Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138619 vezes)

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Offline Fabrício

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Re:Potência militar
« Resposta #975 Online: 20 de Julho de 2013, 08:38:43 »
E será que precisa de um porta-aviões?

Se a ideia for apenas defender a costa então não precisa.

Se for para ter uma marinha oceânica, incluindo a projeção de poder, então precisa.

E será que precisa de um porta-aviões?

Depende da política externa do Brasil. Se existir a idéia de um protagonismo internacional, então sim. O São Paulo será substituído por um ou dois novos porta-aviões.

Concluindo: não precisa. Pra quê o Brasil precisaria de "projeção de poder" ou "protagonismo internacional"?
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Offline _tiago

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Re:Potência militar
« Resposta #976 Online: 20 de Julho de 2013, 08:45:49 »
Então não precisa [2]. Não vejo muita utilidade em projetar poder pra quem seja, mal cuidamos do SUS. :P

Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #977 Online: 20 de Julho de 2013, 10:19:48 »
E será que precisa de um porta-aviões?

Se a ideia for apenas defender a costa então não precisa.

Se for para ter uma marinha oceânica, incluindo a projeção de poder, então precisa.

E será que precisa de um porta-aviões?

Depende da política externa do Brasil. Se existir a idéia de um protagonismo internacional, então sim. O São Paulo será substituído por um ou dois novos porta-aviões.

Concluindo: não precisa. Pra quê o Brasil precisaria de "projeção de poder" ou "protagonismo internacional"?

Nenhuma se você quiser ser pra sempre subordinado.

Offline Fabrício

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Re:Potência militar
« Resposta #978 Online: 20 de Julho de 2013, 10:30:10 »
E será que precisa de um porta-aviões?

Se a ideia for apenas defender a costa então não precisa.

Se for para ter uma marinha oceânica, incluindo a projeção de poder, então precisa.

E será que precisa de um porta-aviões?

Depende da política externa do Brasil. Se existir a idéia de um protagonismo internacional, então sim. O São Paulo será substituído por um ou dois novos porta-aviões.

Concluindo: não precisa. Pra quê o Brasil precisaria de "projeção de poder" ou "protagonismo internacional"?

Nenhuma se você quiser ser pra sempre subordinado.

Mas Juca, o que você considera "subordinado"? Existem países que não se destacam pelo poderio militar (ex: Canadá, Suécia, Dinamarca, Holanda, etc) e que vão muito bem. Se o Brasil chegar a este ponto, mesmo sendo "subordinado", já estaria ótimo. Se tivermos isto em mente, não faz sentido o Brasil invista em armamentos como porta aviões.

Além disso, se a meta for não ser "subordinado", teríamos obrigatoriamente que ser uma superpotência militar com a força dos EUA, Rússia ou China. E mesmo assim, correríamos o risco quase certo de não sermos "subordinados" militarmente mas o sermos economicamente.

Não acho que o Brasil pode abrir mão de ter forças armadas bem equipadas e fortes, mas seria muito mais produtivo investirmos em armamentos voltados para a defesa do território nacional ao invés de armamentos voltados para "projeção de poder".
« Última modificação: 20 de Julho de 2013, 10:32:54 por Fabrício »
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Offline _tiago

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Re:Potência militar
« Resposta #979 Online: 20 de Julho de 2013, 10:46:18 »
Eu quero ter saúde, educação, segurança... E alguma capacidade defensiva, no máximo. Um porta-aviões não serve pra nada disto. Ainda mais um velho.

Offline Derfel

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Re:Potência militar
« Resposta #980 Online: 20 de Julho de 2013, 12:35:46 »
O São Paulo vai ser substituído.  E o Brasil espera ser uma potência regional. Invariavelmente em algum momento o País terá que assumir um papel mais ativo no mundo, o que significa participar de conflitos e projetar poder. O que não significa ser uma superpotência ou não estar associado a uma.

Offline Price

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Re:Potência militar
« Resposta #981 Online: 20 de Julho de 2013, 13:10:19 »
Pólos de poder necessitam de uma força armada bem grande, pelo menos para se defender bem.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Fabrício

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Re:Potência militar
« Resposta #982 Online: 20 de Julho de 2013, 14:55:26 »
O São Paulo vai ser substituído.  E o Brasil espera ser uma potência regional. Invariavelmente em algum momento o País terá que assumir um papel mais ativo no mundo, o que significa participar de conflitos e projetar poder. O que não significa ser uma superpotência ou não estar associado a uma.

