretação contribui para aumentar o isolamento dos mar-ginais e justificar ações drásticas contra eles. As palavras de Cristina, 51 anos, parda, lavadeira, mostram a relação entre essa visão e as atitudessociais de pessoas como ela, que estão inclinadas a defender a pena demorte para os marginais: Eu acho assim: devia ter pena de morte, paraquando eles [os marginais] fazerem perversidade também morrerem. Por-que estão matando gente demais. Concentrando a culpa nos marginais, a população termina legitiman-do, como vamos mostrar, a brutalidade policial.

[...]

Entre as duas polícias, os moradores demonstram mais simpatia pelacivil. A PM é vista com mais desconfiança pelo método mais padronizadode trabalho, pela maior impessoalidade e uso ostensivo da força em ope-rações “pesadas”. Os PMs usam farda e corte de cabelo militar, exibemarmas pesadas, andam em bandos e se deslocam em carros oficiais. Sãodescritos ora como arrogantes, quando fazem demonstração de força edesrespeitam os habitantes, ora como ineptos, por não serem capazes dereconhecer e tomar medidas enérgicas contra os marginais.Tal como a PM, a Polícia Civil é considerada violenta, mas em con-traste com a primeira, a sua maneira é mais do agrado dos moradores.Sendo menos freqüente a rotatividade dos efetivos que integram suas ex-pedições, moradores estabelecem familiaridade com os policiais e podem,desta forma, exercer alguma influência sobre as ações destes. Por outrolado, essa polícia tem uma forma de agir mais seletiva e direcionada aossuspeitos, e suas ações não parecem assumir o caráter espetacular imputa-do aos PMs. Assim, os policiais civis são retratados como cidadãos “co-muns” na aparência e nos modos de proceder às ações repressivas. Usam roupas e cortes de cabelo comuns, se deslocam em carros comuns e co-nhecem os moradores. Tendo mais conhecimento da área, os policiais ci-vis possuem referências precisas das pessoas que estão procurando e doslocais onde encontrá-las. Cometem menos erros quanto a confundir omorador pacato com um fora-da-lei.Ambas as polícias obtêm informações sobre as atividades dos margi-nais através de moradores e, mais freqüentemente, de outros marginais.Em um meio social como este, onde todos se conhecem, e as relaçõespessoais constituem um recurso valioso, estabelecem-se facilmente laçosde cumplicidade por meio dos quais são transmitidas e barganhadas infor-mações que facilitam a identificação dos “bandidos”. No entanto, respei-tando a chamada “lei do silêncio”, que preserva a autoria dos crimes e avida de quem sabe, os moradores só dão informações quando estão sobameaça dos marginais ou são fortemente pressionados pela polícia.A maior fonte de informação são os próprios marginais, que delatam(“entregam”) os comparsas, por terem sido forçados pela polícia ou porlivre vontade, para tirar vantagens pessoais. Levando em conta o poucosenso de solidariedade e hierarquia entre os membros das quadrilhas (Zaluar,1994), estas se convertem em verdadeiras armadilhas para os marginaisque, além de correrem riscos nos assaltos e confrontos com outros margi-nais, estão sujeitos a delações de companheiros que se tornam colabora-dores da polícia.

[...]

Estas características violentas do aparelho policial geram reaçõesambivalentes, que expressam a dificuldade da população em se posicionardiante de uma força que também é percebida como garantia de proteção.Mas, neste “mundo cão” o limite entre ser protetor e agressor é mínimo. Povo contra polícia Dada a soma de violências existente e o sentimento de insegurançadespertado por elas, os moradores se voltam para a polícia como a instân-cia que deveria protegê-los das agressões praticadas pelos vizinhos e, prin-cipalmente, pelos marginais. Em lugar disso, a ação policial está pautadana omissão, cumplicidade com infratores, preconceito e violência. A expectativa popular é de que a polícia se configure como um servi-ço extensivo, que cubra o bairro como um todo, e intensivo durante a noite, em especial, a madrugada, um horário de deslocamento para ostrabalhadores ali residentes e de atuação dos marginais. Para os insegurosmoradores do lugar, assim como para outros segmentos da população, sóo policiamento efetivo pode proporcionar segurança, impondo “respeito”,e reduzir o controle dos marginais sobre os espaços comuns.

Dada a falta de policiais para fazer rondas, atender chamados urgen-tes e apurar crimes, essa aspiração está longe de ser atendida. Assim, se-gundo avaliação de Rosa, 72 anos, parda, doméstica: A polícia aqui no bairro eu não sei o que anda fazendo (...)Tem um posto lá na frente... mas estão resguardados lá... ecá o movimento como é que fica? Eu acho que era muitobom que a polícia andasse nos lugares mais arriscados. Por-que o nosso bairrozinho por causa do risco é demais (...) Épor isso que se dão as coisas e quando a polícia vem dar fé...já passou o tempo! Não dá nem mais tempo de dar jeito.

