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Ainda estão longe de alguma verdade.
O problema, São Tomé, é a forma como você enxerga o problema. Não existe uma evolução que adapta os seres para determinado ambiente. É um determinado ambiente que acaba selecionando aqueles grupos mais adaptados para ele.
Quanto ao equilíbrio entre gêneros, espécies de anfíbios e peixes mudam de sexo quando há um desequilíbrio entre eles. É uma estratégia de sobrevivência. Os répteis, por sua vez, tem o sexo determinados pela temperatura do ovo, desta forma também acabam nascendo uma quantidade equilibrada entre os gêneros. Na nossa espécie existe uma probabilidade de 50% para cada gênero (por conta dos cromossomas X e Y), mas que pode ser alterada de acordo com o período do acasalamento.
A ciência ainda não tem como provar a organização destas células para seres vivos mais complexos como o ser humano por exemplo. Esta organização anatômica é que chama atenção daqueles que acreditam em Deus.
Pode parecer que não, mas tem como provar sim. Só "não se pode provar" da mesma maneira que "não se tem como provar" que o mundo é isso que estamos vendo, e não um sonho; ou que, não é um sonho, mas surgiu assim como é, há alguns minutos, com um passado falso.
Se não consideramos que qualquer hipótese tenha igual valor, mesmo que forem altamente fantásticas e fantasiosas, colocando em questão as coisas mais básicas da realidade, então se têm sim explicações e provas plenamente satisfatórias para isso.
No caso, os organismos são todos unidos por um mesmo código genético, universal. As variações existentes são mínimas. No entanto, teoricamente, considerando apenas possibilidades físicas, não as previsões/restrições da teoria da evolução, poderia muito bem ser que cada espécie tivesse seu próprio código genético particular. Isso é importante porque, linhagens, ou espécies, ao se separarem a partir de um ancestral comum deverão ter o mesmo código genético, não um radicalmente diferente, que seria uma observação muito contrastante com o esperado pela descendência, pelo parentesco biológico.
E, compartilhando o mesmo código genético se têm organismos de diversas ordens de organização, de complexidade. Desde procariotos, passando por eucariotos unicelulares, então colônias de seres unicelulares com algumas especializações que são como os primórdios da diferenciação celular, então seres propriamente pluricelulares, mas mais simples, e vão a partir daí "avançando" em variados níveis de complexidade. Isso não é algo meramente "teórico", são seres que existem mesmo hoje, ramificações da genealogia de todos os seres vivos que preservaram, durante todo esse tempo, um meio de vida suficientemente similar, de tal forma que não foram extintos com a emergência de seres mais complexos.
E, além dos diversos "degraus" de complexidade, mais evidências independentes, características que se esperaria do parentesco biológico, além do código genético universal, indicam uma genealogia de todos esses seres.
Ao mesmo tempo, e também de fundamental importância, não se encontram organismos que de alguma forma fossem incompatíveis com um lugar na árvore genealógica de todos os seres vivos. Isso não é algo trivial. Um padrão genealógico é algo de enorme especificidade, não é algo que se pode postular ser meramente uma coincidência. As possibilidades incompatíveis com a hipótese são esmagadoramente mais numerosas do que as compatíveis, e no entanto, apenas as compatíveis são observadas.
Aceitando que a aparência de parentesco não é uma coincidência, que não é por acaso que gansos se parecem muito com patos, que lobos se parecem um bocado com raposas, poderia-se ainda imaginar que de qualquer forma isso se deve a alguma explicação radicalmente diferente da descendência biológica ordinária, que explica a similaridade análoga em raças de cães e de outras espécies. Só que aí caímos no problema de imaginarmos explicações que arriscam ser fantasiosas para a realidade, quando na verdade é muito mais razoável se assumir que ela é aquilo que parece ser, não algo radicalmente diferente; que um fenômeno ordinário que se aceita para explicação de um fato, é também explicação de um fato parecido, que difere daquele apenas em grau.