O Brasil já é uma potência regional, se considerarmos a América do Sul, por seu tamanho, população e economia. O Brasil pode assumir um papel mais ativo no mundo sem precisar de participar de conflitos e "projetar poder".

A meu ver se a política externa for se fortalecer militarmente ela está totalmente equivocada e está sendo pessimamente conduzida.
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Offline Derfel

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Re:Potência militar
« Resposta #983 Online: 20 de Julho de 2013, 15:22:28 »
O São Paulo vai ser substituído.  E o Brasil espera ser uma potência regional. Invariavelmente em algum momento o País terá que assumir um papel mais ativo no mundo, o que significa participar de conflitos e projetar poder. O que não significa ser uma superpotência ou não estar associado a uma.

O Brasil já é uma potência regional, se considerarmos a América do Sul, por seu tamanho, população e economia. O Brasil pode assumir um papel mais ativo no mundo sem precisar de participar de conflitos e "projetar poder".

A meu ver se a política externa for se fortalecer militarmente ela está totalmente equivocada e está sendo pessimamente conduzida.
A ideia não é América do Sul, mas América Latina e Hemisfério Sul

Offline Fabrício

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Re:Potência militar
« Resposta #984 Online: 20 de Julho de 2013, 15:44:52 »
O São Paulo vai ser substituído.  E o Brasil espera ser uma potência regional. Invariavelmente em algum momento o País terá que assumir um papel mais ativo no mundo, o que significa participar de conflitos e projetar poder. O que não significa ser uma superpotência ou não estar associado a uma.

O Brasil já é uma potência regional, se considerarmos a América do Sul, por seu tamanho, população e economia. O Brasil pode assumir um papel mais ativo no mundo sem precisar de participar de conflitos e "projetar poder".

A meu ver se a política externa for se fortalecer militarmente ela está totalmente equivocada e está sendo pessimamente conduzida.
A ideia não é América do Sul, mas América Latina e Hemisfério Sul

Sinceramente, espero que você esteja enganado, Derfel. Não vejo nada mais inútil e contraproducente para o Brasil do que investir bilhões em armamento para tentar ser uma potência militar no hemisfério Sul.
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Offline _tiago

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Re:Potência militar
« Resposta #985 Online: 20 de Julho de 2013, 21:00:43 »
Que benefício, atualmente, traz "projeção de poder" pra uma economia e sua população?

Offline JJ

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Re:Potência militar
« Resposta #986 Online: 21 de Julho de 2013, 06:51:42 »
Que benefício, atualmente, traz "projeção de poder" pra uma economia e sua população?


Para uma país que realmente seja  rico (no sentido de um PIB realmente grande e não apenas de uma alta renda per capita) , a projeção de poder, a princípio, traz mais riquezas ainda ou pelo menos garante que importantes fontes de matérias primas e/ou mercados consumidores estarão sob seu controle. 

Um exemplo que podemos dar sobre isso é a projeção de poder dos EUA sobre o Oriente Médio detentor de grandes reservas de petróleo. O petróleo é um insumo fundamental para a indústria e para o setor de serviços, e os EUA  dependem muito de petróleo importado. Por isso eles fazem questão de ter um certo controle político na região. Foi por isso que eles reagiram tão energicamente a invasão do Kuwait  pelo Saddam ( se eles não o tivessem feito muito provavelmente o próximo país a ser invadido seria a Arábia Saudita, e isso tornaria o Saddam o rei do petróleo no mundo, de modo que ele poderia ditar os preços dele no mundo, e isto seria prejudicial a economia americana).   

Basicamente a projeção de poder tem a ver com o controle sobre fontes de matérias primas e sobre mercados consumidores.







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Offline JJ

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Re:Potência militar
« Resposta #987 Online: 21 de Julho de 2013, 07:00:57 »
O São Paulo vai ser substituído.  E o Brasil espera ser uma potência regional. Invariavelmente em algum momento o País terá que assumir um papel mais ativo no mundo, o que significa participar de conflitos e projetar poder. O que não significa ser uma superpotência ou não estar associado a uma.

O Brasil já é uma potência regional, se considerarmos a América do Sul, por seu tamanho, população e economia. O Brasil pode assumir um papel mais ativo no mundo sem precisar de participar de conflitos e "projetar poder".

