Autor Tópico: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência  (Lida 133247 vezes)

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Offline ByteCode

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #375 Online: 03 de Agosto de 2011, 13:34:32 »
A propósito, não sei de onde o ByteCode tirou que filosofia já descobriu o que quer que seja de importante para a humanidade.
O átomo? Outros planetas?
Está perguntando ou respondendo? Tem dúvida? Sem querer me alongar agora considerando detalhes dos eventos históricos e dos pensamentos que conduziram a tais conceitos e proposições, eu gostaria de saber de você quais foram as supostas racionalizações filosóficas que teriam produzido tais ideias. Seria pelo fato dos propositores das mesmas terem sido registrados na história como filósofos? Isso determinaria que o tipo de pensamento que os teria conduzido a tais proposições seria filosófico?


Haviam até filósofos que entenderam que haveriam habitantes em outros planetas. Hipótese esta, que esta sendo cada vez mais vista como possível pela ciência moderna.

Mesmo que na época de tais descobertas, não tenham surgido aplicações práticas destes conhecimentos para ajudar o ser humano, ainda assim elas eram e continuam sendo verdadeiras. E olha que fizeram isto muito antes de se inventar o microscópio e o telescópio. Os caras eram muito “foda” mesmo pra concluir coisas deste tipo, sem ferramentas e sem experimentação.
"Habitantes de outros planetas", de uma certa forma, já tinha sido proposto antes destes que você, possivelmente, quer mencionar, como seria, por exemplo, Giordano Bruno. O que seriam anjos e deuses, entre outras entidades imaginárias, senão "habitantes de outros planetas", de outras regiões, regiões celestes. Qual a diferença entre uma proposta e outra? Uma é filosófica; a outra é científica. Por que? Como? Vou mudar os termos, respectivamente, para tornar mais evidente: uma é mágica; a outra é indutiva. Isto mesmo. O pensamento filosófico sempre foi uma fuga da indução. Isso nunca foi algo novo em filosofia. Sempre foi a manifestação da repulsa do homem por aquilo que ele conhece. O filósofo sempre estabelece as coisas que não pode detectar, com as quais não pode ter contato, como essencialmente diferentes daquilo que ele conhece, que ele contacta. O tipo de pensamento que conduz aos conceitos que você menciona aqui como sendo de origem filosófica, na verdade é científico, é puramente indutivo, porque estende a realidade que se observa, que se experimenta, logo é experimental. O pensamento filosófico limita a realidade porque não mantém comunhão com a mesma. Um pensador científico não encontra (não inventa) razão alguma para imaginar um lugar essencialmente diferente deste que ele conhece.

Você está errado quanto a achar que os tais "caras" "foda"(sic) não tinham ferramentas e não experimentavam. Sempre há um mínimo de ferramentas e experiências. Eles conseguiram as proezas que conseguiram porque eram cientistas, pensadores científicos. Para um pensador científico, uma única pedra que cai é mais ferramenta, é mais experiência que todas as pedras que já cairam no universo são para um pensador filosófico.

Quanto à ideia do átomo, seria interessante abordar como foi estritamente científico o pensamento que o delineou em todas as suas diversas versões. Mas seria alongar-me demais agora, tenho que dar outras respostas e deixo para depois se houver ensejo.

Por favor, algum bacharel em filosofia por aqui que possa responder devidamente a este senhor? Ou vai sobrar pra mim mesmo?

E sobre isto:
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Habitantes de outros planetas", de uma certa forma, já tinha sido proposto antes destes que você, possivelmente, quer mencionar, como seria, por exemplo, Giordano Bruno

certamente existem outros, bem anteriores a ele, que se referiram a isto, sem apelar pra deus, diabo, inferno, céu... e muito antes da ciência moderna existir.

Offline lusitano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #376 Online: 03 de Agosto de 2011, 18:20:54 »
ByteCode - disse:

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Por favor, algum bacharel em filosofia por aqui que possa responder devidamente a este senhor? Ou vai sobrar pra mim mesmo?

Mais ou menos... Todavia saiba - que outros foristas antes - já disseram ao douto "cientista", que sem filosofia, não poderia existir ciência. E que pensar cientificamente e fazer ciência, são modos muito específicos de filosofar.

Ele concerteza, que já ouviu falar, ou leu sobre os pré-sócráticos, Aristóteles e outros filósofos da ciência... Se continua a afirmar, que filosofar, é uma forma de pensamento mágico, lá deverá ter os seus motivos.

Se entretanto, apesar do que o ele tão veemente escreve, alguém dúvida da validade de tais argumentos, seria óptimo que ele esclarecesse melhor as suas concepções "científicas".

Como disse o forista Adriano: o nobre "cientista" é um filósofo, que parece divertir-se, a ridicularizar a filosofia... :idea:
« Última modificação: 03 de Agosto de 2011, 18:33:56 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline gilberto

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #377 Online: 03 de Agosto de 2011, 18:59:56 »
... já disseram ao douto "cientista", que sem filosofia, não poderia existir ciência. E que pensar cientificamente e fazer ciência, são modos muito específicos de filosofar.
Óia, a filosofia realmente contribuiu com os primórdios da ciência, tem o seu valor em ciências humanas ... mas hoje em dia os filósofos quase nada tem a oferecer para as ciências naturais.
Os filósofos não produzem modelos e metodologias que os cientistas podem dizer ... poxa isso vai ajudar a resolver o problema X, ou ajudar a descobrir a respota para Y. Se produzissem, já teríamos ouvido falar.

E tem mais, um bom cientista pode ser produtivo sem saber nada de filosofia, mas não sei se pode ter um bom filósofo que não sabe nada de ciência. Essa é a minha impressão, mesmo sem eu saber bulhufas de filosofia.

E dizer que fazer ciência é filosofar, é muito genérico. Eu acho legal que os filósofos se dediquem a discutir as visões gerais do conhecimento e forma de pensar humana, uma contribuição inegável deles, mas de pouca aplicabilidade na ciência.

Eu sou meio de pé atrás com a atuação dos filósofos nas ciências naturais por um motivo. A philosofia da mente existiu por séculos, talvez por milênios. Com o estouro das ciências cognitivas a partir da década de 50, os filósofos tiveram um novo incentivo a se dedicarem a fiosofia da mente.
Legal e legítimo. Só que no meu ponto de vista ... os filósofos estão patinando ... e até atrapalhando ... pois para discutir conceitos não muito claros como a consciência eles inventam outros conceitos mais confusos ainda como qualia, zombie, etc. Enquanto que as demais áreas discutem de forma SÉRIA. Acho que falta um compromisso metodológico e compromisso com resultados por parte de muitos que se aventuram na discussão filosófica.

Só para aliviar a minha barra com prováveis filósofos e simpatizantes que vão me crucificar ... hoje em dia tem filósofos que procuram dar mais solidez a área ... mas suspeito que ainda são minoria.
« Última modificação: 03 de Agosto de 2011, 19:07:04 por gilberto »

Offline lusitano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #378 Online: 04 de Agosto de 2011, 13:09:52 »
gilberto - disse:

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... já disseram ao douto "cientista", que sem filosofia, não poderia existir ciência. E que pensar cientificamente e fazer ciência, são modos muito específicos de filosofar.

Óia, a filosofia realmente contribuiu com os primórdios da ciência, tem o seu valor em ciências humanas ... mas hoje em dia os filósofos quase nada tem a oferecer para as ciências naturais.

Os filósofos não produzem modelos e metodologias que os cientistas podem dizer ... poxa isso vai ajudar a resolver o problema X, ou ajudar a descobrir a respota para Y. Se produzissem, já teríamos ouvido falar.

Sim é verdade :!: Mas é preciso fazer uma certa distinção: há "filósofos" e há filosófos. Certos filósofos, são de facto uma espécie de teólogos, ou "mágicos", como diz  o nobre "cientista".

Também há filósofos que se dedicam a estar a par do progresso científico, para o analisarem e compreender o seu impacto ético e moral na sociedade.

Finalmente há filósofos, que são de facto cientistas.

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E tem mais, um bom cientista pode ser produtivo sem saber nada de filosofia, mas não sei se pode ter um bom filósofo que não sabe nada de ciência. Essa é a minha impressão, mesmo sem eu saber bulhufas de filosofia.

Sem dúvida que sim! Assim como nem todos os filósofos fazem ciência, nem todos os cientistas estudaram filosofia.

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E dizer que fazer ciência é filosofar, é muito genérico. Eu acho legal que os filósofos se dediquem a discutir as visões gerais do conhecimento e forma de pensar humana, uma contribuição inegável deles, mas de pouca aplicabilidade na ciência.

O que eu afirmo - é que fazer ciência - é uma forma muito especializada de filosofar: porque pelo que eu compreendo, da história da filosofia, toda a ciência, academicamente conjecturando, é um sub-produto filosófico.

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Eu sou meio de pé atrás com a atuação dos filósofos nas ciências naturais por um motivo. A philosofia da mente existiu ppor séculos, talvez por milênios. Com o estouro das ciências cognitivas a partir da década de 50, os filósofos tiveram um novo incentivo a se dedicarem a fiosofia da mente.

O que me parece, é que a filosofia, como disse Descartes, é uma densa árvore, que dá diversos tipos de ramos, com variadas espécies de frutos: um deles, é a saborosa ciência.

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Legal e legítimo. Só que no meu ponto de vista ... os filósofos estão patinando ... e até atrapalhando ... pois para discutir conceitos não muito claros como a consciência eles inventam outros conceitos mais confusos ainda como qualia, zombie, etc. Enquanto que as demais áreas discutem de forma SÉRIA. Acho que falta um compromisso metodológico e compromisso com resultados por parte de muitos que se aventuram na discussão filosófica.

Concerteza que concordo bastante consigo: mas é como eu lhe digo, há "filósofos" e há filósofos :!:

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Só para aliviar a minha barra com prováveis filósofos e simpatizantes que vão me crucificar ... hoje em dia tem filósofos que procuram dar mais solidez a área ... mas suspeito que ainda são minoria.

