Só complementando, a consciência além cérebro não é constatada neurologicamente. Partindo-se do pressuposto que existam espíritos (que é uma verdade incontestável para mim e uma mentira incontestável para vocês) e que eles se comunicam aqui ou acolá, e sabendo-se que esses espíritos são as almas de homens que viveram na Terra, deduz-se que nós também temos uma alma e que temos uma consciência extra-cérebro. Portanto, poderia ser feito, mas não há nenhuma necessidade de se detectar neurologicamente uma consciência extra-cérebro para saber que ela existe.
Um abraço.
Partindo-se do pressuposto... sei...
Olha, isso não é argumento, sinto muito.
Não passa de profissão de fé.
Se um... (como direi?) ... um
‘ente’ denominado ‘alma’ afeta o cérebro humano, isto deve ocorrer por meio de algum processo detectável, afinal, alterações no cérebro (segundo o que já foi dito aqui por espíritas) afetariam esse processo.
E não me venha com um “eu não fui ao Sol, ou eu não dissequei cérebros” e por isso mantenho minha fé, pois isso também não é argumento.
Se espíritas aceitam que o cérebro guarda memórias e que alterações no cérebro alteram o comportamento e a personalidade das pessoas (como já foi aceito aqui, vide resposta #198), como justificar que a “alma” não seja afetada?
Note-se que, admitindo-se que a “alma” seja afetada, ela deixa de ser a origem da racionalidade e passa a ser mero resultado do cérebro – aliás, deixa de fazer sentido falar em uma “alma” que seja qualquer coisa diferente do cérebro.
Dizer que a “alma” não foi afetada, que ela continua linda, brilhante e com 21 gramas em seu processo de evolução em um corpo limitado (para “pagar” ou seja lá o que for) não passa de
wishful thinking de quem tem a mente fechada para as evidências em contrário e pretende (por uma razão qualquer) manter uma fé que não se sustenta.
Dizer que “não há nenhuma necessidade de se detectar neurologicamente uma consciência extra-cérebro para saber que ela existe” traduz-se por: “nada sustenta as crendices espíritas”.
Sinto muito.
Sabe, eu gostaria de viver para sempre
, pesando 21 gramas (hello anorexia!
), viajando de planeta em planeta sem necessidade de roupa espacial
, mas entre me deixar levar por fantasias e viver com os pés na realidade (por mais dura que seja), prefiro a realidade.
“Partir de pressupostos” é fé, e a fé não move montanhas.