A meu ver se a política externa for se fortalecer militarmente ela está totalmente equivocada e está sendo pessimamente conduzida.
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Sinceramente, espero que você esteja enganado, Derfel. Não vejo nada mais inútil e contraproducente para o Brasil do que investir bilhões em armamento para tentar ser uma potência militar no hemisfério Sul.


Na minha opinião isto só faria sentido  depois que o  Brasil se tornasse um país realmente rico (algo como pelo menos 2/3  do PIB americano ? Ou pelo menos 1/2 ?) ,  e mesmo assim teríamos que ter líderes com mentalidade mais agressiva e belicista, pois de nada adianta investir em armas se você tiver uma mentalidade muito pacifista. 





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Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #988 Online: 21 de Julho de 2013, 10:13:52 »



Mas Juca, o que você considera "subordinado"? Existem países que não se destacam pelo poderio militar (ex: Canadá, Suécia, Dinamarca, Holanda, etc) e que vão muito bem. Se o Brasil chegar a este ponto, mesmo sendo "subordinado", já estaria ótimo. Se tivermos isto em mente, não faz sentido o Brasil invista em armamentos como porta aviões.

Esses países que você citou tem exércitos muito bem equipados, gastam substancialmente em defesa e fazem parte do maior pacto de defesa comum do planeta, além de uma grande indústria bélica.

Citar
Além disso, se a meta for não ser "subordinado", teríamos obrigatoriamente que ser uma superpotência militar com a força dos EUA, Rússia ou China. E mesmo assim, correríamos o risco quase certo de não sermos "subordinados" militarmente mas o sermos economicamente.

Rússia e China não são superpotências militares, elas se destacam pela bombas nucleares. A única superpotência militar são os EUA, e a capacidade militar desses não tem comparação com nenhuma outra nação. Essas são potências  com grande influência em regiões estratégicas para os EUA, ou suas regiões de influência. A China está mudando de patamar com seu grande PIB e crescimento, mas não é uma superpotência militar e não parece disposta a acompanhar os EUA nessa empreitada, mas ele investem bastante em defesa, pois os interesses do país potencialmente podem demandar alguma dissuasão.

Citar
Não acho que o Brasil pode abrir mão de ter forças armadas bem equipadas e fortes, mas seria muito mais produtivo investirmos em armamentos voltados para a defesa do território nacional ao invés de armamentos voltados para "projeção de poder".

Por isso um porta aviões é importantíssimo para o Brasil, não só para o Brasil mas para a toda a América do Sul. Ele proporciona um raio de ação muito amplo na costa brasileira, que pelo contrário, demandaria muito mais bases aéreas e aviões, e paradas para reabastecimento. Um porto aviões somado a alguns submarinos nucleares, muda totalmente a questão estratégica de defesa do Brasil e o patamar do país. Só lembrando que não temos tradição de intervenção militar, nunca fez parte da história da política externa brasileira mas ao contrário disso, o protagonismo faz parte dessa estratégia há pelo menos algumas décadas.
 

Offline JJ

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Re:Potência militar
« Resposta #989 Online: 21 de Julho de 2013, 10:24:53 »


Citar
Não acho que o Brasil pode abrir mão de ter forças armadas bem equipadas e fortes, mas seria muito mais produtivo investirmos em armamentos voltados para a defesa do território nacional ao invés de armamentos voltados para "projeção de poder".

Por isso um porta aviões é importantíssimo para o Brasil, não só para o Brasil mas para a toda a América do Sul. Ele proporciona um raio de ação muito amplo na costa brasileira, que pelo contrário, demandaria muito mais bases aéreas e aviões, e paradas para reabastecimento. Um porto aviões somado a alguns submarinos nucleares, muda totalmente a questão estratégica de defesa do Brasil e o patamar do país. Só lembrando que não temos tradição de intervenção militar, nunca fez parte da história da política externa brasileira mas ao contrário disso, o protagonismo faz parte dessa estratégia há pelo menos algumas décadas.
 




Porta aviões ou melhor navio aeródromo é uma arma de ataque, não faz nenhum sentido ter um navio aeródromo se sequer  o país considera a possibilidade de intervir militarmente em outro país.  Os Estados Unidos não mantém navios aeródromos para defender  as suas linhas costeiras, e sim para  garantir os seus interesses em outros continentes.


