Autor Tópico: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência  (Lida 133263 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #775 Online: 06 de Abril de 2012, 11:15:54 »
Churchland é "materialista eliminacionista" apenas até certo ponto, não valendo para qualia (apesar do artigo da wikipédia afirmar isso). Citação do artigo "reduction, qualia, and the direct introspection of brain states":

Citação de: Paul Churchland
In short, the difference between a person who knows all about the visual cortex but has never enjoyed a sensation of red, and a person who knows no neuroscience but knows well the sensation of red, may reside not in what is respectively known by each (brains tates by the former, qualia by the latter), but rather in the different type of knowledge each has of exactly the same thing. [...] Knowledge in (1) seems to be a matter of having mastered a set of sentences or propositions, the kind one finds written in neuroscience texts, whereas knowledge in (2) seems to be a matter of having a representation of redness in some prelinguistic or sublinguistic medium of representation for sensory variables, or to be a matter of being able to make certain sensory discriminations, or something along these lines

Acho que é nesse mesmo artigo que ele "deturpa" o "experimento mental" de Mary para "demonstrar" que "é preciso haver algo mais do que o sobrenatural", mantendo-o examente igual, mas em vez dela ser dona de todo conhecimento sobre ótica e neurologia, seria sobre ectoplasma/sobrenatural. :biglol:

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #776 Online: 06 de Abril de 2012, 15:56:08 »
Buckaroo Banzai - Nível Máximo - escreveu:
 
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Você entendeu ao menos exatamente o que ele está negando? Eu não consegui. Tive a impressão que em diversos momentos ele nega a mera possibilidade de zumbis filosóficos (o que seria necessariamente aceitar a existência de qualia, apesar de ser isso aparentemente o objeto principal de negação), mas em outro momento disse que "implicação" da impossibilidade de zumbis filosóficos é que seríamos todos zumbis filosóficos. Me parece ter a mesma lógica de "não existem unicórnios, logo todos os cavalos são na verdade unicórnios".

Você já se interrogou, se o "cientista", não será um especialista na "lei de Poe"... :?: :arrow: :idea:

artur
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #777 Online: 06 de Abril de 2012, 16:26:16 »
Alguém arrisca um "nome"/outro defensor (com publicações no assunto) para a linha defendida pelo Cientista aqui?
Eu citaria o Hilary Putnam. Com os seus experimentos mentais do cérebro numa cuba e da terra gêmea. A ideia é a de que os significados das palavras não podem ser estabelecidos por um sujeito em isolamento (ou  por uma mente  pensada em isolamento).*

*Trecho do resumo

Ola Adriano,

Eu ainda não li a tese que vc enviou, até pq a tese é longa. Mas isso impediria que esse cerebro desenvolvesse uma linguagem própria, dada a sua condição?

Com relação a Matrix, continuamos a ter qualia, mesmo que "artificialmenet" gerados. Diferente do que ocorre em parasonias, onde temos comportamento totalemnte dissociados da "experimentação" dos qualia. Ou seja, inconscientes, zumbis!!

Abs
Felipe


Offline Muad'Dib

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #778 Online: 06 de Abril de 2012, 17:04:23 »
O que seria "parasonal"?

Eu tô lendo "O mistério da Consciência" do Damásio.

Excelente.

Ele tem uma visão fisicalista da mente e, mesmo com todo o fisicalismo, ele coloca a qualia e o senso de self como os dois grandes mistérios do funcionamento cerebral.

 

Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #779 Online: 06 de Abril de 2012, 17:18:45 »
O que seria "parasonal"?

Eu tô lendo "O mistério da Consciência" do Damásio.

Excelente.

Ele tem uma visão fisicalista da mente e, mesmo com todo o fisicalismo, ele coloca a qualia e o senso de self como os dois grandes mistérios do funcionamento cerebral.

Ola Iabadabadu,

Parasonias são distúrbios do sono. O sonambulismo é um deles, e existem casos extremos, de pessoas que levantam, vão para a cozinha e executam tarefas complexas (cozinhar, para depois comer) sem experimentarem nada de qualia, estão incosncientes, como zumbis filosóficos.

Abs
Felipe

Offline Muad'Dib

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #780 Online: 06 de Abril de 2012, 17:30:32 »
O que seria "parasonal"?

Eu tô lendo "O mistério da Consciência" do Damásio.

Excelente.

Ele tem uma visão fisicalista da mente e, mesmo com todo o fisicalismo, ele coloca a qualia e o senso de self como os dois grandes mistérios do funcionamento cerebral.

Ola Iabadabadu,

Parasonias são distúrbios do sono. O sonambulismo é um deles, e existem casos extremos, de pessoas que levantam, vão para a cozinha e executam tarefas complexas (cozinhar, para depois comer) sem experimentarem nada de qualia, estão incosncientes, como zumbis filosóficos.

Abs
Felipe

Esse tipo de comportamento não é decorrente de sonhos?

Offline Muad'Dib

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #781 Online: 06 de Abril de 2012, 17:41:57 »
Sonambulismo é um fato que tem que ser analisado em qualquer discussão sobre mente e consciência.

Que coisa estranha.

Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #782 Online: 06 de Abril de 2012, 18:00:13 »
O que seria "parasonal"?

Eu tô lendo "O mistério da Consciência" do Damásio.

Excelente.

Ele tem uma visão fisicalista da mente e, mesmo com todo o fisicalismo, ele coloca a qualia e o senso de self como os dois grandes mistérios do funcionamento cerebral.

Ola Iabadabadu,

Parasonias são distúrbios do sono. O sonambulismo é um deles, e existem casos extremos, de pessoas que levantam, vão para a cozinha e executam tarefas complexas (cozinhar, para depois comer) sem experimentarem nada de qualia, estão incosncientes, como zumbis filosóficos.

Abs
Felipe

Esse tipo de comportamento não é decorrente de sonhos?

Não, são comportamentos relacionados a estados do sono. O sonambulismo ocorre em estado de sono profundo. Os sonhos, no sono REM que é "mais superficial".

Abs
Felipe
« Última modificação: 06 de Abril de 2012, 19:17:00 por Feliperj »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #783 Online: 07 de Abril de 2012, 16:44:14 »
Essa questão do sonambulismo é interessante.

Por um lado há o que se pode dizer de uma aparência de um estado de "zumbi filosófico", mas por outro lado, talvez seja (palpitão meu quebem pode ser praticamente/totalmente eliminado com conhecimento existente dos estados cerebrais em questão) algo meio parecido com "cérebros divididos", pessoas sem corpo caloso e a aparência de dois "eus" habitando o mesmo corpo. Talvez durante o sonambulismo as percepções também sejam acompanhadas de qualia, porém o que existe lá seja um outro "eu" desconexo do "eu padrão", e não dotado de todas as mesmas faculdades.

Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #784 Online: 08 de Abril de 2012, 01:44:36 »
Essa questão do sonambulismo é interessante.

Por um lado há o que se pode dizer de uma aparência de um estado de "zumbi filosófico", mas por outro lado, talvez seja (palpitão meu quebem pode ser praticamente/totalmente eliminado com conhecimento existente dos estados cerebrais em questão) algo meio parecido com "cérebros divididos", pessoas sem corpo caloso e a aparência de dois "eus" habitando o mesmo corpo. Talvez durante o sonambulismo as percepções também sejam acompanhadas de qualia, porém o que existe lá seja um outro "eu" desconexo do "eu padrão", e não dotado de todas as mesmas faculdades.

