Autor Tópico: Problemas do SUS  (Lida 155201 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1800 Online: 02 de Março de 2015, 19:49:51 »
1)   De quanto deve ser o orçamento brasileiro? Só a comparação com o quanto gastam outros países não é o suficiente para o budget acertado. Isso do ponto de vista de gestão pode até ser um início, mas não serve para a confirmação e aprovação (exceto quando se tem fonte inesgotável de captação de recurso).

Alguns tratamentos podem chegar a 2 milhões de reais ou mais. Quanto será necessário se não sabemos o que iremos enfrentar no futuro?
Vamos fazer uma continha média então. Quanto um bom convênio cobra por mês? Mil reais se você não for idoso. E um médio? 500 reais. E um convênio bem simples? Uns 200 reais. Suponha que o SUS não precise mais que isso (faça de conta que idoso tem gasto igual). 200 reais X 200 milhões de habitantes= 40 bilhões de reais por mês X 12 = 480 bilhões de reais por ano.

2)   Qual é a situação atual do sistema?

 Nosso orçamento= 106 bilhões de reais em 2014.

3)     Adiciono essa: Caso a gente quintuplique o orçamento da saúde, qual vai o ser ganho prático em seguida para o brasileiro

O ganho prático será um melhor atendimento, tratamento, vidas salvas, menos reclamação da população e do Johnny Cash, Lorentz, Bahadur, Geotecton, Fabrício, Gaúcho e Gabarito.

e o dinheiro sai de onde?

Não faço a mínima ideia, mas não reclame do SUS se o dinheiro não chegar.

Em tempo, sou defensor de parte do tratamento de alta complexidade provido pelo SUS. Não sou um destruidor integral.

Será porque custa mais?

E agora é a sua vez de fazer as contas num sistema todo privatizado.
Isso, deixa ele fazer as contas de um sistema privatizado, que não é uma instituição de caridade por isso busca lucros.
Também lembrando, privado paga 1/3 de impostos em média...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1801 Online: 02 de Março de 2015, 19:52:37 »
[...]
3) Adiciono essa: Caso a gente quintuplique o orçamento da saúde, qual vai o ser ganho prático em seguida para o brasileiro
O ganho prático será um melhor atendimento, tratamento, vidas salvas, menos reclamação da população e do Johnny Cash, Lorentz, Bahadur, Geotecton, Fabrício, Gaúcho e Gabarito.
[...]

e o dinheiro sai de onde?
Não faço a mínima ideia, mas não reclame do SUS se o dinheiro não chegar.

Você não faz a mínima ideia de onde viria o dinheiro?

É claro que você sabe que viria dos impostos da população, especialmente do setor privado.

A mesma que já sustenta um Estado quase que completamente ineficiente e inapto.

Querem mais dinheiro?

Arrumem tudo e depois sentamos para calcular.

Enquanto isto...

Não! Nem mais um centavo nem para o SUS e nem para o que quer que seja.
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Offline Johnny Cash

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1802 Online: 02 de Março de 2015, 19:59:07 »
Ok, Pastor, agora sim, finalmente, você se moveu no sentido de responder as perguntas colocadas. Eu agradeço bastante.

1)   De quanto deve ser o orçamento brasileiro? Só a comparação com o quanto gastam outros países não é o suficiente para o budget acertado. Isso do ponto de vista de gestão pode até ser um início, mas não serve para a confirmação e aprovação (exceto quando se tem fonte inesgotável de captação de recurso).


Alguns tratamentos podem chegar a 2 milhões de reais ou mais. Quanto será necessário se não sabemos o que iremos enfrentar no futuro?
Vamos fazer uma continha média então. Quanto um bom convênio cobra por mês? Mil reais se você não for idoso. E um médio? 500 reais. E um convênio bem simples? Uns 200 reais. Suponha que o SUS não precise mais que isso (faça de conta que idoso tem gasto igual). 200 reais X 200 milhões de habitantes= 40 bilhões de reais por mês X 12 = 480 bilhões de reais por ano.

