Autor Tópico: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência  (Lida 133248 vezes)

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Offline Cientista

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #400 Online: 08 de Agosto de 2011, 02:34:53 »
Com franqueza, esse texto é um genuíno exemplo de pura e 'boa' filosofação. Inicia interessante, prometedor, mas vai volteando, volteando até terminar como o minueto. Já nem sei mais se foi Voltaire (é bem típico dele), mas "filósofos continuam sendo só dançarinos de minueto". Tudo pode ser e pode não ser, é o resumo final.

Achei interessante a afirmação de que a questão "existem dragões?" não é filosófica. Acho que só se não se especificar em que garagem...

Offline Cientista

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #401 Online: 08 de Agosto de 2011, 03:28:52 »
Por favor, algum bacharel em filosofia por aqui que possa responder devidamente a este senhor? Ou vai sobrar pra mim mesmo?
Bacharel em filosofia???????     hahaha!  Essa foi boa!
(...)
Quanto ao "Ou vai sobrar pra mim mesmo?" (ahahahahaha!, essa foi muito boa também). Como assim, sobrar pra você mesmo? Tá tão difícil assim massacrar este pobre coitado?

A questão é que eu não tenho nenhum conhecimento aprofundado sobre história da filosofia, desta forma, prefiro deixar para alguém que possua mais credenciais na referida área, pois certamente saberá explanar o assunto de forma muito mais eficiente do que eu.
Perdeu a oportunidade de tentar fazer melhor que o outro. Aliás, não. "Sempre" é tempo.


 
E sobre isto:
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Habitantes de outros planetas", de uma certa forma, já tinha sido proposto antes destes que você, possivelmente, quer mencionar, como seria, por exemplo, Giordano Bruno

certamente existem outros, bem anteriores a ele, que se referiram a isto, sem apelar pra deus, diabo, inferno, céu... e muito antes da ciência moderna existir.

Você está apostando nisso ou sabe de alguma informação?

Dê uma olhada neste link aqui. Aqui fala sobre os filósofos atomistas e também cita o filósofo Metrodoro, também atomista, que, muito antes de Giordano, já se referia a outros mundos. Ou seja, neste link você pode ler sobre os dois assuntos levantados: átomos e outros planetas.

http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Megahist-filos/Prim-fil/0335y686.htm
Li e foi bom para dar um 'ciclo de refresh' em minha memória. Não vi nada, pelo menos não sensivelmente perceptível, que fosse diferente do que já li a respeito já há muito tempo. Obrigado, boa leitura. Na verdade, não li tudo ainda e o que li, li muito rápido. Vou ler melhor depois.

Mas não entendi. Metrodoro propõe outros mundos? *Com criaturas vivas?* Como Giordano? Não vi isso.

Eu me lembrei de um comentário que fiz aqui em que tangi a questão atomista na história. Se quiser ler:

../forum/topic=24073.0.html#msg571047



Quanto ao "muito antes da ciência moderna existir", esse problema, essa divisão histórica são vocês que fazem, por acreditarem na teoria doutrinária dos métodos, achando que existe uma divisão real histórica entre um antes e um depois da ciência. De certa forma, sim, mas é um fenômeno muito mais complexo do que parece. O que entendo é que há indivíduos que pensam cientificamente e outros que não e este fenômeno já ocorre há muito tempo entre humanos. "Antes ou depois da ciência existir", em essência, nunca fez qualquer diferença para estes indivíduos. Então, você poderá verificar registros de pensamentos científicos admiráveis ao longo de toda a história da humanidade.

Então me liste aí alguns pensadores pré Galileu (de preferência muito antes dele) que usaram ferramentas científicas que não somente os próprios sentidos do corpo, aliado à experimentação. Com o detalhe, é claro, de terem conseguido descobrir coisas realmente importantes relativo ao funcionamento da natureza.
Primeiro, os sentidos do corpo são ferramentas científicas, basicamente, como qualquer outra. Limitações de grau, precisão, resolução, natureza do detectado são detalhes importantes contornados por instrumentos extracorpóreos o que não muda em nada o fato de que são ferramentas empíricas dentro de suas limitações, como todo e qualquer instrumento tem.