Ola Buckaroo,

Considerando os "outros zumbis" (até mesmo pelo exemplo que vc deu), que ocorrem decorrentes de algumas lesões (como a visão inconsciente), acho que essa hipótese é pouco provável.

Abs
Felipe

Offline Cientista

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #785 Online: 10 de Abril de 2012, 02:17:15 »
Buckaroo Banzai - Nível Máximo - escreveu:
 
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Você entendeu ao menos exatamente o que ele está negando? Eu não consegui. Tive a impressão que em diversos momentos ele nega a mera possibilidade de zumbis filosóficos (o que seria necessariamente aceitar a existência de qualia, apesar de ser isso aparentemente o objeto principal de negação), mas em outro momento disse que "implicação" da impossibilidade de zumbis filosóficos é que seríamos todos zumbis filosóficos. Me parece ter a mesma lógica de "não existem unicórnios, logo todos os cavalos são na verdade unicórnios".

Você já se interrogou, se o "cientista", não será um especialista na "lei de Poe"... :?: :arrow: :idea:

artur
Talvez, se eu fosse isso, eu poderia ter te pego há tempo. Que imensa decepção tamanho desrespeito, lusitano.

É lamentável o fato para mim e  muito mais para você mesmo, lusitano, mas comprovo aqui que não mereces minha consideração. As "respostas" que você me deu ali atrás até não foram piores do que o que eu já esperava e até ia dizer que não me decepcionou mais do que o que já é normal esperar de você, porém, isso aqui, de tão tamanho desrespeito, não tem mais perdão. Para mim, está definitivamente excluído. Só pretendo dar o último retorno por interesse meu e, como sempre, em respeito a leitores. Depois disso,  ignore a possibilidade de eu respondê-lo novamente.



Além dessa decepção, vejo o Iabadabadu declarando, depois de Jung, estar lendo o bullshit do tal Damásio, bullshit cujo título já é suficiente para identificação como tal, como puro sensacionalismo venal. Todo absorto nos "mistérios recônditos da alma, da consciência, do sonambulismo, das parasonias...", nada de me responder. Fica como um indivíduo que nada capta da essência da informática e, mais fundamental que isso, dos sistemas físicos digitais, a olhar para um SO problemático como a versão 98 do windows e se intrigando com as muitas curiosas disfunções que apresenta na discrepância em relação a como quando o sistema roda 'pianinho'. Acreditando que, pelas disfunções, captará algo desejado das funções. Nada de útil, nada de profícuo por aqui. Um vazio misticista total. Lamentável...

Offline AlienígenA

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #786 Online: 10 de Abril de 2012, 07:33:05 »
Mas, Cientista, no post acima você admite um sistema operacional na máquina, que é exatamente do que os demais estão falando quando se referem ao eu, dentro dessa analogia.

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #787 Online: 12 de Abril de 2012, 13:55:33 »
"Cientista" - escreveu:

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Você já se interrogou, se o "cientista", não será um especialista na "lei de Poe"...  :?: :arrow: :idea:
 

artur

Talvez, se eu fosse isso, eu poderia ter te pego há tempo. Que imensa decepção tamanho desrespeito, lusitano.

É lamentável o fato para mim e  muito mais para você mesmo, lusitano, mas comprovo aqui que não mereces minha consideração. As "respostas" que você me deu ali atrás até não foram piores do que o que eu já esperava e até ia dizer que não me decepcionou mais do que o que já é normal esperar de você, porém, isso aqui, de tão tamanho desrespeito, não tem mais perdão. Para mim, está definitivamente excluído. Só pretendo dar o último retorno por interesse meu e, como sempre, em respeito a leitores. Depois disso,  ignore a possibilidade de eu respondê-lo novamente.

Caríssimo e inexistente "cientista": se você efectivamente, não existe e quando o afirma, está sendo honestamente sincero, então retiro o que disse sobre "a lei de Poe".

No meu cepticismo - conjecturei por momentos - que você como desentidade inexistente, era um grande brincalhão...!!!

Pode crer, que estou profundamente arrependido de ter duvidado da sua inexistência. :vergonha:

A partir de agora, dado que "você" insiste que é concretamente irreal, peço-lhe as minhas sinceras desculpas.

Entretanto, apresento-lhe uma pergunta: dado que "você" é inexistente, como é que consegue SER "cientista"?

artur   
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Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #788 Online: 12 de Abril de 2012, 16:34:13 »

Ola Pessoal,

Olha como esse fenômeno de negação não é tão raro na ciencia :


"Jack Sulentic:
É uma atitude estranha! Não a compreendo como um cientista, realmente. Penso que aquele comunicado de imprensa podia ter gerado um interesse muito maior na astronomia do que boa parte dos comunicados de imprensa mais convencionais. Pois as pessoas conversariam entre si, o que poderia ser aquela conexão, então várias pessoas poderiam oferecer explicações científicas. Mas você como que fecha a porta como a dizer que o Chip Arp, ou alguém como Chip, que acreditam numa interpretação alternativa. Me encontro no meio do caminho, assim poderia ser das duas maneiras. Ele deve se sentir forte, pois interpreto esta atitude como uma manifestação de medo e de incerteza. Pois se eu realmente tivesse confiança em meu paradigma, o apresentaria e diria: "Sim, há uma ponte lá, mas a explicação ou é esta ou é aquela, mas certamente não é o que o Chip Arp diz." Mas em vez disto eles dizem apenas que a conexão não existe."


Outro Cientista, sobre o mesmo caso : "Bem, vejam, ela está obtendo este resultado que não se ajusta, ele tem de estar errado, recomendo que devemos interromper o programa de observação."

Isto é sobre o problema dos Quasares e o desvio para o vermelho.

Ou seja, só Freude explica!!! :)

Abs
Felipe

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #789 Online: 12 de Abril de 2012, 16:59:36 »
Feliperj -escreveu:

Citar
Olha como esse fenômeno de negação não é tão raro na ciencia :

Ou seja, só Freude explica!!!

Abs
Felipe

Que explicação, é que ele daria sobre tal negação de "si próprio"?

artur
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Offline AlienígenA

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #790 Online: 12 de Abril de 2012, 21:53:24 »
Ou seja, só Freude explica!!! :)

Abs
Felipe

Não! Freud, não! Esse é outro que quanto mais explica, mais complica.  ::)

Offline Cientista

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #791 Online: 13 de Abril de 2012, 02:02:52 »
Só pretendia postar isto junto com uma resposta para o Adriano, mas não deu tempo de fazer uma avaliação razoável do que ele postou. Ficará para depois.

Esta é minha última resposta para o lusitano.

Cientista  escreveu:

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Céus, lusitano!

Lusitano lusitano..., não me assuste assim, não me decepcione, eu imploro! Está beirando a fazer como o outro.
 
Eu já esclareci tais questões, já estabeleci criteriosamente em que implica não existirmos.
Vou esclareceu - que é uma máquina orgânica natural - aperfeiçoada pela selecção natural e não uma espécie de holograma virtual ???
"Aperfeiçoada" fica por sua conta (isso somente pode ser diante do ponto de vista da arbitrariedade de uma ilusão consciente). A aberração "espécie de holograma virtual"... também fica por sua conta e risco.


