R: O DNA é responsável por armazenar a informação que é então traduzida em proteínas, as leis que as moléculas seguem são as leis da química. O processo de mutações e seleção natural selecionou os mais aptos a sobreviver que por ventura viriam a ser os seres mais complexos. Varios processos como este, ocorridos durante milhões anos, deram resultado à complexidade da vida atual.
Podemos chamar isto de Milagre?
Na verdade não. Mas se não ocorresse, aí sim, seria um milagre. Veja bem, em um meio ambiente existem pressões evolucionárias que acabam selecionando aqueles mais aptos para sobreviver naquele ambiente. São aqueles que possuem uma mutação que ofereciam uma vantagem. Uma mudança brusca em um meio, como um cataclismo ou uma mudança climática brusca, faz com que todo um ecossistema seja alterado. Aqueles indivíduos superadaptados a um meio-ambiente se vêem em uma situação de desvantagem que acaba, talvez, a por extingui-los. Indivíduos com um mutação que permita uma adaptação ao novo ambiente conseguem sobreviver e passar seus genes adiante. Se esses indivíduos superadaptados a um meio-ambiente conseguissem sobreviver a essa mudança brusca sem que passassem por uma mutação adaptativa,aí sim seria um milagre.
A lei que entendo está posicionado dentro dos elementos químicos da natureza. O resultado é filtrado pelo meio ambiente na qual voce afirmou. Este é o único sentido que possui seus elementos químicos em seus resultados. (Exemplo: H2O)
Não entendi. Explique melhor.
Esta codificação pelo DNA dá como resultados protéinas para a vida celular e depois codifica um retorno que através da meiose transforma toda a característica da célula novamente em códigos genéticos.
Este cícrculo genético celular faz mante a espécie em vida.
Mais ou menos. O DNA é uma molécula interessante porque se replica. É formada por bases nitrogenadas (Guanina, Adenina, timina, citosina) e são ela que formam os nucleotídeos que são a base da informação. Em uma estrutura de dupla-hélice (DNA), uma fita se une à outra seguindo uma regra de pares, a citosina se liga à timina e a Guanina à adenina, através de pontes de hidrogênio. A replicação celular se dá através da mitose celular (e não meiose), onde a fita da dupla hélice se separa. Como as ligações só podem ser realizadas da forma já explicada, nos pares G-A e C-T, o resultado são duas moléculas iguais que acabam se separando em duas células iguais (com o restante do processo, é claro). A meiose se dá em células germinativas, onde os cromossomos são separados em duas células, assim uma apresenta metade dos cromossomos e a outra a outra metade dos cromossomos da célula diploide inicial. Já a transcrição de proteínas se dá através do RNA que copia uma informação de um gene, mas essas proteínas não são apenas para a "vida celular" (principalmente em um pluricelular), servem também como mensageiros, defesa externa e outras funções.
Preciso agora compreender se a natureza possui condições de mudar toda a estrutura genética de uma espécie para se tranformar uma bactéria através de milhões de anos em uma girafa.
Que exemplos podemos tomar para se apoiar nesta teoria?
A resposta é não. Pelo menos não da maneira que está imaginando. A natureza não muda toda a estrutura genética de uma espécie. Primeiro porque ela não muda nada, atua mais como um agente seletor. O sistema de replicação celular não é perfeito, o que acaba causando pequenas alterações no processo, como erros de replicação. Esses erros é que são as mutações. Essas mutações podem ser deletéricas, podendo até invializar indivíduo, levando-o ao óbito, porém, eventualmente, essas mutações podem levar a uma expressão de uma proteína que acaba por trazer alguma vantagem evolutiva ao indivíduo. Uma mutação deletérica hoje, por exemplo, é o gene da hemofilia e um que apresenta uma vantagem é uma mutação que surgiu em alguns indivíduos da Àfrica que os deixa imunes ao HIV (são contaminados, mas não desenvolvem AIDS). A outra coisa é que a estrutura genética não é totalmente modificada. Em nosso DNA temos genes de todos os nossos ancestrais (e alguns transespécies, mas é melhor deixar isso de lado por enquanto). Temos genes reptílicos, de peixes, roedores... O Sistema nervoso central é um exemplo (pelo menos na formação), desde um sistema reptílico até os primatas superiores (o córtex).
Assim, uma bactéria não se transformaria em milhões de anos em uma girafa. Uma bactéria poderia continuar uma bactéria, mas parte de sua população e parte dessa e parte dessa, assim por diante, pode acumular pequenas alterações que levariam a uma espécie diferente de bactéria, em um nível maior, com mais tempo e mais acúmulo de alterações, a um gênero diferente e assim por diante até um ser mais complexo, ou não. Não sabemos o que aconteceria, mas sabemos que a girafa de hoje e a bacteria de hoje tiveram um ancestral comum há bilhões de anos atrás.