Autor Tópico: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?  (Lida 31319 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #375 Online: 18 de Novembro de 2015, 23:12:17 »
Discurso do Califa Omar, o conquistador de Jerusalém em 638. O homem que convidou os judeus a se instalarem novamente em Jerusalém.

Leiam, e, considerando que estas palavras são pronunciadas no séc. 7,  ponderem se existiria mesmo esta "sanha de radicalismo" de alguma forma intrínseca a esta religião.

Como eu disse, o mundo evoluiu. Já o islamismo...
« Última modificação: 18 de Novembro de 2015, 23:14:29 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Jack Carver

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #376 Online: 18 de Novembro de 2015, 23:16:43 »
Por desconhecimento, será que nesses países( Tunísia, Turquia, Argélia - exemplo) é tolerado um candidato concorrer à presidência sendo declaradamente ele ateu ou cristão? Pergunto, pois não sei.


Algumas imagens didáticas:


PS: Certeza, o ISIS é rejeitado em todos os países do gráfico. O motivo é óbvio.


Muito pelo contrário. Ao que parece o Islã como religião ideal é isso ai de radicalizar-se mesmo, e o que se vê de mais radical em nome do Islã é sua expressão ideal apenas começando.
Me questiono se atualmente existem mais "apologetas" do islã do que em qualquer outro tempo. Então, estariam eles pregando a verdadeira interpretação da "palavra" para mais e mais fiéis?

Exemplo(site nacional):

Votar em uma Democracia é Proibido ao Muçulmano






O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #377 Online: 18 de Novembro de 2015, 23:27:14 »
Boa Pedrito!  :ok:

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #378 Online: 18 de Novembro de 2015, 23:28:16 »
Discurso do Califa Omar, o conquistador de Jerusalém em 638. O homem que convidou os judeus a se instalarem novamente em Jerusalém.

Leiam, e, considerando que estas palavras são pronunciadas no séc. 7,  ponderem se existiria mesmo esta "sanha de radicalismo" de alguma forma intrínseca a esta religião.

Como eu disse, o mundo evoluiu. Já o islamismo...

O cristianismo, para continuar existindo, se adaptou.

Historicamente é o que todas as religiões fazem. Elas se transformam, se adaptam, ou desaparecem.

Nós partimos de um cristianismo onde mulheres eram até proibidas de abrir a boca nos templos e em breve haverá um cristianismo que aceita a união entre pessoas do mesmo sexo. E, como já ocorreu antes, nem vai ser preciso ( nem possível ) mexer muito na bíblia.

A fé suporta todas as contradições.

O judaísmo está vivo até hoje, repleto de superstições cabalísticas, rituais e proibições sem o menor sentido. Misoginia extrema, racismo, sectarismo... e ainda assim Israel é uma sociedade moderna. Mas o livro de Levitico continua lá, estabelecendo instruções detalhadas sobre o sacrifício obrigatório de animais.

Então, meu caro, seja qual for a baboseira que esteja escrita no Corão, não é isso que impede os árabes de evoluírem.


Offline Sergiomgbr

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #379 Online: 18 de Novembro de 2015, 23:33:28 »
Tô de saco cheio de falar de Islã e islãmicos. Acho religiões uma estupidez e o islamismo ainda mais.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gaúcho

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #380 Online: 19 de Novembro de 2015, 01:02:08 »
Portugal sobreviveu bem a 700 anos de domínio do Islã. Por que será, Pagão?

Portugal nunca esteve sob domínio do Islã... formou-se a partir de zonas já libertadas (o condado portucalense de 1096) e depois expandiu-se sobre território islamizado... O que esteve sob domínio do Islã foi a quase totalidade da península ibérica e não uma realidade geopolítica chamada Portugal...

Os bacanas islamitas na ocupação da ibéria impunham imposto religioso aos naturais que não se convertessem...

O islamismo não separa religião de estado laico... Uma vez com a capacidade para dominar uma determinada sociedade, há alguma razão para que os islamitas não a procurem islamizar? Vão aceitar a liberdade e igualdade de todos os cultos?... Vão permitir a construção de templos doutras religiões e a pregação não islâmica? Vão permitir que um islamita mude de religião? etc...

Pelo menos não arrancou a cabeça dos incrédulos...

Pelo que eu saiba até os países democráticos cobram impostos, não? Você não paga?

Religião não se deve misturar com o estado. Nenhuma.