Segundo, lembro-me agora de Eratóstenes, personagem notoríssimo. Deves conhecer; opto por recursar-me a pensar que não.



Obs.: Você não é muito melhor em argumentar do que aqueles a quem você critica, pois só sabe dizer que já leu, que sabe, mas não demonstra nenhuma fonte nem exemplos históricos que possam ser conferidos. Ou seja, você quer que simplesmente acreditemos no que você escreve e pronto. Sem demonstrar fontes para seus argumentos, você basicamente está filosofando :)
É muito cansativo e dispendioso ficar apontando aqui fontes de informações banais que qualquer pessoa com um mínimo de formação e informação que, se esperaria, deveria ter, para debater assuntos deste nível num fórum como esse. Se, de fato, eu preciso apontar fontes para apresentar a proposição de vida não transcendente fora da Terra de Giordano Bruno, confirmo mais uma vez que a internet parece ter um efeito danoso sobre muitos usuários.

Eu não quero que ninguém acredite em nada do que digo. De onde tirou essa conclusão? Ocorre que não quero, também, que queiram que eu acredite facilmente em tudo o que me apresentam, com "fontes" ou não. O que é uma fonte? Uma origem de autoridade? Enquanto eu não puder experimentar diretamente, nenhuma fonte é especialmente melhor que outra. Para fontes, deve valer a mesma precaução do chamado... ad populum, acho; um conjunto de várias concordantes não é, necessariamente, melhor que uma isolada. Eu posso ser a melhor fonte que apresento do que digo. Mas tudo o que escrevo aqui não são monografias, são debates informais que apenas levo a sério. Se pressuponho, erroneamente pelo que se evidencia, conhecimento geral sobre certas informações elementares que apresento, pode ser que eu esteja mesmo esperando demais.

Offline gilberto

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #402 Online: 08 de Agosto de 2011, 06:50:40 »
Gilberto, sei que, como você mesmo já declarou, estás querendo manter sua barra limpa com os filófosos. Eu entendo bem isso embora eu não seja tão preocupado com a sociabilidade quanto você. Mas observe que, como o PhD que tão brilhantemente me refutou com um irretocável blá, blá, blá deixou bem claro que "filosofia se ocupa exclusivamente de problemas conceituais não empíricos", se o filósofo está fazendo experimentos já não está filosofando. E a razão é muito simples: com experimentos (se bem cientificamente aproveitados, ou seja, não filosoficamente) é possível corrigir a linguagem e a lógica, aferindo-a com a realidade exterior. Isto é ciência; o contrário é filosofia. Que não se cometa a inescrupulosidade tipicamente religiosa de, disfarsadamente, tapeando os trouxas que caem, pintar urubú de verde e chamar o bicho de meu louro.

E achei estranho ninguém ter respondido ao lusitano com: "assim como há escoceses e escoceses?"  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!  Estou gargalhando muito ultimamente aqui! Tô si divirtindo!
Então Cientista,
Eu tentei limpar a minha barra com os filósofos, não somente pra evitar pedradas, mas tb pq acho que eles dão a sua contribuição as ciências humanas, sociedade, etc, e até ao conhecimento científico de uma forma geral. Toda vez que eu vejo o filósofo da PUC SP, Mario Sergio Cortella, ele sempre demonstra um conhecimento tão esclarecedor do que ocorre na sociedade em temas concretos como educação, violência, etc, que não dá para deixar de tirar o chapéu.

Agora como tem um pessoal investindo em algo que acho que eles chamam de FILOSOFIA EXPERIMENTAL ... vamos ver no que dá.
Uma vez eu vi duas apresentações de trabalhos nessa linha ... parece pscologia experimental.