Se o Brasil não tem e nem terá nenhuma possibilidade de intervir em outros países que não tenham fronteira terrrestre com ele, então é besteira gastar dinheiro com navio aeródromo.


Protagonismo militar implica em capacidade e disposição de intervir  em outros países.  Não vejo nenhum sentido em falar  em protagonismo militar  sem  capacidade e disposição de fazer guerra   em outros  países.




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« Última modificação: 21 de Julho de 2013, 10:28:57 por JJ »

Offline _tiago

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Re:Potência militar
« Resposta #990 Online: 21 de Julho de 2013, 10:32:55 »
Que benefício, atualmente, traz "projeção de poder" pra uma economia e sua população?


Para uma país que realmente seja  rico (no sentido de um PIB realmente grande e não apenas de uma alta renda per capita) , a projeção de poder, a princípio, traz mais riquezas ainda ou pelo menos garante que importantes fontes de matérias primas e/ou mercados consumidores estarão sob seu controle. 

Um exemplo que podemos dar sobre isso é a projeção de poder dos EUA sobre o Oriente Médio detentor de grandes reservas de petróleo. O petróleo é um insumo fundamental para a indústria e para o setor de serviços, e os EUA  dependem muito de petróleo importado. Por isso eles fazem questão de ter um certo controle político na região. Foi por isso que eles reagiram tão energicamente a invasão do Kuwait  pelo Saddam ( se eles não o tivessem feito muito provavelmente o próximo país a ser invadido seria a Arábia Saudita, e isso tornaria o Saddam o rei do petróleo no mundo, de modo que ele poderia ditar os preços dele no mundo, e isto seria prejudicial a economia americana).   

Basicamente a projeção de poder tem a ver com o controle sobre fontes de matérias primas e sobre mercados consumidores.







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Realmente. Temos um caso típico: EUA e Oriente Médio, ainda que eu desconfie se a influência política americana na região decorre, antes e primordialmente, de sua demanda e economia que de seus porta-aviões. É só lembrar das elevações do preço do petróleo na... Crises do petróleo. Do pouco que me recordo, o Oriente Médio tem ampla autonomia na prática de seus preços, quem quiser que pague. Desta forma, a projeção de poder só foi necessária em circunstâncias atípicas, como a descrita por você, quando Saddan resolveu dominar o mundo.

Mas e pro Brasil, que vantagem você vê?

Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #991 Online: 21 de Julho de 2013, 10:34:56 »


Citar
Não acho que o Brasil pode abrir mão de ter forças armadas bem equipadas e fortes, mas seria muito mais produtivo investirmos em armamentos voltados para a defesa do território nacional ao invés de armamentos voltados para "projeção de poder".

Por isso um porta aviões é importantíssimo para o Brasil, não só para o Brasil mas para a toda a América do Sul. Ele proporciona um raio de ação muito amplo na costa brasileira, que pelo contrário, demandaria muito mais bases aéreas e aviões, e paradas para reabastecimento. Um porto aviões somado a alguns submarinos nucleares, muda totalmente a questão estratégica de defesa do Brasil e o patamar do país. Só lembrando que não temos tradição de intervenção militar, nunca fez parte da história da política externa brasileira mas ao contrário disso, o protagonismo faz parte dessa estratégia há pelo menos algumas décadas.
 




Porta aviões ou melhor navio aeródromo é uma arma de ataque, não faz nenhum sentido ter um navio aeródromo se sequer  o país considera a possibilidade de intervir militarmente em outro país.  Os Estados Unidos não mantém navios aeródromos para defender  as suas linhas costeiras, e sim para  garantir os seus interesses em outros continentes.


Se o Brasil não tem e nem terá nenhuma possibilidade de intervir em outros países que não tenham fronteira terrrestre com ele, então é besteira gastar dinheiro com navio aeródromo.


Protagonismo militar implica em capacidade e disposição de intervir  em outros países.  Não vejo nenhum sentido em falar  em protagonismo militar  sem  capacidade e disposição de fazer guerra   em outros  países.




.