Diferente, no entanto, é dizer que os muçulmanos são incapazes de se viver uma democracia.


http://www.americanthinker.com/blog/2015/06/poll_shows_high_levels_of_support_for_shariah_law_and_violence_among_american_muslims.html

https://muslimstatistics.wordpress.com/2015/03/15/pew-poll-analysis-a-billion-muslims-want-sharia-law/

Citar
Pew asked question (1) in countries that account for about a billion Muslims, and question (2) in countries that account for about 830 million. If you accept their results in just the countries they surveyed, we learn that:
— 70%, or 700 million Muslims out of the billion represented by Q1 of their survey, want Sharia law to be the law of the land;

— 32%, or 266 million Muslims out of the 840 million represented by Q2 of their survey, want to force it upon everyone.

I don’t know about you, but I’d say that alone represents over a quarter billion “radical” Muslims, with only just over half (53%) of their total population accounted for by the survey.

Ao que parece, muçulmanos, se dada escolha, não gostariam de viver em uma democracia.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #381 Online: 19 de Novembro de 2015, 01:28:26 »
Por desconhecimento, será que nesses países( Tunísia, Turquia, Argélia - exemplo) é tolerado um candidato concorrer à presidência sendo declaradamente ele ateu ou cristão? Pergunto, pois não sei.


Me questiono se atualmente existem mais "apologetas" do islã do que em qualquer outro tempo. Então, estariam eles pregando a verdadeira interpretação da "palavra" para mais e mais fiéis?

Exemplo(site nacional):

Votar em uma Democracia é Proibido ao Muçulmano


Putz Jack, ou eu estou completamente cego ou está completamente cego quem não vê o que eu vejo. Porque... putz... não pode haver meio termo: algum lado está 100% errado nessa questão.

Não consigo enxergar nada de extraordinário no islamismo além da própria extraordinariedade que se quer extrair dele, o que não é, em se tratando de religiões, nada mesmo de extraordinário. Ao contrário, vindo a ser a norma.

Alguém já definiu exegese como sendo a arte de se encontrar qualquer coisa que se queira em um "texto sagrado".

Olha o exemplo que você trouxe:

Citar
“Por certo revelamos a Tora; nela há Orientação e Luz. Com Ela, os Profetas julgavam aos que praticavam o judaísmo e assim também, os rabinos e os sacerdotes, aos quais estavam recomendadas a observância e a custódia do Livro de Deus. Não temais, pois, os homens e temei a Mim; e não negocieis as Minhas leis a vil preço. E quem não julga conforme o que Allah fez descer (revelou), esses são os renegadores da fé.” E ainda: “Anseiam, acaso, o julgamento dos tempos da ignorância (paganismo)? E quem é melhor do que Allah em julgamento, para um povo que se convence da Verdade?” (Al Maida: 44, 50).

O cara foi disso ai para UM MUSSUM NÃO PODE VOTAR! Hahahahahahahaha!

No fundo é tudo a mesma coisa. Igualzinho. É o Silas Malafaia e o Edir Macedo enxergando a Teologia da Prosperidade no Sermão da Montanha.

"Olhai os lírios do campo, eles não fiam nem tecem... Não se preocupeis com o que vestir ou o que comer...."

A Igreja encontrando justificativas para a monarquia na bíblia. Para a Inquisição, a censura, a tortura, pagamento de indulgências, o colonialismo.... qualquer coisa. E depois a mesma Igreja já é contra tudo isso.

No cristianismo dos TJ a bíblia diz que não pode doar sangue, no dos adventistas diz não pode comer nada com aditivos químicos, no dos mórmons tem até cueca sagrada!

Dá pra fazer a religião que quiser, de acordo com a conveniência.

Offline Pagão

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #382 Online: 19 de Novembro de 2015, 07:22:48 »

Pelo que eu saiba até os países democráticos cobram impostos, não? Você não paga?

Religião não se deve misturar com o estado. Nenhuma.

Diferente, no entanto, é dizer que os muçulmanos são incapazes de se viver uma democracia.


Não pago imposto por razões de ordem religiosa.
O problema é mesmo esse: o Islão continua a misturar religião com estado.
Claro que a maioria dos muçulmanos consegue viver numa democracia ocidental onde estão em minoria, a questão é se ou quando se tornarem na maioria ou tiverem poder suficiente para imporem um regime islamita...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #383 Online: 19 de Novembro de 2015, 07:33:56 »

Pelo que eu saiba até os países democráticos cobram impostos, não? Você não paga?

Religião não se deve misturar com o estado. Nenhuma.

Diferente, no entanto, é dizer que os muçulmanos são incapazes de se viver uma democracia.


Não pago imposto por razões de ordem religiosa.
O problema é mesmo esse: o Islão continua a misturar religião com estado.
Claro que a maioria dos muçulmanos consegue viver numa democracia ocidental onde estão em minoria, a questão é se ou quando se tornarem na maioria ou tiverem poder suficiente para imporem um regime islamita...

