Autor Tópico: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?  (Lida 31318 vezes)

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Offline Jack Carver

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #350 Online: 18 de Novembro de 2015, 16:51:24 »
"Pois é" = constatação do óbvio. De que não é nada absurdo, diante dos acontecimentos, minimizar/bloquear o fluxo de imigrantes.

O "não-absurdo" faz mais sentido ante ao risco que eles mesmos terão em se refugiar em países com a hostilidade contra eles agravada por esse evento, do que pelo risco que eles mesmos representariam à população.

(Deveria ser desnecessário dizer, mas não estou sugerindo que não-muçulmanos provavelmente cometerão um ato terrorista de escala similar contra comunidades islâmicas nesses países. O risco maior de violência em larga escala provem dos terroristas muçulmanos, na maior parte, já nativos dos países com as fronteiras fechadas a quem foge dos aliados dos terroristas em sua terra natal)
Entendi seu raciocínio, Buck.
Você acha que pode rolar um ressentimento -talvez de vingança-, uma vez que alguns deles passem a se sentir rejeitados num estado onde os negou?

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Gostaria de acrescentar aqui duas matérias ainda pertinentes ao assunto do tópico:

Saudi Arabia has 100,000 air-conditioned tents sitting empty, still won’t take Syrian refugees.(...que poderia abrigar até 3 milhões de refugiados.)




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Citar
Zonas Proibidas na Europa: Realidade ou Ficção?

Parte 1 França

por Soeren Kern
20 de Janeiro de 2015

Um estudo de 120 páginas intitulado "Zonas Proibidas na República Francesa: Mito ou Realidade"? documenta dezenas de bairros franceses "onde a polícia e a gendarmaria não são capazes de aplicar a ordem republicana nem entrar sem correrem o risco de confronto, arremesso de projéteis, até mesmo tiroteios com mortes".

Em outubro de 2011 um relatório de 2.200 páginas com o nome: "Banlieue de la République" (Subúrbios da República) constatou que Seine-Saint-Denis e outros subúrbios parisienses estão se tornando "sociedades islâmicas separadas", isoladas do estado francês, onde a lei islâmica da Sharia está rapidamente tomando o lugar do direito civil.

O relatório também mostra como o problema vem sendo exacerbado por pregadores muçulmanos radicais, que estão promovendo a marginalização social de imigrantes muçulmanos com o objetivo de criar uma sociedade muçulmana paralela na França regida pela lei da Sharia.

O apresentador da televisão pergunta: "e se nós fossemos até os subúrbios"? Obertone responde: "Não recomendo. Nem mesmo nós, franceses, ousamos mais ir àquele lugar. Mas, é óbvio, ninguém fala sobre isso em público. Nem aqueles que pleiteiam vida longa ao multiculturalismo e Paris é maravilhosa! ousam entrar naqueles bairros".
[Continuação]
Acho que eles estão começando a ter uma preocupação tão ou maior do que e nossa com relação a 'zonas independentes' em certas cidades. Neste caso, na França.

É óbvio que os atentados também tem a ver com desdobramentos políticos.

O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild


Offline Geotecton

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« Última modificação: 18 de Novembro de 2015, 18:19:13 por Geotecton »
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Offline Pagão

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #353 Online: 18 de Novembro de 2015, 17:58:54 »
Vai ver que a colônia árabe/muçulmana aqui nunca explodiu nada porque não tem lido o Alcorão... ::)

... E ainda estão longe de ser a maioria... depois é que realmente se poderá ver o seu respeito pelos outros...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #354 Online: 18 de Novembro de 2015, 18:14:35 »
Vai ver que a colônia árabe/muçulmana aqui nunca explodiu nada porque não tem lido o Alcorão... ::)

... E ainda estão longe de ser a maioria... depois é que realmente se poderá ver o seu respeito pelos outros...

Hollande deve estar louco, né Pagão? Só alguns dias depois da chacina ele vem e garante acolhida para 30 mil sírios...

Portugal sobreviveu bem a 700 anos de domínio do Islã. Por que será, Pagão?