Veja bem,  essa falta de habilidade de planejamento é uma, das muitas, razões fundamentais do escárnio que é a performance dessas coisas.

Você que defende o sistema público de saúde e acredita que ele é bom, pra fazer um cálculo do quanto é necessário no total pra coisa operar bem, cometeu uma série de tonteiras:
1) Recorreu a uma estimativa da média do que cobra a máfia privada dos planos de saúde que tem índices de reclamações crescentes e recordistas (mas que, ainda assim, é uma forma melhor de garantir atendimento médico do que a fé no sistema público que igual faz a família da presidente).
2) Não usou absolutamente nenhuma métrica baseada em histórico para auxiliar a dimensionar a demanda, tampouco observou fenômenos locais e na vizinhança que podem ocorrer, muito menos o que outros players do mercado estão fazendo para o futuro.
3) Estendeu a demanda de parte da população que pode pagar pelo SUS mais um convênio de saúde (~24,7% da população brasileira) para TODA a populaçao do brasil sem contar que isso acarretaria numa revisão do custo e preço geral, dado o crescimento instantâneo de pelo menos 4x a fonte de renda.
4) Não consultou a reserva total de dinheiro.
5) Esqueceu que isso tipo de negócio funciona numa espécie de modelo de seguradora.

Você faz idéia de como se deve proceder pra montar um bom orçamento desse tipo de coisa?

2)   Qual é a situação atual do sistema?

 Nosso orçamento= 106 bilhões de reais em 2014.
Uuuuh... que esquiva... Qual é a situação do sistema? Boa ou ruim?

3)     Adiciono essa: Caso a gente quintuplique o orçamento da saúde, qual vai o ser ganho prático em seguida para o brasileiro

O ganho prático será um melhor atendimento, tratamento, vidas salvas, menos reclamação da população e do Johnny Cash, Lorentz, Bahadur, Geotecton, Fabrício, Gaúcho e Gabarito.

Esse é o ganho teórico, minha pergunta foi sobre o ganho prático. Vou te ajudar esmiuçando mais: quanto vão melhorar os índices? E a saúde do povo? E as taxas de mortalidade? E os tempos de espera de diagnóstico?

Olha, não se engane, uma baixa no custo aliada a melhores resultados deve ser encarada como um dos ganhos.

e o dinheiro sai de onde?

Não faço a mínima ideia, mas não reclame do SUS se o dinheiro não chegar.
Se o dinheiro não chega, é por causa do desperdício, abuso e incompetência no meio do caminhos suportadas por elogios e enganação de quem tem outros interesses, que não a saúde da população. Até onde sabemos, o dinheiro é provisionado.

Tudo bem não saber de onde tirar o dinheiro.
Em tempo, sou defensor de parte do tratamento de alta complexidade provido pelo SUS. Não sou um destruidor integral.

Será porque custa mais?
Nem a porrete! Aprecio parte do tratamento de alta complexidade provido pelo SUS basicamente porque É provido.

Lembre-se, mais custo raramente significa melhor performance. E se for calcular performance de alguma forma atrelada a eficiência, maior custo é praticamente NUNCA um fator que indica bom resultado.

E agora é a sua vez de fazer as contas num sistema todo privatizado.


Não, nunca defendi isso.

O que eu quero é dar um jeito, em conjunto aqui, de investigar e reconhecer quais são os problemas no nosso SUS e desenvolver propostas de como é que a gente resolveria esse problemão que é sério e mata, principalmente os mais pobres.

Pastorzeira, quando eu venho participar aqui, chego com um objetivo forte de me desenvolver e aumentar minha capacidade de rever minha opinião. Não tenho forte sana de provar o meu ponto só pra demonstrar certeza desde sempre. Eu tive que fazer as perguntas supra várias vezes pra conseguir, só agora, tentativa de resposta e um sinceríssimo não sei! A gente devia ser mais apto por aqui de falar não sei.