Como na Turquia e na Tunísia?  ::)

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #384 Online: 19 de Novembro de 2015, 07:36:00 »
Portugal sobreviveu bem a 700 anos de domínio do Islã. Por que será, Pagão?

Portugal nunca esteve sob domínio do Islã... formou-se a partir de zonas já libertadas (o condado portucalense de 1096) e depois expandiu-se sobre território islamizado... O que esteve sob domínio do Islã foi a quase totalidade da península ibérica e não uma realidade geopolítica chamada Portugal...

Os bacanas islamitas na ocupação da ibéria impunham imposto religioso aos naturais que não se convertessem...

O islamismo não separa religião de estado laico... Uma vez com a capacidade para dominar uma determinada sociedade, há alguma razão para que os islamitas não a procurem islamizar? Vão aceitar a liberdade e igualdade de todos os cultos?... Vão permitir a construção de templos doutras religiões e a pregação não islâmica? Vão permitir que um islamita mude de religião? etc...

Pelo menos não arrancou a cabeça dos incrédulos...

Pelo que eu saiba até os países democráticos cobram impostos, não? Você não paga?

Religião não se deve misturar com o estado. Nenhuma.

Diferente, no entanto, é dizer que os muçulmanos são incapazes de se viver uma democracia.


http://www.americanthinker.com/blog/2015/06/poll_shows_high_levels_of_support_for_shariah_law_and_violence_among_american_muslims.html

https://muslimstatistics.wordpress.com/2015/03/15/pew-poll-analysis-a-billion-muslims-want-sharia-law/

Citar
Pew asked question (1) in countries that account for about a billion Muslims, and question (2) in countries that account for about 830 million. If you accept their results in just the countries they surveyed, we learn that:
— 70%, or 700 million Muslims out of the billion represented by Q1 of their survey, want Sharia law to be the law of the land;

— 32%, or 266 million Muslims out of the 840 million represented by Q2 of their survey, want to force it upon everyone.

I don’t know about you, but I’d say that alone represents over a quarter billion “radical” Muslims, with only just over half (53%) of their total population accounted for by the survey.

Ao que parece, muçulmanos, se dada escolha, não gostariam de viver em uma democracia.

[...]
Sobre a PEW: não me é estranho a aprovação da Sharia, e até muito esperado, pois é complicado para um muçulmano de verdade condenar um texto sagrado. A pessoa pode dizer que é favor da Sharia, sem no entanto significar que com isso é um terrorista ou apoia o terrorismo. O muçulmano pode falar a favor da Sharia simplesmente para não contrariar o Alcorão, mas não significa na prática, no seu íntimo que ele aprova apedrejamento de adúlteros ou morte de apóstatas. No entanto, a Sharia é usada para demonstrar como os muçulmanos são maus, radicais, terroristas.

Se fizerem alguma pesquisa "golpe-baixo" semelhante com o cristianismo também terás grandes surpresas: veremos como os cristãos são bobos, feios e maus.
« Última modificação: 19 de Novembro de 2015, 07:38:18 por Pasteur »

Offline Pagão

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #385 Online: 19 de Novembro de 2015, 07:52:43 »
Portugal impunha a morte para quem não se convertesse ao cristianismo. A Espanha expulsou todos os judeus.

Bem lembrado!

Para melhor lembrar... Havia uma convivência interreligiosa em Portugal que só acabou em 1496-97 por pressão de Castela que tinha expulsado os judeus a partir de 1492... Era fundamental que, perante a unificação espanhola, Portugal conseguisse que os espanhóis o encarassem como aliado e daí o casamento do rei D. Manuel com a espanhola D. Maria de Aragão e foi imposta a condição da expulsão e até da entrada em Portugal da Inquisição (a que se foi resistindo, pois a inquisição apenas entraria em 1536)... Para os Descobrimentos e expansão ultramarina era vital apaziguar Espanha... e, por sua vez, descobrimentos/expansão eram fundamentos para ganhar poder para dissuadir eventual política de anexação espanhola (o que foi evitado até 1580).

Aqui a reconquista na Idade Média não implicou perseguição religiosa a mouros e judeus.... a mouraria é um dos bairros mais típicos de Lisboa, nas encostas do castelo de São Jorge... A política internacional é que acabou com a tolerância..

https://www.facebook.com/barreirasduarte/posts/1459215674319558

Tolerância religiosa em Portugal ao longo da história... o cargo de rabino-mor... a tolerância quando ela já não existia na restante Europa....etc...