A dissuasão é a melhor defesa JJ e a maior garantia de paz que podemos ter. E nada supera em poder de dissuasão um porta aviões somado a fragatas e um submarino nuclear em relação a  forças hostis.


http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/IEFNB.pdf

Offline JJ

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Re:Potência militar
« Resposta #992 Online: 21 de Julho de 2013, 10:43:02 »


Realmente. Temos um caso típico: EUA e Oriente Médio, ainda que eu desconfie se a influência política americana na região decorre, antes e primordialmente, de sua demanda e economia que de seus porta-aviões. É só lembrar das elevações do preço do petróleo na... Crises do petróleo. Do pouco que me recordo, o Oriente Médio tem ampla autonomia na prática de seus preços, quem quiser que pague. Desta forma, a projeção de poder só foi necessária em circunstâncias atípicas, como a descrita por você, quando Saddan resolveu dominar o mundo.

Mas e pro Brasil, que vantagem você vê?



Atualmente não vejo nenhuma vantagem. Atualmente ainda temos um PIB  muito abaixo do potencial, não temos sequer dinheiro para mantermos uma força terrestre e aérea que imponha grande respeito na América do Sul. E para piorar ainda temos uma política ridiculamente pacifista que aceita engolir  desaforo até de um paíseco como a Bolívia.  Então para um país que engole desaforo de uma joça que tem fronteira terrestre com o a Brasil chega a ser absurdo falar em projeção de poder  além mar.




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« Última modificação: 21 de Julho de 2013, 11:18:09 por JJ »

Offline JJ

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Re:Potência militar
« Resposta #993 Online: 21 de Julho de 2013, 10:58:41 »

A dissuasão é a melhor defesa JJ e a maior garantia de paz que podemos ter. E nada supera em poder de dissuasão um porta aviões somado a fragatas e um submarino nuclear em relação a  forças hostis.


http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/IEFNB.pdf




Juca,


Um navio aeródromo pode até ser utilizado como arma de defesa, mas ainda sim a sua função primordial é levar o poder  militar  do país a territórios distantes além mar. Pelo menos é o que já vi em entrevista com um militar da marinha.

E para corroborar essa idéia repare que os navio aeródromos americanos não ficam apenas patrulhando seu território (várias vezes eles são  enviados para bases distantes de seu território).


E não é que eu ache que o Brasil não deva ter navios aeródromos de jeito nenhum , apenas acho que em termos de defesa e de política militar há coisas que seriam mais relevantes, como por exemplo termos uma força aérea e uma força terrestre mais adequada para responder a provocações de países como a que  a joça da Bolívia fez.  Ou a que uma  Venezuela poderia fazer.



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« Última modificação: 21 de Julho de 2013, 11:19:17 por JJ »

Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #994 Online: 21 de Julho de 2013, 18:42:34 »

A dissuasão é a melhor defesa JJ e a maior garantia de paz que podemos ter. E nada supera em poder de dissuasão um porta aviões somado a fragatas e um submarino nuclear em relação a  forças hostis.


http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/IEFNB.pdf




Juca,


Um navio aeródromo pode até ser utilizado como arma de defesa, mas ainda sim a sua função primordial é levar o poder  militar  do país a territórios distantes além mar. Pelo menos é o que já vi em entrevista com um militar da marinha.

E para corroborar essa idéia repare que os navio aeródromos americanos não ficam apenas patrulhando seu território (várias vezes eles são  enviados para bases distantes de seu território).


E não é que eu ache que o Brasil não deva ter navios aeródromos de jeito nenhum , apenas acho que em termos de defesa e de política militar há coisas que seriam mais relevantes, como por exemplo termos uma força aérea e uma força terrestre mais adequada para responder a provocações de países como a que  a joça da Bolívia fez.  Ou a que uma  Venezuela poderia fazer.



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JJ, nosso território é continental, o alcance dos potenciais conflitos são continentais e de além mar. Um porta aviões e um submarino nuclear são essenciais para a defesa do atlântico sul. Comparar o Brasil com os EUA, ou qualquer outro país com o poderio deles não dá. Eles tem dezenas de porta aviões, e o menor deles daria conta de qualquer outro país do mundo, talvez tirando um ou outro. Não existe possibilidade do Brasil se projetar  militarmente como os EUA, a não ser acompanhando eles ou sob ordens deles (ONU), não temos essa força econômica e política única deles. Os únicos países que podem sonhar com isso mesmo assim no longo prazo são a China e a Índia.