Pagão, pelo menos um debiloide islâmico brasileiro poderia ler algum versículo satânico e partir pro ataque, não precisaria ser maioria! Por que nenhum deles obedecem as "ordens" de Deus? Estranho né?

Enfim, muitos sinais de que você está redondamente enganado a respeito desse assunto.

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #355 Online: 18 de Novembro de 2015, 18:45:11 »
Vai ver que a colônia árabe/muçulmana aqui nunca explodiu nada porque não tem lido o Alcorão... ::)

... E ainda estão longe de ser a maioria... depois é que realmente se poderá ver o seu respeito pelos outros...

No Rio de Janeiro existe uma associação comercial chamada SAARA. Sociedade dos Amigos da Adjacência da Rua da Alfândega.

Foi fundada em 1962, segundo acabei de pesquisar, por comerciantes árabes e judeus.

Mas a ocupação dessa área por imigrantes judeus e muçulmanos data do início do século 20.

Convivem muito bem, e criaram a sua associação depois do início do conflito entre árabes e judeus na palestina. As únicas bombinhas que explodem ali são as de São João.

Offline Pagão

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #356 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:17:27 »
Portugal sobreviveu bem a 700 anos de domínio do Islã. Por que será, Pagão?

Portugal nunca esteve sob domínio do Islã... formou-se a partir de zonas já libertadas (o condado portucalense de 1096) e depois expandiu-se sobre território islamizado... O que esteve sob domínio do Islã foi a quase totalidade da península ibérica e não uma realidade geopolítica chamada Portugal...

Os bacanas islamitas na ocupação da ibéria impunham imposto religioso aos naturais que não se convertessem...

O islamismo não separa religião de estado laico... Uma vez com a capacidade para dominar uma determinada sociedade, há alguma razão para que os islamitas não a procurem islamizar? Vão aceitar a liberdade e igualdade de todos os cultos?... Vão permitir a construção de templos doutras religiões e a pregação não islâmica? Vão permitir que um islamita mude de religião? etc...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Sergiomgbr

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #357 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:35:43 »
E o Islã também representa uma involução, recrudescimento, cultural, social e científico no tempo. O Islã já foi mais artisticamente aberto e tolerante, cientificamente mais produtivo e socialmente mais evoluído no passado do que qualquer forma sua no presente.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #358 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:39:32 »
Portugal sobreviveu bem a 700 anos de domínio do Islã. Por que será, Pagão?

Portugal nunca esteve sob domínio do Islã... formou-se a partir de zonas já libertadas (o condado portucalense de 1096) e depois expandiu-se sobre território islamizado... O que esteve sob domínio do Islã foi a quase totalidade da península ibérica e não uma realidade geopolítica chamada Portugal...

Os bacanas islamitas na ocupação da ibéria impunham imposto religioso aos naturais que não se convertessem...

O islamismo não separa religião de estado laico... Uma vez com a capacidade para dominar uma determinada sociedade, há alguma razão para que os islamitas não a procurem islamizar? Vão aceitar a liberdade e igualdade de todos os cultos?... Vão permitir a construção de templos doutras religiões e a pregação não islâmica? Vão permitir que um islamita mude de religião? etc...

Pelo menos não arrancou a cabeça dos incrédulos...

Pelo que eu saiba até os países democráticos cobram impostos, não? Você não paga?

Religião não se deve misturar com o estado. Nenhuma.

Diferente, no entanto, é dizer que os muçulmanos são incapazes de se viver uma democracia.

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #359 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:42:22 »
E o Islã também representa uma involução, recrudescimento, cultural, social e científico no tempo. O Islã já foi mais artisticamente aberto e tolerante, cientificamente mais produtivo e socialmente mais evoluído no passado do que qualquer forma sua no presente.

Exatamente!

Mais uma prova que o problema não é o Islã e sim a conjuntura política.

Se o Islã fosse tão problemático como dizem não viveria nenhuma época de esplendor.

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #360 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:42:35 »

Os bacanas islamitas na ocupação da ibéria impunham imposto religioso aos naturais que não se convertessem...