"Mas, tal como a intolerância religiosa faz parte da História da Europa, faz também parte da História de Portugal, embora curiosamente por imposição estrangeira. Os Reis Católicos, na sua fúria extremista de Reconquista, impuseram a expulsão dos judeus e dos muçulmanos para autorizarem o casamento de sua filha, a Infanta Maria de Aragão, com o Rei D. Manuel I. " (transcrição)

« Última modificação: 19 de Novembro de 2015, 08:00:18 por Pagão »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Diegojaf

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #386 Online: 19 de Novembro de 2015, 08:04:48 »
Portugal impunha a morte para quem não se convertesse ao cristianismo. A Espanha expulsou todos os judeus.

Bem lembrado!

Para melhor lembrar... Havia uma convivência interreligiosa em Portugal que só acabou em 1496-97 por pressão de Castela que tinha expulsado os judeus a partir de 1492... Era fundamental que, perante a unificação espanhola, Portugal conseguisse que os espanhóis o encarassem como aliado e daí o casamento do rei D. Manuel com a espanhola D. Maria de Aragão e foi imposta a condição da expulsão e até da entrada em Portugal da Inquisição (a que se foi resistindo, pois a inquisição apenas entraria em 1536)... Para os Descobrimentos e expansão ultramarina era vital apaziguar Espanha... e, por sua vez, descobrimentos/expansão eram fundamentos para ganhar poder para dissuadir eventual política de anexação espanhola (o que foi evitado até 1580).

Aqui a reconquista na Idade Média não implicou perseguição religiosa a mouros e judeus.... a mouraria é um dos bairros mais típicos de Lisboa, nas encostas do castelo de São Jorge... A política internacional é que acabou com a tolerância..

https://www.facebook.com/barreirasduarte/posts/1459215674319558

Tolerância religiosa em Portugal ao longo da história... o cargo de rabino-mor... a tolerância quando ela já não existia na restante Europa....etc...

"Mas, tal como a intolerância religiosa faz parte da História da Europa, faz também parte da História de Portugal, embora curiosamente por imposição estrangeira. Os Reis Católicos, na sua fúria extremista de Reconquista, impuseram a expulsão dos judeus e dos muçulmanos para autorizarem o casamento de sua filha, a Infanta Maria de Aragão, com o Rei D. Manuel I. " (transcrição)



Então, quando é a religião que não te convém atacar no momento, é uma questão de geopolítica e história. Quando é islamismo, é fanatismo puro e simples.

Right...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Johnny Cash

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #387 Online: 19 de Novembro de 2015, 08:15:06 »
[...]
Sobre a PEW: não me é estranho a aprovação da Sharia, e até muito esperado, pois é complicado para um muçulmano de verdade condenar um texto sagrado. A pessoa pode dizer que é favor da Sharia, sem no entanto significar que com isso é um terrorista ou apoia o terrorismo. O muçulmano pode falar a favor da Sharia simplesmente para não contrariar o Alcorão, mas não significa na prática, no seu íntimo que ele aprova apedrejamento de adúlteros ou morte de apóstatas. No entanto, a Sharia é usada para demonstrar como os muçulmanos são maus, radicais, terroristas.

Essa foi uma das falácias do escocês provavelmente mais bem feitas daqui. Clássica.

É como se aqui no Brasil as pessoas, dentro de seu íntimo, no âmago do ser delas mesmas, na bondade do coração, fossem contrárias à pena de morte mas que por medo religioso dissessem que desejam que penas de morte fossem executadas pelo estado por motivo religioso.

Larga essa agenda pra lá... meses se passam e a ladainha é a mesma. Nó...

Se fizerem alguma pesquisa "golpe-baixo" semelhante com o cristianismo também terás grandes surpresas: veremos como os cristãos são bobos, feios e maus.

Embora na Europa não esteja havendo um problema com invasão de cristãos querendo implantar as leis do cristianismo... mas, sim, monte um barraco e coloque cristãos e muçulmanos para irem morar juntos.

A bancada evangélica brasileira taí pra nos mostrar como religiosos podem fazer uso da máquina estatal para forçar a adesão ao comportamento religioso sobre todos.

Religiosos...

Offline Pagão

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #388 Online: 19 de Novembro de 2015, 08:16:11 »
Então, quando é a religião que não te convém atacar no momento, é uma questão de geopolítica e história. Quando é islamismo, é fanatismo puro e simples.

Right...