O que você diz tem piada... E aceito a sua observação com bom gosto. Mas não encontro motivo sério para você se assustar, perante essa improvável eventualidade.

Atrevo-me a sugerir-lhe a leitura de Marcus Valério XR: fílósofo e escritor de ficção científica e outras coisas mais; além de ser o criador da filosofia exeriana.

www.xr.pro.br/exeriana.html

artur
« Última modificação: 04 de Agosto de 2011, 13:13:58 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline gilberto

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #379 Online: 05 de Agosto de 2011, 15:31:25 »
Ok lusa,
valeu pelas dicas.

mas é como eu lhe digo, há "filósofos" e há filósofos :!:
Claro, já vi uns filósofos fazendo experimentos de como grupos de pessoas entendem e reagem a determinadas classes de conceitos. A filosofia aliada a psicologia, sociologia, linguística, direito, etc, tem o seu justo valor.

Offline lusitano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #380 Online: 05 de Agosto de 2011, 16:30:01 »
gilberto - disse:

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mas é como eu lhe digo, há "filósofos" e há filósofos :!:

Claro, já vi uns filósofos fazendo experimentos de como grupos de pessoas entendem e reagem a determinadas classes de conceitos. A filosofia aliada a psicologia, sociologia, linguística, direito, etc, tem o seu justo valor.

:) :arrow: :ok:
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Offline Cientista

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #381 Online: 06 de Agosto de 2011, 19:24:58 »
Por favor, algum bacharel em filosofia por aqui que possa responder devidamente a este senhor? Ou vai sobrar pra mim mesmo?
Bacharel em filosofia???????     hahaha!  Essa foi boa!

Mas, ByteCode, já um Philosophy Doctor daqui expôs uma brilhante e inquestionável refutação, você não viu? Me provocou estrondosa gargalhada (claro, de mim mesmo pois percebi quão incompetente sou por não poder refutar tão bem embasado argumento). Eu pensei em arriscar um blé, blé, blé mas a tonicidade me pareceu inferior e eu vi que perderia o debate do mesmo jeito; tive que reconhecer que não tenho argumentos para suplantar tão primorosa refutação. Como eu tive sorte do mesmo PhD ter apresentado, logo anteriormente, um outro arrazoado (não tão devastadoramente consistente e bem glosado quanto o que me liquidou por completo...) suficientemente menos elaborado para estar mais ao alcance da minha pobre capacidade refutante, vou tentar por ali uma tabuinha de salvação para meus argumentos.

Quanto ao "Ou vai sobrar pra mim mesmo?" (ahahahahaha!, essa foi muito boa também). Como assim, sobrar pra você mesmo? Tá tão difícil assim massacrar este pobre coitado?


E sobre isto:
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Habitantes de outros planetas", de uma certa forma, já tinha sido proposto antes destes que você, possivelmente, quer mencionar, como seria, por exemplo, Giordano Bruno

certamente existem outros, bem anteriores a ele, que se referiram a isto, sem apelar pra deus, diabo, inferno, céu... e muito antes da ciência moderna existir.
Você está apostando nisso ou sabe de alguma informação? Não duvido que outros anteriores ao Giordano houvessem pensado nisso e até mencionado mas o que sei é que Giordano, a partir do paradigma Copernicano de estrutura do universo que tornou a 'terrestrialidade' uma espécie de lei universal, ensejando pensar que outros planetas fossem outras Terras, essencialmete nada diferentes desta, apenas concluiu que outras Terras, sendo tão Terras quanto esta aqui, podiam conter coisas vivas como estas aqui. Se Copérnico baseou-se em anteriores a ele, como Aristarco de Samos, acho, isso não mudaria o fato de que, historicamente, o primeiro a propor vida extraterrestre de uma perspectiva estritamente científica, foi Giordano. Posso estar alheio a eventos históricos. Se eu estiver e você souber, me aponte.

Quanto ao "muito antes da ciência moderna existir", esse problema, essa divisão histórica são vocês que fazem, por acreditarem na teoria doutrinária dos métodos, achando que existe uma divisão real histórica entre um antes e um depois da ciência. De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece. O que entendo é que há indivíduos que pensam cientificamente e outros que não e este fenômeno já ocorre há muito tempo entre humanos. "Antes ou depois da ciência existir", em essência, nunca fez qualquer diferença para estes indivíduos. Então, você poderá verificar registros de pensamentos científicos admiráveis ao longo de toda a história da humanidade.
« Última modificação: 06 de Agosto de 2011, 19:45:57 por Cientista »

Offline Cientista

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #382 Online: 06 de Agosto de 2011, 20:08:33 »
Ok lusa,
valeu pelas dicas.

mas é como eu lhe digo, há "filósofos" e há filósofos :!:
Claro, já vi uns filósofos fazendo experimentos de como grupos de pessoas entendem e reagem a determinadas classes de conceitos. A filosofia aliada a psicologia, sociologia, linguística, direito, etc, tem o seu justo valor.
Gilberto, sei que, como você mesmo já declarou, estás querendo manter sua barra limpa com os filófosos. Eu entendo bem isso embora eu não seja tão preocupado com a sociabilidade quanto você. Mas observe que, como o PhD que tão brilhantemente me refutou com um irretocável blá, blá, blá deixou bem claro que "filosofia se ocupa exclusivamente de problemas conceituais não empíricos", se o filósofo está fazendo experimentos já não está filosofando. E a razão é muito simples: com experimentos (se bem cientificamente aproveitados, ou seja, não filosoficamente) é possível corrigir a linguagem e a lógica, aferindo-a com a realidade exterior. Isto é ciência; o contrário é filosofia. Que não se cometa a inescrupulosidade tipicamente religiosa de, disfarsadamente, tapeando os trouxas que caem, pintar urubú de verde e chamar o bicho de meu louro.

E achei estranho ninguém ter respondido ao lusitano com: "assim como há escoceses e escoceses?"  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!  Estou gargalhando muito ultimamente aqui! Tô si divirtindo!

Offline lusitano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #383 Online: 07 de Agosto de 2011, 08:21:37 »
Cientista - disse:

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Que não se cometa a inescrupulosidade tipicamente religiosa de, disfarsadamente, tapeando os trouxas que caem, pintar urubú de verde e chamar o bicho de meu louro.

E achei estranho ninguém ter respondido ao lusitano com: "assim como há escoceses e escoceses?"  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!  Estou gargalhando muito ultimamente aqui! Tô si divirtindo

Não há dúvida - que parece - que você está bem humorado :!: :hihi: :arrow: :ok: Tal - como existem doutores - e há doutores... :)

Ou ainda, como já está a ser um costume dizer-se: uma coisa, é uma coisa! Outra coisa, é outra coisa...

Paradoxos da linguagem: a mesma escrita, o mesmo som e um significado diferente :!:

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Offline TMAG

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #384 Online: 07 de Agosto de 2011, 12:44:58 »

Você está apostando nisso ou sabe de alguma informação? Não duvido que outros anteriores ao Giordano houvessem pensado nisso e até mencionado mas o que sei é que Giordano, a partir do paradigma Copernicano de estrutura do universo que tornou a 'terrestrialidade' uma espécie de lei universal, ensejando pensar que outros planetas fossem outras Terras, essencialmete nada diferentes desta, apenas concluiu que outras Terras, sendo tão Terras quanto esta aqui, podiam conter coisas vivas como estas aqui. Se Copérnico baseou-se em anteriores a ele, como Aristarco de Samos, acho, isso não mudaria o fato de que, historicamente, o primeiro a propor vida extraterrestre de uma perspectiva estritamente científica, foi Giordano. Posso estar alheio a eventos históricos. Se eu estiver e você souber, me aponte.

Você aparenta não saber absolutamente NADA sobre Giordano Bruno, só assim para dizer que tal sujeito foi o primeiro a propor algo ''científico''. Como qualquer um que tenha o mínimo de informação histórica sabe Giordano Bruno estava longe de ser um pensador racional e científico, ele só apoiava ideias como o heliocentrismo e a existência de outros planetas similares a terra porque condiziam com o hermetismo*, uma corrente de pensamento mágica-ocultista da qual o mesmo era adepto. A ideia de Bruno ser um mártir da ciência como foi difundido pelo senso comum é completamente falsa.

* http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermetismo


Quanto ao "muito antes da ciência moderna existir", esse problema, essa divisão histórica são vocês que fazem, por acreditarem na teoria doutrinária dos métodos, achando que existe uma divisão real histórica entre um antes e um depois da ciência. De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece. O que entendo é que há indivíduos que pensam cientificamente e outros que não e este fenômeno já ocorre há muito tempo entre humanos. "Antes ou depois da ciência existir", em essência, nunca fez qualquer diferença para estes indivíduos. Então, você poderá verificar registros de pensamentos científicos admiráveis ao longo de toda a história da humanidade.

Outro flagrante atestado de ignorância histórica a respeito da ciência . É óbvio para qualquer estudioso sério que existe uma ruptura a partir dos séculos XVI/XVII em termos de pensamento científico. Só alguém muito desinformado e que nada entende sobre a natureza da ciência poderia colocar no ''mesmo saco'' as ''ciências'' antiga e medieval e a ciência moderna, que é bastante distinta das duas primeiras em inúmeras questões, como a rejeição da metafísica, a adoção do empirismo e o rigor formal.


E a razão é muito simples: com experimentos (se bem cientificamente aproveitados, ou seja, não filosoficamente) é possível corrigir a linguagem e a lógica, aferindo-a com a realidade exterior . Isto é ciência; o contrário é filosofia. Que não se cometa a inescrupulosidade tipicamente religiosa de, disfarsadamente, tapeando os trouxas que caem, pintar urubú de verde e chamar o bicho de meu louro.