Em contraste com outras áreas da cidade, onde moradores abonadose órgãos públicos dispõem de recursos para contratar serviços privados desegurança e fazer convênios com a polícia, o padrão de policiamento deNovos Alagados não oferece segurança. Assim, na percepção de Claúdioos policiais deveriam fazer aqui como eles fazem em outros bairros. Elesdão segurança. Aqui não, eles dão insegurança.

inda que o depoimento idealize o serviço policial prestado aosmoradores dos bairros de classe alta e média, que tem seus próprios pro-blemas de segurança, o mesmo depoimento chama atenção para o fato dea polícia cometer menos abusos contra residentes aqueles do que contramoradores das áreas urbanas periféricas, que não têm meios de reclamarou serem ouvidos pelas autoridades (Gabaldón, Birbeck, 2000).Esta crítica é alimentada pela falta de sigilo e suspeitas de colabora-ção com o crime por parte dos agentes públicos. O fato de a polícia nãomanter sigilo sobre denunciantes, expõe os mesmos a retaliações, reforçando a “lei do silêncio” e enfraquecendo mecanismos de controle socialque deveriam ser estimulados como parte de um modelo efetivo de polici-amento. Este é o sentido do depoimento de Luiza, 38 anos, negra, profes-sora primária, ao afirmar que: Outro dia uma mulher informou para a polícia onde aquadrilha estava fumando [maconha]... na mesma hora apolícia chegou e disse: ‘foi a mulher de toalha que falou’.Aí ela ficou mal vista. Eles não deviam ter dito isso. Quan-do não dá uma informação eles xingam, esculhambam...e quando informa eles entregam. Como é que a gente vaiajudar a polícia? Não pode porque ela não dá segurançanenhuma(...) E agora mesmo a gente nem pode falar, estáse dando um caso muito grave, eu tenho até medo defalar porque aqui se você não fala está seguro, se falapode levar um tiro... Agora tem aqui uma quadrilha quequem está ajudando é a própria polícia(...) E não é sóesse caso não, tem vários e vários.

[...]


Bandido é para morrer Apesar de serem eles próprios alvo de agressão, os moradores de No-vos Alagados aprovam o terror da polícia e grupos de extermínio contramarginais do bairro e áreas próximas do Subúrbio Ferroviário. Esta aprovação é justificada pela distinção estabelecida por eles, entre a violência ilegí-tima cometida contra “nós”, pessoas direitas, pais de família e trabalhadoreshonestos, da violência “legítima” que é praticada contra “eles”, os marginais.Pensando dessa maneira, alguns moradores entrevistados conside-ram a violência policial como algo necessário, e que só atinge as pessoas“erradas” ou que estão em lugares “errados”. Joaquim, por exemplo:

Eu sempre me dei bem com a polícia. Porque é o seguin-te, eu não faço nada a ela, ela não pode fazer nada amim. É como eu lhe disse também, as vezes as pessoasficam em certos lugares inconvenientes e as vezes elassão pegas pela polícia... são até espancadas.

Ainda nessa linha de defesa da violência oficial, Joaquim emprega omesmo álibi usado pelo policiais para justificar seus excessos, a dificuldade decontrolar infratores maliciosos e bem armados, dispostos a revidar ou matar:

Ela [a polícia] vem fazer uma blitz, aí ela sempre, ela já lidacom tanta gente maliciosa, que ela tem que quase ser, setornar igual a pessoa, porque senão morre, você está en-tendendo onde eu quero chegar, senão ela morre (...) Mas,a maneira como ela chega, ela faz assim como é que sediz, ela acha que todo mundo é um [marginal] não é, en-tão a maneira dela trabalhar é essa, mas aí, eu não soucontra pelo seguinte: eu lhe pergunto, se não existisse apolícia, mesmo com as falhas dela, o que seria da gente?Ela está aí, o camarada faz o que faz, e se ela não existisse?

Conforme uma visão difundida, a violência das autoridades é a res-posta à violência dos criminosos, mesmo que os indivíduos e grupos, sur-preendidos no fogo cruzado, tenham que pagar um alto preço por isso,perdendo seus direitos ou arriscando a serem tratados do mesmo modo.Concordando com isso, a crítica dos abusos policiais coexiste com suaaprovação. Sobre isso, esclarece Jandira, 17 anos, parda, estudante:

Muito violenta, ignorante. É polícia, por exemplo, a pro-fissão deles eu sei, é para fazer ignorância, mas não écom as pessoas, é com ladrão! E as vezes matam muitosinocentes, não querem saber de nada, vão logo matandopessoas, eles agem com muita violência, são muito vio-lentos. Vão atirando não é, sei lá. Eu acho uma hora [que]eles estão certos porque ela [a polícia] não quer morrer,se ela vir com mão abanando vai ter ladrão que vai meterbala nela. Aí eu não sei dizer.

Obedecendo ordens ou atuando por conta própria, os policiais ati-ram sem maiores cuidados e aplicam sentenças de morte contra infratores,suspeitos e pessoas inocentes, sem receberem punição. Quanto aos meiosde comunicação, eles vêm denunciando os abusos policiais e contribuin-do para debater a segurança coletiva. Contudo, na falta de ações enérgicasdos poderes públicos, a tendência desse debate é a repetição de motivo, abanalização do inaceitável e confirmação da impotência social para con-trolar o uso da força policial. Uma ilustração deste uso ilegal da força estácontida no depoimento de Claúdio:

Aconteceu uma morte aqui que até hoje não me sai dacabeça. Um cara marginal entrou na casa de uma irmãquando a polícia chegou. Metralharam a casa da mulhertoda, mataram todos os filhotes de cachorro [por sinalmuito numerosos no bairro], mataram a cadela,esburacaram a televisão, geladeira... o que você imagi-nar... a sorte foi que não matou os filhos desta mulherporque eles se esconderam debaixo da cama do quarto.Mas mataram o cara, metralharam de toda a forma... as-sim que terminou amarraram um fio no cara e saíramarrastando lá do fim da ponte até a frente da rua.