Realmente, esqueci-me da geopolítica e história do lado islamita.... a reivindicação de de que o al-Andalus (Portugal e Espanha) sejam reintegrados no mundo islâmico... Temos assim um inimigo no campo da geopolítica... Agora sim... Right.
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Johnny Cash

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #389 Online: 19 de Novembro de 2015, 08:24:27 »

A fé suporta todas as contradições.

O judaísmo está vivo até hoje, repleto de superstições cabalísticas, rituais e proibições sem o menor sentido. Misoginia extrema, racismo, sectarismo... e ainda assim Israel é uma sociedade moderna. Mas o livro de Levitico continua lá, estabelecendo instruções detalhadas sobre o sacrifício obrigatório de animais.


Esse é um ponto muito bom.

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #390 Online: 19 de Novembro de 2015, 08:26:24 »
[...]
Sobre a PEW: não me é estranho a aprovação da Sharia, e até muito esperado, pois é complicado para um muçulmano de verdade condenar um texto sagrado. A pessoa pode dizer que é favor da Sharia, sem no entanto significar que com isso é um terrorista ou apoia o terrorismo. O muçulmano pode falar a favor da Sharia simplesmente para não contrariar o Alcorão, mas não significa na prática, no seu íntimo que ele aprova apedrejamento de adúlteros ou morte de apóstatas. No entanto, a Sharia é usada para demonstrar como os muçulmanos são maus, radicais, terroristas.

Essa foi uma das falácias do escocês provavelmente mais bem feitas daqui. Clássica.

É como se aqui no Brasil as pessoas, dentro de seu íntimo, no âmago do ser delas mesmas, na bondade do coração, fossem contrárias à pena de morte mas que por medo religioso dissessem que desejam que penas de morte fossem executadas pelo estado por motivo religioso.

Larga essa agenda pra lá... meses se passam e a ladainha é a mesma. Nó...

Se fizerem alguma pesquisa "golpe-baixo" semelhante com o cristianismo também terás grandes surpresas: veremos como os cristãos são bobos, feios e maus.

Embora na Europa não esteja havendo um problema com invasão de cristãos querendo implantar as leis do cristianismo... mas, sim, monte um barraco e coloque cristãos e muçulmanos para irem morar juntos.

A bancada evangélica brasileira taí pra nos mostrar como religiosos podem fazer uso da máquina estatal para forçar a adesão ao comportamento religioso sobre todos.

Religiosos...

Pega um texto da Bíblia, o mais asqueroso e sai pra fazer uma pesquisa e depois conversarmos sobre se os cristãos conseguem viver numa democracia.

Nó...

Offline Johnny Cash

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #391 Online: 19 de Novembro de 2015, 08:30:47 »
[...]
Sobre a PEW: não me é estranho a aprovação da Sharia, e até muito esperado, pois é complicado para um muçulmano de verdade condenar um texto sagrado. A pessoa pode dizer que é favor da Sharia, sem no entanto significar que com isso é um terrorista ou apoia o terrorismo. O muçulmano pode falar a favor da Sharia simplesmente para não contrariar o Alcorão, mas não significa na prática, no seu íntimo que ele aprova apedrejamento de adúlteros ou morte de apóstatas. No entanto, a Sharia é usada para demonstrar como os muçulmanos são maus, radicais, terroristas.

Essa foi uma das falácias do escocês provavelmente mais bem feitas daqui. Clássica.

É como se aqui no Brasil as pessoas, dentro de seu íntimo, no âmago do ser delas mesmas, na bondade do coração, fossem contrárias à pena de morte mas que por medo religioso dissessem que desejam que penas de morte fossem executadas pelo estado por motivo religioso.

Larga essa agenda pra lá... meses se passam e a ladainha é a mesma. Nó...

Se fizerem alguma pesquisa "golpe-baixo" semelhante com o cristianismo também terás grandes surpresas: veremos como os cristãos são bobos, feios e maus.

Embora na Europa não esteja havendo um problema com invasão de cristãos querendo implantar as leis do cristianismo... mas, sim, monte um barraco e coloque cristãos e muçulmanos para irem morar juntos.

A bancada evangélica brasileira taí pra nos mostrar como religiosos podem fazer uso da máquina estatal para forçar a adesão ao comportamento religioso sobre todos.

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Pega um texto da Bíblia, o mais asqueroso e sai pra fazer uma pesquisa e depois conversarmos sobre se os cristãos conseguem viver numa democracia.

Nó...

Olha, eu não sei pq trazer esse ponto mas, eu acho que se perguntarem pros cristãos brasileiros, se eles acham que o estado teria que ser governado através "das leis cristãs" eu acho que a resposta seria bastante esperada em: sim, deveria.

E o povo religioso é isso mesmo.

