Lendo bem seu último post e avaliando bem o que ele representa no contexto de tudo o que "debatemos", percebi que eu deveria ficar mais estarrecido que fiquei de primeira. É completamente inaceitável tal comportamento. Então, vão minhas últimas palavras para você.
A última linha foi ultrapassada por você. Adquiriu meu pleno desprezo. Eu já tinha dito que não te responderia mais mas que ainda leria qualquer RESPOSTA dada às minhas questões -- aquelas que, por segunda vez, insisti que respondesse, e os pontos que solicitei que abordasse. Esperei (sem confiança diante de seu comportamento) que fosse o que iria fazer. Entretanto, isso exigiria de você uma coisa que cobra de mim mas que você mesmo não pode fazer: deixar de antagonizar com alguma mínima dignidade argumentativa. Isso é comum em pessoas visceralmente doutrinadas por crendices quaisquer. Desde o início, aqui, muitos cobraram de mim exatamente aquilo que não ofereciam. Me acusavam de defeitos dos quais eles estavam eivados. Queriam que eu aceitasse "evidências históricas" que, independentemente até mesmo da historicidade, não são evidências de nada do que desejavam que fossem. Queriam que eu aceitasse que cenobitas são crentes justamente por serem cenobitas; queriam que eu aceitasse que escritores acreditam no que quer que escrevam apenas porque... escrevem. Como se, loucamente, esperassem que eu visse tais coisas numa espécie de bruma sinonimista homogeneizadora, como eles vêem porque é acalentador para suas naturezas de crentes que são. E por aí vai. Para justificar por que seriam evidências aceitáveis (porque os próprios sabem bem o quão contraditório seus próprios argumentos são), introduziram o conceito ad hoc de "duplipensamento", uma versão "mais aprimorada" do exato mesmo escocês que tentaram aplicar em mim. E só fugas e mais fugas foi o que se viu e é o que se vê com mais frequência nas atitudes da espécie humana. Você acaba de me lembrar tudo aquilo.
Você poderia nem ter tentado mais nada. Poderia ter permanecido quieto, mas a sensação de derrota (coisa que, só para você, é de tão tamanha importância) não te permite sossego. Pode sentir o que for da sua natureza, mas tente lembrar que pode haver alguns que lerão todo o contexto e verão que sua renúncia agora ficaria melhor para a emenda. Já que acredita tanto em tantas coisas, é mais útil que acredite nisto: é só a opinião destes o que importa no mundo.
Vou responder num ato de atenção a estes, mas, definitivamente, como sua natureza se mostra irredutível, é a última vez que, inclusive, perco meu tempo sequer lendo seus posts em resposta a mim. Então, não espere mais qualquer retorno meu depois deste. Não passo aqui para desperdiçar meu tempo brincando de "quem vence quem?".
O bom de gente como você é que eu realmente posso dispensar te chamar do que és, já que você próprio se expõe num cartaz e os odiadores meus de plantão podem se corroer com isso. Os que são como você, tipo de indivíduo que não faz meu interesse de forma alguma e dos quais mantenho sempre a máxima distância possível (o grosso da humanidade, infelizmente, mas grosso mesmo, coisa bem acima de 90%, incluindo toda a pobre categoria arrogante sem base dos meninos que se identificam 'nerds'), vão me depreciar e crer com toda a fé que eu sou o lixo, mas os que me interessam vão vê-lo exatamente como o que és, e isto é tudo o que poderia ter importância para mim.
Eu jamais me preocupei com educação, boas maneiras e traquejo social. Nunca me fez falta não me preocupar com isso. É suficiente que boas maneiras seja não ser cretino, desonesto, faltoso com a realidade e com o respeito à inteligência alheia (dos que a têm), então é tudo o que ofereço. E sou tão rigoroso com isso que ofereço até a você.
E não é que encontro coisas mais desestimulantes ainda? Como eu, já, mais que suspeitava, o Buckaroo declarando seu solipsismo místico-fisicóide tipo matrix sem qualquer indício de mal-estar por isso.
Será que você conseguiria argumentar de verdade,
Não sei... Talvez até eu possa desaprender isso aqui de tanto que não vejo. Será que é contagioso?!... Esse negócio de "argumentar de verdade" teria alguma relação com aquele pobre escocês que não pode comer o que quer sem o risco de perder a nacionalidade?
