Não vejo como aceitar provas da existência de espíritos baseadas em "shows de mágica mediúnica". A prova, na minha opinião, deve ser estar diretamente relacionada com a natureza primária dessas supostas entidades, sem a utilização de "intermediários" vivos que podem levantar as hipóteses não descartáveis de fraude ou de alguma anomalia rara de natureza estritamente humana.
Até por que, mesmo que se aceite a superfície aparente dos relatos problemáticos, sem questioná-los dentro da hipótese de só haver como explicação alternativa fenômenos ordinários, há toda uma vasta gama de "fenômenos" extraordinários alternativos que se poderia inventar, igualmente sem provas, que poderiam "explicar" a mesma aparência, sem no entanto haver fantasmas propriamente ditos.
Haver algo como uma "rede telepática" que preserva dados sobre as pessoas no éter, combinado a poderes telecinéticos e telepáticos agindo de acordo com as crenças das pessoas, fornece uma "explicação" universal que se adequa a qualquer variação cultural/tradicional de alegações de fantasmas e até mesmo de outras coisas, como vidência, experiência fora do corpo, telepatia, lobisomens, vampiros, etc. Até as fadas em que os defensores do espiritualismo também acredita(va)m.
E essa linha calha até de ser mais "forte" contra algumas argumentações céticas, como, a tentativa de desdenhar visões como alucinações. Elas poderiam ser neurologicamente alucinações, mas ainda ter os elementos telepáticos de conexão com esses pseudo-espíritos, ser essa a natureza de tais visões. Se evade melhor da ausência de evidências materiais desses casos, ao mesmo tempo em que pode sustentar que pode excepcionalmente ter ocorrido fenômenos mais físicos mesmos (desde algo que pudesse ser fotografado, a movimentos de objetos aleatórios), sempre que não houver indício muito forte de fraudes.
Só que tal linha de hipótese será rejeitada por se tratar de uma religião, e isso estar completamente fora do cânone.