Não entendo a dificuldade em assumir isso. Já descrevemos aqui anteriormente os possíveis motivos pra essa dificuldade.

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #392 Online: 19 de Novembro de 2015, 08:34:25 »
[...]
Sobre a PEW: não me é estranho a aprovação da Sharia, e até muito esperado, pois é complicado para um muçulmano de verdade condenar um texto sagrado. A pessoa pode dizer que é favor da Sharia, sem no entanto significar que com isso é um terrorista ou apoia o terrorismo. O muçulmano pode falar a favor da Sharia simplesmente para não contrariar o Alcorão, mas não significa na prática, no seu íntimo que ele aprova apedrejamento de adúlteros ou morte de apóstatas. No entanto, a Sharia é usada para demonstrar como os muçulmanos são maus, radicais, terroristas.

Essa foi uma das falácias do escocês provavelmente mais bem feitas daqui. Clássica.

É como se aqui no Brasil as pessoas, dentro de seu íntimo, no âmago do ser delas mesmas, na bondade do coração, fossem contrárias à pena de morte mas que por medo religioso dissessem que desejam que penas de morte fossem executadas pelo estado por motivo religioso.

Larga essa agenda pra lá... meses se passam e a ladainha é a mesma. Nó...

Se fizerem alguma pesquisa "golpe-baixo" semelhante com o cristianismo também terás grandes surpresas: veremos como os cristãos são bobos, feios e maus.

Embora na Europa não esteja havendo um problema com invasão de cristãos querendo implantar as leis do cristianismo... mas, sim, monte um barraco e coloque cristãos e muçulmanos para irem morar juntos.

A bancada evangélica brasileira taí pra nos mostrar como religiosos podem fazer uso da máquina estatal para forçar a adesão ao comportamento religioso sobre todos.

Religiosos...

Pega um texto da Bíblia, o mais asqueroso e sai pra fazer uma pesquisa e depois conversarmos sobre se os cristãos conseguem viver numa democracia.

Nó...

Olha, eu não sei pq trazer esse ponto mas, eu acho que se perguntarem pros cristãos brasileiros, se eles acham que o estado teria que ser governado através "das leis cristãs" eu acho que a resposta seria bastante esperada em: sim, deveria.

E o povo religioso é isso mesmo.

Não entendo a dificuldade em assumir isso. Já descrevemos aqui anteriormente os possíveis motivos pra essa dificuldade.

E, no entanto, conseguem viver numa democracia.

Offline Gaúcho

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #393 Online: 19 de Novembro de 2015, 11:07:11 »
Muçulmanos sabem bem o que é a sharia. Uma pesquisa equivalente, aqui no Brasil, por exemplo, seria uma pesquisa que perguntasse algo como: "você concorda que o Estado brasileiro deveria viver sob as leis da bíblia, com pena de morte para homossexuais, adúlteros e pessoas que trabalham aos sábados?".

Eu arrisco dizer que a porcentagem de "sim" seria bem pequena, e não 70%, como é o caso dos muçulmanos com a sharia.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #394 Online: 19 de Novembro de 2015, 11:22:33 »
Muçulmanos sabem bem o que é a sharia. Uma pesquisa equivalente, aqui no Brasil, por exemplo, seria uma pesquisa que perguntasse algo como: "você concorda que o Estado brasileiro deveria viver sob as leis da bíblia, com pena de morte para homossexuais, adúlteros e pessoas que trabalham aos sábados?".

Eu arrisco dizer que a porcentagem de "sim" seria bem pequena, e não 70%, como é o caso dos muçulmanos com a sharia.

Sim, sabem muito bem o que é Sharia,  o que não muda o fato que poderiam temer dizer que são contra algo que veio do divino. Bem óbvio.

Pois é, adoraria ver essa pesquisa sendo feita não só aqui, mas também na África Cristã, por exemplo.

Offline Gaúcho

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #395 Online: 19 de Novembro de 2015, 11:50:26 »
E esse argumento só depõe contra o que você está tentando defender. Se você me diz que a maioria dos muçulmanos levam o Corão tão a sério ao ponto de terem medo de dizerem "não" em uma simples pesquisa sobre a sharia, imagina o que fariam se lhes fosse dado a oportunidade de colocar "algo que veio do divino" em prática. Daí eu devo acreditar que na hora de responder a pesquisa eles tiveram medo de falar contra o Corão, mas quando eu estiver sendo apedrejado em uma praça por ser ateu, esses mesmos muçulmanos se levantarão em minha defesa e irão contra a palavra divina? Seu argumento é assustador.
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Offline Pasteur

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #396 Online: 19 de Novembro de 2015, 12:15:48 »
E esse argumento só depõe contra o que você está tentando defender. Se você me diz que a maioria dos muçulmanos levam o Corão tão a sério ao ponto de terem medo de dizerem "não" em uma simples pesquisa sobre a sharia, imagina o que fariam se lhes fosse dado a oportunidade de colocar "algo que veio do divino" em prática. Daí eu devo acreditar que na hora de responder a pesquisa eles tiveram medo de falar contra o Corão, mas quando eu estiver sendo apedrejado em uma praça por ser ateu, esses mesmos muçulmanos se levantarão em minha defesa e irão contra a palavra divina? Seu argumento é assustador.

