Desculpem, faltou ânimo, tempo e o estímulo aqui é negativo. Só um mínimo senso de compromisso e o fato de que já tinha ido além do meio do caminho, de onde a volta é mais longa que o término, mais uma remotíssima possibilidade de alguma boa, realista, OBJETIVA ideia que alguém mais apareça para oferecer sobre o tema, o que muito me interessaria, como o quase milagroso caso do Gilberto que, aliás, parece estar sumido (espero que não tenha se sentido muito acuado pelas minhas últimas interpelações a ele; eu sou assim mesmo, Gilberto, pedra 900, acostume-se ou fique longe de mim, mas não prive os outros da sua contribuidoríssima presença, *se for o caso que pensei*). Para completar, no último sábado, o computador que uso para me conectar apresentou problema. Agora, preparei outra máquina para a tarefa e volto para terminar minha resposta.
E não é que encontro coisas mais desestimulantes ainda? Como eu, já, mais que suspeitava, o Buckaroo declarando seu solipsismo místico-fisicóide tipo matrix sem qualquer indício de mal-estar por isso. Eu já concluía e cheguei a mencionar. Mas há um "pequeno" problema nessa apelação fugidia em especial: é que no dia em que você, como única realidade universal, decidiu esqueçer toda a sua eternidade e jogar a chave do esquecimento fora, parece ter esquecido algo a mais do que devia. Esqueceu-se de não me (na verdade, suas "sensações" de mim) programar para, neste momento, te questionar sobre seu esquecimento deliberado, no qual criou uma construção de uma realidade em que é um produto intermediário numa evolução em que tudo existe antes e depois de sua efemeridade, desfazendo totalmente a sua possibilidade de "lembrar" novamente que tudo é você mesmo. Uma pena... Agora, faz mais consistência a realidade física existir e não suas sensações dela. E assim, " "eu" " (*o comportamento dessa máquina determinística que vos escreve*) existo mesmo, não como criação sua. Além de tudo mais no universo, só para te contradizer, tu, o criador da própria realidade, que não pode mais provar-se a si mesmo como tal. Só te restou o desejo e suas definições arbitrárias. Por que fizeste isso??? O universo podia ser tudo o que quisesses e abriste mão de tudo para que a realidade fosse mesmo real! Um deus com tanto poder que deixou de ser deus para criar a realidade sem ele...
Oh, de qualquer forma, só tenho a te agradecer por isso!
Também, a declaração do Iabadabadu de que "sonhos são um grande mistério"!!!!!!! Mas,
MEU DEUS DO CÉU, Iabadabaduuuuuuuuuuu!!!!!!!
Cê inda tá nessa, cara?!
Valha-me senhor! Vamos lá ver no que dá...
O bom é que pude elaborar um pouco melhor as respostas e isso tende a encurtar as coisas no todo. Acabei consumindo uma soma de horas, até de sono que tenho precisado muito, nisso junto com a solução do problema (da maldita máquina), mas tenho tentado pensar bastante no problema de qualquer forma. Não é de todo um desperdício.
No que isso for apenas em analogia para o problema de qualia, do meu ponto de vista ele não se trata em afirmar que existiria uma "vermelhidão de verdade", mas sim em como "temos a sensação" disso.
O "temos a sensação" é o cerne do "problema" que você (acha que) vê. *Como ocorre o processo* é que seria a questão (não há nada para *ter* *sensação* nenhuma).
Você tem um apego muito grande a rótulos e a sutilezas semânticas que parece não levar a lugar algum, exceto em parágrafos e parágrafos discorrendo sobre coisas de pouca ou nenhuma relevância, como "não existir" seleção aritificial, sexual e outras possíveis subcategorizações de seleção natural, mas apenas seleção natural.
Isso ficou muito engraçado. Um filosofista falando em "parágrafos e parágrafos discorrendo sobre coisas de pouca ou nenhuma relevância" como que "levando a lugar algum"... Muito divertido isso!
