Mas Juca, o que você considera "subordinado"? Existem países que não se destacam pelo poderio militar (ex: Canadá, Suécia, Dinamarca, Holanda, etc) e que vão muito bem. Se o Brasil chegar a este ponto, mesmo sendo "subordinado", já estaria ótimo. Se tivermos isto em mente, não faz sentido o Brasil invista em armamentos como porta aviões.
Esses países que você citou tem exércitos muito bem equipados, gastam substancialmente em defesa e fazem parte do maior pacto de defesa comum do planeta, além de uma grande indústria bélica.
Além disso, se a meta for não ser "subordinado", teríamos obrigatoriamente que ser uma superpotência militar com a força dos EUA, Rússia ou China. E mesmo assim, correríamos o risco quase certo de não sermos "subordinados" militarmente mas o sermos economicamente.
Rússia e China não são superpotências militares, elas se destacam pela bombas nucleares. A única superpotência militar são os EUA, e a capacidade militar desses não tem comparação com nenhuma outra nação. Essas são potências com grande influência em regiões estratégicas para os EUA, ou suas regiões de influência. A China está mudando de patamar com seu grande PIB e crescimento, mas não é uma superpotência militar e não parece disposta a acompanhar os EUA nessa empreitada, mas ele investem bastante em defesa, pois os interesses do país potencialmente podem demandar alguma dissuasão.
Não acho que o Brasil pode abrir mão de ter forças armadas bem equipadas e fortes, mas seria muito mais produtivo investirmos em armamentos voltados para a defesa do território nacional ao invés de armamentos voltados para "projeção de poder".
Por isso um porta aviões é importantíssimo para o Brasil, não só para o Brasil mas para a toda a América do Sul. Ele proporciona um raio de ação muito amplo na costa brasileira, que pelo contrário, demandaria muito mais bases aéreas e aviões, e paradas para reabastecimento. Um porto aviões somado a alguns submarinos nucleares, muda totalmente a questão estratégica de defesa do Brasil e o patamar do país. Só lembrando que não temos tradição de intervenção militar, nunca fez parte da história da política externa brasileira mas ao contrário disso, o protagonismo faz parte dessa estratégia há pelo menos algumas décadas.