Você demonstrou acima, clarissimamente, que pede mais dinheiro pra um sistema que joga dinheiro pelo ralo, não sabe quanto mais de dinheiro precisa e nem onde arrumar esse dinheiro. Como é que você quer que alguém acredite que desse mato vai sair cachorro? Haja crença, bicho.
« Última modificação: 02 de Março de 2015, 20:02:01 por Johnny Cash »

Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1803 Online: 02 de Março de 2015, 21:38:58 »
Johnny, é Pasteur e não Pastor, Deus me livre...

Cara, você faz algumas perguntas absurdas. "Se eu aumentar o orçamento em X quanto vai abaixar a taxa de mortalidade" Tá doido? Ser humano não é matemática.  Kkkkkk

Pra quê que você quer que eu consulte a reserva total de dinheiro se você perguntou quanto de dinheiro precisa e não quanto pode ser possível?

Vou fazer o mesmo com você: quanto é desviado pelos políticos e gestores já que você afirma que há um ralo? Que há desperdício,  há, mas quanto?

Offline Johnny Cash

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1804 Online: 02 de Março de 2015, 22:13:09 »
Johnny, é Pasteur e não Pastor, Deus me livre...

;)
Ok, Mr. Pasteur. Fiz essa brincadeira com seu nick por causa da pronuncia que eu acho que tem.  Como se pronuncia "Pasteur"?

Cara, você faz algumas perguntas absurdas. "Se eu aumentar o orçamento em X quanto vai abaixar a taxa de mortalidade" Tá doido? Ser humano não é matemática.  Kkkkkk

Esse tipo de pergunta soa muito dura a quem não está acostumado a respondê-la cotidianamente.

Você está certo numa coisa, ser humano não é matemática. Mas seu comportamento pode ser previsto ou estimado com certo nível de confiança, e o é o tempo todo, por bons modelos. A grande questão é a quantidade de variáveis envolvidas que é gigantesca, o que ocasiona os erros e oscilações em determinados tipos de estudo. Os grandes malvadões da indústria capitalista perversa, na qual me insiro, fazem esse tipo de previsão muito bem (quando não erram   :lol:).

A gente, nesse tipo de fórum, deve saber que não há qualquer coisa que difira muito prever o comportamento de um motor após 5.000 km do que fará um homem, saudável, de 80 kg, após permanecer 30 minutos num ambiente com temperatura controladamente alta, além da quantidade de variáveis envolvidas. Nada de especial demais no ser humano,

Portanto, não é estranha a pergunta de um gestor eficiente: “Caso a gente invista 100 milhões de reais, numa região X, para políticas anti-tabagistas, o quanto podemos esperar de redução, com base histórica (ou outra), na região? E dado isso, quanto podemos estimar de redução de mortes relacionadas ao uso do tabaco?” Por aí vai.

Não é absurdo, só é incomum. E é tolice ser tão incomum. E se não da pra fazer correlação entre investimento e resultado na saúde (estimativa sobre os indicadores relevantes) não da pra justificar, mais uma vez, que mais dinheiro é necessário pra qualquer coisa que seja.

Pra quê que você quer que eu consulte a reserva total de dinheiro se você perguntou quanto de dinheiro precisa e não quanto pode ser possível?

Ta bom.

Vou fazer o mesmo com você: quanto é desviado pelos políticos e gestores já que você afirma que há um ralo? Que há desperdício,  há, mas quanto?

Aí, agora você pegou o jeito. :P "Afirmou, então mostra."

Deixa eu vestir as sandálias da humildade e do respeito à construtividade do debate e dizer: Não vou saber te dar a resposta da totalidade dos desvios, pq não tenho qualquer recurso pra levar a resposta a frente. Mas tenho (temos) evidências pra dar com pau de que os desvios ocorrem, além de problemas com o sistema de compras que levam a ineficiência e gente sem capacitação atuando em postos de trabalho estratégicos.

Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1805 Online: 02 de Março de 2015, 22:47:50 »
Johnny,   o nome Pasteur se pronuncia pastêr.