 
Citar
Ainda não o estou acusando "formalmente" disso, mas espero que apresente a realidade do que pensa, como é minha expectativa em relação a ti.
A realidade do que penso, é de que todos nós somos mais ou menos solipsistas e idealistas
Ótimo, assim é bom. Entretanto, eu já entendi isso de você e, diferentemente (de você), não esqueci.



a diferença, é que uns sabem e admitem-no e outros não
Uns "sabem e admitem", outros "sabem e não admitem", outros "não sabem e admitem", outros "não sabem e não admitem"... Nada disso significa coisa alguma.



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Eu já disse que o pensamento lógico é o mito do contra-mito. A lógica é a exuberância perniciosa da filosofia, o que mais se aproxima dessa coisa que filósofos chamam de "verificacionismo ingênuo", distúrbio do qual só eles mesmos sofrem.

Só se adequa à realidade natural de modo científico a mente que não filosofa.
Confesso que ainda não compreendi, a sua diferença fundamental, entre filosofar e cientificar
É claro que não, lusitano. Isso é porque és crente. Precisa da filosofia para sustentar sua crença. Não pode perceber nada de outra forma. Eu já te disse mais de uma vez tópicos atrás. Mas... não deves lembrar...

Se fosse capaz de fazer perguntas certas, de modificar suas perguntas diante de fatos, seria possível, ao menos, que pudesse ter um vislumbre do meu ponto de vista assim como eu tenho um vislumbre do seu. Eu sei que você vê assim porque é crente. Sei em que implica ser crente. Mas você é incapaz de entender que não sou crente. Não sabe no que implica não ser crente. E não quer saber. É a recusa em reconhecer e aceitar em que implica sermos nada mais que máquinas. Não vejo saída disso para você.



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"Cosmólogos ou físicos"? Já era essa a nomenclatura?
Pelo menos, de acordo com o que está escrito acerca desses cientifico/filosóficos.
Muita coisa nesse mundo está escrita sobre muita coisa. Eu perguntei se já era essa a nomenclatura. Você, realmente, talvez não saiba que não.



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Pitágoras e Platão não eram cientistas. Outros pré-socráticos podem ter sido.
Na minha opinião, Pitágoras & Platão, de facto pensavam cientificamente, dado que eram filósofos; embora se ocupassem de investigar ilusões como você costuma dizer.
Eu nem mesmo disse que não pensavam cientificamente. Ser cientista ainda é algo mais que apenas pensar cientificamente, embora seja o pré-requisito de disposição mental necessária e suficiente. Mas não, nem mesmo pensavam dessa forma, eram pensadores mágicos por todos os vestígios deixados.

Agora, mesmo do ponto de vista de filosofistas (visto que eu, que, diferentemente de você, consigo analisá-los em suas realidades físicas comportamentais, posso reconhecer isto) dizer que "alguém pensa cientificamente dado que é filósofo" já é uma extravagância de absurdo de sua parte.

Cientistas não investigam ilusões, investigam realidades.



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Pândega provocativa comigo, lusitano? Vá lá, que seja o simples "entendimento historicista oficial". Você está ciente de que isso para mim é ridículo, não? Sabe o que penso do estagiritinha vergonhento, não? Vamos adiante.
Não: não sei,
Mas já devia a esta altura (se é que não sabe mesmo; já não o considero mais merecedor de confiança). Isso apenas faz reiterar sua falta de atenção/respeito. Nem é mais para você que respondo:



o que você pensa de Aristóteles
Nada menos que o maior malfeitor historicamente discernível da humanidade. Haja vista a influência nefasta que se propagou dele até você, só como um nosso exemplo imediato. Nesses casos, fica até estranho pegar-me pensando numa espécie de carma maldito. Tão infeliz aquele pobre diabo inepto apedeuta ignaro foi que, se algum benefício lhe pudesse ser creditado por alguma influência a Alexandre na construção de Alexandria, o destino se incumbiu de fazer que quase nada de útil sobrasse do assombroso movimento de possíveis pensadores científicos primordiais que passaram por lá.

Teve um físico, acho que um italiano, não lembro bem, que deu uma ótima resposta a algum questionador ridículo: "Gênio??? Aristóteles??? Claro! Sim, é verdade! Só um gênio mesmo para conseguir atravancar a ciência por 2000 anos.".

É claro que é só uma ironia. O ignaro estagiritinha vergonhento não teve tal intenção. Se tivesse não teria êxito.

Veja que isso é desanimador. Eu já sei bastante sobre você. Já, você, me dizendo (ou fingindo) que não conhece certas disposições minhas, como essa, me faz reconcluir a perda de tempo que me causa. Não é possível uma máquina que nunca reconhece a outra, suas características comportamentais, interagir vantajosamente.

Por fim, eu até errei quando disse "entendimento historicista oficial", nem mesmo é. É só o *seu* "entendimento".



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Não, não havia o conceito de ciência. Esses conceitos são, hoje, a mesmíssima coisa para pensadores como você, mágicos. Espero que não se ofenda com o valoro predicado a que fazes majestoso jus.
Parece-me que você tem o mais absoluto direito de acreditar no que lhe pareça acertado e verdadeiro: mas eu não concordo consigo.
Direito de acreditar eu dispenso totalmente; deixo todo para você. Mas, se te parecer que eu tenho o mais absoluto direito de desacreditar no que me pareça errado e falso, espero que não lhe seja problema.



Até ao século XVII - mais ou menos - chamava-se filosofia natural, à actividade científica dos físicos como Galileu e Newton por exemplo; apesar da palavra ciência, existir desde o aparecimento da filosofia.
Eu não disse palavra, eu disse *conceito* (e, *claro*, referi-me ao atual). Hoje, já não se usa mais filosofia natural EXATAMENTE por tudo isso que digo todo o tempo. E... santo proteus! Já falamos disso mais de uma vez. CHEGA!!!!



Portanto - não me parece - que os filósofos naturais, fossem mágicos
Como pode, lusitano, um indivíduo agir assim como você, articulando desonestidades dessa forma? A última resposta que quero de você: O que lucra com isso? Ou... Qual o seu problema?



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Não foi só a metafísica a ser rejeitada, mas todo o arcabouço filosófico do pensamento.
 
Dizer que filosofia é uma forma variada de pensar que possa, mesmo, incluir o pensamento científico, é a mesma desonestidade das definições arbitrárias (como as encontradas aí atrás para insistir em coisas insustentáveis).
Lamento dizer-lhe; mas discordo completamente, com o que acaba de dizer.
No meu caso, lamentar por     queeeeee, lusitano? Eu não tenho problema com discordarem de mim. Vocês é que apresentam urticárias com isso. O que me desagrada é isso que vocês fazem. Toda essa tamanha desonestidade, falta de objetividade, filosofismo doentio. Há coisas a se realizar a respeito do tema daqui e vocês não sabem falar de outra coisa que não filosofia. Só perguntam besteiras e inutilidades. Não ocorreu a ninguém, por exemplo, perguntar o que seria o domínio funcional do 'por que?'. Não tem nada mais aqui, nada.



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Chamar urubu de meu louro, definir um "zumbi" e dizer que ele não é um dispositivo consciente como uma máquina orgânica humana "porque", justamente, "é um zumbi".
O que você escreve, tem bastante piada: eu não nego completamente que a sua auto-percepção, seja uma ilusão ou um zumbi, fabricado pela máquina orgânica consciente.
Mas, de que, diabos, você está falando!? Que zumbi fabricado pelo que? Mas será possível isso, santo deus?! Zumbi, lusitano, é um modelo filosofóide ardilosamente arquitetado antecipadamente à construção de máquinas replicantes do comportamento humano para fugir a ter que reconhecer que somos apenas máquinas. Não tenho nada com esse zumbi, não é invenção minha. Isso é que piada.