[...]

http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/868/86819567009.pdf



Offline JohnnyRivers

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #253 Online: 30 de Novembro de 2012, 15:33:54 »
Ele pode ser vítima,mas isso não o exime da culpa, ele pode inclusive escolher sair da polícia...

Estamos falando de toda uma corporação. Não de uma só pessoa. Não tem como a Policia sair da própria Polícia.

Acusar a policia do RJ de ser bandida é absurdo. Contudo, não seremos ingênuos de achar que são santos. Existem profissionais que não merecem vestir a farda.

Veja como a própria polícia enxerga esta situação:

http://meuartigo.brasilescola.com/atualidades/a-policia-policia.htm
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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #254 Online: 30 de Novembro de 2012, 16:01:38 »
Ele pode ser vítima,mas isso não o exime da culpa, ele pode inclusive escolher sair da polícia...

Estamos falando de toda uma corporação. Não de uma só pessoa. Não tem como a Policia sair da própria Polícia.

Acusar a policia do RJ de ser bandida é absurdo. Contudo, não seremos ingênuos de achar que são santos. Existem profissionais que não merecem vestir a farda.

Veja como a própria polícia enxerga esta situação:

http://meuartigo.brasilescola.com/atualidades/a-policia-policia.htm

Excelente texto. Bastante técnico, separei uns trechos que exemplificam algumas práticas comuns na PMERJ.

"O trabalho do Corregedor de Polícia é por demais difícil, pois além do receio da população em denunciar ou testemunhar as más ações policiais, ainda existe a questão do corporativismo em todas as classes da Polícia para dificultar ainda mais as suas investigações. Nesse sentido há de se acolher o que disse o nobre Jurista LUIZ FLAVIO GOMES, no seu artigo intitulado “Policiais brasileiros toleram a corrupção e a violência dos colegas”: (...) “o que vale, frente aos colegas de trabalho, é o pacto do silencio, a cumplicidade, a conivência. Um policial dificilmente “denuncia” um colega”. (...)"

"A questão da corrupção Policial é, sem sombras de dúvidas, a mais séria e grave existente no âmbito da Segurança Pública, vez que o Policial é acima de tudo o “Guardião da Lei”, e para tanto tem que dar o exemplo."

"O policial de verdade deve perceber que não existe diferença entre o bandido comum e o bandido “policial”, e que ambos devem ser combatidos. Porém o bandido policial é mais difícil de vencer – ele é covarde, possui o respaldo de toda a instituição que erroneamente lhe dispensa “o espírito de corpo”, mesmo traindo os dogmas do ofício de policial. Certo estava o marginal Lucio Flávio que, não obstante ser delinqüente sabia perfeitamente seu lugar quando declarou: “bandido é bandido, polícia é polícia”. Como a água e o azeite, não se misturam. (...)"

Queria que vc e os demais me respondessem, se vcs acham que existe algum policial, no batalhão prisional que não seja corrupto ou conivente, porque a prisão da PM parece um hotel de luxo, e muitos policiais trabalham, visitam, ou conhecem essas instalações. E todos sabem que aquilo é contra à lei.

E aí? Algum desses policiais deixa de ser, no mínimo, conivente com essa situação?

http://extra.globo.com/casos-de-policia/relatorio-de-inspecao-da-justica-diz-que-batalhao-prisional-da-pm-tem-apartamentos-nao-celas-6879077.html#axzz2DjL1aBCx
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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #255 Online: 30 de Novembro de 2012, 16:22:45 »
No seu artigo:
Citar
Relatório?

A Polícia Militar não soube dizer o que foi feito desde que o relatório do mutirão foi entregue ao governo do estado — há quatro meses, em 26 de julho.

Como funciona

O BEP tem hoje 325 presos, dos quais 41 são ex-PMs mantidos lá por liminares da Justiça. A prisão da corporação hoje é fiscalizada pela Corregedoria Interna, pela Vara de Execuções Penais e pelo Ministério Público estadual.



Não é só a PM envolvida nisto. A PMERJ é subordinada do governo estadual. Logo, os privilégios teve "dedos" políticos.
Quanto aos agente serem coniventes, é relativo. Pois poucos tem acesso a esta instalação. Os mantenedores podem ser taxados assim. Já o policial de rua, dificilmente.
Quem poderá dizer melhor sobre o acesso dos PM´s ao Batalhão Prisional e o acesso ao seu regulamento, é o DiegoJaf.
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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #256 Online: 30 de Novembro de 2012, 16:37:01 »
Meio ingênuo crer que um policial do BEP não tenha ciência do que acontece lá, mas beleza, dá pra dizer que a maioria dos policiais do BEP, e seus comandantes são corruptos ou coniventes.
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Offline JohnnyRivers

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #257 Online: 30 de Novembro de 2012, 16:46:12 »
Meio ingênuo crer que um policial do BEP não tenha ciência do que acontece lá, mas beleza, dá pra dizer que a maioria dos policiais do BEP, e seus comandantes são corruptos ou coniventes.
Da pra dizer que existe uma boa parte é corrupta ou conivente em algum ato irregular.
Mas para dizer que é a maioria, precisariamos de números. Você os tem?
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Offline Geotecton

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #258 Online: 30 de Novembro de 2012, 16:51:28 »
Argumentação boa mesmo é dizer que "parei de ler por aqui, bla bla bla, você não sabe de nada porque eu sei tudo..."