Agora voltando à realidade: só o tempo expurgará os maus feitores, ladrões,  pouco a pouco,  conforme a população for ganhando mais educação e com isso pressionar mais os políticos,  gestores e só mais desenvolvimento para atingirmos um financiamento mais digno para toda a população sem necessidade de convênios médicos.

 :ok:

Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1806 Online: 02 de Março de 2015, 23:49:10 »
Citação de:  BM
It is difficult to estimate total SUS expenditure by these service categories over such a long period of time due to gaps or inconsistencies in the data. However, available data suggest that the proportion of government budget for health (health budget function) allocated to basic care (basic care sub function)
increased steadily between the early 1970s and 2010, from 10 percent to around 20 percent.

Na boa barata, você trabalha em uma multinacional. Aqui estão dizendo que não conseguem estimar de maneira decente as LINHAS ORÇAMENTÁRIAS por categorias de serviço, e que os dados sugerem que..

Meu deus.. isso sequer é gestão de despesas, de CAPEX.. isso é o quanto é empenhado em cada categoria de serviço.

Sorry cara..
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1807 Online: 02 de Março de 2015, 23:50:11 »
Nem eles sabem quanto gastam, quanto perdem e quanto é o total roubado.

Mas só para lembrar, além de tudo isso, reduziram os leitos


Alias, a redução de leitos não tem nada a ver com o que o Derfel disse. Simplesmente o SUS reduziu drasticamente o número de provedores privados e não conseguiram substituir nem de perto o que perderam a partir do sistema público. Veja, isso é uma das falhas críticas que vem antes da gestão do sistema, vem do planejamento e execução de um sistema que seja minimamente decente.

Mesmo assim, com essa redução de hospitais, o custo aumentou. Quantos bilhões? Dezena.


Citar
As noted, the SUS did not have specific targets for expanding the network of public facilities, but policy clearly favored expansion of the public sector over contracting with private providers. This is reflected in the data, which show that the slight reduction in the number of hospitals is mainly accounted for by the closure of private hospitals under contract with the SUS (and with INAMPS before the SUS), especially in the for-profit sector. The number of publicly managed facilities actually increased, as did the number of private non- SUS hospitals

Barata, pelos números do BM, foram desligados do SUS em torno de 1.600 hospitais e colocados apenas 700 novos (desde o início do desligamento até agora)

E o custo reduziu, claro, pois todos sabemos que contratar empresas privadas só encarecem e aumentam os custos para os cofres públicos... só que não, está aí alguns dos seus bilhões

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Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1808 Online: 02 de Março de 2015, 23:51:59 »
Para começar a medir, qualquer organização não pública conseguem em média 50% melhor de eficiência.. só 50%.. e nem é uma empresa privada

Um vislumbre de um futuro talvez promissor (não agora porque SP continua uma merda), mas foi uma das poucas coisas inteligentes que vi em todo o texto

Citação de: BM
More recently, São Paulo State started contracting private not-for-profit organizations—known as social organizations (organizações sociais)—to deliver health services, and other states and municipalities have followed suit. Under this model, facility managers have significant autonomy, but also explicit contractual obligations (box 2.4). However, concern over facility governance, remuneration, and performance has been gaining strength more broadly. This concern has translated into new contracting arrangements between the SUS and university and nonprofit hospitals and into new legislation regarding public foundations.  Although limited in scale, new provider models have resulted in innovative payment and contracting arrangements. For instance, São Paulo State uses performance-based contracts to purchase hospital services from social organizations, and Rio de Janeiro Municipality uses a similar model to contract both hospital services and primary care services (family clinics). While the São Paulo model has been deemed successful, there is less evidence on performance in other parts of the country. However, capacity in contract design and monitoring
is often a significant constraint.

Overall, innovations in organizational models, provider payment, and contracting are limited, but gaining momentum.