Ai fica a questão que vc, eu e outros abordamos ... a atividade do filósofo deve estar separada de qualquer tipo de empirismo?
Parece que tem uma minoria de filósofos questionando isso.

Eu acho que a concorrência e a demanda que a filosofia, como atividade acadêmica, vai ter cada vez mais com a psicologia, neurologia e até a IA, vai mudar algumas coisas no futuro ... e o futuro dirá ... como sempre ... hehe

Eu acho tb que em última análise a filosofia é empírica, pois para uma corrente ou idéia filosófica prosperar, ela tem que ser aceita por uma quantidade significativa de adeptos ... que é um teste empírico ...

mas nada mais posso falar, pois minha cultura geral em filosofia é pouca para tanto. Vou ficar observando vcs.

Offline Barata Tenno

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #403 Online: 08 de Agosto de 2011, 06:56:57 »
Aviso formal da moderação: Muita calma pessoal. Não postem de cabeça cheia e não entrem no jogo fos trolls.

Aviso formal ao cientista: No proximo post seu com ataques pessoais a qualquer forista voce leva cartão, ja cansei da sua falta de educação.
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Offline lusitano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #404 Online: 08 de Agosto de 2011, 07:30:24 »
Cientista - escreveu:

Citar
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Citar de : ByteCode em 03 Ago 2011, 13:34:32

Habitantes de outros planetas", de uma certa forma, já tinha sido proposto antes destes que você, possivelmente, quer mencionar, como seria, por exemplo, Giordano Bruno

certamente existem outros, bem anteriores a ele, que se referiram a isto, sem apelar pra deus, diabo, inferno, céu... e muito antes da ciência moderna existir.

Você está apostando nisso ou sabe de alguma informação?

Não duvido que outros anteriores ao Giordano houvessem pensado nisso e até mencionado mas o que sei é que Giordano, a partir do paradigma Copernicano de estrutura do universo que tornou a 'terrestrialidade' uma espécie de lei universal, ensejando pensar que outros planetas fossem outras Terras, essencialmete nada diferentes desta, apenas concluiu que outras Terras, sendo tão Terras quanto esta aqui, podiam conter coisas vivas como estas aqui.

Se Copérnico baseou-se em anteriores a ele, como Aristarco de Samos, acho, isso não mudaria o fato de que, historicamente, o primeiro a propor vida extraterrestre de uma perspectiva estritamente científica, foi Giordano. Posso estar alheio a eventos históricos. Se eu estiver e você souber, me aponte.

Segundo a história, depois de Alexandre, ter conquistado o egipto, o mais alto sacerdote de Rá, convidou-o a visitar um observatório astronómico, onde estava representado um mapa estelar, com o nosso sistema solar e a Terra incluída e disse-lhe: presta atenção oh poderoso faraó - fica a saber - que a Terra que conquistaste, é apenas um simples grão de poeira, entre as estrelas e planetas do universo infinito...

artur   
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #405 Online: 08 de Agosto de 2011, 09:07:47 »
Gilberto - escreveu:

Citar
Agora como tem um pessoal investindo em algo que acho que eles chamam de FILOSOFIA EXPERIMENTAL ... vamos ver no que dá.
Uma vez eu vi duas apresentações de trabalhos nessa linha ... parece pscologia experimental.

Ai fica a questão que vc, eu e outros abordamos ... a atividade do filósofo deve estar separada de qualquer tipo de empirismo?
Parece que tem uma minoria de filósofos questionando isso.

Parece-me que sim!

Na minha opinião - os filósofos naturais - continuam perfeitamente activos. São os que continuam a seguir as pisadas - dos pré-socráticos e de Aristóteles - os físicos: não concordam, que a filosofia é uma coisa e a ciência outra completamente distinta.