Conforte-se com isso, lusitano: os outros não foram melhores que você.



O que eu discordo, é que esse fantasma ilusório seja inexistente.!!!
É claro, você crê na alma imaterial, metafísica, transcendente, mágica, divina DE EXISTÊNCIA ESTANQUE-CONJUGADA À MÁQUINA. E já mostrou que faz o que faz em cima do que faz, assim como o outro. Que triste constatação a minha...



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Se você insiste que tudo é filosofia, então não temos mais nada para discutir, lembra? Estou dispensando um pouco do meu tempo aqui agora para certos incentivos, mas não espere muito mais de mim.
Eu apenas insisto em afirmar, que a ciência, é um modo especializado de filosofar.
Já li. Várias vezes antes. Diferentemente de você, não esqueci/fingi que. Lembro tão bem que lembro até mesmo de quando disse que qualquer pensamento e/ou expressão linguística é filosofar, na sua concepção falaciosa. Por isso perguntei logo acima: "lembra?". Então, não, é mentira sua, não é apenas nisso que insiste em afirmar. Segundo sua concepção falaciosa e desonesta é impossível não filosofar e a única coisa na qual insiste é em fazer-me desperdiçar meu tempo.



Em relação a isso, enviei-lhe um vídeo sobre esse assunto, ministrado por Paulo Giraldelli Júnior, o filósofo de S. Paulo, em quem eu advoguei a minha causa semântica
Acaso não encontrou um passo-a-passo sobre como construir uma máquina com manifestação comportamental consciente livre? É nisso que estou interessado.



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Eu já mencionei o que Francis Bacon, expoente máximo dos "certos filósofos" que mencionaste, disse: "a boa filosofia conduz à crença, à religião; a má conduz ao ceticismo (à ciência)". Ele demonstrou ter entendido o cerne de tudo, ainda que superficialmente pois a máquina humana era uma máquina extremamente fechada e inacessível. Talvez ele entendesse melhor ainda se vivesse hoje.
Apesar de Francis Bacon, ter sido um razoável defensor da filosofia natural, ou seja da ciência, eu não subscrevo tudo o que ele disse
"Razoável defensor"? Essa foi muito boa, essa foi!

Não subscreve? É meeeeesmo, é? Olha que eu não preveria algo assim... Claro que não...






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A má filosofia não é a que não presta (toda ela não presta), é a definhante, a que desvanece.
De facto, há uma filosofia, que eu e outras pessoas como eu, chamamos de ciência, não de magia.





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Não, eu não sei que existo! Estou falando basco, por algum acaso? Eu já disse QUE SEI QUE *NÃÃÃO* EXISTO. Esta máquina aqui existe, não "eu", e, ABSOLUTAMENTE, A MÁQUINA EXISTIR E "EU" EXISTIR *NÃO É A MESMA COISA, NÃO PRODUZ OS MESMOS EFEITOS*. Desisto de repetir!
Você é um filósofo-natural, muitíssimo interessante: a máquina existe; você não.!
Não teve nada melhor para dizer? Pobre coitado de você, lusitano. Eu não queria me comiserar. Você é um filosofista falacioso muito fraco.



Se você como cientista - admite a existência da máquina consciente - que o processa, que motivos tem para negar-se como sujeito real?
Não consigo o que quero, só o que posso. É EXATAMENTE O QUE EU **JÁÁÁ DISSEEE*** ALI EM CIMA: "ABSOLUTAMENTE, A MÁQUINA EXISTIR E "EU" EXISTIR *NÃO É A MESMA COISA, NÃO PRODUZ OS MESMOS EFEITOS*. Como também já disse que desisto de repetir, apenas copiei e colei, para dar em nada, no seu triste caso é claro.

Para registrar: Máquina consciente é só uma simplificação de máquina de *comportamento* consciente, que já é uma simplicação do conceito. O conceito é muito mais difícil do que qualquer coisa apreensível por uma mente mágica.



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Por que não completou? Na "maneira como... existo"? Quais seriam as "maneiras de existir"?
Você, existe como a’ctividade consciente - duma máquina mais ou menos inteligente - sendo a própria máquina.
Eu queria uma RESPOSTA, lusitano, não enrolação.



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Mas não é por esse motivo que você deixa de existir, só porque se dá conta, que é apenas e somente, a resultante, dum  metabolismo mais ou menos orgânico, onde prevalece um sistema nervoso autónomo e outro "consciente".
É aqui que você começa a realmente me preocupar. É o que os outros dizem e não demonstram como. É só uma afirmação fugidia que fazem e mais nada. Quando peço que justifiquem,... Nada! Já perguntei em que se baseia tal conclusão e NINGUÉM responde. É porque não se baseiam em nada além de arbitrarismo definidoróide.

E, de fato, não deixo mesmo de existir, e isto porque não existia antes, nunca existi. Só verifica-se o fato.
Porque é, que d'entre todos os foristas científicos, residentes neste sedutor clube céptico, você é o único que se afirma uma entidade inexistente, apesar de se afirmar uma máquina pensante?
Preciso repetir que não consigo o que quero, só o que posso?

Não sei se sou a única máquina aqui (que se exponha ou não) a se comportar assim.

"Foristas científicos" ficou engraçado. Eu até pensei que poderia encontrar, mas não localizei nenhum aqui.

Por que passou por cima disso, lusitano?:

"O Iabadabadu disse "é só abrir os olhos que tá lá". Entretanto, tudo o que vejo contraria minha existência como mais que máquina determinística, então, na realidade, o que é necessário para sustentar tal absurdo é fechar os olhos para a realidade, como, efetivamente, fazem. Tudo falácia da pura. (Ah, mas ele estava falando de qualia e qualia é outro departamento, não precisa de uma máquina consciente e é por isso que até termostatos simples podem *experienciar* -- porque qualia é uma experienciação "mas não precisa de uma consciência"; ah, tá bão! -- qualia; "não vamos misturar as coisas que EU defini que são separadas!"; tá bão, tão bão, AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!)"

Já está aí a exata resposta para a pergunta aqui. Pergunta que vocês só sabem repetir e repetir e mais nada. Me responder, ninguém responde.



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Citar
curiosamente, determinado tipo de crentes criacionistas, os "testemunhas de jeová" e os "evangelistas do sétimo dia", por exemplo, dizem algo muito semelhante...!!!
Não o mesmo que digo, sem dúvida. E?
Eles também se auto-assumem como artefactos mecânicos auto-conscientes, mais ou menos sofisticados como você: só com a diferença de terem sido modelados por um hiper e poderoso engenheiro.
Eu não me assumo como "autoconsciente", não me assumo como nada nesse sentido (isso parece mais um gay saindo armário). Apenas verifico que não há mais que uma máquina cuja certa parcela funcional é dita consciente, mas apenas comportamental e, o mais importante, ilusoriamente. Se não há consciência(s) no universo decorre que não há engenheiro(s). Torna-se mais um 'rótulo conveniente'. Já falamos sobre isso também, mas você não lembra de nada, não é? Lembra de quando falei do fenômeno de Oklo, lá no Gabão, na África?



Citar
A máquina existe. O que mais?
Quem é que está a responder-me, o cientista ou uma máquina
A máquina existe. O que eu perguntei, "para variar", você não respondeu.