Concordo com você, ainda que a sua estréia também não tenha sido feliz ao usar de generalização extrema.


Vocês devem viver outra realidade, aqui a polícia é corrupta em sua totalidade, quem não é corrupto é conivente, desde a mais alta patente até o cara no curso de formação. e corrupto é o de menos, a maioria é bandido mesmo.

Então todos os policiais de sua cidade (ou estado?) são corruptos? Não sobrou sequer um para dizer "Ei, eu sou uma exceção"?


Mas quem foi criado pela avó dentro do condomínio não tem obrigação de saber disso...

E qual é a relação que existe entre "morar em um condomínio com a avó" e "saber" que a polícia é (supostamente) corrupta?
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Offline Diegojaf

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #259 Online: 30 de Novembro de 2012, 16:53:13 »

Quem poderá dizer melhor sobre o acesso dos PM´s ao Batalhão Prisional e o acesso ao seu regulamento, é o DiegoJaf.


Claro, assim que o cidadão decidir se TODA a PM do Rio, com seus mais de 60.000 policiais (incluindo aí o pessoal das patrulhas escolares, bikes, policiamento a pé, etc) é corrupta ou só os cerca de 40 que integram o Batalhão Prisional. Porque ele parece ter alguns problemas em decidir isso, já que ele começou com 100% e agora quer cair pra 0,001%.

Só estou esperando os números, já que com toda a certeza da afirmação inicial dele, esperaria que fosse acompanhada de números, mas provavelmente é só mais um que curte generalizar e tirar opiniões do rabo...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #260 Online: 30 de Novembro de 2012, 16:59:12 »
[...] aqui a polícia é corrupta em sua totalidade, quem não é corrupto é conivente, desde a mais alta patente até o cara no curso de formação. e corrupto é o de menos, a maioria é bandido mesmo.

Evidências apresentadas até agora:

 :histeria:
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #261 Online: 30 de Novembro de 2012, 17:00:50 »
[...]
Você atribui essa rejeição toda ao achismo da população? Ou isso indica que há algo de muito errado na instituição?

Eu não duvido que as polícias cariocas (e outras) tenham muitos membros corruptos. Mas não se pode afirmar peremptoriamente que todos são corruptos sem evidências. Aliás, não dá sequer para fazer uma afirmação deste tipo para a maioria da classe policial.

Além disto, não se deve menosprezar o fato de que um ato negativo praticado por alguém repercute muito mais que um ato positivo. Ou seja, o efeito multiplicador de um policial corrupto é muito maior que o efeito multiplicador de vários policiais não-corruptos. E isto vale para qualquer classe e segmento social.
« Última modificação: 30 de Novembro de 2012, 17:08:44 por Geotecton »
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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #262 Online: 30 de Novembro de 2012, 17:02:42 »
Mas quem foi criado pela avó dentro do condomínio não tem obrigação de saber disso...

E qual é a relação que existe entre "morar em um condomínio com a avó" e "saber" que a polícia é (supostamente) corrupta?

Pra entender a opressão você deve ser oprimido, pra entender o homossexualismo você deve ser gay, pra entender o sistema prisional você deve ser preso...
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Diegojaf

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #263 Online: 30 de Novembro de 2012, 17:09:08 »
Mas quem foi criado pela avó dentro do condomínio não tem obrigação de saber disso...

E qual é a relação que existe entre "morar em um condomínio com a avó" e "saber" que a polícia é (supostamente) corrupta?

Pra entender a opressão você deve ser oprimido, pra entender o homossexualismo você deve ser gay, pra entender o sistema prisional você deve ser preso...

Vocês não são das ruas, cara... pra entender, você precisa viver. Sacou? Playboyzinho... Eu não escolhi a vida loka, a vida loka que me escolheu... Amor só de mãe.

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #264 Online: 30 de Novembro de 2012, 18:11:19 »
É melhor sentar e esperar uma passeata pela paz, mas como já dizia o bom Matias, ninguém faz passeata por policial morto... :)
Outra coisa, esse tipo de conduta de um policial, é um pulinho para outros tipos de crimes. Se ele é capaz de relativizar um assassinato por que do outro lado existe um bandido, também é capaz de relativizar muita coisa  menos grave do que isso.

Teoria da porta da entrada? Tipo, se o menor é capaz de furtar um biscoito, também é capaz de executar pessoas a sangue frio em um assalto, como o de ontem em São Paulo? Concordo.

Ou quando aplicada a bandidos a coisa é diferente?

Teoria da porta de entrada é para o menor infrator não para o policial. Acho que temos que considerar a natureza da coisa. Um policial que assassina um bandido não se acha um criminoso, pra ele foi feito justiça. Essa relativização não existe para um menor infrator, ele sabe que está cometendo um crime e potencialmente ele pode vir ser um bandido perigoso sim, mas não relativiza sua conduta como algo que seja bom.

Um policial capaz de relativizar um assassinato, não é capaz de relativizar outros crimes em nome da "justiça", como agressões, ofensas, roubos...?