É como ser ambidextro. :idea:

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Offline ByteCode

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #406 Online: 09 de Agosto de 2011, 08:00:58 »
Cientista, quando o Telefonista afirma que "por definição ela (filosofia) não pode gerar conhecimento sobre o mundo exterior" e que "a principal atribuição da filosofia é ser uma ferramenta para se pensar sobre a realidade, tal é o caso do método científico", entendo que ele quer dizer que a filosofia não descobre coisas, apenas pensa sobre aquilo que é descoberto, no caso, pelo método científico. O que eu concordo. O que eu não concordo é quando ele iguala filosofia e método cientifico.

Offline Gigaview

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #407 Online: 09 de Agosto de 2011, 08:09:17 »
Cientista, quando o Telefonista afirma que "por definição ela (filosofia) não pode gerar conhecimento sobre o mundo exterior" e que "a principal atribuição da filosofia é ser uma ferramenta para se pensar sobre a realidade, tal é o caso do método científico", entendo que ele quer dizer que a filosofia não descobre coisas, apenas pensa sobre aquilo que é descoberto, no caso, pelo método científico. O que eu concordo. O que eu não concordo é quando ele iguala filosofia e método cientifico.

O texto que postei na pg 16 esclarece essa questão.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline ByteCode

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #408 Online: 09 de Agosto de 2011, 11:41:58 »
Pois é Giga. Apenas penso que no caso em questão, a consciência, a filosofia não tem muito a falar quanto a sua origem, apenas discorrer sobre suas implicações.

Offline ByteCode

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #409 Online: 09 de Agosto de 2011, 13:02:21 »
Dê uma olhada neste link aqui. Aqui fala sobre os filósofos atomistas e também cita o filósofo Metrodoro, também atomista, que, muito antes de Giordano, já se referia a outros mundos. Ou seja, neste link você pode ler sobre os dois assuntos levantados: átomos e outros planetas.

http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Megahist-filos/Prim-fil/0335y686.htm
Li e foi bom para dar um 'ciclo de refresh' em minha memória. Não vi nada, pelo menos não sensivelmente perceptível, que fosse diferente do que já li a respeito já há muito tempo. Obrigado, boa leitura. Na verdade, não li tudo ainda e o que li, li muito rápido. Vou ler melhor depois.

E qual a sua conclusão a respeito do texto que você gostou tanto? O conceito de átomo surgiu do pensamento FILOSÓFICO grego ou do pensamento “científico” de alguns gregos? Sendo o ultimo caso, qual parte deste texto (ou qualquer outra obra, da net ou não) pode destacar e nos trazer aqui para corroborar tal afirmação?

Demócrito, aparentemente, foi o pai do atomismo e já havia previsto outros mundos também (ele foi o mestre de Metrodoro). Veja:

“A fama de Demócrito decorre do fato de ele ter sido o maior expoente da teoria atômica ou do atomismo. De acordo com essa teoria, tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos (do grego, "a", negação e "tomo", divisível. Átomo= indivisível). Não há certeza se a teoria foi concebida por ele ou por seu mestre Leucipo, e a ligação estreita entre ambos dificulta a identificação do que foi pensado por um ou por outro. Todavia, parece não haver dúvidas de ter sido Demócrito quem de fato sistematizou o pensamento e a teoria atomista. Demócrito avançou também o conceito de um universo infinito, onde existem muitos outros mundos como o nosso.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dem%C3%B3crito_de_Abdera

Aparentemente concluíram a existência de outros mundos com base no próprio atomismo, levando-se em consideração coisas como: espaço infinito + átomos infinitos = infinitos mundos como o nosso.

Citar
Mas não entendi. Metrodoro propõe outros mundos? *Com criaturas vivas?* Como Giordano? Não vi isso.

Temos que entender o que é que ele e outros, como Demócrito, entendiam como “outros mundos”. Posso supor (chutar?) que outros mundos para eles seriam como o mundo que eles conheciam (o planeta Terra), ou seja, cheio de vida também.