E os dois, não são o mesmo?
É você quem tem que responder isso. São dois ou "o mesmo", um só, só a máquina? Eu já respondi e já chega.



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Citar
A pergunta mais delicada continua a ser: o que é existir?
Não há delicadeza nenhuma nessa questão, é muito simples: A propriedade de existir é participar do conjunto de eventos naturais do universo. A máquina, assim, existe; o "eu", não.
Também sou de opinião, que você é muitíssimo divertido.!!!
É mesmo?! Somos todos divertidinhos e engraçadinhos, então.

Respondi sua pergunta. Te é possível dizer ALGO a respeito? REBATER *ALGUMA COISA*?



Citar
Lusitano, você arbitra a existência do "ser" sem demonstração e depois, como que desconversando, segue adiante como tivesse demonstrado. É o que chamam petição de princípio. Volte lá e demonstre a existência do "ser", por obséquio.
Ser,,, é existir: é participar do conjunto da natureza.
Então só a máquina existe. Mais nada.

Agora, mais uma vez, insisto, VOLTE LÁ E **DEMONSTRE** A EXISTÊNCIA DO "SER", POR OBSÉQUIO! Não quero saber o que seria "ser".



Todavia, também a mim, você não me parece consistente na sua demonstração "cientifica", quando persiste em afirmar-se inexistente.
É mesmo? Lamento, não posso fazer melhor. Nem vou perguntar por que, já que você(s) nem uma demonstração sequer, inconsistente que seja, apresenta(m), nunca respondendo nada do que pergunto. Seus argumentos são o próprio argumento, a ilusão justifica-se por ela própria; e um, mais atrás, ainda tentou aplicar que encerrar essa tautologia é que seria a tautologia. O desespero de crentes é patético de se ver.



Citar
Não faça como os outros, seja você e declare-se como tal. Eu gosto de você mas não sou o cara bonzinho. Te respeito enquanto me respeitar. Se acreditas que somos deuses, problema seu. Mas se ages como quem acredita e diz que não, ou vice-versa, não tolerarei.

A questão do "eu" (de reconhecer sua inexistência) não é mais uma questão de fé, é uma questão de desistência da fé, de rendição à realidade. E observo que é inevitável do processo evolutivo -- a evolução não termina nas máquinas conscientes; as próximas deverão ser conscientes da inconsciência, não há estagnação. Fé é o que é necessário para prosseguir peticionando o "eu", recorrendo a todo tipo de artifício falacioso como quântica mística e o escambau. Então, não adianta querer lutar contra a corrente evolutiva ou negá-la porque não há nada para lutar contra.

Aproveite, lusitano, porque eu já disse mais de uma vez que tudo isso que fazes me entedia muito. Não fornece nada de aplicável. Pode me chamar do que quiseres, não me importo, mas é um tédio o filosofismo dos filosofistas.

No mais... Tá muito fraco isso aqui. Só filosofismo e mais filosofismo e mais filosofismo. O tema do tópico é SEM BULLSHITS FILOSÓFICOS. Vamos lá! Ninguém? Nada? Que mova-se o movimento certo!
Se você não existe e eu também não, quem é que está a cientificar e a filosofar?
Resposta para lusitano:

Ihhhh, rapaz! Deve ser o tal do divinuspritosantu!

Resposta para quem, por ventura, me respeitar:

Nada está a "cientificar e filosofar". Há só o funcionamento de máquinas. O "cientificar e filosofar" aqui não provém de nada que possa ter a intenção de "cientificar e filosofar".
« Última modificação: 13 de Abril de 2012, 02:11:06 por Cientista »

Offline Cientista

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #792 Online: 13 de Abril de 2012, 02:24:58 »
No mais, tudo na mesma. Uns comentarinhos bestas e sem sentido e NADA de útil. Muito boooom isso aqui!

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #793 Online: 13 de Abril de 2012, 14:44:37 »
"Cientista" - escreveu:

Citar
Esta é minha última resposta para o lusitano.

Se "você" escreveu isso, porque o "seu" cérebro especulou que eu
desrespeitei o seu "científico" mecanismo, peço-lhe as mais sinceras e
humildes desculpas...!!!

Citar
Citar
Citar
Lusitano lusitano..., não me assuste assim, não me
decepcione, eu imploro! Está beirando a fazer como o outro.

Eu já esclareci tais questões, já estabeleci criteriosamente em que
implica não existirmos.

Vou esclareceu - que é uma máquina orgânica natural - aperfeiçoada
pela selecção natural e não uma espécie de holograma virtual ???

"Aperfeiçoada" fica por sua conta (isso somente pode ser diante do
ponto de vista da arbitrariedade de uma ilusão consciente). A
aberração "espécie de holograma virtual"... também fica por sua conta
e risco.

Desculpe o meu paralogismo: confesso-lhe honestamente, que sou uma
pessoa com sérios problemas, no que concerne a assimilar o seu
sofisticado "pensamento" electro-mecânico.

Citar
Mas você é incapaz de entender que não sou crente. Não sabe no
que implica não ser crente. E não quer saber. É a recusa em reconhecer
e aceitar em que implica sermos nada mais que máquinas. Não vejo saída
disso para você.

Desculpe-me caro e ilusório "cientísta": Descartes, o filósofo que
inventou as coordenadas cartesianas, que tanta relevância tiveram para
o desenvolvimento da "ciência", também afirmava que fisicamente era
uma máquina pensante; embora concordasse implicitamente, que
"holograficamente", era um ser existente.

Ademais, concordo comigo próprio, que a palavra "crente", serve perfeitamente para definir a sua posição ideológica: "você" é uma máquina, mais ou menos consciente e provavelmente "auto-consciente", que se apresenta neste clube céptico, com a etiqueta de "cientista"...!!!

Citar
Cientistas não investigam ilusões, investigam realidades.

"Você" como mecanismo processador da ilusão possuidora de
auto-consciência, pretende dizer que máquinas científicas, não
investigam ilusões... Não?

Mas que ilusões... A ilusão de que são auto-consciências, ou a ilusão
que existem?

Citar
Eu não tenho problema com discordarem de mim. Vocês é que
apresentam urticárias com isso.

Desculpe-me caríssimo mecanismo "científico": cada máquina
ilusoriamente "auto-consciente e pensante" deste interessante clube
céptico, responde por si... Eu pessoalmente, não tenho pruridos em
discordar da sua sofisticada mecanicidade "cognitiva".

Citar
O que me desagrada é isso que vocês fazem. Toda essa tamanha
desonestidade, falta de objetividade, filosofismo doentio. Há coisas a se realizar a respeito do tema daqui e vocês não sabem falar de outra coisa que não filosofia.

Quando "você" fala de desonestidade, o que é que "realmente" pretende
dizer, que pensamos numa coisa e dizemos outra?

Citar
Só perguntam besteiras e inutilidades. Não ocorreu a ninguém,
por exemplo, perguntar o que seria o domínio funcional do 'por que?'.
Não tem nada mais aqui, nada.

Gostaria que o seu genial cérebro, esclarecesse melhor essa questão
que você tão interessantemente coloca...

Citar
Conforte-se com isso, lusitano: os outros não foram melhores
que você.

De facto isso é consolador: cheguei a temer ser o único servomecanismo
hipocognitivo, frequentador deste fórum.

Citar
Citar
O que eu discordo, é que esse fantasma ilusório seja
inexistente.!!!