Deixa eu ver se entendi: fazer algo errado achando que é o certo é pior do que fazer o errado sabendo que está errado?   :?:
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Pasteur

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #265 Online: 30 de Novembro de 2012, 19:53:58 »
gosto de acreditar que se a polícia ganhasse um salário decente a corrupção diminuiria. E você? Acha que o policial ganha pouco?

Salário não corrige ética e moral no ser humano.
Existe uma grande quantidade de juízes, políticos e diretores de estatais ganhando fortunas no final do mês e, mesmo assim, se comportando com desonestidade.

Canopus, é verdade.  :ok:

Offline _Juca_

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #266 Online: 30 de Novembro de 2012, 20:19:36 »
É melhor sentar e esperar uma passeata pela paz, mas como já dizia o bom Matias, ninguém faz passeata por policial morto... :)
Outra coisa, esse tipo de conduta de um policial, é um pulinho para outros tipos de crimes. Se ele é capaz de relativizar um assassinato por que do outro lado existe um bandido, também é capaz de relativizar muita coisa  menos grave do que isso.

Teoria da porta da entrada? Tipo, se o menor é capaz de furtar um biscoito, também é capaz de executar pessoas a sangue frio em um assalto, como o de ontem em São Paulo? Concordo.

Ou quando aplicada a bandidos a coisa é diferente?

Teoria da porta de entrada é para o menor infrator não para o policial. Acho que temos que considerar a natureza da coisa. Um policial que assassina um bandido não se acha um criminoso, pra ele foi feito justiça. Essa relativização não existe para um menor infrator, ele sabe que está cometendo um crime e potencialmente ele pode vir ser um bandido perigoso sim, mas não relativiza sua conduta como algo que seja bom.

Um policial capaz de relativizar um assassinato, não é capaz de relativizar outros crimes em nome da "justiça", como agressões, ofensas, roubos...?



Deixa eu ver se entendi: fazer algo errado achando que é o certo é pior do que fazer o errado sabendo que está errado?   :?:

Não sei, é? Não vejo lado melhor em nenhum caso.

Offline Pasteur

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #267 Online: 30 de Novembro de 2012, 23:11:15 »
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A polícia é reflexo da sociedade

Nos últimos tempos, podemos observar o quanto o serviço policial está sendo alvo de críticas, nos mais diversos sentidos. Basicamente, todas as discussões giram em torno de problemas como corrupção, violência policial, entre outros pontos negativos. Mas a verdade não está toda desnuda, porque a culpa é sempre creditada ao policial, e a problemática não está nele, e sim no modelo de segurança que temos. Fica uma questão: qual a polícia que a sociedade quer?

A que está aí, acredito. Porque, caso os cidadãos desejassem um modelo mais perfeito dos organismos policiais, os poderes representativos (Executivo, Legislativo e Judiciário) já teriam expressado essa vontade popular, emparedados por uma cobrança maciça e contínua. E um modelo excelente de policiamento inclui, desde sempre, o respeito pelo cidadão – e a conseqüente deferência pela atividade policial, por parte desse mesmo cidadão. A partir do momento que todos os serviços policiais fossem devidamente treinados, equipados e munidos da autoridade que lhes é devidamente imbuída pela função, seria extinto o que se denomina popularmente de "aplicação social da lei": os agentes de segurança pública cumpririam, na totalidade e sem meios termos, o que está previsto na legislação. Da forma como a segurança pública funciona hoje, se os policiais exigissem o cumprimento integral da lei, seriam acusados de rigorosos, insensíveis e outros termos por atos que, no fim, somente demonstrariam profissionalismo e dedicação. Ou alguém, nos dias atuais, ficaria feliz de ser autuado por estacionar em frente à garagem de sua própria casa ou em fila dupla na porta do colégio das crianças? A lei não faz exceções, devemos nos lembrar.

Com esta mudança de comportamento por parte das forças policiais, a ponderação e o descaso pelo serviço certamente desapareceriam. Digo ponderação, quando temos o costume de discutir, imediatamente, com o policial que está nos fazendo uma abordagem ou uma notificação de trânsito – mesmo sabendo que temos meios legais para as devidas providências. Essa discussão pode gerar margem para interpretações dúbias, tais como oportunidades de corrupção (e de tentar corromper, não podemos esquecer) ou de excessos das partes envolvidas, tais como abusos do corpo policial, ou mesmo do cidadão, onde este seria indubitavelmente qualificado nos termos do "desacato à autoridade".

Desacato? A qual autoridade? A partir do momento em que a sociedade não tem aporte educacional nem cultural para interpretar devidamente o serviço policial, este, por si só, já nasce falho. Como exemplo, pecamos na educação das crianças, quando muitos pais, por desleixo ou pura falta de autoridade familiar, ameaçam suas crianças com a presença da polícia – os que mais denotam temeridade (principalmente pela ostensividade dos seus uniformes e armamentos): ROTAM, GPT, ROTA, entre outros. Qual a opinião que se formará na mente destes pequenos seres? De que lado ele se situará, nesse imenso desafio que é manter a segurança pública em geral? Sem levar em conta as influências culturais que pervertem o sentido das coisas, trazendo uma violência midiática à tona, onde a polícia passa a ser mais temida que a própria criminalidade.