Lendo seus posts chego ficar em dúvida se você realmente debate a sério ou só quer trollar, pois alguém que se diz tão versado na ''realidade'' e se auto-denomina ''Cientista'' ter tamanha ignorância em relação a aspectos básicos da investigação, metodologia e história científica é risível. O trecho destacado por mim demonstra mais um equívoco seu, a saber sobre a natureza da lógica. A lógica, assim como a matemática, não é dependente da realidade externa e sim um meio de se aferir pensamentos válidos a priori.
Refletindo sobre seus posts cheguei a conclusão que a única forma de responder alguém como você é realmente essa:

Com um sonoro Blá, blá, blá.
« Última modificação: 07 de Agosto de 2011, 12:51:21 por Telefonista Mágico da Arquidiocese Galáctica »
''O objetivo dos Governos é sempre o mesmo: limitar o indivíduo, domesticá-lo, subordiná-lo, subjugá-lo.'' - Max Stirner

Offline Cientista

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #385 Online: 07 de Agosto de 2011, 14:38:07 »
Eu já tinha começado a escrever uma resposta direcionada a você que, se apenas direcionada a você eu estaria, agora, verificando, cabalmente, ser pura perda de tempo.

Quero deixar claro para você, para que não perca seu tempo também, tentando enrolar um suposto otário com sua sofistaria e/ou ignorância barata, que não adianta tentar distorcer a realidade comigo pois não funciona.

Além do que, jamais fico a debater inutilmente com crentes. E, claro, isso inclui filósofos. Vou responder essa, a outra que já iniciei, e, se continuar assim, com essa desonestidade, sem argumentos que valham, negando totalmente a realidade, inclusive a histórica e me desrespeitando, não passa disso.



Você está apostando nisso ou sabe de alguma informação? Não duvido que outros anteriores ao Giordano houvessem pensado nisso e até mencionado mas o que sei é que Giordano, a partir do paradigma Copernicano de estrutura do universo que tornou a 'terrestrialidade' uma espécie de lei universal, ensejando pensar que outros planetas fossem outras Terras, essencialmete nada diferentes desta, apenas concluiu que outras Terras, sendo tão Terras quanto esta aqui, podiam conter coisas vivas como estas aqui. Se Copérnico baseou-se em anteriores a ele, como Aristarco de Samos, acho, isso não mudaria o fato de que, historicamente, o primeiro a propor vida extraterrestre de uma perspectiva estritamente científica, foi Giordano. Posso estar alheio a eventos históricos. Se eu estiver e você souber, me aponte.

Você aparenta não saber absolutamente NADA sobre Giordano Bruno,
Seria muito estranho e preocupante se eu nada soubesse sobre Giordano, visto ter lido tanto sobre ele desde minha infância. Talvez eu devesse procurar um neurologista. Mas, antes, sugiro você ir primeiro pois o que me parece é que você quer que o que eu sei seja o que você "sabe".



só assim para dizer que tal sujeito foi o primeiro a propor algo ''científico''.
Ardil pobre, medíocre, flagrante: onde foi que eu disse "tal sujeito (Giordano, suponho) foi o primeiro a propor algo científico". O que eu sempre digo é exatamente o contrário disso. Tente ser mais objetivo e mais claro (e mais honesto), ou seja, menos filosófico, quando se direcionar a mim. Eu sempre procuro não deixar escapar nada pois entendo que o rigor é tudo.

Qualquer um aqui que já me conhece sabe que se há uma coisa num debate que eu não tolero de forma alguma é exatamente isso -- deturpação das minhas palavras. Quando se apela para isso é porque já não existe mais possibilidade respeitosa de debate.



Como qualquer um que tenha o mínimo de informação histórica sabe Giordano Bruno estava longe de ser um pensador racional e científico, ele só apoiava ideias como o heliocentrismo e a existência de outros planetas similares a terra porque condiziam com o hermetismo*, uma corrente de pensamento mágica-ocultista da qual o mesmo era adepto. A ideia de Bruno ser um mártir da ciência como foi difundido pelo senso comum é completamente falsa.

* http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermetismo
O que não condiz com seus interesses é "senso comum"? Só posso concluir isso pois as informações que tenho de Giordano não vêm de "senso comum", vêm de registros em diversas obras científicas e históricas. Já tentaram me convencer aqui, para seu governo, que Newton também estava longe de ser um pensador racional e científico ou, o que é infinitamente mais difícil de provar, que ele não era só isso mas pensava das duas formas conflitantes, mágica e científica. Rejeito ler artigos dessa Wikipedia; se quiser me apresentar alguma fonte, apresente de outra fonte, especialmente uma que eu possa obter numa biblioteca ou livraria, ou, na internet, que seja equivalente a isso. Não perco mais tempo debatendo com ratos ignaros de internet.



Quanto ao "muito antes da ciência moderna existir", esse problema, essa divisão histórica são vocês que fazem, por acreditarem na teoria doutrinária dos métodos, achando que existe uma divisão real histórica entre um antes e um depois da ciência. De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece. O que entendo é que há indivíduos que pensam cientificamente e outros que não e este fenômeno já ocorre há muito tempo entre humanos. "Antes ou depois da ciência existir", em essência, nunca fez qualquer diferença para estes indivíduos. Então, você poderá verificar registros de pensamentos científicos admiráveis ao longo de toda a história da humanidade.

Outro flagrante atestado de ignorância histórica a respeito da ciência . É óbvio para qualquer estudioso sério que existe uma ruptura a partir dos séculos XVI/XVII em termos de pensamento científico. Só alguém muito desinformado e que nada entende sobre a natureza da ciência poderia colocar no ''mesmo saco'' as ''ciências'' antiga e medieval e a ciência moderna, que é bastante distinta das duas primeiras em inúmeras questões, como a rejeição da metafísica, a adoção do empirismo e o rigor formal.
Eu vejo sim mais um flagrante: de atestado de incapacidade de leitura. Como eu disse bem "De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece." você só evidencia estar desesperado demais em se opor a mim e nem um pouco dedicado à observância detida do que seu contradebatedor apresenta. Demonstra ser um apaixonado fanatizado que, ao ouvir qualquer coisa contrária à sua crença, desembesta irracional e cegamente a reagir. Já falei bastante sobre isso nesse forum. Não vou me repetir aqui pois não tenho de sobra para jogar fora.



E a razão é muito simples: com experimentos (se bem cientificamente aproveitados, ou seja, não filosoficamente) é possível corrigir a linguagem e a lógica, aferindo-a com a realidade exterior . Isto é ciência; o contrário é filosofia. Que não se cometa a inescrupulosidade tipicamente religiosa de, disfarsadamente, tapeando os trouxas que caem, pintar urubú de verde e chamar o bicho de meu louro.

Lendo seus posts chego ficar em dúvida se você realmente debate a sério ou só quer trollar, pois alguém que se diz tão versado na ''realidade'' e se auto-denomina ''Cientista''
Falo muito a sério com quem merece seriedade. Não me autodenomino cientista e já esclareci isso muitas vezes aqui; é apenas um nick que expressa aquilo que aprecio e considero como fundamental. Tenho bastante capacidade de autoanálise para saber quando este título me couber por direito. Sim, ciência é tão inacessível que não basta pensar cientificamente, é preciso evidenciar que se pensa assim.



ter tamanha ignorância em relação a aspectos básicos da investigação, metodologia e história científica é risível.
Eu conheço bem os "aspectos básicos da investigação, metodologia e história"; eu os contesto, se não foi capaz de perceber. Eu não li os livros como uma criança doutrinável, nunca fui isso. Passei pelas obras com toda a minha crítica. Mas a crítica só pode vir do indivíduo e ela será tão boa quanto ele for. Por isso não são todos que podem ser cientistas.



O trecho destacado por mim demonstra mais um equívoco seu, a saber sobre a natureza da lógica. A lógica, assim como a matemática, não é dependente da realidade externa e sim um meio de se aferir pensamentos válidos a priori.
Pois o que eu contesto é exatamente a existência de tais pensamentos válidos a priori e afirmo que as construções lógicas e matemáticas são totalmente dependentes da realidade exterior à mente.



Refletindo sobre seus posts cheguei a conclusão que a única forma de responder alguém como você é realmente essa:
Refletindo? A única coisa que ficou clara em tudo o que você expôs é que nem leu direito.



Com um sonoro Blá, blá, blá.
Esse é o único argumento que sua capacidade e posição permitem.



Se seu problema é pessoal por causa da filosofia, o "meu" é científico por causa da realidade. Retorne se tiver alguma coisa impessoal e válida para apresentar.

Offline ByteCode

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #386 Online: 07 de Agosto de 2011, 15:39:26 »
Por favor, algum bacharel em filosofia por aqui que possa responder devidamente a este senhor? Ou vai sobrar pra mim mesmo?
Bacharel em filosofia???????     hahaha!  Essa foi boa!
(...)
Quanto ao "Ou vai sobrar pra mim mesmo?" (ahahahahaha!, essa foi muito boa também). Como assim, sobrar pra você mesmo? Tá tão difícil assim massacrar este pobre coitado?

A questão é que eu não tenho nenhum conhecimento aprofundado sobre história da filosofia, desta forma, prefiro deixar para alguém que possua mais credenciais na referida área, pois certamente saberá explanar o assunto de forma muito mais eficiente do que eu.

E sobre isto:
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Habitantes de outros planetas", de uma certa forma, já tinha sido proposto antes destes que você, possivelmente, quer mencionar, como seria, por exemplo, Giordano Bruno

certamente existem outros, bem anteriores a ele, que se referiram a isto, sem apelar pra deus, diabo, inferno, céu... e muito antes da ciência moderna existir.

Você está apostando nisso ou sabe de alguma informação?