Há quantos séculos foi isso?

Por isso foram bacanas. Naquela época e apenas cobravam imposto de cristãos.

Portugal impunha a morte para quem não se convertesse ao cristianismo. A Espanha expulsou todos os judeus.

Bem lembrado!


O islamismo não separa religião de estado laico...


Não é o islamismo. Ou é, dependendo do ponto de vista. Ora, se dependesse da ICAR até hoje não haveria separação entre religião e Estado.

Mas isto não compete à religião decidir, compete ao Estado. Compare o Irã com a Turquia.


 Uma vez com a capacidade para dominar uma determinada sociedade, há alguma razão para que os islamitas não a procurem islamizar? Vão aceitar a liberdade e igualdade de todos os cultos?... Vão permitir a construção de templos doutras religiões e a pregação não islâmica? Vão permitir que um islamita mude de religião? etc...

A Síria era o melhor exemplo de SIM para todas estas perguntas. Havia inúmeras  igrejas e sinagogas. Os judeus, apesar de toda questão de Israel, viviam sem ser incomodados.

Isso antes de toda essa barbárie deflagrada pela geopolítica dos gasodutos, e não pelo islamismo.

Offline Geotecton

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #361 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:59:41 »
O islã, em sua área de influência, ainda não teve nem Renascença, nem Iluminismo e nem Revoluções Liberais, que moldaram e formaram os modernos países ocidentais, em maior ou menor grau.
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Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #362 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:02:27 »
O islã, em sua área de influência, ainda não teve nem Renascença, nem Iluminismo e nem Revoluções Liberais, que moldaram e formaram os modernos países ocidentais, em maior ou menor grau.


E a China teve?

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #363 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:04:45 »
O islã, em sua área de influência, ainda não teve nem Renascença, nem Iluminismo e nem Revoluções Liberais, que moldaram e formaram os modernos países ocidentais, em maior ou menor grau.

E nem precisa. Agora é só separar estado de religião como fez a Tunísia, por exemplo.

Offline Geotecton

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #364 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:05:05 »
O islã, em sua área de influência, ainda não teve nem Renascença, nem Iluminismo e nem Revoluções Liberais, que moldaram e formaram os modernos países ocidentais, em maior ou menor grau.

E a China teve?

Não.

Mas teve uma revolução comunista que é, em termos de formação de país, um fator mais próximo da atualidade do que o islã proporciona. Além disto, a China deixou de ser um país tipicamente comunista a partir de 1977.
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Offline Geotecton

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #365 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:10:59 »
O islã, em sua área de influência, ainda não teve nem Renascença, nem Iluminismo e nem Revoluções Liberais, que moldaram e formaram os modernos países ocidentais, em maior ou menor grau.
E nem precisa. Agora é só separar estado de religião como fez a Tunísia, por exemplo.

Ela o fez por causa da influência francesa, da qual foi colônia por mais de 70 anos com forte ligação com a França. Pelo que eu sei, a despeito da população ser quase toda muçulmana, não há nenhum predomínio da religião, por exemplo, sobre o sistema educacional do país, como ocorre no Irã.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #366 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:12:38 »
E o Islã também representa uma involução, recrudescimento, cultural, social e científico no tempo. O Islã já foi mais artisticamente aberto e tolerante, cientificamente mais produtivo e socialmente mais evoluído no passado do que qualquer forma sua no presente.

Exatamente!

Mais uma prova que o problema não é o Islã e sim a conjuntura política.

Se o Islã fosse tão problemático como dizem não viveria nenhuma época de esplendor.
Muito pelo contrário. Ao que parece o Islã como religião ideal é isso ai de radicalizar-se mesmo, e o que se vê de mais radical em nome do Islã é sua expressão ideal apenas começando.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #367 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:15:38 »
Então não é preciso a Renascença e o Iluminismo para se chegar ao século 21.

Vamos lá...

A Malásia nunca foi comunista. Sua constituição declara que o islã é a religião oficial. ( Ainda assim esta mesma constituição garante liberdade de culto. )

A Malásia é um país moderno, uma democracia parlamentarista. O IDH é ótimo, 0,77, o 62º melhor do mundo.