Mas existe a possibilidade de termo uma armada compatível com o tamanho e a projeção do Brasil no mundo, que é de potência regional e dispersora de potenciais conflitos na sua zona de influência.

Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #995 Online: 21 de Julho de 2013, 18:59:43 »


Realmente. Temos um caso típico: EUA e Oriente Médio, ainda que eu desconfie se a influência política americana na região decorre, antes e primordialmente, de sua demanda e economia que de seus porta-aviões. É só lembrar das elevações do preço do petróleo na... Crises do petróleo. Do pouco que me recordo, o Oriente Médio tem ampla autonomia na prática de seus preços, quem quiser que pague. Desta forma, a projeção de poder só foi necessária em circunstâncias atípicas, como a descrita por você, quando Saddan resolveu dominar o mundo.

Mas e pro Brasil, que vantagem você vê?



Atualmente não vejo nenhuma vantagem. Atualmente ainda temos um PIB  muito abaixo do potencial, não temos sequer dinheiro para mantermos uma força terrestre e aérea que imponha grande respeito na América do Sul. E para piorar ainda temos uma política ridiculamente pacifista que aceita engolir  desaforo até de um paíseco como a Bolívia.  Então para um país que engole desaforo de uma joça que tem fronteira terrestre com o a Brasil chega a ser absurdo falar em projeção de poder  além mar.




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JJ se todas as forças armadas sulamericanas se juntassem, ainda assim não chegariam ao poder bélico do Brasil atualmente. Não investimos muito em defesa porque nossos vizinhos são pequenos, não tem capacidade de infligir qualquer derrota militar, são nossos principais aliados e não constituem uma grande ameaça, a única nação que um dia rivalizou foi a Argentina.

Uma política pacifista é o melhor que podemos ter diante de países muito pequenos, pobres e sem poder militar. Imagine você sendo um boliviano e lendo na internet o que você mesmo escreveu. Agora imagine que seu país tem um PIB 100 vezes menor, uma população 20 vezes menor, e um exército irrisório e infraestrutura precária. Imagine você o quanto você se sentiria ameaçado pensando que existe pessoas aqui que defendem possíveis ações de intimidação pelo Brasil contra qualquer desacordo que aquele país possa ter em relação ao nosso. Qual o sentimento seu como boliviano em relação a um Brasil autoritário ? Por si só o tamanho e projeção do Brasil já intimida. Para interesses comerciais e estratégicos, nenhum governo brasileiro vai projetar o poder assim como você pensa.

Offline JJ

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« Resposta #996 Online: 21 de Julho de 2013, 19:41:23 »
Citação de: _Juca_ link=topic=21307.975.html#msg754429

JJ se todas as forças armadas sulamericanas se juntassem, ainda assim não chegariam ao poder bélico do Brasil atualmente. Não investimos muito em defesa porque nossos vizinhos são pequenos, não tem capacidade de infligir qualquer derrota militar, são nossos principais aliados e não constituem uma grande ameaça, a única nação que um dia rivalizou foi a Argentina.

Se for ir por esse pensamento aí que não faz sentido investir em navio aeródromo.



Uma política pacifista é o melhor que podemos ter diante de países muito pequenos, pobres e sem poder militar. Imagine você sendo um boliviano e lendo na internet o que você mesmo escreveu. Agora imagine que seu país tem um PIB 100 vezes menor, uma população 20 vezes menor, e um exército irrisório e infraestrutura precária. Imagine você o quanto você se sentiria ameaçado pensando que existe pessoas aqui que defendem possíveis ações de intimidação pelo Brasil contra qualquer desacordo que aquele país possa ter em relação ao nosso. Qual o sentimento seu como boliviano em relação a um Brasil autoritário ? Por si só o tamanho e projeção do Brasil já intimida. Para interesses comerciais e estratégicos, nenhum governo brasileiro vai projetar o poder assim como você pensa.

Só que uma política muito pacifista  não combina com a idéia  de poder, se um pequeno país vizinho  faz uma afronta e nós não reagimos , que raio de poder é esse ? Poder muitas  vezes implica em mostrar músculos bélicos e reagir a altura.

Quanto ao que um boliviano (comum) pensaria , talvez ficaria assustado e sentiria ameaçado, mas o governo boliviano não pensou isso, ele não deve ter se sentido ameaçado quando resolveu afrontar o Brasil. Pelo contrário ele deve ter pensado algo assim: eles são uns pacifistas bananas, não vão fazer é nada. E o pior é que se pensou isso, ele acertou.