Dê uma olhada neste link aqui. Aqui fala sobre os filósofos atomistas e também cita o filósofo Metrodoro, também atomista, que, muito antes de Giordano, já se referia a outros mundos. Ou seja, neste link você pode ler sobre os dois assuntos levantados: átomos e outros planetas.

http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Megahist-filos/Prim-fil/0335y686.htm

Quanto ao "muito antes da ciência moderna existir", esse problema, essa divisão histórica são vocês que fazem, por acreditarem na teoria doutrinária dos métodos, achando que existe uma divisão real histórica entre um antes e um depois da ciência. De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece. O que entendo é que há indivíduos que pensam cientificamente e outros que não e este fenômeno já ocorre há muito tempo entre humanos. "Antes ou depois da ciência existir", em essência, nunca fez qualquer diferença para estes indivíduos. Então, você poderá verificar registros de pensamentos científicos admiráveis ao longo de toda a história da humanidade.

Então me liste aí alguns pensadores pré Galileu (de preferência muito antes dele) que usaram ferramentas científicas que não somente os próprios sentidos do corpo, aliado à experimentação. Com o detalhe, é claro, de terem conseguido descobrir coisas realmente importantes relativo ao funcionamento da natureza.

__________
Obs.: Você não é muito melhor em argumentar do que aqueles a quem você critica, pois só sabe dizer que já leu, que sabe, mas não demonstra nenhuma fonte nem exemplos históricos que possam ser conferidos. Ou seja, você quer que simplesmente acreditemos no que você escreve e pronto. Sem demonstrar fontes para seus argumentos, você basicamente está filosofando :)
« Última modificação: 07 de Agosto de 2011, 15:43:17 por ByteCode »

Offline Geotecton

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #387 Online: 07 de Agosto de 2011, 15:59:28 »
Você aparenta não saber absolutamente NADA sobre Giordano Bruno, só assim para dizer que tal sujeito foi o primeiro a propor algo ''científico''.

Caro TMAG. O forista Cientista não afirmou que Giordano Bruno foi o primeiro a propor algo "científico", mas apenas que ele ensejou colocar a Terra como uma espécie de modelo para outros corpos celestes, de tal modo que existiriam outras "terras" pelo Universo.


Como qualquer um que tenha o mínimo de informação histórica sabe Giordano Bruno estava longe de ser um pensador racional e científico, ele só apoiava ideias como o heliocentrismo e a existência de outros planetas similares a terra porque condiziam com o hermetismo*, uma corrente de pensamento mágica-ocultista da qual o mesmo era adepto. A ideia de Bruno ser um mártir da ciência como foi difundido pelo senso comum é completamente falsa.

* http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermetismo

Também não vejo Giordano Bruno como um expoente primevo do pensamento científico, pois a principal preocupação dele era a compatibilização do conhecimento astronômico da época com as escrituras da cristandade.


Quanto ao "muito antes da ciência moderna existir", esse problema, essa divisão histórica são vocês que fazem, por acreditarem na teoria doutrinária dos métodos, achando que existe uma divisão real histórica entre um antes e um depois da ciência. De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece. O que entendo é que há indivíduos que pensam cientificamente e outros que não e este fenômeno já ocorre há muito tempo entre humanos. "Antes ou depois da ciência existir", em essência, nunca fez qualquer diferença para estes indivíduos. Então, você poderá verificar registros de pensamentos científicos admiráveis ao longo de toda a história da humanidade.

Eis um ponto em que eu discordo do Cientista, pois ele não reconhece uma divisão formal, histórica, da Ciência, porque rejeita a utilidade do formalismo metodológico por entender que há muito tempo (desde sempre?) existiram seres humanos capazes de pensar "cientificamente", antes da definição formal.

Outro ponto importante é que o Cientista afirma que Newton não possuía duplipensar (científico-mágico) e se assim procedia era apenas a parte de uma estratégia de "sobrevivência social" em um período em que um pensamento não subordinado ao mando religioso cristão seria um risco de vida. Eu já concordei com ele sobre a plausibilidade desta hipótese mas nunca deixei de frisar que não há nenhum registro documental conhecido de tal posição de Newton.


Outro flagrante atestado de ignorância histórica a respeito da ciência . É óbvio para qualquer estudioso sério que existe uma ruptura a partir dos séculos XVI/XVII em termos de pensamento científico. Só alguém muito desinformado e que nada entende sobre a natureza da ciência poderia colocar no ''mesmo saco'' as ''ciências'' antiga e medieval e a ciência moderna, que é bastante distinta das duas primeiras em inúmeras questões, como a rejeição da metafísica, a adoção do empirismo e o rigor formal.

Eu entendo que o Cientista reconhece estas diferenças históricas, mas como o que define - para ele - a ciência é a pessoa com o 'pensamento científico' e não o formalismo metodológico, então tais nuances são periféricas na análise.


E a razão é muito simples: com experimentos (se bem cientificamente aproveitados, ou seja, não filosoficamente) é possível corrigir a linguagem e a lógica, aferindo-a com a realidade exterior . Isto é ciência; o contrário é filosofia.
[...]
A lógica, assim como a matemática, não é dependente da realidade externa e sim um meio de se aferir pensamentos válidos a priori.
[...]

Caro TMAG.

O forista Cientista sempre deixou claro que, para ele, qualquer coisa que não tenha uma relação com a Natureza não passa de um mero constructo da mente, algo que pode ser deturpado pela linguagem e pela filosofia.

Em certa medida eu concordo com ele quando se critica o uso de artimanhas lógicas para viabilizar, sob o ponto de vista racional, a possibilidade de existir uma "realidade não-física", a "morada dos deuses".
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Offline Adriano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #388 Online: 07 de Agosto de 2011, 17:09:26 »
E a razão é muito simples: com experimentos (se bem cientificamente aproveitados, ou seja, não filosoficamente) é possível corrigir a linguagem e a lógica, aferindo-a com a realidade exterior . Isto é ciência; o contrário é filosofia.
[...]
A lógica, assim como a matemática, não é dependente da realidade externa e sim um meio de se aferir pensamentos válidos a priori.
[...]

Caro TMAG.

O forista Cientista sempre deixou claro que, para ele, qualquer coisa que não tenha uma relação com a Natureza não passa de um mero constructo da mente, algo que pode ser deturpado pela linguagem e pela filosofia.

Em certa medida eu concordo com ele quando se critica o uso de artimanhas lógicas para viabilizar, sob o ponto de vista racional, a possibilidade de existir uma "realidade não-física", a "morada dos deuses".
Porém o Cientista recorre aos mesmos erros e equívocos dos filósofos que critica, pois utiliza da linguagem, o nosso "instrumento" de interação discursiva, e que tem ampla validação científica e não menos ainda, filosófica, como é o caso da filosofia da linguagem.

O forista defende uma linguagem científica, mas recorre a argumentos filosóficos para defende-la:


O trecho destacado por mim demonstra mais um equívoco seu, a saber sobre a natureza da lógica. A lógica, assim como a matemática, não é dependente da realidade externa e sim um meio de se aferir pensamentos válidos a priori.
Pois o que eu contesto é exatamente a existência de tais pensamentos válidos a priori e afirmo que as construções lógicas e matemáticas são totalmente dependentes da realidade exterior à mente.

E assim como estamos debatendo sobre o "pensamento" deste forista, da mesma maneira que debatemos o pensamento de qualquer filósofo, através de suas exposições teóricas, feitas em livros e trabalhos publicados no meio acadêmico.
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Offline Sergiomgbr

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #389 Online: 07 de Agosto de 2011, 17:49:47 »
Uma visão cética sem trololós filosóficos é uma demanda imponderável pois consciência é todo esse entulho que qualquer um vê... ou não!
« Última modificação: 07 de Agosto de 2011, 17:52:06 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline TMAG

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #390 Online: 07 de Agosto de 2011, 20:22:10 »

Ardil pobre, medíocre, flagrante: onde foi que eu disse "tal sujeito (Giordano, suponho) foi o primeiro a propor algo científico". O que eu sempre digo é exatamente o contrário disso. Tente ser mais objetivo e mais claro (e mais honesto), ou seja, menos filosófico, quando se direcionar a mim. Eu sempre procuro não deixar escapar nada pois entendo que o rigor é tudo.

Qualquer um aqui que já me conhece sabe que se há uma coisa num debate que eu não tolero de forma alguma é exatamente isso -- deturpação das minhas palavras. Quando se apela para isso é porque já não existe mais possibilidade respeitosa de debate.

Além de desinformado você não sabe sequer interpretar textos e, antes de me insultar com sua verborragia obtusa pare e pense nas besteiras homéricas que andas a escrever. Vou demonstrar nesse exato momento sua desonestidade e dissimulação, vamos lá:

Você escreveu o seguinte:

Você está apostando nisso ou sabe de alguma informação? Não duvido que outros anteriores ao Giordano houvessem pensado nisso e até mencionado mas o que sei é que Giordano, a partir do paradigma Copernicano de estrutura do universo que tornou a 'terrestrialidade' uma espécie de lei universal, ensejando pensar que outros planetas fossem outras Terras, essencialmete nada diferentes desta, apenas concluiu que outras Terras, sendo tão Terras quanto esta aqui, podiam conter coisas vivas como estas aqui. Se Copérnico baseou-se em anteriores a ele, como Aristarco de Samos, acho, isso não mudaria o fato de que, historicamente, o primeiro a propor vida extraterrestre de uma perspectiva estritamente científica , foi Giordano. Posso estar alheio a eventos históricos. Se eu estiver e você souber, me aponte.

Bem, esse é um caso flagrante ou da sua desonestidade intelectual ou da sua incapacidade intelectual. Você acusou-me deliberadamente de mentir ao afirmar que você havia escrito que Giordano Bruno foi o primeiro a propor algo ''científico'', pois bem, aí está a prova, ou da sua desonestidade ou da sua burrice, escolha. Parece que se for a segunda opção você não sabe sequer o significado da palavra algo, que foi usada por mim não para afirmar que você havia dito que Bruno foi o precursor da ciência e sim que você havia dito que ele propôs alguma coisa científica. Entedeu a diferença ou vou ter que desenhar?