É claro, você crê na alma imaterial, metafísica, transcendente,
mágica, divina DE EXISTÊNCIA ESTANQUE-CONJUGADA À MÁQUINA. E já
mostrou que faz o que faz em cima do que faz, assim como o outro. Que
triste constatação a minha...

Mas não tenho intenção de faltar-lhe ao respeito....!!!

O outro, aparenta ser tão mecanicista como "você" embora diga não o perceber; eu ademais de ser um servo-mecanismo, mais ou menos saudável, também me assumo como holograma objectivo, mais ou menos massudo. :idea:

Citar
Não, eu não sei que existo! Estou falando basco, por algum
acaso? Eu já disse QUE SEI QUE *NÃÃÃO* EXISTO. Esta máquina aqui
existe, não "eu", e, ABSOLUTAMENTE, A MÁQUINA EXISTIR E "EU" EXISTIR
*NÃO É A MESMA COISA, NÃO PRODUZ OS MESMOS EFEITOS*. Desisto de
repetir!

:ok: rendo-me; admito tecnicamente, que de facto "você" como ser
mecânico, efectivamente existe...!!!

Citar
Citar
Se você como cientista - admite a existência da máquina
"consciente" - que o processa, que motivos tem para negar-se como
sujeito real?

Não consigo o que quero, só o que posso. É EXATAMENTE O QUE EU **JÁÁÁ
DISSEEE*** ALI EM CIMA: "ABSOLUTAMENTE, A MÁQUINA EXISTIR E "EU"
EXISTIR *NÃO É A MESMA COISA, NÃO PRODUZ OS MESMOS EFEITOS*.

Citar
Para registrar: Máquina consciente é só uma simplificação de
máquina de *comportamento* consciente, que já é uma simplicação do
conceito. O conceito é muito mais difícil do que qualquer coisa
apreensível por uma mente mágica.

Se de facto, você pretende que eu compreenda, que você se afirma honestamente uma máquina, que processa uma ilusão de auto-consciência "consciente", pode crer, que eu admito inteiramente a sua honestidade mecânica.

E aceite o que eu "lhe" escrevo: não tenho mente mágica; tenho mente filosófico-científica, mais ou menos mística.

Recorda-se do filme "Eu robote", em que Sony se auto-definiu como ser humano?

Citar
Citar
Citar
Por que não completou? Na "maneira como...
existo"? Quais seriam as "maneiras de existir"?

Você, existe como a’ctividade consciente - duma máquina mais ou menos
inteligente - sendo a própria máquina.

Eu queria uma RESPOSTA, lusitano, não enrolação.

Desculpe-me magnífico mecanismo metabólico, ilusóriamente autoconsciente."Você" é ou não é uma máquina? Se não é, concordo, que "você" realmente não existe: mas se é mesmo uma máquina, então "você" efectivamente existe; e quem anda com enrolações de facto é "você", seu desconcertante mecanismo "consciente"...!!!

Citar
E, de fato, não deixo mesmo de existir, e isto porque não
existia antes, nunca existi. Só verifica-se o fato.

Na minha modesta opinião, uma máquina como você diz ser, processadora de ilusões de "consciência", não é de confiar, mesmo afirmando ser "científica".

Portanto na minha humilde condição humana e criativa, passou a existir, a partir do momento em que eu o constatei.

Declaro-o existente... :!:

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Porque é, que d'entre todos os foristas científicos, residentes neste sedutor clube céptico, você é o único que se afirma uma entidade
inexistente, apesar de se afirmar uma máquina pensante?

Preciso repetir que não consigo o que quero, só o que posso?

Não sei se sou a única máquina aqui (que se exponha ou não) a se
comportar assim.

"Foristas científicos" ficou engraçado. Eu até pensei que poderia
encontrar, mas não localizei nenhum aqui.

Por que passou por cima disso, lusitano?:

"Você" excepcionalmente, considera-se a única máquina "científica" debatedora de "Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência", neste clube céptico? É natural, que seja assim que o seu respeitável  cérebro "processe tal ilusão cognitiva".

Os outros foristas "científicos" que também debatem o mesmo assunto, não sofrem da ilusão "científica", de serem pura e simplesmente máquinas. Pelo menos ainda não o afirmaram tão veementemente como "você".

E finalmente, parece-me óbvio que você confirma que existe: Eureka! "Você" é uma máquina, ilusoriamente "auto-consciente"...

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curiosamente, determinado tipo de crentes
criacionistas, os "testemunhas de jeová" e os "evangelistas do sétimo
dia", por exemplo, dizem algo muito semelhante...!!!

Não o mesmo que digo, sem dúvida. E?

Eles também se auto-assumem como artefactos mecânicos
auto-conscientes, mais ou menos sofisticados como você: só com a
diferença de terem sido modelados por um hiper e poderoso
engenheiro.

Eu não me assumo como "autoconsciente", não me assumo como nada nesse
sentido (isso parece mais um gay saindo armário).

Assume-se apenas como uma máquina que processa essa ilusão?

Citar
Apenas verifico que não há mais que uma máquina cuja certa parcela
funcional é dita consciente, mas apenas comportamental e, o mais
importante, ilusoriamente.

Se não há consciência(s) no universo decorre que não há engenheiro(s) . Torna-se mais um 'rótulo conveniente'. Já falamos sobre isso também, mas você não lembra de nada, não é? Lembra de quando falei do fenômeno de Oklo, lá no Gabão, na África?

Não me leve a mal, desconcertante e respeitável máquina ilusoriamente "consciente"; confesso-lhe sem intuitos ofensivos, que padeço de compreensão lenta: portanto peço-lhe para se explicar muitíssimo melhor.

Todavia atrevo-me a deixar-lhe mais uma pergunta: se não existem consciências no universo, nem existem engenheiros, porque motivos o seu mecanismo "cognitivo" debate neste clube céptico, com o rótulo de "cientista"?

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A máquina existe. O que mais?

Quem é que está a responder-me, o cientista ou uma máquina

A máquina existe. O que eu perguntei, "para variar", você não respondeu.

Então a máquina existe...!!! E "você" não é essa máquina? Confesso
envergonhado, que não percebo tão súbtil enunciado mecânico.

O que é que "você" perguntou que eu não respondi?

E em contrapartida, "você" respondeu o quê? respondeu, que o "cientista" e a máquina, são o mesmíssimo SER? Ou que simplesmente não há nenhum "cientista"?

E se não há nenhum "cientista", como é que "ele" consegue andar neste fórum, a fazer-se passar por tal...???

Mas que máquina mais falaciosa, "você" me saiu...!!!

Citar
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E os dois, não são o mesmo?

É você quem tem que responder isso. São dois ou "o mesmo", um só, só a
máquina? Eu já respondi e já chega.

Desculpe-me caríssimo e respeitável mecanismo organometabólico: discordo inteiramente da sua afirmação; quer você tenha de se repetir ou não, quem tem de se explicar devidamente, na minha céptica e modesta  opinião, é mesmo "você"...!!!

Citar
Citar
Citar
A pergunta mais delicada continua a ser: o que é
existir?

Não há delicadeza nenhuma nessa questão, é muito simples: A
propriedade de existir é participar do conjunto de eventos naturais do
universo. A máquina, assim, existe; o "eu", não.

Respondi sua pergunta. Te é possível dizer ALGO a respeito? REBATER
*ALGUMA COISA*?