Ficar inerte perante a afronta de um paisinho vizinho não combina de modo algum com a idéia de poder,  pelo contrário contradiz.



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« Última modificação: 21 de Julho de 2013, 19:43:53 por JJ »

Offline Vento Sul

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Re:Potência militar
« Resposta #997 Online: 22 de Julho de 2013, 09:40:29 »


Ela tem ainda algum poder decisivo?
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Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
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Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #998 Online: 22 de Julho de 2013, 12:00:43 »
Citação de: _Juca_ link=topic=21307.975.html#msg754429

JJ se todas as forças armadas sulamericanas se juntassem, ainda assim não chegariam ao poder bélico do Brasil atualmente. Não investimos muito em defesa porque nossos vizinhos são pequenos, não tem capacidade de infligir qualquer derrota militar, são nossos principais aliados e não constituem uma grande ameaça, a única nação que um dia rivalizou foi a Argentina.

Se for ir por esse pensamento aí que não faz sentido investir em navio aeródromo.



Uma política pacifista é o melhor que podemos ter diante de países muito pequenos, pobres e sem poder militar. Imagine você sendo um boliviano e lendo na internet o que você mesmo escreveu. Agora imagine que seu país tem um PIB 100 vezes menor, uma população 20 vezes menor, e um exército irrisório e infraestrutura precária. Imagine você o quanto você se sentiria ameaçado pensando que existe pessoas aqui que defendem possíveis ações de intimidação pelo Brasil contra qualquer desacordo que aquele país possa ter em relação ao nosso. Qual o sentimento seu como boliviano em relação a um Brasil autoritário ? Por si só o tamanho e projeção do Brasil já intimida. Para interesses comerciais e estratégicos, nenhum governo brasileiro vai projetar o poder assim como você pensa.

Só que uma política muito pacifista  não combina com a idéia  de poder, se um pequeno país vizinho  faz uma afronta e nós não reagimos , que raio de poder é esse ? Poder muitas  vezes implica em mostrar músculos bélicos e reagir a altura.

Quanto ao que um boliviano (comum) pensaria , talvez ficaria assustado e sentiria ameaçado, mas o governo boliviano não pensou isso, ele não deve ter se sentido ameaçado quando resolveu afrontar o Brasil. Pelo contrário ele deve ter pensado algo assim: eles são uns pacifistas bananas, não vão fazer é nada. E o pior é que se pensou isso, ele acertou.


Ficar inerte perante a afronta de um paisinho vizinho não combina de modo algum com a idéia de poder,  pelo contrário contradiz.



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Não se trata de politica pacifista simplesmente, mas sim da projeção de poder sem arrogância, prepotência e de forma a não fechar espaços de diálogos, tudo combinado com poder econômico e militar.

http://www.worldfinancialreview.com/?p=414

http://analiseglobal.wordpress.com/2011/08/01/a-diplomacia-brasileira-e-o-soft-power/


Obviamente você acha que conflitos devem ser resolvidos na base do "sou mais forte, então vou te chutar a bunda", mas nunca foi essa a linha diplomática do Brasil, e dada a tradição e escola de nossos diplomatas dificilmente muda.
« Última modificação: 22 de Julho de 2013, 12:05:05 por _Juca_ »

Offline JJ

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Re:Potência militar
« Resposta #999 Online: 22 de Julho de 2013, 14:23:36 »

Não se trata de politica pacifista simplesmente, mas sim da projeção de poder sem arrogância, prepotência e de forma a não fechar espaços de diálogos, tudo combinado com poder econômico e militar.

http://www.worldfinancialreview.com/?p=414

http://analiseglobal.wordpress.com/2011/08/01/a-diplomacia-brasileira-e-o-soft-power/


Obviamente você acha que conflitos devem ser resolvidos na base do "sou mais forte, então vou te chutar a bunda", mas nunca foi essa a linha diplomática do Brasil, e dada a tradição e escola de nossos diplomatas dificilmente muda.


Não é porque nunca foi que precisa continuar sendo sempre do mesmo jeito. Um presidente mais firme poderia reagir diferente.  Mas eu concordo que com os políticos que temos, que estão mais preocupados em se locupletarem, parece pouco provável alguma mudança nesse tipo de política externa.




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