O que não condiz com seus interesses é "senso comum"? Só posso concluir isso pois as informações que tenho de Giordano não vêm de "senso comum", vêm de registros em diversas obras científicas e históricas. Já tentaram me convencer aqui, para seu governo, que Newton também estava longe de ser um pensador racional e científico ou, o que é infinitamente mais difícil de provar, que ele não era só isso mas pensava das duas formas conflitantes, mágica e científica. Rejeito ler artigos dessa Wikipedia; se quiser me apresentar alguma fonte, apresente de outra fonte, especialmente uma que eu possa obter numa biblioteca ou livraria, ou, na internet, que seja equivalente a isso. Não perco mais tempo debatendo com ratos ignaros de internet.

Senso comum nesse caso é reproduzir chavões e/ou dados incorretos já refutados pela pesquisa histórica séria, ou seja, o que vossa senhoria faz de maneira contumaz. Sinceramente devo admitir que fico um pouco preocupado em debater com alguém tão religioso como você, pois se sua crença se quebrar você ficará desolado. Mas talvez um ''banho de realidade'' lhe faça algum bem. Já que pediu uma fonte aqui estão textos bem embasados sobre o tema:
 www.unicamp.br/~elmoura/Giordano%20Bruno.doc

http://www.filoinfo.bem-vindo.net/plotinus/node/376

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2005/08/25/002.htm

Se quiser debater seriamente aconselho vossa senhoria a fazer uma coisa, eduque-se.


Eu vejo sim mais um flagrante: de atestado de incapacidade de leitura. Como eu disse bem "De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece." você só evidencia estar desesperado demais em se opor a mim e nem um pouco dedicado à observância detida do que seu contradebatedor apresenta. Demonstra ser um apaixonado fanatizado que, ao ouvir qualquer coisa contrária à sua crença, desembesta irracional e cegamente a reagir. Já falei bastante sobre isso nesse forum. Não vou me repetir aqui pois não tenho de sobra para jogar fora.

Só nesta passagem você demonstra tudo aquilo que eu disse, tudo que sabe fazer é escrever textos prolixos sem sentido e sem relação alguma com o objeto de debate. Passagem irrelevante que nem sequer merece refutação.


Pois o que eu contesto é exatamente a existência de tais pensamentos válidos a priori e afirmo que as construções lógicas e matemáticas são totalmente dependentes da realidade exterior à mente.

Prove, com argumentos válidos e não com verborragia prolixa e subjetiva, pois quem já leu meus posts nesse fórum já deve ter percebido que a clareza é algo extremamente valorizado por mim. Quanto ao restante de seus ''argumentos'' dirigidos a minha pessoa eles não passam de elucubrações subjetivas, portanto não vejo necessidade em responder.
« Última modificação: 07 de Agosto de 2011, 21:27:59 por Telefonista Mágico da Arquidiocese Galáctica »
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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #391 Online: 07 de Agosto de 2011, 20:27:11 »
Em certa medida eu concordo com ele quando se critica o uso de artimanhas lógicas para viabilizar, sob o ponto de vista racional, a possibilidade de existir uma "realidade não-física", a "morada dos deuses".

Não estava me referindo a afirmações como as que você descreve, e sim a coisas básicas como 2 + 2 = 4 serem verdades a priori independentes de comprovação empírica. Alguém que queira defender uma visão empirista da matemática ou da lógica vai ter que fazer demasiados malabarismos intelectuais para justificar essa posição.
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Offline Geotecton

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #392 Online: 07 de Agosto de 2011, 23:37:03 »
Em certa medida eu concordo com ele quando se critica o uso de artimanhas lógicas para viabilizar, sob o ponto de vista racional, a possibilidade de existir uma "realidade não-física", a "morada dos deuses".

Não estava me referindo a afirmações como as que você descreve, e sim a coisas básicas como 2 + 2 = 4 serem verdades a priori independentes de comprovação empírica. Alguém que queira defender uma visão empirista da matemática ou da lógica vai ter que fazer demasiados malabarismos intelectuais para justificar essa posição.

Entendi, caro TMAG.
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Offline Cientista

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #393 Online: 08 de Agosto de 2011, 00:18:22 »
Olha, depois do que vi aqui, só vou postar o que vai a seguir porque já tive o trabalho de escrever. Não me anima mais nada.



Antes de bater com o fio nesse telefonista mágico (que nominho...) quero deixar a exigência do estabelecimento do conceito de filosofia porque um conceito flutuante, vago, difuso pode aplicar-se a qualquer coisa e metamorfosear-se ("transmutar-se", como, ardilosamente, o mágico telefonista aqui tentar 'aplicar') em tudo. E não que se tenha, nesta exigência que faço, a liberdade de se definir filosofia como se quiser pois há todo um contexto histórico-filológico que a define com clareza, assim como a ciência.

Não é concebível, muito menos aceitável que todo e qualquer pensar, processo comunicativo, expressão de ideias... seja incluído na definição de filosofia como algumas ironias medíocres e infantilóides de que se se articula pensamentos e expressões contra filosofia já se está filosofando, tentando apropriar-se da própria linguagem, em sua essência, quando filosofia não passa de uma deformidade disfuncional, inútil da mesma. Se assim fosse, o que se estaria declarando é que é impossível não filosofar. Tal é uma contradição deslavadamente desonesta (pois constitui-se numa invulnerabilidade imposta à força da falta de ombridade) que filósofo algum pode sustentar por uma infinidade de evidentes motivos. Se é impossível não filosofar então não existe filosofar porque não há nada que se contraponha ao conceito. Se tudo o que pensamos e expressamos é filosofar, para que a palavra filosofar? E para que a palavra filósofo se todos que pensam e se expressam, o são? Usemos as palavaras mais simples e genéricas: estamos conversando, debatendo, pensando... Mas, aí, tendería-se a retornar a semelhante situação, com uns tendo melhores pensamentos que outros e, por fim, uns descobrindo que pensar é o problema, inexoravelmente apresentando-se a necessidade de nomear cada proceder com adequados termos.

Antes, em algum momento, alguns entenderam que se se dedicassem a tais tarefas cognitivas com "empenho e objetividade", buscando o saber, estariam tratando de se relacionar com o saber de uma forma "amigável", seriam 'amigos do saber'. E assim se denominaram. Acreditavam que, neste "esforço" por alcançar o saber o receberiam como uma espécie de recompensa amiga. Mas, encurtando a história, tal maneira de abordagem mostrou-se, por vezes paulatinamente, por vezes abruptamente, totalmente ineficaz para certos interesses humanos REAIS que premiam cada vez mais e em mair número.

O que ocorreu foi tão simplesmente que confundiram o saber com a própria realidade e não perceberam que o saber só se alcança pela interação com a própria realidade, e não esta por meio daquele. Quando pensadores como Roger e Francis Bacon começam a não só perceber isto (porque há claros indícios de que outros já o tinham percebido antes, apenas não formalizado) mas a declarar tal disfunção filosófica (como Francis diz: "a boa filosofia conduz à crença e a má conduz à descrença ou ceticismo" -- realmente não recordo as palavras exatas mas é algo por aí, pesquise que não souber e quiser; com isso ele expressa a necessidade da desconstituição da filosofia para se chegar à percepção da realidade), inicia-se a transformação histórica que foi o prelúdio do que se convencionou chamar início da "era científica", ainda que os mesmos continuem a ser considerados unicamente filósofos como, sim, certamente o foram, TAMBÉM.

Quem rompe "definitivamente" com o pensamento filosófico, é Galileu ("definitivamente" porque ele também caiu em uma armadilha filosófica, acreditando ter encontrado a "linguagem perfeita", a "linguagem da natureza", a geometria, como declara; não era consciente de que não existe uma "linguagem da natureza" e, sem dúvida, como "peixe hidrodinamólogo" que nosso valioso Feynman mencionou já aqui, era alheio à razão da própria capacidade de pensamento científico). Galileu pensou ter encontrado/identificado a linguagem perfeita, a própria da realidade. Mas ele também não era consciente, naquele momento, de que não há tal coisa porque havia um sistema físico com regras específicas de funcionamento, que ele não podia experienciar empiricamente -- o cérebro, seu próprio cérebro, o dispositivo de onde se originavam seus pensamentos que se configuravam por linguagens internas das quais, a externa, com a qual interagia com o mundo exterior, era só um desdobramento tradutivo.

Sim, Galileu era alheio ao fato de que 2+2=4 não corresponde a uma realidade objetiva, sendo só uma distorção linguística da realidade, desenvolvida por uma interação limitada com a mesma. E, não, não foi o método experimental o "grande achado" de Galileu; se bem analisados os eventos, circunstâncias e obras, o que Galileu descobre é o poder e a importância da linguagem: a "filosofia natural" (inevitavelmente posterior ciência pois tornou-se impossível compartilhar o mesmo nome com o "algo novo" que "surgia", da mesma forma como em outros casos, como a astrologia) precisa ter uma linguagem própria; não podemos falar de ciência com a mesma linguagem que aplicamos usualmente, a mesma linguagem da filosofia. Porém, Galileu ainda não podia entender o que uma linguagem realmente é em sua essência; isso precisaria esperar pelo tempo em que estamos, agora, para ser possível.

Por fim, após este esclarecimento sucinto, que não se descontextualize tendenciosamente o significado que é lícito depreender da palavra filosofia pois mesmo os epistemologistas ainda não(?) se atreveram a dizer senão 'filosofia da ciência' (uma filosofia cujos filósofos têm a pretensão de aplicar-se a ciência), embora seja perfeitamente previsível que, em estado de desespero, como é comum de religiosos, cometam a desonestidade de, por fim e sem mais esperanças, decretar que ciência é filosofia.

Um método se origina de uma filosofia, concordo. Mas dizer que método =  filosofia, náo concordo.

A filosofia não recorre a procedimentos empíricos mas foi capaz de conceber o método científico. Gerou conhecimento que possibilitou o desenvolvimento da ciência e isto refuta a sua afirmação inicial de que ela é uma "ferramenta" insatisfatória para gerar conhecimento.