...Vamos lá
Claro que tenho! Essas "sutilezas" paquidérmicas constroem muralhas atrás das quais muitos como você se escondem. Não por acaso, precipitam-se logo em atacar e tentar depreciar qualquer ação corretiva das "sutilezas" tão gritantes que são capazes de, por exemplo como o daqui mesmo, colocar um "eu" na máquina e dizer que é só um detalhe "semântico" "que não muda nada o foco da questão". Patético como ulterior tentativa de fuga. *"Parece"* não levar a lugar algum ser rigoroso com isso *para você*, que depende delas para filosofar. Você não gosta, é horrível, não é? Ééé... Mas como eu já disse inúmeras vezes: é exatamente isso, essa desatenção por este rigor, fuga mesmo dele, que é filosofar. Por outro lado, é este "apego" que eu tenho o que me faz um pensador científico, ou seja, um não-filosofador.
*Não existe* seleção artificial e isto é uma extensão do fato de que nós não existimos. Mas o racional Irracionalista definiu perfeitamente bem como "rótulo conveniente", o que, para mim, está ótimo. Isto não confere existência objetiva, real, a artificialidade alguma de qualquer coisa. E isto é da mais imperiosa relevância para a abordagem científica da realidade, sem que o perscrutador se perca em volteios filosóficos como os que você faz, esses sim, de nenhuma relevância.
Eu já me abstenho de debater com pessoas filosofistas demais como o lusitano, como ele mesmo bem sabe. E você está fazendo pior que ele. Está fazendo o que ele faz em cima do que ele faz. E ainda me critica por eu ser linguisticamente rigoroso? É uma das coisas mais repulsivamente desonestas que já vi.
Nos cérebros ocorrem processos que fazem os "indivíduos físicos" portadores terem/reportarem a ilusão de terem sensações. Está, OK?
NÃO!!! É claro que não! Não existem esses "indivíduos físicos" portadores de coisa nenhuma. Isso aqui está meio estranho... Depois de tudo, você está mesmo me perguntando isso??? Eu, particularmente, procuro evitar me comunicar quando não estou em plenas condições mentais, quando se perde a devida atenção aos rigores signo-semânticos, por exemplo.
mas aqui mesmo se deixa flagrar em contradição só em escrever "temos a sensação"
Ainda estou para entender no que isso seria mais contraditório do que seleção sexual ou artificial com a natural.
(Primeiro, que diabo de associações repletas de confusão você faz! Está colocando seleção sexual e artificial na mesma categoria, em posição contraditória à natural? A única aqui que engana a muitos que não é natural é a artificial. Céus dos céus dos céus...!) Contraditório? Que "contradição" você enxerga aqui? Só por acaso, está misturando um outro assunto com esse, demonstrando supor haver apenas alguma possível similaridade e, por não entender o que digo (se é que não entende), não vê que é a mesma coisa, é o que parece. Só existe seleção natural. Não há competidores outros. E tudo isto somente dentro de uma "construção" lógica da ilusória mente humana, o que significa que essa "existência de seletividade natural" pode e deve nem ter o sentido natural que "entendemos" ter. É o tipo de coisa que é demais (ou de menos) para um pensador filosófico. Não fique fundindo seu cérebro ainda mais com isso. Tente debater, não tentar escapadelas infantis. Eu sei que você não tem argumentos para apresentar, então, aceite a realidade. O ganho será somente SEU.
Para isso aqui embaixo, vou dividir minha resposta em duas etapas: a primeira é a parte idiótica tolinha boazinha da resposta; a segunda será a prensa.
e mais ainda em outros posts em que fala da "captura de tela" como um suposto meio de confirmar se o quale do outro é o mesmo seu; "(do) outro", "seu". Entende?
Isso não era de fato um "meio", no sentido de algo que deveríamos "buscar" fazer, mas justamente uma ilustração do problema.
Ilustração (incremento, floreio, regurgitação) do "problema"? Uma experiência de pensamento? Dentro dos meandros do próprio pensamento? "Ilustração" é tudo o que o "problema" é, por "natureza". Não é preciso ilustrá-lo. O que você propõe é um(a tentativa de) convencimento de que o "problema" "existe mesmo". Isso não é necessário para quem crê nele, e para quem não crê não funciona. Esqueça a "técnica". Se não devemos "buscar" um experimento *objetivo* desse tipo, então não serve para nada. Se você entende que tal experimento não pode ser realizado, então sabe de tudo que estou falando. Nesse caso, qual é a 'sua' então?
Enquanto é perfeitamente possível "capturas de tela" e comparação com telas de verdade, não é o caso com nossas "telas internas" (ou isso dito de forma processual falando de aparelhos biológicos sem "eu" e blablablá, isso é, se é que podemos realmente dizer que existem tais efêmeras organizações de matéria no universo como "seres").