As pessoas sustentam a fé principalmente pelo medo da morte. O que fazem os outros é secundário. Cada um tem  uma interpretação particular, geralmente florida e cheirosa dos versículos. Mas se alguém chega e diz: o seu livro sagrado diz isso, preto no branco: você é a favor ou contra? Bela rasteira...

 

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #397 Online: 19 de Novembro de 2015, 15:18:23 »
E o Islã também representa uma involução, recrudescimento, cultural, social e científico no tempo. O Islã já foi mais artisticamente aberto e tolerante, cientificamente mais produtivo e socialmente mais evoluído no passado do que qualquer forma sua no presente.

Exatamente!

Mais uma prova que o problema não é o Islã e sim a conjuntura política.

Se o Islã fosse tão problemático como dizem não viveria nenhuma época de esplendor.

Não é bem assim, mas mais o contrário. Algo pode ter elementos inerentemente problemáticos, mas estes ainda assim serem amenizados por uma conjuntura cultural, econômica, e política.

As justificativas religiosas para as atrocidades dos radicais são exatamente isso, religiosas, mesmo que catalizadas por um dado cenário, e relativizadas em outros.





Ao que parece, muçulmanos, se dada escolha, não gostariam de viver em uma democracia.

Os muçulmanos balcânicos têm a democracia imposta a eles de forma totalitária?

Offline Pedro Reis

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #398 Online: 19 de Novembro de 2015, 17:40:57 »
Portugal impunha a morte para quem não se convertesse ao cristianismo. A Espanha expulsou todos os judeus.

Bem lembrado!

Para melhor lembrar... Havia uma convivência interreligiosa em Portugal que só acabou em 1496-97 por pressão de Castela que tinha expulsado os judeus a partir de 1492... Era fundamental que, perante a unificação espanhola, Portugal conseguisse que os espanhóis o encarassem como aliado e daí o casamento do rei D. Manuel com a espanhola D. Maria de Aragão e foi imposta a condição da expulsão e até da entrada em Portugal da Inquisição (a que se foi resistindo, pois a inquisição apenas entraria em 1536)... Para os Descobrimentos e expansão ultramarina era vital apaziguar Espanha... e, por sua vez, descobrimentos/expansão eram fundamentos para ganhar poder para dissuadir eventual política de anexação espanhola (o que foi evitado até 1580).

Aqui a reconquista na Idade Média não implicou perseguição religiosa a mouros e judeus.... a mouraria é um dos bairros mais típicos de Lisboa, nas encostas do castelo de São Jorge... A política internacional é que acabou com a tolerância..

https://www.facebook.com/barreirasduarte/posts/1459215674319558

Tolerância religiosa em Portugal ao longo da história... o cargo de rabino-mor... a tolerância quando ela já não existia na restante Europa....etc...

"Mas, tal como a intolerância religiosa faz parte da História da Europa, faz também parte da História de Portugal, embora curiosamente por imposição estrangeira. Os Reis Católicos, na sua fúria extremista de Reconquista, impuseram a expulsão dos judeus e dos muçulmanos para autorizarem o casamento de sua filha, a Infanta Maria de Aragão, com o Rei D. Manuel I. " (transcrição)



Então, quando é a religião que não te convém atacar no momento, é uma questão de geopolítica e história. Quando é islamismo, é fanatismo puro e simples.

Right...

Bela saída pela tangente.

Você não respondeu. Deu uma de Dilma Roussef: fazem uma pergunta sobre a Petrobrás e ela responde com uma longa preleção sobre o bolsa família. E assim como você fez, até o que ela disser sobre bolsa família vai ser sem pé nem cabeça.

Então existiria um perigo real e iminente de Portugal ser conquistado por hordas muçulmanas, portanto é uma questão geopolítica, de sobrevivência nacional, negar ajuda humanitária a pessoas que, de outra forma, enfrentariam morte quase certa.

Talvez, apenas talvez, tenhas exagerado um pouquinho o perigo e o poderio dos muçulmanos.