A polícia é um reflexo da sociedade em que está inserida. Em uma sociedade totalmente honesta, os policiais serão totalmente honestos; em uma sociedade em que parte da população é corrupta, haverá parte dos policiais que pratica a corrupção. Essa é uma máxima já desgastada para os estudiosos, mas a sociedade não vê isso. O que se demonstra é um desapego total à problemática, onde os policiais carregam a pecha de participantes de um esquema criminoso e corrupto - que não tem fim, nem inocentes, o que não é verdade. Em uma recente entrevista a uma rádio local, um comandante da Polícia Militar do Estado de Goiás arrazoou bem: numa corporação com mais de 15.000 policiais, um número inferior a 150 membros estão sendo acusados, formalmente, de alguma irregularidade ou desvio. Isso representa, estatisticamente, menos de 1% (!) de todo o efetivo. E esses índices se repetem em todos os organismos policiais, Brasil afora. Permitindo uma observação livre, acredito que estes dados são compatíveis com os procedimentos internos dos conselhos de classes nacionais (OAB, CRM, CRA, entre outros). Mas, por que o impacto social da falha do serviço policial é maior? Por envolver vidas e liberdade? Por ser um serviço público que deveria zelar pela sociedade? Não vejo diferenças com outras profissões ou funções - sem desmerecer nenhuma, inclusive.

O governo tenta se eximir das responsabilidades sobre a má qualidade de nosso policiamento e serviços de segurança pública, em geral. Atualmente, está em discussão uma inovação legal visando o combate à tortura no Brasil, onde se prevê, entre outras propostas governamentais, a inversão do ônus da prova, em casos de denúncias de crimes de tortura. Esta inversão denota, em poucas palavras, que o policial terá, sempre, de provar que não se excedeu e agiu com lisura. Mas, e a responsabilização institucional da falta de treinamento para o policial acusado? Qual será a salvaguarda para os policiais em atividade, que a partir deste momento, não terão a segurança de suas ações, em resposta a uma possível onda de denuncismo? Nunca é demais lembrar que eles próprios terão que tomar as providências cabíveis para as suas defesas, às suas expensas.

Conclamo os cidadãos de bem a abrirem os olhos para um fato importante: se o policial, como agente de autoridade representante do poder público, pratica alguma falha (no sentido de excesso ou desvio funcional) a responsabilidade TODA tem que ser creditada ao órgão a que este é ligado, porque a irregularidade derivou de uma falha de treinamento, equipamento ou mesmo de acompanhamento institucional. Não se nasce policial, mas forma-se.

Policiais são recrutados entre os cidadãos comuns, provenientes de famílias comuns e, fora da função policial, são como qualquer outro do povo. Tal qual uma ferramenta, o agente de segurança pública simboliza, na maioria das vezes, o caminho que o Estado indica a ele. Não falo aqui de atos de omissão, corrupção e outros naturais a toda a espécie humana: estes casos têm que ser tratados individualmente, pois aqui o cidadão, transmutado em policial, utiliza a função para exercitar atividades incompatíveis com a finalidade da segurança pública.

Finalizando, o organismo policial, por si só, não é responsável pelo que vem acontecendo, pois a ausência de fiscalização social gerou o que sofremos atualmente. O Ministério Público e o Poder Judiciário não estão se omitindo nas punições (individuais, aos policiais), mas também estas instituições são partes responsáveis pela exigência, constitucional, da melhor qualidade de nossa segurança pública, podendo, inclusive, reclamarem administrativa e criminalmente, a eficiência dos organismos policiais – e, como conseqüência, mudar a mentalidade pública sobre a atividade policial.

Fabiano da Silva Faria
policial rodoviário federal em Goiás, instrutor de curso de formação e reciclagens, pós-graduando em Criminologia pela Universidade Federal de Goiás
http://jus.com.br/revista/texto/7993/a-policia-e-reflexo-da-sociedade#ixzz2DkyztW8L

Offline Canopus

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #268 Online: 01 de Dezembro de 2012, 07:27:04 »
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A polícia é reflexo da sociedade

[...]

Mais uma vez, Pasteur, você foi buscar um texto bastante elucidativo!
Corrobora com o que também penso sobre a classe política.
Esses policiais não vieram de Marte. São amostragem do nosso povo, de nós mesmos.
E a sociedade dá a medida que deseja para que eles ajam.
"Jeitinho" brasileiro ainda fazendo vítimas, tiro saindo pela culatra, atingindo todos nós.
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
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Offline _tiago

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #269 Online: 01 de Dezembro de 2012, 09:06:11 »
Aqui em Sp, acho que inteiramente corrupto só o DEIC. Segundo um ex-PM, um civil e aquele traficante colombiano preso pela PF... :P
Eu acho que o maior problema no Brasil é o Código de Processo Penal e o Código Penal. Opinião própria. Por exemplo: à turma do mensalão, uma multa bem dada não seria suficiente. Talvez um regime semi-aberto.
Outro exemplo: aquela quantidade de recursos do CPP é pra acabar, não.

Mas eu não conheço muito dessas leis, pra ser sincero. :)

Offline WTF

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #270 Online: 01 de Dezembro de 2012, 10:47:44 »
Argumentação boa mesmo é dizer que "parei de ler por aqui, bla bla bla, você não sabe de nada porque eu sei tudo..."

Concordo com você, ainda que a sua estréia também não tenha sido feliz ao usar de generalização extrema.