Based on the state reform framework proposed in 1995 and legally established by Federal Law
9637 of 1998, a social organization is a fully autonomous entity managed by a certified
nonprofit organization to provide social services on behalf of the state. The São Paulo State
legislature immediately passed a law adapting the federal law, and the state government went
on to implement the new model. It was initially applied to 11 newly built hospitals, where the
new (private) managers hired staff based on the Private Employment Law.
Six features characterized the model as implemented in São Paulo: (a) state ownership of
buildings and equipment; (b) private management by a certified social organization with
recognized experience in hospital management; (c) public funding, but full financial and
managerial autonomy; (d) management contract signed by the government and the social
organization, with clear objectives, goals, and measurable targets; (e) staff hired under private
law; and (f) strong oversight and contract management from the state secretariat of health.
La Forgia and Couttolenc (2008) demonstrated that the São Paulo social organizations performed
significantly better than similar hospitals under typical public management.
Their score
for technical efficiency, which was computed using data envelopment analysis, was 50 percent
higher,
reaching a level of efficiency comparable to that of private facilities under corporate
(for-profit) governance.[/u] They also had higher indicators of productivity and quality than a control
group of public hospitals. After controlling for several factors, Matzuda et al. (2008) identified
key factors contributing to the difference in performance, including a strong accountability
mechanism between provider (social organizations) and purchaser (state secretariat of health).
This mechanism included performance-based contracting and the ability of managers to hire
and fire personnel and thus define the appropriate mix of staff skills, which in turn improves
staff motivation.

In 2011, São Paulo Municipality deployed a broad strategy for improving autonomy and
governance at the facility level. It includes establishing and contracting with social
organizations to manage 5 hospitals, 15 emergency centers, and 5 diagnostic services in a
model similar to that of São Paulo State, signing management contracts with 327 primary
health care facilities, contracting with social organizations to manage regional networks, and
establishing public-private partnerships for constructing, expanding, and managing four new
hospitals.
Source: La Forgia and Couttolenc 2008.

Barata veja o que você entende aqui. 50% melhor é suficiente, mostrando como uma gestão (com certeza ainda mal feita) é melhor do que a completa falta de gestão e os ganhos são imensos??

Cara, quem não acredita em gestão trazendo ganhos dramáticos normalmente são ELAs. Não há sentido para pensar ao contrário.

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Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1809 Online: 02 de Março de 2015, 23:54:23 »
>90%  do material sai sem controle dos estoques das unidades federais do SUS. (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

Coisas difíceis como nome do paciente, hospital, etc..

Materiais de 10K, 100K reais..   Gestão a la Petrobras.

Querem mais um escândalo de bilhões, aí está.
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Offline Johnny Cash

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1810 Online: 03 de Março de 2015, 00:10:37 »
Dificuldade em prever gastos até é entendível (mais ou menos), mas dificuldades em dizer oq foi gasto, aí é a constatação final da não gestão.

Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1811 Online: 03 de Março de 2015, 09:01:09 »
>90%  do material sai sem controle dos estoques das unidades federais do SUS. (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)
[...]

Das unidades federais do SUS ou das 6 unidades federais do Rio de Janeiro?

Por que você quis passar a ideia de que era de todo o SUS?  :hein:

Não precisa forçar a barra já que temos muitos exemplos de corrupção.

A sociedade também tem responsabilidade em fiscalizar, denunciar.

Mais uma vez, o sistema universal gratuito de saúde é um modelo muito melhor do que outro privatizado, mas temos que fiscalizar, gerenciar melhor, combater a corrupção.

Estou esperando os cálculos dos custos para a sociedade de um sistema totalmente privatizado de quem defende esse sistema.

Offline Geotecton

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1812 Online: 03 de Março de 2015, 09:20:03 »
[...]
Estou esperando os cálculos dos custos para a sociedade de um sistema totalmente privatizado de quem defende esse sistema.

Se ele for privatizado, o custo será apenas do usuário e não de toda a população.
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Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1813 Online: 03 de Março de 2015, 10:12:35 »
[...]
Estou esperando os cálculos dos custos para a sociedade de um sistema totalmente privatizado de quem defende esse sistema.