Cerca de 20% da população e budista, uns 10% são cristãos, uns 6% seguem o hinduismo. A grande maioria, mais de 60% são muçulmanos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1sia#Religi.C3.B5es

Tranquilo. A Malásia não vive no século XIII só porque a religião oficial é o islã.

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #368 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:17:04 »
E o Islã também representa uma involução, recrudescimento, cultural, social e científico no tempo. O Islã já foi mais artisticamente aberto e tolerante, cientificamente mais produtivo e socialmente mais evoluído no passado do que qualquer forma sua no presente.

Exatamente!

Mais uma prova que o problema não é o Islã e sim a conjuntura política.

Se o Islã fosse tão problemático como dizem não viveria nenhuma época de esplendor.
Muito pelo contrário. Ao que parece o Islã como religião ideal é isso ai de radicalizar-se mesmo, e o que se vê de mais radical em nome do Islã é sua expressão ideal apenas começando.

Islã é a religião oficial - constitucionalmente declarado - da progressista e próspera Malásia.

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #369 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:21:35 »
O islã, em sua área de influência, ainda não teve nem Renascença, nem Iluminismo e nem Revoluções Liberais, que moldaram e formaram os modernos países ocidentais, em maior ou menor grau.
E nem precisa. Agora é só separar estado de religião como fez a Tunísia, por exemplo.

Ela o fez por causa da influência francesa, da qual foi colônia por mais de 70 anos com forte ligação com a França. Pelo que eu sei, a despeito da população ser quase toda muçulmana, não há nenhum predomínio da religião, por exemplo, sobre o sistema educacional do país, como ocorre no Irã.

O exemplo da Tunísia só confirma que o muçulmano é capaz de viver numa democracia. Acontece que as colônias favoreceram ditaduras e atrasaram a liberdade dos povos.

Resta ao povo iraniano se libertar das amarras dessa ditadura, porque o povo tem tudo pra viver numa democracia. E alguns países estão mais próximos que outros de uma democracia plena. São países que estão engatinhando, são jovens, se libertaram/estão se libertando a pouco tempo da dominação de várias forças ao longo da história.

Offline Sergiomgbr

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #370 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:22:24 »
E o Islã também representa uma involução, recrudescimento, cultural, social e científico no tempo. O Islã já foi mais artisticamente aberto e tolerante, cientificamente mais produtivo e socialmente mais evoluído no passado do que qualquer forma sua no presente.

Exatamente!

Mais uma prova que o problema não é o Islã e sim a conjuntura política.

Se o Islã fosse tão problemático como dizem não viveria nenhuma época de esplendor.
Muito pelo contrário. Ao que parece o Islã como religião ideal é isso ai de radicalizar-se mesmo, e o que se vê de mais radical em nome do Islã é sua expressão ideal apenas começando.

Islã é a religião oficial - constitucionalmente declarado - da progressista e próspera Malásia.
Eu apostaria na idiossincrasia e no pragmatismo do oriental conjunturalmente, como moderadores, de algum modo refreadores, ainda que momentaneamente da sanha radicalizadora islâmica, de um modo geral.
« Última modificação: 18 de Novembro de 2015, 22:24:31 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #371 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:27:00 »
O islã, em sua área de influência, ainda não teve nem Renascença, nem Iluminismo e nem Revoluções Liberais, que moldaram e formaram os modernos países ocidentais, em maior ou menor grau.

E nem precisa. Agora é só separar estado de religião como fez a Tunísia, por exemplo.


Claro. Nós estamos no século 21. A Renascença, o Iluminismo, a revolução industrial... não vão ocorrer mais. Isto não significa que a Ìndia, a China, os países da África, e claro, os árabes, estão condenados a ficar congelados na História.

O Japão fez sua revolução industrial, mas não conheceu o Iluminismo. Em uma geração é possivel fazer dos índios Yanomamis uma sociedade moderna, e ainda assim sincretizando sua cultura e antigas tradições com um modo de vida contemporâneo.