Vocês devem viver outra realidade, aqui a polícia é corrupta em sua totalidade, quem não é corrupto é conivente, desde a mais alta patente até o cara no curso de formação. e corrupto é o de menos, a maioria é bandido mesmo.

Então todos os policiais de sua cidade (ou estado?) são corruptos? Não sobrou sequer um para dizer "Ei, eu sou uma exceção"?


Mas quem foi criado pela avó dentro do condomínio não tem obrigação de saber disso...

E qual é a relação que existe entre "morar em um condomínio com a avó" e "saber" que a polícia é (supostamente) corrupta?

Olha só, se eu usei um argumento errado, as pessoas deveriam contra argumentar, na verdade o exagero é de certa forma proposital, e funcionou, teve um montão postando smileyzinhos, dizendo que falei asneiras, que nem iria ler... Isso diz muito sobre a pessoa que está argumentando.

Lógico que há exceções, mas o que eu vejo na prática é diferente. Mas realmente, não tenho números para provar isso, e experiência pessoal não conta nesse fórum, então retiro minha afirmação ok? Vou começar a argumentar por pedaços da coorporação, pra me aproximar da totalidade.

Afirmo que a maioria, incluindo todos os comandantes do batalhão prisional são corruptos ou coniventes, não acredito que alguém lotado no BEP, não tenha conhecimento do que se passa lá. Todos os Policiais das UPP´s do São Carlos, Turano, Fallet e Fogueteiro, inclusive seus comandantes são corruptos ou coniventes, já que nessas comunidades, apesar de "pacificadas", o tráfico se faz presente ativamente, e não creio que os policiais dessas unidades não tenham conhecimento disso, já que toda população local sabe disso.

Vou pesquisar com mais calma outras evidências...

A questão do pessoal do condomínio, criado pela avó, foi uma ironia/provocação. Porque tem gente por aqui que acha que porque joga paintball já foi pra guerra. Aqui no fórum, as pessoas desdenham muito de experiências pessoais, já tomam logo como mentira, acontece que a vida também está fora dos jornais, livros e dos textos técnicos. E na prática as coisas podem ser bem diferentes da teoria.



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Offline Hold the Door

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #271 Online: 01 de Dezembro de 2012, 11:08:36 »
Coitadinho dos policiais, olha a prisão que eles tem que enfrentar se cometerem algum crime...
http://extra.globo.com/casos-de-policia/relatorio-de-inspecao-da-justica-diz-que-batalhao-prisional-da-pm-tem-apartamentos-nao-celas-6879077.html#ixzz2DhChryIi

Polícia do RJ = Bandido

Parei de ler por aqui. Mas tenho certeza que as asneiras escritas em diante devem ter sido épicas... :)

Argumentação boa mesmo é dizer que "parei de ler por aqui, bla bla bla, você não sabe de nada porque eu sei tudo..."

Vocês devem viver outra realidade, aqui a polícia é corrupta em sua totalidade, quem não é corrupto é conivente, desde a mais alta patente até o cara no curso de formação. e corrupto é o de menos, a maioria é bandido mesmo.

Mas quem foi criado pela avó dentro do condomínio não tem obrigação de saber disso...

A questão do pessoal do condomínio, criado pela avó, foi uma ironia/provocação. Porque tem gente por aqui que acha que porque joga paintball já foi pra guerra. Aqui no fórum, as pessoas desdenham muito de experiências pessoais, já tomam logo como mentira, acontece que a vida também está fora dos jornais, livros e dos textos técnicos. E na prática as coisas podem ser bem diferentes da teoria.

Só para tirar uma dúvida. Sua provocação sobre não conhecer as coisas na prática foi direcionada ao DiegoJaf?
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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #272 Online: 01 de Dezembro de 2012, 11:48:39 »
Coitadinho dos policiais, olha a prisão que eles tem que enfrentar se cometerem algum crime...
http://extra.globo.com/casos-de-policia/relatorio-de-inspecao-da-justica-diz-que-batalhao-prisional-da-pm-tem-apartamentos-nao-celas-6879077.html#ixzz2DhChryIi

Polícia do RJ = Bandido

Parei de ler por aqui. Mas tenho certeza que as asneiras escritas em diante devem ter sido épicas... :)

Argumentação boa mesmo é dizer que "parei de ler por aqui, bla bla bla, você não sabe de nada porque eu sei tudo..."

Vocês devem viver outra realidade, aqui a polícia é corrupta em sua totalidade, quem não é corrupto é conivente, desde a mais alta patente até o cara no curso de formação. e corrupto é o de menos, a maioria é bandido mesmo.

Mas quem foi criado pela avó dentro do condomínio não tem obrigação de saber disso...

A questão do pessoal do condomínio, criado pela avó, foi uma ironia/provocação. Porque tem gente por aqui que acha que porque joga paintball já foi pra guerra. Aqui no fórum, as pessoas desdenham muito de experiências pessoais, já tomam logo como mentira, acontece que a vida também está fora dos jornais, livros e dos textos técnicos. E na prática as coisas podem ser bem diferentes da teoria.

Só para tirar uma dúvida. Sua provocação sobre não conhecer as coisas na prática foi direcionada ao DiegoJaf?

