Ola Buckaroo,
Concordo 100% com vc.
Muitos parecem esquecer que a filosofia faz uma análise lógica do que é proposto pela ciência (inclusive do próprio método científico), trazendo, as vezes, algumas "verdades inconvenientes" que só servem para atrapalhar.
Sempre que vejo prosopopeiadas desse tipo fico me perguntando a respeito dos filósofos e dos cientistas. O que eles fazem diante disso? Ficam só a assistir a essa bela partida de tênis?
""verdades inconvenientes" que só servem para atrapalhar."
Essa foi boa!
Essa tendência de desprezo para a filosofia é recente, e vem muito da escola americana ( o que não me surpreende muito).
É mesmo? Pois vou te contar uma "novidade". Vai aumentar mais e mais.
Felizmente, a grande maioria dos grandes físicos da história, não concordava com essa visão.
Abs
Felipe
Grandes físicos VIVEM a física. Quando falam sobre ela ao público têm que se dar ao enfadonho e contraproducente trabalho de usar uma linguagem "adequada" para que eles (o público), ao menos, tenham uma leve sensação de que entendem alguma coisa. Porque a linguagem é tudo; faz toda a diferença. Quando ela é perfeitamente compatível (ou tende a isso) com a realidade é a linguagem da ciência; quando não, é a degeneração filosófica da linguagem. É muito difícil, para quem não é, saber com o que um cientista "concorda".
Buckaroo, quero te fazer uma pergunta: você reconhece que processos e efeitos ilusórios existem, como, por exemplo, sentir a espetada de uma agulha sem que haja uma agulha espetando, ter a sensação da percepção de algo sem que o algo esteja lá para ser percebido, perceber coisas que não existem mesmo? Observe que não falo de lembranças de sensações e percepções que são a cata de algum registro na memória para revivenciá-las. Estou falando de ilusão mesmo, que pode até ser 'substratada' numa memória mas sem que o "eu" esteja consciente disso. Aquela coisa que você não pode distinguir de uma possível realidade mas que, no entando, *não é real*, e que, ainda assim você jura que não pode "acreditar" que não seja real.
Outra pergunta para complementar: você reconhece que processos e efeitos ilusórios existem, *os processos e efeitos*, mas que *as ilusões* produzidas por eles *não existem* e que continuam sendo ilusões "presentes" mesmo que você verifique, por meios indiretos, que são ilusões?
Mais uma pergunta: você acha possível "quebrar" uma ilusão diretamente? Acha possível, *por meios que não sejam indiretos*, determinar que uma ilusão trata-se, simplesmente, de uma ilusão e nada mais?
Se você não aceita essas premissas, esta discussão (filosofação) nunca terá fim e só peço que explique porque não as aceita. Se as aceita, para mim, a questão já está esclarecida até prova em contrário.