A determinação da idade das rochas em questão pode ser feita de modo indireto ou direto, dependendo apenas de qual marcador geocronológico está disponível em seus minerais, seja da matriz ou dos grânulos.
Sua “opinião” é típica de um leigo em geociências. Leia este tópico sobre geocronologia e entenda um pouco mais sobre este ramo da ciência.
Portanto, a datação de rochas não depende, de maneira alguma, de pressupostos ideológicos ou filosóficos.
pelo contrário. A datação geológica da terra é controversa e disputada:
A Geocronologia baseada em datações radiométricas é uma parte da Geologia que teve um grande desenvolvimento nos últimos 40 anos, existindo hoje mais de uma dezena de
técnicas datacionais.
Não há nenhuma controvérsia na sua aplicação, desde que sejam seguidos os procedimentos que cada técnica de datação exige.
O que não significa que as técnicas datacionais não possuam condicionantes e limites em suas aplicações.
http://www.universocriacionista.com.br/content/blogcategory/17/37/
existem três condições necessárias que devem ser satisfeitas para que o método isochron funcione:
a) Todas as amostras devem possuir a mesma idade.
b) Todas devem possuir a mesma proporção inicial dos isótopos-filho.
c) Deve haver uma ampla variação nas proporções isótopo-pai/ isótopo-filho nas amostras.
Eu concordo em linhas gerais com o que o que foi escrito sobre o uso do Diagrama de Isócronas.
Embora o método isochron seja considerado como solução do problema da quantidade inicial dos isótopos-filho numa amostra, ele não está livre de pressuposições e de outros problemas.
De fato não está. Por isto é que as amostras são avaliadas cuidadosamente em termos de seu contexto geológico, incluindo os parâmetros geoquímicos.
A metodologia de datação radiométrica é uma ciência de grande precisão no que diz respeito às técnicas utilizadas.
Sem dúvida alguma. E as técnicas vem sendo continuamente refinadas, de tal modo que as margens de erro estão sendo reduzidas paulatinamente.
Obviamente, podem existir problemas com a maneira como uma amostra é tratada (contaminação) e com a interpretação dos resultados (contradições).
A possibilidade de contaminação é eliminada, ou ao menos tremendamente reduzida, com o devido cuidado na escolha e retirada da amostra do afloramento, bem como com o adequado manuseio e preparação dela em laboratório.
Todo conjunto de dados deve ser interpretado à luz das demais informações disponíveis, de tal modo que haja harmonia e coerência com as feições observadas em campo.
Mas o problema principal, mais uma vez, são as pressuposições. Para que os cálculos sejam confiáveis, todos os métodos precisam admitir que nada poderia ter ocorrido no passado que produzisse qualquer alteração das quantidades dos elementos estudados e mesmo das constantes utilizadas (como a meia-vida do elemento).
O argumento de que as constantes podem não ter sido “constantes” no passado é pífio. Nunca houve e não há no planeta Terra, mesmo em seu interior, calor e ou pressão suficientes para afetarem a taxa de decaimento nuclear, porque este é um fenômeno que ocorre na escala atômica e é controlada pela força nuclear fraca, uma das forças fundamentais.
Os físicos e geocientistas já catalogaram uma grande quantidade de situações em que ocorreram alterações na quantidade de elementos-filho e sabem identificar, quantificar e normatizar estas fugas de materiais, com elevado grau de precisão.
Neste
tópico há uma síntese do conhecimento básico em geocronologia.
Por exemplo, uma anomalia poderia produzir um acúmulo rápido de isótopos-filho, mas isto não produziria uma longa escala de tempo.
Como eu escrevi anteriormente, há uma vasta quantidade de casos descritos na literatura geológica e geofísica de situações anômalas e que foram satisfatoriamente resolvidos com o refinamento de técnicas analíticas e com o auxílio de outras fontes de informações.
Assumir que rochas são sistemas completamente fechados por eons de tempo, ainda é algo por ser provado. Não existe nada conhecido pela ciência moderna que esteja num isolamento total.
A geocronologia não postula que “as rochas são sistemas fechados por longos períodos de tempo” e sim que há técnicas que possuem elevada precisão e que, quando usadas em conjunto com outros conhecimentos geológicos, permitem fazer interpretações que são consistentes com as feições observadas no contexto geológico estudado.
Seria então possível questionar cientificamente as longas eras produzidas pelos métodos de datação radiométrica?
Não.
Seria possível que as datas atribuídas aos fósseis estejam erradas?
Primeiro. "Datas" somente são usadas em medições temporais históricas. Na Geologia não se usa o termo “data” e sim
idade AP (antes do presente).
Segundo. Se a palavra “errada” significa que a idade obtida não tem significado, eu discordo, pois as estimativas temporais nunca são consideradas de forma isolada.
Seria possível que as pressuposições que definem a base de funcionamento dos métodos de datação estejam equivocadas? A resposta é sim!
A resposta, com base no presente grau de conhecimento científico, é NÃO!