"aparelhos biológicos sem "eu" e blablablá"?
Claro que não! Tais aparelhos têm "eu"... ...e blablablá também? Dessa eu não sabia...
"se é que podemos realmente dizer que existem tais efêmeras organizações de matéria no universo como "seres""?
Ou... que tal "se é que podemos realmente dizer que existem tais "seres" como efêmeras organizações de matéria no universo"? Não soa melhor para você?
Claro que não! A organização de matéria é efêmera, mas a alma é eterna. A dupla é que completa o "ser". A alma só ocupa a organização de matéria em sua efemeridade por razões insondáveis... Só UM, o maior, o todo poderoso pode saber das coisas que nos são inacessíveis...
Vejo que nem preciso me empenhar muito. Você mesmo se confessa.
O mais parecido seria uma comparação de estados neurais, o que nos dá no máximo o análogo a um "arquivo de imagem", mas no entanto ainda seríamos incapazes de entender como o cérebro nesse estado tem a experiência/ilusão que tem.
O cérebro ("nesse estado"???) não tem experiência/ilusão nenhuma. É... Mais uma daquelas "sutilezas semânticas" paquidérmicas (nas quais não caio).
E que diabo de "estados neurais" (análogos a "arquivos de imagem"???) são esses? Não descarregue em cima de expressões afásicas coisas que já não significam nada por si mesmas só para sentir que está dizendo alguma coisa. Parece um parapsicólogo falando em "estados alterados da consciência".
O melhor que podemos fazer por hora é apenas supor que é algo intrínseco a esse estado (seja lá como for), e que não seria possível que algo suficientemente parecido com o cérebro não ter tal ilusão ao mesmo tempo em que processasse tais informações nesse nível de processamento (em oposição a algo menos sofisticado, como a visão cega).
O melhor que *podemos*? *Podemos*, quem? Cara pálida! Está completamente por fora. Já se pode fazer MUITO mais que isso. Não você, é claro.
"Algo intrínseco a esse estado"... Isso representa um alheiamento de conceitos fundamentais tão grande que soa realmente como o palanfrório misticóide que, de fato, é. Uma espécie de pseudocientífico-místico-baboseira. O trabalho didático para superar uma situação como essa me parece extremamente intimidador de empreender.
Mas, além de simplesmente não sabermos (assim como não sabemos sobre os porques de supostas leis universais) é apenas uma dentre tantas outras possibilidades, várias das quais não precisam descambar em mundos fantasiosos de fantasmas e duendes.
De novo, não *sabermos*, quem, cara pálida? Não há nada aí para "saber". Essa insistente desamparada comparação com leis universais é de um vazio sem fim. Você quer comparar uma suposta "essência do eu" com a essência ou "(ir)redutibilidade" de princípios da natureza? A máquina humana funciona sob tais princípios, não é nenhum deles. A máquina humana tem uma localização e, principalmente, uma delimitação espaço-temporal definida restrita. Não há a menor comparabilidade entre as coisas e você se apega a isso de forma desoladora de se ver. E eu só conheço UMA "possibilidade" que não descamba para fantasias sobrenaturais. O resto atende pelo nome de CRENÇA. Ou... deixe-me adivinhar. Não descambam em mundos fantasiosos de fantasmas e duendes e qualia e consciências reais porque por (SUA) definição não descambam? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!
Acertei?!
Sabe que é uma e a mesma "coisa" (nada real, só ilusão sobre ilusão). É impressionante, eu sei. Também "tenho" a mesma "sensação". E já disse que sei que jamais poderei apontá-la diretamente para "mim mesmo" (a Medusa se olhando no espelho, lembra?).
Acredito que analogias com seres mitológicos/sobrenaturais não ajudam muito, seja para suportar ou refutar uma hipótese.
*Acredita*, é? Não diga!... Pois eu tenho certeza de que tais "analogias" (inclusive muito mais até do SEU ponto de vista) são ótimas. Muito ao contrário dessas que você insiste em fazer com princípios fundamentais naturais universais. O "eu" e suas subilusões, pela maneira como você o entrevê, está para um ser mitológico, o ente mitológico dele mesmo. E me é muito fácil perceber que tais criações mitológicas externas são projeções da ilusão interna, o que torna a coisa mais que analogia; uma representação direta da ilusão que é a criadora da mitologia. Coisas irreais só devem "surgir" (ser montadas ilusória e artificialmente) de fontes irreais. É por isso que deve ser tão difícil, para um pensador mágico, entender a inconceptibilidade de tais loucuras para uma mente realística, científica.