Uma coisa é certa, se VOCÊ argumentasse alguma coisa que pudesse ter algum sentido DENTRO DA REALIDADE *DEMONSTRÁVEL* ALÉM DA EXPERIÊNCIA PESSOAL SUBJETIVA, QUE NÃO É EMPIRICAMENTE DEMONSTRÁVEL, haveria alguma possibilidade de falarmos AMBOS de ciência.
isso é, defender uma "interpretação da realidade" coerente
Não existe "interpretação da realidade" (*"coerente"*??????). De onde você consegue tirar a conclusão de que eu defenderia alguma besteira filosofista como essa? Existe realidade. Se for interpretada, já se fugiu dela. Quantas vezes será que eu já disse isso aqui?...
e que chegue na conclusão que supõe ser correta, sem ficar apenas apelando com espantalhos e adjetivos forçados ao que difere disso? Não defendi nada de solipsismo, muito menos místico. Essa apelação enche o saco, se você não consegue defender sua idéia, ao menos não me faça perder tempo tentando corrigir esses ataques ridículos.
Ridículo é, depois de tudo isso, direcionar seu tempo "que tanto te falta", pelo que "tão bem se vê", para corrigir supostos "ataques ridículos" e não enfrentar todos os paredões que pus à sua volta. Seja adulto (tente um pouco, ao menos), meu jovem, esqueça os "ataques ridículos" e tente mostrar alguma coisa que possa reduzir sua vergonha, não aumentá-la. Você encheu muito meu saco de inúmeras formas, mas, agora, não tem mais provocação, não espero mais nada de você, acabou.
Pode continuar tentando provar para quem quiser e se habilitar a tolerar seus absurdos que o que você defende "não é solipsismo nem misticismo" *só porque define assim*. Entenda que você NÃO FALOU COM UM IDIOTA que vai engolir sua arbitrariedade arrogante porque você cismou de assim fazer e pronto. A definição de misticismo é daquilo que é brumoso, "que não sabemos o que é mas que sentimos e que poderemos nunca saber mas que... sentimos". Ciência se faz quando se deixa isso para trás porque isso é filosofia e EU JÁ DISSE INUMERÍSSIMAS VEZES QUE NÃO ESTOU AQUI PARA DISCUTIR FILOSOFIA. E chega de palhaçada e de reclamaçõezinhas infantis!
Eu já deixei, muitas vezes, clara minha posição de que se alguém apenas considera tais possibilidades puramente filosofistas, entendo que já as defende. Se isso aqui:
Se algo pudesse ser razoavelmente negado em absoluto, ou algo próximo disso, seria o fisicalismo, levando a conclusão de um "monismo mental", já que tudo que sabemos do universo não é nenhum conhecimento direto dele (como no "realismo ingênuo"), mas apenas algo "dentro" ou paralelo a essa ilusão da consciência.
Poderíamos (possibilidade cuja probabilidade pode ser simplesmente negligenciada, não é importante) a partir dos mesmos princípios que "concluem"/se confundem na eliminação de qualia/experiência subjetiva (isto é, se isso não for um "realismo ingênuo" inconsciente), estar dentro de uma "matrix" num universo com uma física completamente distinta daquela que supomos ser a real, a partir de tudo que julgamos conhecer. A única coisa de que podemos ter realmente "certeza absoluta" é a experiência subjetiva, mais do que qualquer possível explicação funcional ou apenas mecânica para a geração disso. Rotular isso como uma ilusão, ou mesmo como "a grande ilusão" que contém qualquer outra ilusão (de natureza que poderia se dizer ser até distinta talvez na imensa maioria dos casos) não é de maneira nenhuma a afirmação de que isso "não existe", senão na negação de um "folk realism", e apenas isso.
não indica isso, ...não me importa mais nada em relação a você. Antes eu ainda intentei te provocar mas, agora, está incluído na minha lista negra, como vários outros daqui.
A bobaginha divertidora entre parênteses de que "é uma probabilidade negligenciável, sem importância" não me trapaceia. Se é, então não devia mencionar. Menciona porque crê que é mais que apenas possibilidade. Seu discurso é fabricado, construído em você; é só um discurso, mais nada. Não é nem nele que você acredita. És um exercitador de retórica. E confessa mesmo isso com o ridículo absurdo de se achar o tal em rebater a si mesmo. Rebater a si mesmo não é uma competência científica. É medíocre "capacidade". E é mais uma crença sua -- a de que é uma competência excelente.
Eu já concluía e cheguei a mencionar. Mas há um "pequeno" problema nessa apelação fugidia em especial: é que no dia em que você, como única realidade universal, decidiu esqueçer toda a sua eternidade [...]
Vou deixar para o espantalho por você construído responder a esse trecho, que nada tem a ver com qualquer coisa que eu tenha dito.
Ali em cima, até havia a fugidinha de tentar dizer que só consideraria a possibilidade, mas, aqui, você se entrega totalmente. Posso dizer que você realmente debate contra si mesmo, em toda sua incoerência. Dizer que qualquer coisa que tenha dito não tem qualquer relação com isso, é demais. Podia se concentrar mais e seguir minha sugestão de prestar mais atenção em si mesmo e ficar sem passar por essa. E você é o cara que tem "grande competência para refutar a si mesmo", "capaz" até de refutar contradebatedores meus em meu lugar, de tão "previsíveis" minhas respostas em sua pobre "concepção da realidade"!