Citar
Eu me lembrei de um comentário que fiz aqui em que tangi a questão atomista na história. Se quiser ler:

../forum/topic=24073.0.html#msg571047

Lerei assim que puder (ao menos tentarei :D)

Então me liste aí alguns pensadores pré Galileu (de preferência muito antes dele) que usaram ferramentas científicas que não somente os próprios sentidos do corpo, aliado à experimentação. Com o detalhe, é claro, de terem conseguido descobrir coisas realmente importantes relativo ao funcionamento da natureza.
Primeiro, os sentidos do corpo são ferramentas científicas, basicamente, como qualquer outra. Limitações de grau, precisão, resolução, natureza do detectado são detalhes importantes contornados por instrumentos extracorpóreos o que não muda em nada o fato de que são ferramentas empíricas dentro de suas limitações, como todo e qualquer instrumento tem.

Que eu saiba somente o uso da razão, da lógica e da observação, sem a utilização de ferramentas científicas e a experimentação, não é ciência, é FILOSOFIA.
E não, os sentidos do corpo não são (nem nunca foram) ferramentas científicas, são apenas ferramentas de sobrevivência, não possuem o refinamento necessário para a exploração científica, até por que não foram projetados para isto (entender o mundo). Na verdade sequer foram projetados. A filosofia peca justamente nisto ao tentar descobrir coisas (em vez de discorrer sobre coisas já descobertas pelo método científico), ela usa somente “ferramentas” não destinadas ao fim de DESVENDAR a natureza, apenas “ferramentas” destinadas a se VIVER na natureza.

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Segundo, lembro-me agora de Eratóstenes, personagem notoríssimo. Deves conhecer; opto por recursar-me a pensar que não.

E o Eratostenes, utilizou ferramentas destinadas à investigação científica e a experimentação para concluir o que concluiu? Se sim, tem como demonstrar isto, tipo fontes?

Obs.: Você não é muito melhor em argumentar do que aqueles a quem você critica, pois só sabe dizer que já leu, que sabe, mas não demonstra nenhuma fonte nem exemplos históricos que possam ser conferidos. Ou seja, você quer que simplesmente acreditemos no que você escreve e pronto. Sem demonstrar fontes para seus argumentos, você basicamente está filosofando :)

É muito cansativo e dispendioso ficar apontando aqui fontes de informações banais que qualquer pessoa com um mínimo de formação e informação que, se esperaria, deveria ter, para debater assuntos deste nível num fórum como esse. Se, de fato, eu preciso apontar fontes para apresentar a proposição de vida não transcendente fora da Terra de Giordano Bruno, confirmo mais uma vez que a internet parece ter um efeito danoso sobre muitos usuários.

Eu não quero que ninguém acredite em nada do que digo. De onde tirou essa conclusão? Ocorre que não quero, também, que queiram que eu acredite facilmente em tudo o que me apresentam, com "fontes" ou não. O que é uma fonte? Uma origem de autoridade? Enquanto eu não puder experimentar diretamente, nenhuma fonte é especialmente melhor que outra. Para fontes, deve valer a mesma precaução do chamado... ad populum, acho; um conjunto de várias concordantes não é, necessariamente, melhor que uma isolada. Eu posso ser a melhor fonte que apresento do que digo. Mas tudo o que escrevo aqui não são monografias, são debates informais que apenas levo a sério. Se pressuponho, erroneamente pelo que se evidencia, conhecimento geral sobre certas informações elementares que apresento, pode ser que eu esteja mesmo esperando demais.

Blá, blá, blá à parte, se o debatedor não apresenta fontes para embasar seus “conhecimentos” sobre coisas que não são de conhecimento amplo e geral, seja um link, o trecho de um livro, um personagem histórico, pra mim é apenas discurso inútil.