Se ele for privatizado, o custo será apenas do usuário e não de toda a população.

Mas somando-se o quanto cada um paga, qual o valor total num cálculo totalmente grosseiro?

Já fiz um cálculo grosseiro para o sistema público e deu 480 bilhões de reais por ano (acredito que é muito mais que isso).

Agora quero saber a estimativa do custo do sistema totalmente privatizado. Só consultas particulares e cirurgias particulares para todos. Somando o que cada um paga, qual a estimativa final?

Vamos nessa!!! Calculando!!!

Offline Geotecton

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1814 Online: 03 de Março de 2015, 10:18:13 »
[...]
Estou esperando os cálculos dos custos para a sociedade de um sistema totalmente privatizado de quem defende esse sistema.

Se ele for privatizado, o custo será apenas do usuário e não de toda a população.

Mas somando-se o quanto cada um paga, qual o valor total num cálculo totalmente grosseiro?

Já fiz um cálculo grosseiro para o sistema público e deu 480 bilhões de reais por ano (acredito que é muito mais que isso).

Agora quero saber a estimativa do custo do sistema totalmente privatizado. Só consultas particulares e cirurgias particulares para todos. Somando o que cada um paga, qual a estimativa final?

Vamos nessa!!! Calculando!!!

Qual é o seu ponto exatamente?
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Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1815 Online: 03 de Março de 2015, 10:25:45 »
[...]
Estou esperando os cálculos dos custos para a sociedade de um sistema totalmente privatizado de quem defende esse sistema.
Se ele for privatizado, o custo será apenas do usuário e não de toda a população.

Mas somando-se o quanto cada um paga, qual o valor total num cálculo totalmente grosseiro?

Já fiz um cálculo grosseiro para o sistema público e deu 480 bilhões de reais por ano (acredito que é muito mais que isso).

Agora quero saber a estimativa do custo do sistema totalmente privatizado. Só consultas particulares e cirurgias particulares para todos. Somando o que cada um paga, qual a estimativa final?

Vamos nessa!!! Calculando!!!

Qual é o seu ponto exatamente?

Desconfio que o custo seria astronômico num sistema desses, fora que milhões de pessoas ficariam desassistidas.
« Última modificação: 03 de Março de 2015, 11:35:42 por Geotecton »

Offline Gabarito

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1816 Online: 03 de Março de 2015, 10:51:26 »
Mais descaso.
No vídeo tem gente chorando e gemendo, fora os que morreram.
Lembrando que todo esse descaso, incompetência, esculhambação geral quebra nas costas dos mais pobres.
Político, empresário, funcionário público de estatal, juiz, promotor, autoridades em geral, nenhum deles vai para a fila do SUS.


Citar
Falta de leitos em UTIs preocupa pacientes em todo o país
Edição do dia 03/03/2015
Adolescente morreu em Goiás depois de esperar mais de 30 horas.
Espera chega a passar de uma semana em alguns locais.


Uma adolescente de 17 anos morreu em Itumbiara, em Goiás, depois de esperar mais de 30 horas por uma vaga de UTI. Carolyne Alves da Silva caiu de uma escada, teve uma convulsão e estava internada desde a semana passada.

Há dois dias, o quadro dela se agravou e a direção do hospital pediu a transferência pra uma das dez vagas de UTI que a rede municipal tem em parceria com um hospital particular, mas todas estavam ocupadas. Pediram que ela fosse para Goiânia, a 200 quilômetros, onde também não havia vagas.

Essa não foi a primeira vez que a demora por um leito terminou em morte em Goiás. A situação tem deixado pacientes e familiares angustiados. A espera, às vezes, passa de uma semana.

O vídeo gravado dentro da enfermaria mostra que, mesmo medicado, as dores na coluna de Lucas Rodrigo, de 28 anos, não passavam.

“Ele quase não conversa. Ele chora, triste”, conta a esposa.