Seu raciocínio esta falho. Seguindo a sua lógica, a filosofia continua não sendo boa pra gerar conhecimento de forma satisfatória. Ela é boa pra gerar métodos que, aí sim, irão facilitar a aquisição de conhecimentos mais sólidos. Utilizada diretamente, ela não é boa para se conseguir conhecimento. Ela é apenas uma forma boa de se analisar se um método é logicamente coerente, não se o conhecimento gerado pelo método é correto ou não.

O problema das suas indagações nesse tópico Bytecode é que você possui uma falsa visão do que é filosofia.
Observo um argumento aqui que sempre foi típico de crentes de todas as vertentes mágicas: "o seu problema é que você não conhece o conceito corretamente..."; "o que há é uma ignorância sua com relação ao "fato"..."; "o que ocorre é que você possui uma falsa visão do que..."
Especificamente aqui: "O problema das suas indagações nesse tópico Bytecode é que você possui uma falsa visão do que é filosofia." Ahaaaaaagora tá ixpricado! (se bem que o Buckaroo já havia apontado isso também...). Por que qui ninguém ixpricô issantis?! Seu sorbessi qeu era só um inguinoranti em frisufia, tinha porpado tanto trabaio... É só o sinhô dotô PhD ixpricá pa nóis! Ixprica?

Afinal, a visão é falsa mesmo ou só não te agrada? Qual a diferença, já que tudo é filosofia transmutando-se? Ciência é "filosofia transmutada", segundo você, não é mesmo? A "falsa visão" da filosofia poderia ser uma interessante filosofia também. Por que ela teria que se "transmutar" na sua e não a sua nela? Por que a sua "verdadeira visão" seria melhor que a "falsa visão"? Vai arriscar uma definição *não falsa* para filosofia?



A filosofia se ocupa exclusivamente de problemas conceituais não empíricos*,
Masemeeeeisss??!!!! Oia que eu matutava justo o contraio! Vivendiaprendendo... E gora, cajuda dum Philosophy Doctor, finarmente vô prendê quequessa tar de frisufia.



portanto por definição ela não pode gerar conhecimento sobre o mundo exterior,
Mas que decadência, hein? Penso como o estagirita menor reagiria ao ouvir uma dessas... O Feynman poderia incluir alguém dizendo isso para ele naquela viagem no tempo, só para ver qual seria a reação; na verdade, acho que no texto já se demonstra tal. Que mendicância pusilânime! Foi isso que restou aos filósofos? Foi nisso que a filosofia teve que se "transmutar" para sobreviver? Até eu me sinto mal diante de um moribundo estribuchante assim, lutando sofregamente por sobrevivência.



a principal atribuição da filosofia é ser uma ferramenta para se pensar sobre a realidade, tal é o caso do método científico, por exemplo.
Filosofia não é ferramenta para se pensar a realidade, é pensamento livre sobre a realidade sem compromisso com a mesma, baseado na crença de que unicamente pensar é o que basta.

Se o filósofo não pode gerar conhecimento sobre o mundo exterior (mundo exterior=realidade) de onde tira a audácia de que pode pensar a realidade? Mostra-se aqui uma flagrante contradição.



Outra coisa que você parece não compreender
É meisss? Dinovi? Diguilá, qarquié?



é que não existe algo unificado chamado ''filosofia'', existem apenas diferentes linhas de pensamento sobre diferentes áreas que possuem diferentes graus de consistência interna,
Deixe-me ver se entendi em outras palavras: num esesti frisufia. Ô si esesti é uqi u sinhô dotô qisê.

-"algo unificado chamado" = definição de

-"diferentes linhas de pensamento sobre diferentes áreas que possuem diferentes graus de consistência interna" = aquilo que eu quiser definir que seja, arbitrariamente e a qualquer momento, de acordo com meus interesses

Aaaaaaaaah bão! Goooooora intindi!



não se pode jogar no mesmo saco grandes filósofos que arquitetaram coisas como a lógica moderna, métodos utéis para aquisição de conhecimento e teorias ético-políticas que até hoje norteiam certos pricípios sociais.
No mesmo saco com quem/o que? Ficou faltando.

Quando foi que qualquer lógica foi útil ao desenvolvimento científico? Quando foi que ciência, ao avançar, não derrubou uma arquitetura lógica anterior?

Quando e como foi que qualquer método filosófico teve qualquer utilidade para ciência?

Que estrita relação têm teorias ético-políticas com ciência que justifique a menção neste tópico? Claro, deve ser só para tentar convencer como filosofia é útil...



Existem distintos campos de investigação filosófica, e diferentes respostas para os problemas levantados por eles,
Em resumo: nenhuma investigação sobre nada de útil e nenhuma resposta útil para nada. E, mais uma vez, a difusão do conceito para fugir a uma definição.



o problema que as pessoas tem em reconhecer a filosofia como útil é que quando a investigação de algum problema filosófico avança o suficiente para ser resolvível empiricamente ele deixa de fazer parte do campo da filosofia e se torna objeto de estudo de alguma ciência,
Essas pessoas têm esse "problema" porque são lesadas, coitadinhas. Elas não entendem que não dá para "resolver as coisas empiricamente" sem antes filosofar muuuuuuuuito. Por que a filosofia se deixa roubar assim pela safada ciência que pega tudo mastigadinho e fica com todos os louros, toda a glória? Isso não é justo! Vamos levantar uma bandeira e iniciar ações afirmativas em prol da filosofia; requerer reparação por todos os direitos alienados.



Newton, Dalton, Galileu e vários nomes da ciência eram vistos como filósofos em suas épocas,
E como mais eles podiam "ser vistos", EM SUAS ÉPOCAS? Eles são "nomes da ciência", HOJE. Como era a nomenclatura *naquele* tempo?

Mais honestidade e menos apelação, por favor.



hoje mesmo o campo de estudo da consciência chamado filosofia da mente já está seguindo esse caminho,
Que caminho? O da "transmutação em ciência"? Agora fiquei na dúvida... qual safada tá querendo roubar qual aqui?

O Gilberto, que é, sem qualquer sombra de dúvida, um especialista competente na área, já falou bem a respeito disso, dessa aleivosia, para dizer o mínimo, aqui empurrada.



talvez no futuro nos lembremos de Dennett não como filósofo mas como cientista cognitivo.
Assim como nos "exemplos" de Newton e Galileu? Má tentativa, meu caro. Comigo essa esparrela manipulativa não funciona. Dennett é tão cientista hoje quanto aqueles eram filósofos em seu tempo. O tempo passou e as coisas mudaram. E muito. Não se repete mais. Pelo menos não em um longo longo tempo.



O problema da filosofia é justamente esse, quando ela gera algo ''útil'' para a sociedade ela se transmuta em ciência, jamais sendo reconhecida,
Aaaaaaah isso é poético! Tadinha... assim como a feia lagarta "transmuta-se" numa bela borboleta e é esquecida...

Isso é tão poético que até me faz perceber que Camões e a poesia também foram injustiçados... quando aquele trecho de soneto: "muda tanto que muda até na maneira de mudar" se "transmutou" de poesia em matemática o biltre do Newton se apropriou da ideia (e o sacripanta do Leibinitz também). Que nefasto!

Gostei do ''útil''.



mas devemos lembrar que todas as ciências se originaram da filosofia.
E que o homem foi feito de barro; e que deus vigia todos nós...

Uuuuxa é tanto dogma pra lembrar...



Recomendo a leitura de livros introdutórios como Os problemas da filosofia e História da filosofia ocidental ambos de Bertrand Russell.
Olha, o Bertrand andou postando por aqui esses dias. Pela qualidade dos posts não me animo muito a ler livros dele não.

Em respeito ao verdadeiro Bertrand Russell que, me consta, teria respondido "Poincaré" à pergunta "qual o maior dos homens a já ter pisado em solo francês?" faço este específico reconhecimento ao reconhecimento dele, nada mais. Não vejo motivo para desperdiçar tempo lendo qualquer livro dele.



*Questões como ''Qual a aceleração da gravidade na terra?'' e ''Quem descobriu o Brasil?'' obviamente não são filosóficas, por outro lado questões como ''O que é um número?'' ou ''Existe uma lógica subjacente a História?'' são filosóficas.
"O que é um número?" só é pergunta filosófica se você não quiser saber/responder o que um número é. E, se existem padrões que podem ser cientificamente delineados na História? Claro que sim. Sem filosofia alguma.



EDIT: Corrigir inconsistências.
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!!!!!!!

Essa foi boa demais, cara! Candidata a pérola do ano!

Offline TMAG

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #394 Online: 08 de Agosto de 2011, 00:43:14 »
Pois é ''cientista'', sua desonestidade e trollice está confirmada. Boa parte do que você escreveu acima é PURO NONSENSE, resumindo, texto prolixo sem sentido, prolixo = pro lixo como já diria José Paulo Paes. Não há nem como debater com quem usa ''argumentos'' como esses:


 Ahaaaaaagora tá ixpricado! (se bem que o Buckaroo já havia apontado isso também...). Por que qui ninguém ixpricô issantis?! Seu sorbessi qeu era só um inguinoranti em frisufia, tinha porpado tanto trabaio... É só o sinhô dotô PhD ixpricá pa nóis! Ixprica?

Masemeeeeisss??!!!! Oia que eu matutava justo o contraio! Vivendiaprendendo... E gora, cajuda dum Philosophy Doctor, finarmente vô prendê quequessa tar de frisufia.

Aaaaaaah isso é poético! Tadinha... assim como a feia lagarta "transmuta-se" numa bela borboleta e é esquecida...