E recorrer a fontes não é apelar a autoridades. Simplesmente não há como conferir pessoalmente todas as descobertas da ciência. Teremos que confiar em alguém ou alguma instituição ao receber a informação. Se você consegue comprovar tudo pessoalmente in loco ou reproduzindo você mesmo o fenômeno em casa ou na sua garagem, me diga: como você consegue tal mágica?

E sim, conferir várias fontes independentes para se certificar, é algo muito útil para fins de debates em fóruns na net (claro, quando há interesse no assunto por parte do forista).

Offline ByteCode

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #410 Online: 09 de Agosto de 2011, 13:20:41 »
Resumindo o que penso sobre o assunto: a ciência com seu método cuida de conhecer o processo objetivo material e concreto. Filosofia cuida de conhecer aquilo que é subjetivo e abstrato (coisas como ética e moral), normalmente produto da psique e da vida em sociedade adotada por certos primatas evoluídos.

O método científico não pode me dizer o que devo fazer com o processo de clonagem, bem como a filosofia não me diz como a clonagem ocorre a nível celular.

Offline lusitano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #411 Online: 10 de Agosto de 2011, 12:23:08 »
ByteCode - escreveu:

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Que eu saiba somente o uso da razão, da lógica e da observação, sem a utilização de ferramentas científicas e a experimentação, não é ciência, é FILOSOFIA.

E não, os sentidos do corpo não são (nem nunca foram) ferramentas científicas, são apenas ferramentas de sobrevivência, não possuem o refinamento necessário para a exploração científica, até por que não foram projetados para isto (entender o mundo). Na verdade sequer foram projetados.

A filosofia peca justamente nisto ao tentar descobrir coisas (em vez de discorrer sobre coisas já descobertas pelo método científico), ela usa somente “ferramentas” não destinadas ao fim de DESVENDAR a natureza, apenas “ferramentas” destinadas a se VIVER na natureza.

Não me leve a mal - meu caro ByteCode - mas não posso concordar consigo...

Como é que você construiria uma régua graduada, um esquadro, um compasso, um lápis, uma balança, um nível, um fio de prumo, e um telescópio, por exemplo, se não possuísse consciência inteligente, racionalidade, olhos e mãos?

Aqui lhe pergunto...

artur


« Última modificação: 10 de Agosto de 2011, 16:43:31 por lusitano »
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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #412 Online: 10 de Agosto de 2011, 12:33:30 »
ByteCode - escreveu:

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Citação do cientista:

Segundo, lembro-me agora de Eratóstenes, personagem notoríssimo. Deves conhecer; opto por recursar-me a pensar que não.

E o Eratostenes, utilizou ferramentas destinadas à investigação científica e a experimentação para concluir o que concluiu? Se sim, tem como demonstrar isto, tipo fontes?

Sim - Eratóstenes utilizou ferramentas científicas - para calcular o perímetro da Terra, entre outras coisas.

Essas ferramentas, foram nomeadamente - a consciência inteligente - a matemática, as mãos e os pés.

artur
« Última modificação: 10 de Agosto de 2011, 12:38:58 por lusitano »
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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #413 Online: 10 de Agosto de 2011, 13:59:20 »
Também dois pilares, uma régua e a luz do sol.

Offline lusitano

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #414 Online: 10 de Agosto de 2011, 15:47:53 »

Eratóstenes:

Na cidade egípcia de Alexandria no século III a.C., Eratóstenes, lendo um papiro, observou que havia uma descrição de que ao sul da antiga cidade egípcia de Swenet (conhecida na Grécia como Siena, e nos dias atuais como Aswan), atravessada pelo Trópico de Câncer, ao meio dia, em 21 de junho, colocadas duas varetas perfeitamente em prumo, estas não produziam sombra. A luz do Sol no solstício de verão penetrava diretamente no fundo de um poço profundo, e as colunas dos templos não produziam sombra também.

A descoberta do perímetro da Terra:
 
O sábio fez uma experiência na biblioteca de Alexandria, onde posicionou varetas perfeitamente verticais. Observando sua sombra ao meio dia do dia 21 de junho, descobriu que, enquanto em Siena não havia sombra, em Alexandria esta era de forma até bastante pronunciada, em torno de sete graus.