“Procurei os Direitos Humanos e não tive resposta, procurei o Ministério Público”, afirma a mãe.

Os médicos disseram à família que ele precisava de uma vaga em UTI com urgência, mas a espera durou oito dias.

Os filhos de Cesário Gomes Delfino, de 78 anos, também ficaram inconformados. A internação deveria ser em uma UTI, mas ele não conseguiu. “Detectou que ele estava com edema pulmonar, logo em seguida o médico já acionou um leito para a UTI, mas os órgãos competentes não arrumaram isso para a gente”, conta o filho, Ademir Gomes Delfino.

Um vídeo feito pela neta mostra seu Cesário na sala de reanimação. Desesperados, eles procuraram a polícia, mas o idoso morreu em seguida. “Ficou dez dias internado procurando UTI e não achou”, lamenta outro filho, José Gomes Delfino.

Goiás tem 246 municípios, mas em apenas 12 existem Unidades de Terapia Intensiva. São 833 vagas, e metade fica em Goiânia, que não consegue atender toda a demanda. Por isso, muita gente que vai encaminhada tem que esperar ou volta para o interior sem conseguir um leito de UTI.

O casal Roberto e Elusiane sofreu um acidente doméstico e teve queimaduras de segundo e terceiro graus. Eles viajaram 430 quilômetros e ao chegar na capital descobriram que não tinham vagas de UTI nos hospitais para queimaduras.

Parentes registraram um boletim de ocorrência, e quando já estavam na metade do caminho de volta para Aragarças, surgiram duas vagas e o casal acabou voltando.

A Secretaria de Saúde de Goiânia disse que, em um ano, dobrou o número de leitos de UTI, mas ainda faltam vagas porque muitos pacientes vêm do interior. E disse que o hospital não levou o seu Cesário para uma unidade porque a transferência era arriscada. A Secretaria Estadual de Saúde admitiu um déficit de 182 leitos.

Os pacientes de hospitais públicos de vários estados enfrentam esse mesmo problema. Veja no vídeo acima os problemas enfrentados por pacientes do Piauí, Ceará, Maranhão e Sergipe.


Vejam o vídeo. É triste, mas dá o tom do descaso, da bandalheira, da irresponsabilidade e da falta de pai para esse problema. Repito, que atinge, massacra e tortura mais os pobres.

Offline Geotecton

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1817 Online: 03 de Março de 2015, 11:30:38 »
[...]
Estou esperando os cálculos dos custos para a sociedade de um sistema totalmente privatizado de quem defende esse sistema.

Se ele for privatizado, o custo será apenas do usuário e não de toda a população.

Mas somando-se o quanto cada um paga, qual o valor total num cálculo totalmente grosseiro?

Já fiz um cálculo grosseiro para o sistema público e deu 480 bilhões de reais por ano (acredito que é muito mais que isso).

Agora quero saber a estimativa do custo do sistema totalmente privatizado. Só consultas particulares e cirurgias particulares para todos. Somando o que cada um paga, qual a estimativa final?

Vamos nessa!!! Calculando!!!

Qual é o seu ponto exatamente?

Desconfio que o custo seria astronômico num sistema desses, fora que milhões de pessoas ficariam desassistidas.

Você está confundindo o preço final de cada serviço, que seria cobrado apenas de quem usa o sistema, com o custo operacional total que é coberto pelos proprietários e pelos usuários do sistema.

Além disto você está desprezando a possibilidade do preço final ser reduzido pelo aumento de oferta de serviços de saúde, desde que, é claro, fossem rompidos, de alguma maneira, os valores cartelizados impostos pelo CRM e o oligopólio dos principais planos de saúde.
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Offline Geotecton

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1818 Online: 03 de Março de 2015, 11:34:02 »
[...]
fora que milhões de pessoas ficariam desassistidas.

Aqui está um aspecto que deve ser analisado com cuidado.

No entanto, o fato é que milhões de pessoas estão hoje desassistidas ou mal-assistidas e o custo deste serviço péssimo é astronômico.
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Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1819 Online: 03 de Março de 2015, 11:44:54 »
É fácil saber que seria mais barato.