Você bem poderia ser comediante já que tudo que você escreve é caricato. Não é atoa que a maioria dos foristas aqui não gosta de você, também como gostar de alguém que só sabe repetir balbúrdias ilógicas e sem sentido a torto e a direito?
Se você quiser argumentar contra o que eu disse, PROVE de prefêrencia citando fontes que a ciência não surgiu da filosofia, que coisas como lógica e epistemologia são absolutamente inúteis, e que a filosofia nunca contribuiu em nada para a humanidade etc... 
Será que seu discurso é ilógico porque você despreza a lógica? Ou você despreza a lógica por ser ilógico? Ser ou não ser eis a questão.  :lol: Só para seu conhecimento NÃO SOU FILÓSOFO apenas vejo méritos na filosofia. Se você não responder meus posts com argumentos válidos considere-se ignorado.
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Offline Adriano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #395 Online: 08 de Agosto de 2011, 00:58:50 »
Antes de bater com o fio nesse telefonista mágico (que nominho...) quero deixar a exigência do estabelecimento do conceito de filosofia porque um conceito flutuante, vago, difuso pode aplicar-se a qualquer coisa e metamorfosear-se ("transmutar-se", como, ardilosamente, o mágico telefonista aqui tentar 'aplicar') em tudo. E não que se tenha, nesta exigência que faço, a liberdade de se definir filosofia como se quiser pois há todo um contexto histórico-filológico que a define com clareza, assim como a ciência.

Não é concebível, muito menos aceitável que todo e qualquer pensar, processo comunicativo, expressão de ideias... seja incluído na definição de filosofia como algumas ironias medíocres e infantilóides de que se se articula pensamentos e expressões contra filosofia já se está filosofando, tentando apropriar-se da própria linguagem, em sua essência, quando filosofia não passa de uma deformidade disfuncional, inútil da mesma. Se assim fosse, o que se estaria declarando é que é impossível não filosofar. Tal é uma contradição deslavadamente desonesta (pois constitui-se numa invulnerabilidade imposta à força da falta de ombridade) que filósofo algum pode sustentar por uma infinidade de evidentes motivos. Se é impossível não filosofar então não existe filosofar porque não há nada que se contraponha ao conceito. Se tudo o que pensamos e expressamos é filosofar, para que a palavra filosofar? E para que a palavra filósofo se todos que pensam e se expressam, o são? Usemos as palavaras mais simples e genéricas: estamos conversando, debatendo, pensando... Mas, aí, tendería-se a retornar a semelhante situação, com uns tendo melhores pensamentos que outros e, por fim, uns descobrindo que pensar é o problema, inexoravelmente apresentando-se a necessidade de nomear cada proceder com adequados termos.
E a filosofia é exatamente isto, uma conversa dos humanos, através dos tempos. É a busca do entendimento da realidade, da existência, denominado como ontologia. Versar sobre ciência seria epistemologia ou filosofia da ciência.

E na sua pragmática, filosofia é tudo o que não seja a ciência, sendo a oposição desta. Simples assim o seu conceituamento desta. E vale-se do uso da linguagem, provavelmente com a matemática inclusa, sem se dar conta do que outros seres humanos jogaram conversa fora a respeito, como na "filosofia" da matemática, ou na "filosofia" da linguagem.

Antes, em algum momento, alguns entenderam que se se dedicassem a tais tarefas cognitivas com "empenho e objetividade", buscando o saber, estariam tratando de se relacionar com o saber de uma forma "amigável", seriam 'amigos do saber'. E assim se denominaram. Acreditavam que, neste "esforço" por alcançar o saber o receberiam como uma espécie de recompensa amiga. Mas, encurtando a história, tal maneira de abordagem mostrou-se, por vezes paulatinamente, por vezes abruptamente, totalmente ineficaz para certos interesses humanos REAIS que premiam cada vez mais e em mair número.
Um desenvolvimento inicial da retórica de que a filosofia é anticientífica.

O que ocorreu foi tão simplesmente que confundiram o saber com a própria realidade e não perceberam que o saber só se alcança pela interação com a própria realidade, e não esta por meio daquele. Quando pensadores como Roger e Francis Bacon começam a não só perceber isto (porque há claros indícios de que outros já o tinham percebido antes, apenas não formalizado) mas a declarar tal disfunção filosófica (como Francis diz: "a boa filosofia conduz à crença e a má conduz à descrença ou ceticismo" -- realmente não recordo as palavras exatas mas é algo por aí, pesquise que não souber e quiser; com isso ele expressa a necessidade da desconstituição da filosofia para se chegar à percepção da realidade), inicia-se a transformação histórica que foi o prelúdio do que se convencionou chamar início da "era científica", ainda que os mesmos continuem a ser considerados unicamente filósofos como, sim, certamente o foram, TAMBÉM.

Quem rompe "definitivamente" com o pensamento filosófico, é Galileu ("definitivamente" porque ele também caiu em uma armadilha filosófica, acreditando ter encontrado a "linguagem perfeita", a "linguagem da natureza", a geometria, como declara; não era consciente de que não existe uma "linguagem da natureza" e, sem dúvida, como "peixe hidrodinamólogo" que nosso valioso Feynman mencionou já aqui, era alheio à razão da própria capacidade de pensamento científico). Galileu pensou ter encontrado/identificado a linguagem perfeita, a própria da realidade. Mas ele também não era consciente, naquele momento, de que não há tal coisa porque havia um sistema físico com regras específicas de funcionamento, que ele não podia experienciar empiricamente -- o cérebro, seu próprio cérebro, o dispositivo de onde se originavam seus pensamentos que se configuravam por linguagens internas das quais, a externa, com a qual interagia com o mundo exterior, era só um desdobramento tradutivo.
Uma das denominações da filosofia da mente popperia é o interacionismo. Porém muitos mais desenvolvido, com grande consideração pela linguagem lógica e matemática. E toda a filosofia da ciência tem a sua abordagem histórica, assim como você o faz. E a linguagem é um tema recorrente na falseabilidade, como maneira de resolução de problemas através da resolução de problemas, através da proposição de hipóteses e teorias.

Sim, Galileu era alheio ao fato de que 2+2=4 não corresponde a uma realidade objetiva, sendo só uma distorção linguística da realidade, desenvolvida por uma interação limitada com a mesma. E, não, não foi o método experimental o "grande achado" de Galileu; se bem analisados os eventos, circunstâncias e obras, o que Galileu descobre é o poder e a importância da linguagem: a "filosofia natural" (inevitavelmente posterior ciência pois tornou-se impossível compartilhar o mesmo nome com o "algo novo" que "surgia", da mesma forma como em outros casos, como a astrologia) precisa ter uma linguagem própria; não podemos falar de ciência com a mesma linguagem que aplicamos usualmente, a mesma linguagem da filosofia. Porém, Galileu ainda não podia entender o que uma linguagem realmente é em sua essência; isso precisaria esperar pelo tempo em que estamos, agora, para ser possível.
Que imenso plágio popperiano  :biglol:

Porém não tem como definir e descrever a ciência de outra maneira, é o "objeto" de estudo da filosofia da ciência. Me avise quando você desenvolver melhor a sua tese sobre como a linguagem atinge a formulação do "conhecimento objetivo", todas as teorias e hipóteses científicas que temos e de que nos valemos para ampliar a ciência, na resolução dos novos problemas que surgem  :hihi:

talvez no futuro nos lembremos de Dennett não como filósofo mas como cientista cognitivo.
Assim como nos "exemplos" de Newton e Galileu? Má tentativa, meu caro. Comigo essa esparrela manipulativa não funciona. Dennett é tão cientista hoje quanto aqueles eram filósofos em seu tempo. O tempo passou e as coisas mudaram. E muito. Não se repete mais. Pelo menos não em um longo longo tempo.
Dennett é bem receptivo aos avanços científicos, principalmente em relação a inteligência artificial, que ele considera a parte empírica da filosofia da mente. E tem um grande trabalho de divulgação da produção científica nesta área. 


*Questões como ''Qual a aceleração da gravidade na terra?'' e ''Quem descobriu o Brasil?'' obviamente não são filosóficas, por outro lado questões como ''O que é um número?'' ou ''Existe uma lógica subjacente a História?'' são filosóficas.
"O que é um número?" só é pergunta filosófica se você não quiser saber/responder o que um número é. E, se existem padrões que podem ser cientificamente delineados na História? Claro que sim. Sem filosofia alguma.
Você com certeza vai estar atrelado a um entendimento de ciência particular. A uma interpretação da história da ciência particular, ou seja, uma filosofia própria. Porém a história recente e a tentativa de matematizar a realidade fracassaram.
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Offline Adriano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #396 Online: 08 de Agosto de 2011, 01:03:56 »
Pois é ''cientista'', sua desonestidade e trollice está confirmada. Boa parte do que você escreveu acima é PURO NONSENSE, resumindo, texto prolixo sem sentido, prolixo = pro lixo como já diria José Paulo Paes. Não há nem como debater com quem usa ''argumentos'' como esses:


 Ahaaaaaagora tá ixpricado! (se bem que o Buckaroo já havia apontado isso também...). Por que qui ninguém ixpricô issantis?! Seu sorbessi qeu era só um inguinoranti em frisufia, tinha porpado tanto trabaio... É só o sinhô dotô PhD ixpricá pa nóis! Ixprica?

Masemeeeeisss??!!!! Oia que eu matutava justo o contraio! Vivendiaprendendo... E gora, cajuda dum Philosophy Doctor, finarmente vô prendê quequessa tar de frisufia.

Aaaaaaah isso é poético! Tadinha... assim como a feia lagarta "transmuta-se" numa bela borboleta e é esquecida...

Você bem poderia ser comediante já que tudo que você escreve é caricato. Não é atoa que a maioria dos foristas aqui não gosta de você, também como gostar de alguém que só sabe repetir balbúrdias ilógicas e sem sentido a torto e a direito?
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Será que seu discurso é ilógico porque você despreza a lógica? Ou você despreza a lógica por ser ilógico? Ser ou não ser eis a questão.  :lol: Só para seu conhecimento NÃO SOU FILÓSOFO apenas vejo méritos na filosofia. Se você não responder meus posts com argumentos válidos considere-se ignorado.