O Japão fez isso, a China, a Índia está fazendo... ou seja, não foi necessário a estes países se ocidentalizar, muito menos adotar o cristianismo. Claro, o que existe hoje é um mundo cada vez menor, uma cultura global cada vez mais integrada. O mesmo hit que toca na sua rádio é sucesso na Tunísia...
« Última modificação: 18 de Novembro de 2015, 22:33:19 por Geotecton »

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #372 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:41:22 »
Não existe esta "sanha", Sergio. Por quê existiria?

Ou melhor, por que existiria em maior ou menor grau que em outras instituições religiosas que já tiveram a oportunidade de exercer um papel político?

É como se o islã ou os islamitas fossem feitos de alguma substância diferente.

O fenômeno do fundamentalismo islâmico é recente em uma religião que já existe há 1.300 anos. Se esta sanha existisse eu acho que já teria se manifestado. Mas não, os muçulmanos, na antiguidade, tanto no Oriente, como na Europa e na África, conviveram com outros povos e religiões com muito mais tolerância do que o cristianismo medieval foi capaz de fazer.

É até um fato irônico hoje, mas o Califa que conquistou Jerusalém é quem convidou os judeus a retornarem à cidade. Isto em uma época em que judeus eram perseguidos na maior parte do mundo cristão. Os cruzados massacraram cidades cristãs que estavam instaladas em áreas sob domínio muçulmano... e por ironia e tragédia foram massacrados justamente por outros cristãos.

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #373 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:55:02 »
Discurso do Califa Omar, o conquistador de Jerusalém em 638. O homem que convidou os judeus a se instalarem novamente em Jerusalém.

Leiam, e, considerando que estas palavras são pronunciadas no séc. 7,  ponderem se existiria mesmo esta "sanha de radicalismo" de alguma forma intrínseca a esta religião.

Citar
“Ó povo eu os aconselho a ler o Alcorão. Tentar entendê-lo e ponderar sobre ele. Absorver os ensinamentos do Alcorão. Então praticar o que o Alcorão ensina. O Alcorão não é teórico; é um código prático de vida. O Alcorão não traz a vocês a mensagem da Vida Futura apenas; basicamente tenciona guiá-los nesta vida. Molde sua vida de acordo com os ensinamentos do Islã porque este é o caminho de seu bem-estar. Seguindo qualquer outro caminho vocês estarão convidando a destruição. Temam a Allah (O Único e Verdadeiro Deus), e o que quer que queiram busquem junto a Ele. Todos os homens são iguais. Não adulem aqueles em autoridade. Não busquem favores de outros. Através de tais atos vocês se rebaixam. E lembrem que receberão apenas o que é ordenado a vocês e ninguém pode dar qualquer coisa contra a vontade de Deus. Então por que buscar coisas de outros sobre as quais eles não tem controle? Apenas supliquem a Deus porque apenas Ele é o soberano.

“E falem a verdade. Não hesitem em dizer o que considerem ser a verdade. Digam o que sentem. Deixem que suas consciências os guiem. Deixem que suas intenções sejam boas, porque verdadeiramente Deus conhece suas intenções. Em suas ações suas intenções contam. Temam a Deus e a mais ninguém. Por que temer outros quando sabem que qualquer sustento ordenado a vocês por Deus, vocês receberão sob quaisquer circunstâncias? E mais uma vez, por que temer quando vocês sabem que a morte é ordenada apenas por Deus e virá quando Ele desejar?

“Allah me fez no momento seu governante. Mas eu sou um de vocês. O governante não tem nenhum privilégio. Eu tenho algumas responsabilidades a executar, e preciso de sua cooperação. Governar é uma custódia sagrada e é meu empenho não trair esta custódia de modo algum. Para o cumprimento desta custódia eu tenho que ser um observador. Eu tenho que ser severo. Eu tenho que impor disciplina. Eu não tenho que administrar baseado em idiossincracias pessoais; eu tenho que administrar baseado no interesse público e na promoção do bem público. Para isto nós temos a orientação no Livro de Deus. Quaisquer ordens que eu der no curso do dia-a-dia de minha administração tem que estar de acordo com o Alcorão. Deus nos favoreceu com o Islã. Ele nos enviou Seu Mensageiro (Muhammad, saws). Ele nos escolheu para uma missão. Deixe-nos cumprir esta missão. Esta missão é a promoção do Islã. No Islã reside nossa segurança; se errarmos estaremos condenados.”