Segundo o banco mundial, as organizações "non-profit" para saúde de SP são 50% mais baratas do que o SUS e provêem um serviço melhor e são pagas por produtividade.

Na Bahia o GOVERNADOR DO PT afirmou que lá é 30% mais barato com serviços melhores.

A solução é simples:

Todos os hospitais que, com uma gestão adequada se tornem financeiramente viáveis, vão para o serviço privado.
O SUS paga por atendimento.

Como saberemos como esses hospitais seriam viáveis? Simples, leilões. A única coisa que o SUS tem que fazer é garantir que mais de um grupo econômico vai atuar em uma determinada região.

Os que não forem atrativos tem que ser vistos como investimentos social.

Simplesmente destruimos o SUS como é hoje, deixamos apenas para investimento social, o estado paga por procedimento, fazemos um sistema de fiscalização e controle muito mais forte, tercerizamos a administração de estoque e compras.. pronto.

Temos um sistema 100% melhor e 50% mais barato.
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Offline Osler

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1820 Online: 04 de Março de 2015, 18:01:32 »
No dia que se colocou na constituição que o acesso à saúde é gratuito e universal se determinou que a Saúde vai ser sempre subfinanciada.  Nenhum, repito, nenhum país do mundo tem condições financeiras de prover toda a população a todo tipo de cuidados médicos, isso é uma excelente idéia mas impraticável na prática.  Não existe recurso material, humano e dinheiro que pague esse tipo de coisa.

Nos países com a medicina socializada, e o grande exemplo é a Inglaterra, as restrições de acesso a saúde são dadas por critérios técnicos, e também financeiros.  Como o dinheiro do orçamento é finito faz-se necessário critérios para limitar o acesso de paciente a terapias e exames que não tenham um impacto significativo.  Ao contrário do Brasil que pessoas ou grupos com facilidade de acesso a justiça ou conhecimento dos meandros do sistema tem acesso a profissionais, exames e terapias caríssimas; na pobre Inglaterra isso é bastante restrito, tendo inclusive impedimentos de facto.

Nos países de medicina "capitalista", como os EUA, a limitação do acesso se dá pela incapacidade de grande parte da população (40 milhões se não me engano) de pagar pelo tratamento.

No Brasil temos um sistema que nasceu das melhores intenções possíveis e foi se distorcendo com o passar do tempo, temos na verdade várias classes de pacientes no serviço público e entre o público e o privado (e dentro do próprio privado).

“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1821 Online: 04 de Março de 2015, 18:24:04 »
Bom texto. O SUS é um sistema utópico.

E não haverá solução perfeita.
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Offline Geotecton

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1822 Online: 04 de Março de 2015, 19:07:07 »
No dia que se colocou na constituição que o acesso à saúde é gratuito e universal se determinou que a Saúde vai ser sempre subfinanciada.  Nenhum, repito, nenhum país do mundo tem condições financeiras de prover toda a população a todo tipo de cuidados médicos, isso é uma excelente ideia mas impraticável na prática.  Não existe recurso material, humano e dinheiro que pague esse tipo de coisa.
[...]

Eu afirmei, há muitas 'luas cheias passadas', que o sistema de saúde público é insustentável se forem seguidos os preceitos constitucionais de "universalidade e gratuidade". Em resumo, ele surgiu fadado à utopia.
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Offline Pasteur

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1823 Online: 04 de Março de 2015, 19:18:00 »
Melhor ser subfinanciado com 200 bilhões do que com 100, óbvio.

Quem tem mais, faz mais.

Offline Moro

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #1824 Online: 04 de Março de 2015, 19:31:59 »
Pasteur, você sabe que está errado e fica sacaneando né?

Talvez você não tenha idéia do que é gestão, mas o SUS não é gerenciável da maneira que está e colocar dinheiro é simplesmente jogar dinheiro no lixo.

Meu deus..
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