Não, na verdade foi aquele tipo de provocação não direcionada, joga-se a isca e os peixes vem. E ser policial não garante que vc conheça as coisas na prática, o cara pode ser polícia há pouco tempo, fazer trabalho interno, etc. Tem gente na polícia que é tão bobalhão quanto a molecada de condomínio, vivendo no mundinho virtual, jogando call of duty, paintball, e só porque passou na prova da polícia acha que virou o capitão Nascimento.
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Offline Geotecton

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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #273 Online: 01 de Dezembro de 2012, 12:37:58 »
Olha só, se eu usei um argumento errado, as pessoas deveriam contra argumentar, na verdade o exagero é de certa forma proposital, e funcionou, teve um montão postando smileyzinhos, dizendo que falei asneiras, que nem iria ler... Isso diz muito sobre a pessoa que está argumentando.

Caro WTF

Não é uma maneira educada você começar uma discussão sobre um tema sensível como este, fazendo uma generalização tão ampla e ainda sabendo que entre os moderadores há um policial que, até que se apresente pelo menos uma prova em contrário, é honesto.

Então eu recomendo mais comedimento para você.


Lógico que há exceções, mas o que eu vejo na prática é diferente. Mas realmente, não tenho números para provar isso, e experiência pessoal não conta nesse fórum, então retiro minha afirmação ok?

Eu discordo em parte. Eu acho que a experiência pessoal conta, tanto é que eu endossei parte de suas palavras, mas o seu principal problema foi generalizar em uma escala que escapou de qualquer mensuração.


Vou começar a argumentar por pedaços da coorporação, pra me aproximar da totalidade.

Esta é uma atitude mais sensata e muito mais contribuidora para a discussão.


Afirmo que a maioria, incluindo todos os comandantes do batalhão prisional são corruptos ou coniventes, não acredito que alguém lotado no BEP, não tenha conhecimento do que se passa lá. Todos os Policiais das UPP´s do São Carlos, Turano, Fallet e Fogueteiro, inclusive seus comandantes são corruptos ou coniventes, já que nessas comunidades, apesar de "pacificadas", o tráfico se faz presente ativamente, e não creio que os policiais dessas unidades não tenham conhecimento disso, já que toda população local sabe disso.

Vou pesquisar com mais calma outras evidências...

O que você apresentou acima não é uma evidência e sim uma conclusão possível e lógica, subproduto da análise do contexto, embora possa não ser a realidade.


A questão do pessoal do condomínio, criado pela avó, foi uma ironia/provocação.

Ficou claro para todos.


Porque tem gente por aqui que acha que porque joga paintball já foi pra guerra.

Você pode apontar as falhas de foristas sem incorrer em grosserias.


Aqui no fórum, as pessoas desdenham muito de experiências pessoais, já tomam logo como mentira, acontece que a vida também está fora dos jornais, livros e dos textos técnicos. E na prática as coisas podem ser bem diferentes da teoria.

Sem dúvida. Mas se ponha do outro lado da análise. Você gostaria de ser tomado como "corrupto" (pode ser "incapaz", "inepto", ou qualquer outro adjetivo não-enobrecedor) sabendo que não é assim?
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Re:Brasil tem 'conceito infeliz' de que direitos humanos são 'para bandidos'
« Resposta #274 Online: 01 de Dezembro de 2012, 12:40:19 »
Coitadinho dos policiais, olha a prisão que eles tem que enfrentar se cometerem algum crime...
http://extra.globo.com/casos-de-policia/relatorio-de-inspecao-da-justica-diz-que-batalhao-prisional-da-pm-tem-apartamentos-nao-celas-6879077.html#ixzz2DhChryIi

Polícia do RJ = Bandido

Parei de ler por aqui. Mas tenho certeza que as asneiras escritas em diante devem ter sido épicas... :)

Argumentação boa mesmo é dizer que "parei de ler por aqui, bla bla bla, você não sabe de nada porque eu sei tudo..."

Vocês devem viver outra realidade, aqui a polícia é corrupta em sua totalidade, quem não é corrupto é conivente, desde a mais alta patente até o cara no curso de formação. e corrupto é o de menos, a maioria é bandido mesmo.

Mas quem foi criado pela avó dentro do condomínio não tem obrigação de saber disso...

A questão do pessoal do condomínio, criado pela avó, foi uma ironia/provocação. Porque tem gente por aqui que acha que porque joga paintball já foi pra guerra. Aqui no fórum, as pessoas desdenham muito de experiências pessoais, já tomam logo como mentira, acontece que a vida também está fora dos jornais, livros e dos textos técnicos. E na prática as coisas podem ser bem diferentes da teoria.

Só para tirar uma dúvida. Sua provocação sobre não conhecer as coisas na prática foi direcionada ao DiegoJaf?

Não, na verdade foi aquele tipo de provocação não direcionada, joga-se a isca e os peixes vem. E ser policial não garante que vc conheça as coisas na prática, o cara pode ser polícia há pouco tempo, fazer trabalho interno, etc. Tem gente na polícia que é tão bobalhão quanto a molecada de condomínio, vivendo no mundinho virtual, jogando call of duty, paintball, e só porque passou na prova da polícia acha que virou o capitão Nascimento.

Então o seu plano é afirmar o que você não pode provar com argumentos irônicos se ser fruto de risos? Tá indo bem.
« Última modificação: 01 de Dezembro de 2012, 12:44:24 por Price »
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