É muito curioso ver esse estranhamento entre vocês dois, Cientista e Telefonista Mágico da Arquidiocese Galáctica. Principalmente pelo sua primeira postagem em que você concordava com ele acerca da anti-cientificidade da filosofia:

Não há espaço para filosofia, religião e nenhuma outra baboseira inútil na ciência, pois a ciência lida com a verdade e essas áreas não passam de especulação ou mentiras deliberadas.Só existe verdade dentro da ciência e negar isso é sinal de forte embotamento mental.Concordo com o colega Cientista, apenas faço a ressalva de que ele se mostra muitas vezes pouco científico e até tolerante com esses besteiróis como religião e filosofia, mas mesmo assim a postura dele é louvável sob muitos aspectos.A filosofia nada mais é do que um apanágio de pessoas incapazes querendo se mostrar muito sapientes levantando questões inúteis e sem sentido, não é a toa que vemos muitos filósofos negando a verdade da ciência e sua superioridade face a todas as outras atividades humanas.A ciência deve ser  a voz de autoridade em qualquer discussão sobre a realidade.Ou se é científico ou se é charlatão e desonesto.
Como o mundo dá voltas  :biglol:
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Offline Cientista

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #397 Online: 08 de Agosto de 2011, 01:29:32 »
Quer dizer que esse é o Apóstolo da Ciência, aquele que começou dizendo montes de disparates e, pelo que vejo agora, já mudou de nome pelo menos duas vezes? Estive desperdiçando meu tempo com um exercitador de retórica?

Obrigado, Adriano!

Offline Gigaview

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #398 Online: 08 de Agosto de 2011, 01:30:47 »
Vamos esfriar a chaleira lendo este texto:

http://info.sjc.ox.ac.uk/scr/hacker/docs/Philosophy%20for%20RIP.pdf#search=%22philosophy%20contribution%20to%20humankind%22

Acredito que ele vai contribuir para o debate. :ok:
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Gigaview

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #399 Online: 08 de Agosto de 2011, 01:47:25 »
Do paper citado acima:

Philosophy is not a contribution to human knowledge, but to human understanding. It is neither an empirical science nor an a priori one, since it is no science. The difficulty of philosophy does not consist in the difficulty of discovering new, let alone arcane, truths about the world; nor yet in producing proofs concerning its existence7, the existence of recherché ‘entities’ like universals, or of common or garden ‘entities’ like events. It is a quest for understanding, not for knowledge.

As a slogan, this is correct. Like all slogans, it needs clarification and qualification. First, some clarification:
If one claims that philosophy is a contribution to human understanding, one must explain what the object of understanding is, and how achieving understanding in philosophy differs from adding to one’s fund of knowledge.
It has been suggested that philosophy seeks not knowledge of new facts but an understanding of old facts; or that its role is that of organizing the knowledge we already possess. These suggestions are partly right and partly wrong.

Scientists seek to understand why the phenomena they investigate are as they are and behave as they behave. They do so by way of empirical explanation, which may take various forms, e.g. hypothetico-deductive, inference to the best explanation, or explanation by reference to intervening mechanisms. All these are subject to empirical confirmation or refutation. To that extent it is misleading to suggest that philosophy seeks not for knowledge of new facts but for an understanding of familiar facts – as if science did not satisfy that need. Philosophy cannot explain phenomena in that sense at all. So whatever its quest for understanding is, it is not akin to the understanding achieved by the empirical sciences.

Nevertheless, philosophy can contribute in a unique and distinctive way to understanding in the natural sciences and mathematics. It can clarify their conceptual features, and restrain their tendency to transgress the bounds of sense. It is a Tribunal of Reason, before which scientists and mathematicians may be arraigned for their transgressions. Indeed, the sciences (and to a lesser degree mathematics), in our times, are the primary source of misguided metaphysics – which it is the task of philosophy to curb, not to encourage. Disabusing a Hilbert of the character of Cantor’s paradise contributes to the deeper understanding of arithmetic in general and of the calculus of transfinite arithmetic in particular.

Explaining that alternative geometries are not alternative theories of space but alternative grammars for the description of spatial relationships contributes to a better understanding of the enterprise of geometry. Making it clear that parts of the brain are not possible subjects of cognitive predicates contributes to a better understanding of the manner in which neuroscience can explain the neural foundations of our cognitive powers. Nevertheless, it would be misleading to suggest in general that the understanding that philosophy seeks is parasitical on the sciences in this way. For the illumination philosophy can thus contribute characterizes primarily the philosophies of the special sciences.

Similarly, there is some truth to the claim that philosophy does not add to the sum of our knowledge of the world (or of mathematics), but rather organizes what we already know. Certainly distinctions that philosophers have progressively drawn since the days of Aristotle have contributed to clarity regarding the sciences. It is thanks to philosophy that we distinguish the empirical sciences from logic and mathematics, the natural from the moral sciences, deductive from inductive reasoning, a priori from empirical probability, nomothetic from idiographic explanation, causal from hermeneutic explanation, and so on. These distinctions are crucial for a proper understanding of the manifold scientific (as well as non-scientific) enterprises of trying to gain knowledge and understanding of the world we live in, of ourselves within it, and of the mathematical apparatus we have invented to quantify it. Nevertheless, it would be misleading to characterize the task of philosophy as being to organize, or to put order into the knowledge we already possess. Insofar as philosophy has to organize material, what it has, above all, to organize are forms of description (or norms of representation) by means of which we present what we know and what we strive to know. I shall elaborate this below.

The kind of understanding philosophy pursues is distinctive. It can be described in various more or less misleading ways:
In the metaphysical mode: philosophy strives for an understanding of the a priori natures of things and of internal relations between things (but there are no ‘metaphysical facts’ to be discovered, and internal relations are creatures of reason, not of nature).

In the conceptual mode: philosophy strives for an overview of the structure of (parts of) our conceptual scheme and of logico-grammatical relations between its elements (but that does not make concepts the special subject matter of philosophy).

In the linguistic mode: philosophy strives for an overview of segments of our language that in one way or another, give rise to conceptual problems (but philosophy is not in general about language).

Correctly understood, these are descriptions of one and the same enterprise. Of course, investigating the use of a word need not be a logico-grammatical investigation into the concept it expresses. It may be a non-philosophical, purely linguistic, investigation into etymology, phonetics, syntax, morphology, and so forth. But a philosophical investigation into the use of a word is an investigation into the concept expressed, for it is an investigation, geared to philosophical purposes, into the presuppositions, implications, compatibilities and incompatibilities linked with the use of the word in sentences. For the most part, philosophers will abstract from irrelevant local differences between languages. A philosophical investigation into the use of ‘know’, for purposes of epistemology for example, will yield much the same results as a philosophical investigation into the uses of ‘wissen’ and ‘kennen’, the manifest differences often being irrelevant to the investigation For the investigation, whether conducted in English or in German, is an investigation into those features of usage that determine the common concept of knowledge.

The a priori nature of things is fixed by the sense-determining rules for the use of expressions signifying things.13 To suppose that things, their properties and relations have an a priori nature in any other sense is to fall victim to illusion. For it is to take for ‘objective (language independent) necessities’ what are actually no more than the shadows cast on the world by grammar. To describe the nature of substance, for example, is to characterize the categorial concept of substance, just as describing the nature of events is to characterize the concept of an event and to describe the nature of the mind is to characterize the concept of mind. But there is no way to characterize a concept other than by describing the relevant features of the uses of expressions that express that concept or belong to the category of concepts it subsumes. So to describe the nature of substance just is to spell out, and order, the salient sense-determining rules for the use of that subclass of concrete count nouns that signify substances, and their similarities to and differences from other kinds of nouns. This may be done in the formal mode or (more commonly) in the material mode. To state the nature of events just is to describe (directly or indirectly) the constitutive features of event-designating expressions, and to compare and contrast them with the use of other general types of expression, such as material object names. And to describe the nature of the mind is to describe and order the relevant features of the use of the expression ‘the mind’ and its cognates, and of psychological predicates ascribable only to creatures that can be said to have minds.
Philosophy has no subject matter in the sense in which the empirical sciences do. It deals with philosophical questions, which are different in kind from questions in the empirical sciences and inmathematics.

What philosophical questions are is best displayed by a narray of uncontroversial and incontrovertible examples. These will be very various: ‘What is ...’-questions (e.g. what is the mind, knowledge, truth); ‘What is the difference’-questions (e.g. what is the difference between knowledge and belief ? or between a reason and a motive?’); ‘How possible’-questions (such as ‘How is it possible to measure time, given that the present has no extent, the past no longer exists and the future does not yet exist?’, ‘How is it possible for Achilles to overtake the tortoise, given that he has to traverse an infinite number of spaces in a finite time?’; ‘Why necessary’-questions? (Such as ‘Why must 2 and 2 make 4? or ‘Why can’t something be both red all over and green all over?’) and ‘Do so-and-so’s exist-questions?’ (Such as ‘Do universals exist?’,‘Do objective values exist?’). But the form of questions is little guide as to whether they are philosophical. ‘What is matter?’ can be a philosophical question in an appropriate context, but it can be a scientific one in another context. ‘What is a dodo?’ is no philosophical question, but ‘What is belief?’ is. ‘Do dragons exist?’ is not a philosophical question, but ‘Do universals exist?’ is. ‘Why can’t I go back to Africa?’ is not a philosophical question, but ‘Why can’t I go back to the reign of Queen Elizabeth I?’ is. Philosophical questions cannot be circumscribed by their form. Nor can they be circumscribed by their content, since they can, in principle, be concerned with any subject matter at all – any subject matter that gives rise to conceptual confusions and unclarities. These questions cannot be resolved by the empirical sciences, since they are not empirical questions. They are all questions that are, directly or indirectly, solved, resolved or dissolved by conceptual investigation. One might therefore say, as above, that, in one sense, philosophy has no subject matter; but one might also say that, in another sense, philosophy has everything as its subject matter.
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