Eu identifico-o, como a totalidade orgânica funcional da máquina, que inclui portanto a sua ilusória "consciência": então nesse contexto filosófico-científico, tenho a clara e distinta certeza, que você é uma forma de ser. Logo segundo a sua definição de existência, você é um ser, que participa necessariamente dos eventos naturais.

Citar
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Lusitano, você arbitra a existência do "ser" sem
demonstração e depois, como que desconversando, segue adiante como
tivesse demonstrado. É o que chamam petição de princípio. Volte lá e
demonstre a existência do "ser", por obséquio.

Ser,,, é existir: é participar do conjunto da natureza, tal & qual "você" expôs.

Então só a máquina existe. Mais nada.

Agora, mais uma vez, insisto, VOLTE LÁ E **DEMONSTRE** A EXISTÊNCIA DO
"SER", POR OBSÉQUIO! Não quero saber o que seria "ser".

Como "você" anteriormente disse e eu concordei, com a sua explicação do que é SER, «« A propriedade de existir é participar do conjunto de eventos naturais do universo. »»...

Então eu tendo compreendido e assimilado que você é uma máquina, em todo o seu explêndido funcionamento, demonstro eficientemente, que "você", é uma forma de SER organometabólica mais ou menos complexa e ilusóriamente "consciente".

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Não faça como os outros, seja você e declare-se como tal. Eu
gosto de você mas não sou o cara bonzinho. Te respeito enquanto me
respeitar. Se acreditas que somos deuses, problema seu. Mas se ages
como quem acredita e diz que não, ou vice-versa, não
tolerarei.

Parece-me que o seu mecanismo ilusóriamente "consciente", está a processar um fiasco cognitivo: eu como naturalista, defensor das opiniões de filósofo-científicos, como Espinosa e Auguste Comte, sou de honesto e sincero parecer, que de facto todos nós somos deuses, na medida em que somos seres naturais.

Ainda não mudei de opinião quanto a isso e creio que o tenho sempre escrito; embora as minhas acções por vezes sejam contraditórias, como é natural, em qualquer deus...

Agora se "você renega a sua divindade, ou humanidade, é um problema exclusivamente seu e eu entendo perfeitamente...!!!

Seria um milagre - um ser artificial como "você" - assumir-se como um animal divino, absolutamente natural.

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A questão do "eu" (de reconhecer sua inexistência) não é mais
uma questão de fé, é uma questão de desistência da fé, de rendição à
realidade.

E observo que é inevitável do processo evolutivo -- a evolução não termina nas máquinas conscientes; as próximas deverão ser conscientes da inconsciência, não há estagnação.

Fé é o que é necessário para prosseguir peticionando o "eu", recorrendo a todo tipode artifício falacioso como quântica mística e o escambau. Então, não
adianta querer lutar contra a corrente evolutiva ou negá-la porque não
há nada para lutar contra.

Eu até concordo com "Isaac Azimov" em "a última pergunta" e Michio Kako em "a ciência do impossível": Quando ambos conjecturam omnisciência, omnipotência e omnipresença comparada em termos digitais, segundo uma perspectiva civilizacional I, II e III

Tendo ficado claro para Michio Kako, que ainda estamos em civilização  zero.   

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Aproveite, lusitano, porque eu já disse mais de uma vez que
tudo isso que fazes me entedia muito. Não fornece nada de aplicável.
Pode me chamar do que quiseres, não me importo, mas é um tédio o
filosofismo dos filosofistas.

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Resposta para quem, por ventura, me respeitar:

Nada está a "cientificar e filosofar". Há só o funcionamento de
máquinas. O "cientificar e filosofar" aqui não provém de nada que
possa ter a intenção de "cientificar e filosofar".

Respeitado, maravilhoso e honorável mecanismo, ilusóriamente "consciente e "científico": só tenho a dizer-lhe, que me parece estranhamente desconcertante, que "você" tem um estilo filosófico de escrever sobre "ciência", notavelmente anti-filosófico.

Respeito completamente e considero muitíssimo interessante o seu filosofar...  :ok:

artur
« Última modificação: 13 de Abril de 2012, 17:00:02 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline Gaúcho

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #794 Online: 13 de Abril de 2012, 16:17:00 »
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Gigaview

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #795 Online: 13 de Abril de 2012, 18:22:51 »
Citar
Desculpe-me caro e ilusório "cientísta": Descartes, o filósofo que
inventou as coordenadas cartesianas, que tanta relevância tiveram para
o desenvolvimento da "ciência", também afirmava que fisicamente era
uma máquina pensante; embora concordasse implicitamente, que
"holograficamente", era um ser existente.

Pérola holográfica do Lusa.  :histeria:
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Muad'Dib

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #796 Online: 13 de Abril de 2012, 18:44:02 »
Então cientista, eu vou fazer diferente do Buckaroo, acho que não vem ao caso perguntar se tem algum cientista de renome que compartilhe sua visão, de repente você está sozinho com a verdade.

Mas eu acho muito justo você compartilhar "tudo que você vê" que diz que somos máquinas e tal e mais, pelo menos uma evidência que sustente sua visão. Por favor, uma evidência neurofisiológica. Mente/cérebro, cérebro não tem nada a ver com computador.

Você está decretando a verdade aqui sem ter colocado uma só palavra de cérebro.

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #797 Online: 14 de Abril de 2012, 09:50:55 »
Gigaview - escreveu:

Citar
Citar
Desculpe-me caro e ilusório "cientísta": Descartes, o filósofo que
inventou as coordenadas cartesianas, que tanta relevância tiveram para
o desenvolvimento da "ciência", também afirmava que fisicamente era
uma máquina pensante; embora concordasse implicitamente, que
"holograficamente", era um ser existente.

Pérola holográfica do Lusa. :histeria:


Obrigado por ter achado piada à minha alegoria...  :ok: Todavia reconheço que Descartes, não escreveu textualmente o que eu lhe atribuí: dado que a palavra holograma, não me parece ter sido inventada por ele. :idea:

artur
« Última modificação: 14 de Abril de 2012, 15:49:58 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline Cientista

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #798 Online: 14 de Abril de 2012, 17:29:54 »
Então cientista, eu vou fazer diferente do Buckaroo, acho que não vem ao caso perguntar se tem algum cientista de renome que compartilhe sua visão, de repente você está sozinho com a verdade.

Mas eu acho muito justo você compartilhar "tudo que você vê" que diz que somos máquinas e tal e mais, pelo menos uma evidência que sustente sua visão. Por favor, uma evidência neurofisiológica. Mente/cérebro, cérebro não tem nada a ver com computador.

Você está decretando a verdade aqui sem ter colocado uma só palavra de cérebro.
...         ...         ...

Mãos na cabeça...         vamos lá, tenhamos alguma paciência...

Não, realmente, não vem ao *seu caso* perguntar, vem ao seu caso, *reponder*.

Onde está aquilo que você disse que faria e que não fez até agora? Já respondi a tudo isso que pergunta aqui. Eu respondo novamente até, de forma variada, mais minuciosa, mas, lembra do que eu disse que eu faria se você não me respondesse? Que não me manifestaria mais para você? Faça diferente do Buckaroo, não só relativamente ao que destacou aí em cima que, por sinal, é de um absurdo total. Responda minhas perguntas; aborde as questões que pus. Já respondi todas suas perguntas repetidas; já abordei todos os pontos repetidos colocados por vocês. O que acha de fazer um pouquinho mais bonito e assumir a sua vez, agora?