Para melhor colocar em uma perspectiva relativa, histórica, temporal, podemos comparar as palavras acima com o pronunciamento a seguir, do Papa Urbano II conclamando o povo à guerra santa.

Citar
“Meus queridos irmãos, ungido pela necessidade, eu, Urbano, com a permissão de Deus o bispo chefe e prelado de todo o mundo, vim até esse lugar na qualidade de embaixador, trazendo uma mensagem divina a todos os servos de Deus. (...)



Posto que vossos irmãos que vivem no Oriente requerem urgentemente as vossas ajudas, e vós deveis esmerar para prestar-lhes a assistência que a eles vem sendo prometida faz tanto tempo. Aí que, como sabeis todos, os Turcos e os árabes, os tens atacado e estão conquistando vastos territórios da terra de România (Império Bizantino), tanto no oeste como na costa do Mediterrâneo e em Helesponto, que é chamado o braço de São Jorge.

Estão ocupando cada vez mais e mais os territórios cristãos, e já venceram sete batalhas. Estão matando e capturando muitos, e destruindo as igrejas e devastando o império.

( Um exemplo de honestidade, esse Urbano... )

Se vós, impuramente, permitires que isso continue acontecendo, os fieis de Deus seguirão sendo atacados, cada vez com mais dureza. Em vista disso, eu, e não bastante, Deus, os designa como herdeiros de Cristo para anunciar em todas as partes e para convencer as pessoas de todas as gamas, os infantes e cavaleiros, para socorrer prontamente aqueles cristãos e destruir a essa raça vil que ocupa as terras de nossos irmãos. Digo isto para os presentes, mas também se aplica a aqueles ausentes. Mais ainda, Cristo mesmo os ordena.

Todos aqueles que morrerem pelo caminho, seja por mar ou por terra, em batalha contra os pagãos, serão absolvidos de todos seus pecados. ( Engraçado... parece que eu já ouvi isto em algum lugar... recentemente...) Isso lhe é garantido por meio do poder com que Deus me investiu. Oh terrível desgraça se uma raça tão cruel e baixa, que adora demônios, conquistar a um povo que possui a fé de Deus onipotente e tem sido glorificado em nome de Cristo! Com quantas reprovações nos oprimiria o Senhor se não ajudarmos a aqueles, que como nós, professam a fé de Cristo! Façamos que aqueles que estão promovendo a guerra entre fieis marchem agora a combater contra os infiéis e conclua em vitória uma guerra que deveria ter se iniciado há muito tempo. Que aqueles que por muito tempo tem sido foragidos, que agora sejam cavaleiros. Que aqueles que estão pelejando com seus irmãos e parentes, que agora lutem de maneira apropriada contra os bárbaros. Que aqueles que estão servindo de mercenários por pequena quantia, ganhem agora a recompensa eterna. Que aqueles que hoje se malograram em corpo tanto como em alma, se dispunham a lutar por uma honra em dobro.

Vejam! Neste lado estarão os que lamentam e os pobres, e neste outro, os ricos; neste lado, os inimigos do Senhor, e em outro, seus amigos. Que aqueles que decidam ir não adiem a viajem senão que produzam em suas terras e reúnam dinheiro para os gastos; e que, uma vez concluído o inverno e chegada à primavera, se ponham em marcha com Deus como guia.”

À proposta de alistamento, todos gritaram : "Deus vult! Deus vult!" (DEUS QUER!)



Offline Sergiomgbr

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #374 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:58:45 »
Eu vejo o Islã como uma forma de contemplar a vaidade dos homens como em outras religiões não ocorre, de tal forma que o mundo é destinado a se islamizar.
Até onde eu sei eu não sei.

 

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