No que isso for apenas em analogia para o problema de qualia, do meu ponto de vista ele não se trata em afirmar que existiria uma "vermelhidão de verdade", mas sim em como "temos a sensação" disso.
O "temos a sensação" é o cerne do "problema" que você (acha que) vê. *Como ocorre o processo* é que seria a questão (não há nada para *ter* *sensação* nenhuma).
Você tem um apego muito grande a rótulos e a sutilezas semânticas que parece não levar a lugar algum, exceto em parágrafos e parágrafos discorrendo sobre coisas de pouca ou nenhuma relevância, como "não existir" seleção aritificial, sexual e outras possíveis subcategorizações de seleção natural, mas apenas seleção natural.
Isso ficou muito engraçado. Um filosofista falando em "parágrafos e parágrafos discorrendo sobre coisas de pouca ou nenhuma relevância" como que "levando a lugar algum"... Muito divertido isso!
...Vamos lá
Claro que tenho! Essas "sutilezas" paquidérmicas constroem muralhas atrás das quais muitos como você se escondem. Não por acaso, precipitam-se logo em atacar e tentar depreciar qualquer ação corretiva das "sutilezas" tão gritantes que são capazes de, por exemplo como o daqui mesmo, colocar um "eu" na máquina e dizer que é só um detalhe "semântico" "que não muda nada o foco da questão". Patético como ulterior tentativa de fuga. *"Parece"* não levar a lugar algum ser rigoroso com isso *para você*, que depende delas para filosofar. Você não gosta, é horrível, não é? Ééé... Mas como eu já disse inúmeras vezes: é exatamente isso, essa desatenção por este rigor, fuga mesmo dele, que é filosofar. Por outro lado, é este "apego" que eu tenho o que me faz um pensador científico, ou seja, um não-filosofador.
Blablablá, blablablá, filosofia é isso porque eu defino assim, eu sou o bam-bam-bam superior a filosofia, blablablá.
Isso é que é resposta! Mostra bem a sua "seriedade" de quem me chama de... troll. Aderiu ao telefonista mágico/apóstolo/seilámaisoque? Como gostei, vou me esforçar para dar uma resposta no mesmo nível. Não repare, que é um nível muito elevado para minhas possibilidades.
Blebleblé, blebleblé, zumbi filosófico é isso porque eu defino assim, eu sou o bam-bam-bam superior da zumbisofia, blebleblé.
É incrível o híbrido de animal e planta! A cabeça é composta de caule lenhoso, só pode ser...
*Não existe* seleção artificial e isto é uma extensão do fato de que nós não existimos. Mas o racional Irracionalista definiu perfeitamente bem como "rótulo conveniente", o que, para mim, está ótimo. Isto não confere existência objetiva, real, a artificialidade alguma de qualquer coisa. E isto é da mais imperiosa relevância para a abordagem científica da realidade, sem que o perscrutador se perca em volteios filosóficos como os que você faz, esses sim, de nenhuma relevância.
Se eu soubesse fazer isso, ficaria feliz em fazer todas ou minhas principais colocações com aqueles símbolos de lógica todos.
Qual pode ser o sentido ou finalidade de uma declaração como essa? Simbolismo não torna fatos mais ou menos reais, nem a abordagem dos mesmos mais ou menos reais. Simbolismos específicos são linguistificações específicas úteis para finalidades profissionais devido a simplificações e objetividades que propiciam. Todas as linguagens são traduzíveis entre si exatamente porque símbolos não são mais que representações da realidade. Se o objeto real ao qual o símbolo se refere não for cognitivamente representado sem mera tradução, tudo o que se consegue é falar numa língua em que se decoram sentenças sem que se saiba realmente do que se está falando. Assim, há formulários de matemática, por exemplo, e as *formulações matemáticas*. Uns usam aqueles, outros entendem estas, pouquíssimos diga-se de passagem, mas qualquer linguagem, em si, não tem a menor importância para a realidade, ...ou nós existiríamos de fato. Mas... não existimos.
Além disso, já afirmei meu entendimento da lógica:
Lógica não serve ao cientista!
Lógica é filosofia e está no fim, não no início das investigações. Toda a realidade é ilógica no início do esforço cognitivo apreensivo. E por quê? Porque somos máquinas representativas simbólicas; não podemos resistir efetivamente à realidade, só ilusoriamente; não podemos alterá-la; podemos nos conformar a ela e, quando fazemos isso, surgem lógicas imediatas validamente aplicáveis apenas àquilo a que nos conformamos, nada mais.
Bem se vê o quanto o simbolismo é fundamental para você, como para todo e qualquer místico.