Um detalhe a mais, só para pessoas flutuantes no vazio entenderem. Não se chega a um conhecimento novo engolindo-o. Ele vem até você e você vai até ele. Se não fizer e mudar perguntas, tudo o que eu disser não será apreensível. Você tem que descobrir o que quer entender de mim, se é que quer entender alguma coisa, e me perguntar ou não obterá nada. Não sou uma instituição metodológica de ensino. Não vou explicar tudo de A a Z. Já disse que não tenho teoria alguma a mais que as que já existem, que já estão aí. Não sou eu quem nega ilusões (elas não existem para serem algo a se negar), são vocês que negam a realidade. São vocês que têm que prestar esclarecimento do porque da máquina humana ser a única contrariante das normas naturais. Eu não erijo a máquina humana a esse status de singularidade.

Se tentar inverter as responsabilidades mais uma vez, desisto de você completa e definitivamente também. Não estou aqui para desperdiçar tempo com discussões sem proveito. Eu quero resultados que sejam úteis para um projeto. Se puder ser de ajuda como um ponto de apoio de retornos profícuos, de trocas, agradeço. Se não, dispenso.



Adriano, curiosamente, um (o bullshit infindo) tem 162 páginas, o outro (o bullshit, talvez, finito, talvez salvável) tem 81. É bastante para encher o tempo vazio de alguém. Felizmente, o primeiro não merece que eu leia nem o título. É o que chamo de, impresso, crime de desperdício de papel e tinta. O segundo chega a ter uma apresentação técnica que, numa passada d'olhos, não introduz nada de novo. O que me parece é que a "novidade" do autor fica mesmo por conta da filosofia dele. Dê-me mais um tempinho que eu volto dizendo com mais propriedade se algo daquilo pode ter alguma consonância com a minha "proposta" ou não. À primeira vista, não tem nenhuma.

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #799 Online: 19 de Abril de 2012, 07:35:00 »
À máquina auto-denominada "cientista" e a quem mais interessar:

FILOSOFIA E CIÊNCIA.

J. M. Paulo Serra - 2008

Covilhã, 2008
FICHA TÉCNICA
Título: Filosofia e Ciência
Autor: Joaquim Mateus Paulo Serra
Colecção: Artigos LUSOSOFIA
Direcção: José Rosa & Artur Morão
Design da Capa: António Rodrigues Tomé
Composição & Paginação: José M. Silva Rosa
Universidade da Beira Interior
Covilhã, 2008

Filosofia e Ciência
J. M. Paulo Serra
Universidade da Beira Interior

www.lusosofia.net

Indice

1 A Filosofia como “mãe das ciências” 4
2 A Filosofia como “irmã” da Ciência 8
3 Irmandade ou miscigenação 11
4 Conclusão 13

Intervenção na abertura do 9.º Encontro de Jovens Investigadores, em 12 de
Abril de 2003, no Seminário do Verbo Divino, Tortosendo.

J. M. Paulo Serra

1 A Filosofia como “mãe das ciências”

A consciência de que há, entre a Filosofia e a Ciência, relações
muito estreitas revela-se, desde logo, na afirmação invariavelmente
repetida de que a Filosofia é a “mãe das ciências”.

Uma tal afirmação pode compreender-se em pelo menos dois sentidos fundamentais:

i) No sentido em que a Filosofia foi a primeira forma do chamado
“conhecimento racional”, representando a Ciência – as ciências –
a segunda forma desse mesmo conhecimento; mas, sobretudo
no sentido em que, à medida que ia aumentando o conhecimento,
foi surgindo a necessidade de especialização em determinados
campos problemáticos – os números, o movimento, os seres vivos,
etc. –, o que foi levando ao surgimento das diversas ciências a
partir da Filosofia.

Ora, esta concepção “maternalista” da relação entre Filosofia
e Ciência foi entendida, no decurso da História, de duas formas
opostas: a forma a que chamaremos “a mãe tirana”, e que aponta
no sentido da subordinação das ciências à Filosofia; a forma a que
chamaremos as “matricidas”, e que aponta no sentido da subordinação
da Filosofia às ciências, e, no limite, do desaparecimento
daquela no seio destas. Analisaremos, no que se segue, cada uma
destas formas.

A utilização dos termos Filosofia e Ciência, neste texto, pode prestar-se
a alguns equívocos.

De facto, quando hoje nos referimos à “Filosofia” e à(s) “Ciência(s)” referimo-nos, fundamentalmente, à profissão, ou, pelo menos, ocupação, de um certo tipo de especialistas, formados em instituições próprias, utilizando linguagens, métodos e formas de validação do conhecimento específicas.

No tempo épico dos gregos, pelo contrário, “Filosofia” designava, globalmente, o “amor da sabedoria”, e a palavra Ciência (episteme) era definida, por Platão, como uma forma de conhecimento oposta à opinião ou senso comum (doxa) – pelo que uma e outra, que podem ser consideradas como sinónimas, englobavam aquilo a que hoje chamamos “Filosofia” e “Ciência”.

Filosofia e Ciência

Salva uma ou outra excepção, até meados do século XIX
a “maternidade” da Filosofia em relação às ciências foi entendida,
geralmente, no sentido de uma subordinação das segundas em relação
à primeira – em termos de fundamentos, de métodos e de objectivos;
uma subordinação que, note-se, e no que respeita à maior
parte do período em questão, é perfeitamente “natural” – no sentido
em que nem sequer é entendida como “subordinação” –, já que os
homens que faziam “ciência” se consideravam e se designavam a si
próprios como “filósofos”e a “ciência” não era por eles entendida
senão como parte da “filosofia”.

Assim, e para darmos apenas alguns exemplos, para Platão as
ciências – no caso, as Matemáticas, o conhecimento discursivo
ou dianoético tendo por objecto os números e as figuras – constituíam
uma propedêutica para a Filosofia propriamente dita, para
o conhecimento intuitivo ou noético, tendo como objecto as Ideias.

Para Aristóteles, a ciência suprema é a Metafísica ou Filosofia
Primeira, que trata do Ser, e que se encontra incluída nas ciências
ditas teoréticas, elas próprias superiores quer às ciências práticas
quer às ciências produtivas.

Para Descartes, a Metafísica constituía as raízes – a base – da
“árvore do saber”, constituindo a Física o tronco e a Mecânica, a
Medicina e a Moral os principais ramos.

2 Refiram-se apenas alguns casos conhecidos: Platão tinha as matemáticas
como um dos principais objectos de estudo da sua Academia; Aristóteles
foi botânico, biólogo, astrónomo, físico e psicólogo; Descartes foi físico e
matemático; Pascal foi físico e matemático; Leibniz foi físico e matemático;
Kant foi um dos inventores de uma célebre teoria cosmológica; Marx é um dos
fundadores da economia política e da sociologia; Simmel é um dos fundadores
da sociologia.

Dois outros casos muito ilustrativos são o de Galileu que, invariavelmente,
se refere ao estudo matenático-experimental da natureza com o
termo “filosofia” – lembre-se a afirmação do Il Saggiatore, de 1623, segundo
a qual “A Filosofia está escrita nesse grandíssimo livro que continuamente está
aberto diante dos nosso olhos (eu digo, o Universo)” – e o de Newron que, em
1687, faz publicar a sua obra fundamental sob o título Princípios Matemáticos
de Filosofia Natural.

J. M. Paulo Serra
« Última modificação: 19 de Abril de 2012, 08:05:09 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Especulando realismo fantástico, em termos de
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paralogismo comparado - artur.

 

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