Só para efeito de analogia, há muito circula em Israel, nos meios mais ortodoxos e fundamentalistas, um mapa que delimita o que seria a Grande Israel dada por Jeová aos judeus, e que a estes pertence por direito divino. Este mapa inclui até territórios da União Européia, como a ilha de Creta.

Tomem cuidado! Parece um bom motivo para vocês chutarem os judeus para fora de Portugal novamente.

Mas a questão não era essa. A religião cristã foi um instrumento útil para justificar e fomentar massacres, guerras, pilhagens, conquistas, sistemas de governo aliados a Igreja - a doutrina do Direito Divino -, colonialismo, exploração de outros povos e suas riquezas.

Um instrumento por assim dizer. Nenhuma pessoa minimamente esclarecida acha que tudo ocorreu pela intenção piedosa de salvar as almas dos infiéis e a proteção dos lugares santos. A religião foi um instrumento útil para interesses políticos e econômicos.

Da mesma forma a religião, ou melhor, a enrolação teológica, foi novamente ferramenta para justificar e convencer o povo a aceitar a extrema violência e barbárie, o radicalismo que atingiu seu ponto mais extremo, com o qual a Igreja se valeu para defender sua própria existência e posição de poder quando se viu ameaçada pela Contra-Reforma.

É aí que surge o seu duplipensar. Você diz: " O cristianismo é legal. Bem diferente dessa
coisa bárbara, atrasada, VIL POR NATUREZA, maléfica e inevitavelmente destruidora que é o Islamismo. A PROVA está no fato de que os cristãos portugueses eram legais, tolerantes com outros povos e outros credos, não perseguiam nem expulsavam ninguém. Porém, contudo, todavia, acabaram por fazer todas estas coisas ruins porque foram inevitavelmente arrastados no turbilhão da GEOPOLÍTICA da época, que imprescindia das justificativas, do discurso religioso,
da fanatização das pessoas,  enfim, do imenso poder que a fé cristã usufruia naquele tempo, para perseguir seus reais e mundanos objetivos."

Então a pergunta é: por que você não transporta este mesmo tipo de visão para interpretar o que o ocorre hoje ao Islã e aos homens que estão sendo usados como massa de manobra com expedientes psicológicos que são tão antigos quanto a própria humanidade?

Porque você faz afirmações como estas:

Citação de: Pagão
O islamismo não separa religião de estado laico...

Citação de: Pagão
Uma vez com a capacidade para dominar uma determinada sociedade, há alguma razão para que os islamitas não a procurem islamizar? Vão aceitar a liberdade e igualdade de todos os cultos?... Vão permitir a construção de templos doutras religiões e a pregação não islâmica?

Citação de: Pagão
Vão permitir [os muçulmanos] que um islamita mude de religião?

Quando o cristianismo fez exatamente tudo isso foi porque instrumento da Geopolítica arrastado pelo curso da História.

Mas agora, precisamente, para uma religião que existe há mais de 13 séculos, tudo é inerente à religião em si.

Right!

Offline Pagão

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Re:Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #399 Online: 19 de Novembro de 2015, 20:04:10 »
Quando o cristianismo fez exatamente tudo isso foi porque instrumento da Geopolítica arrastado pelo curso da História.

Mas agora, precisamente, para uma religião que existe há mais de 13 séculos, tudo é inerente à religião em si.

Right!

Você está misturar tudo só lançando a confusão... Você fez uma afirmação descabida e sem referência cronológica "Portugal impunha a pena de morte para quem não se convertesse ao cristianismo"... Respondi fundamentalmente isso demonstrando a inverdade... mesmo as penas da inquisição (poucas vezes de morte) eram para a apostasia... A questão geopolítica que referi era apenas para a forma como a intolerância entrou em Portugal e não para o cristianismo em geral nem para Espanha quando tomou uma posição repressiva...

 E que importa que o cristianismo tenha feito em tempos algo semelhante ao radicalismo islâmico hoje? As comparações fazem-se no mesmo tempo histórico e hoje vemos como há radicalismo religioso islâmico na própria direção de países relevantes como a Arábia Saudita ou o Irão e de largos setores da população noutros como o Paquistão etc...

Houve e há correntes islamitas tolerantes, mas muitas houve e há intolerantes... e não é impossível uma mudança de posição... não são os pacíficos muçulmanos seguidores do Aga Khan os herdeiros da seita dos assassinos ao tempo das cruzadas?... O que interessa são as correntes ideológicas islamitas e os indivíduos e organizações declaradamente inimigas... e são numerosas...
« Última modificação: 19 de Novembro de 2015, 20:13:40 por Pagão »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

 

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