Desta maneira Eratóstenes imaginou que se a Terra fosse plana as varetas não haveriam de projetar sombra em nenhuma das duas localidades, e se numa delas havia esta projeção e em outra não, é porque a Terra não era plana e sim curva; ainda num exercício de pura lógica matemática, após deduzir a defasagem de sete graus entre Siena e Alexandria pagou para um de seus auxiliares medir a distância em passos entre as duas localidades, chegando à conclusão que esta seria em torno de 800 quilômetros.

Como a defasagem angular é em torno de 7 graus e a circunferência é 360 graus, dividindo 360 por 7 encontrou aproximadamente cinquenta, que multiplicado por oitocentos resultou numa circunferência de quarenta mil quilômetros; isto há dois mil e duzentos anos.
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #415 Online: 10 de Agosto de 2011, 16:37:10 »
Derfel - disse:

Citar
Também dois pilares, uma régua e a luz do sol.

Será que o ByteCode, considerará que o sol é uma ferramenta científica?

artur
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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #416 Online: 11 de Agosto de 2011, 09:59:29 »
Olha, a HISTÓRIA da ciência é dividida em antes e depois de Galileu, onde as principais diferenças residem no fato de que antes era somente a lógica, razão e observação, enquanto que depois dele é que juntou-se a isto tudo a utilização de ferramentas científicas e o uso da experimentação, que originou o que chamamos de CIÊNCIA (possuindo método próprio para investigação da natureza). Se você discordam disto, estão simplesmente indo contra o que os livros de história dizem.

Pra mim o que existia antes de Galileu era muito mais filosofia do que qualquer outra coisa.

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« Resposta #417 Online: 11 de Agosto de 2011, 15:44:09 »
ByteCode - escreveu:
 
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Olha, a HISTÓRIA da ciência é dividida em antes e depois de Galileu, onde as principais diferenças residem no fato de que antes era somente a lógica, razão e observação, enquanto que depois dele é que juntou-se a isto tudo a utilização de ferramentas científicas e o uso da experimentação, que originou o que chamamos de CIÊNCIA (possuindo método próprio para investigação da natureza). Se você discordam disto, estão simplesmente indo contra o que os livros de história dizem.

Pra mim o que existia antes de Galileu era muito mais filosofia do que qualquer outra coisa.

O que é que você tem a dizer sobre Arquimedes e Euclides por exemplo? :|

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« Última modificação: 11 de Agosto de 2011, 15:55:36 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #418 Online: 11 de Agosto de 2011, 15:47:35 »
Nada :D

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #419 Online: 11 de Agosto de 2011, 15:56:47 »
Caro - ByteCode:

O problema, é que você terá dito, que os orgãos dos sentidos, não são ferramentas científicas... Apesar deles serem indispensáveis, para a construção de instrumentos técnicos secundários, auxiliares dos sentidos.

artur
« Última modificação: 12 de Agosto de 2011, 15:25:17 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Especulando realismo fantástico, em termos de
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paralogismo comparado - artur.

Offline Geotecton

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #420 Online: 14 de Agosto de 2011, 10:03:58 »
Também dois pilares, uma régua e a luz do sol.

E também um poço.
Foto USGS

Offline Derfel

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #421 Online: 14 de Agosto de 2011, 11:54:22 »
O poço não conhecia. Servia para quê?

Offline Gigaview

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #422 Online: 14 de Agosto de 2011, 12:12:10 »
Dois poços ajudaram a determinar com precisão o ângulo alfa que possibilita o cálculo do raio da terra por semelhança de triângulos.




« Última modificação: 14 de Agosto de 2011, 12:15:08 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Derfel

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Re: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #423 Online: 14 de Agosto de 2011, 13:19:06 »
Como?

Offline Luiz F.

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