O que você "busca" é exatamente "se ver no espelho", nem como uma Medusa mas como um Drácula, cuja imagem não aparecerá mas você deseja que apareça. Eu sei que você não entende isso, não alcança o que estou dizendo (efeito de intenso filosofismo pela falta de rigores semânticos que tanto deprecia e despreza), mas é isso o que você traduz como "explicação", como o "como".
Enquanto que é perfeitamente razoável supor que entender como fisicamente ocorre uma ilusão não fará com que a pessoa pudesse se ver livre dela,
"Se ver livre dela"... Faça o favor... Eu, realmente, falo falo falo e nada! Você pode discordar e não entender nada do que digo, mas te seria possível, ao menos, apresentar contra-argumentações *às minhas argumentações*? E não a alguma coisa que não tem qualquer relação com o que proposiciono? A "pessoa" ÉÉÉÉÉÉ a ilusão, inclusive dos qualia. Destrinçar a si próprio É (seria) se ver livre de si mesmo. Não é o ilusionismo que o Mister M explica o que está aqui. Você não vê nada do que é "perfeitamente razoável supor". Só olha para o que "quer" ver. E mais uma vez, aqui, desnudadamente, expõe a sua visão transcendente do "eu". Você não é nada diferente do lusitano. Faz jogos de palavras e conceitos, nada mais. Esses são todos os seus argumentos: tentar me arrastar para sua crença por meio de me convencer a me deixar levar pelas sensações e pelo culto ao mistério do desconhecido. Deslavadamente, sem o menor pudor, usa mesmo o termo "lacuna". Isso é demais. Não deve ser real, eu devo estar tendo alucinações.
isso não significa que seria necessariamente impossível entender algo além de que é uma ilusão, entender o "como".
"Como"? Por que entre aspas? Algum lampejo realista?
E "além do como"? E "além do infinito"? É por aí que está querendo ir? Já tropeçou feio e nem viu. O seu "como" é a alma sobrenatural. Você já "entendeu" o seu "entendimento" e nem percebeu. Se o "eu" é uma ilusão, acaba aí. Pode-se descrever o funcionamento da máquina e nada mais. A ilusão não vai aparecer nessa descrição; claro, nem o seu "como". Mas você não quer que acabe aí. Não percebe a inconsistência do que crê que propõe. Resvala sempre para "uma ilusão que o eu experiencia". Mas não é uma ilusão que o "eu" experiencia, é a ilusão que o "eu" ÉÉÉÉÉ. So te resta, consistentemente, honestamente, negar que o "eu" seja uma ilusão, mas você não faz isso; faz como o lusitano: "é uma ilusão, mas existe"; "é uma ilusão, mas isso não quer dizer que não exista ou que não seja mais que isso e tudo termine aí, é só explicar o 'truque' da ilusão para a... ilusão"; "é que ilusão pode significar ilusão e muitas coisas mais, basicamente qualquer coisa que me interessar, até realidade, em termos de realismo fantástico e paralogismo comparado. É questão de definição, sabe? De acordo com a definição que *eu crio*, a coisa é sempre do jeito que *eu quero*."
O "conforto" é que é inevitável que você seja assim.
Tente fazer um esforço para ler, ouvir, ver o que você "argumenta", eu imploro. Se isso se mostrar impossível, eu rogo que tente ver e se reportar aos meus argumentos, não ao que você acha que eles são. Do contrário, isso não prossegue. Com toda a franqueza, isto pode me ser um bom exercício SE for um debate racional; se não, não me é útil e tenho muito mais a fazer na vida e pouco tempo para fazer.
O irônico que me ocorre agora é pensar que se o Mister M pudesse um dia revelar o truque, o "como" de um número de mágica, não para uma plateia mas para ele mesmo, o próprio truque! Neste dia ele não estaria revelando nada, mas realizando a maior e mais verdadeira das mágicas.
Isso é, a menos que seja uma propriedade essencial do universo/da matéria em questão, que é mais ou menos o que eu venho colocando desde o começo como uma possibilidade razoável, embora "sem saída" da mesma forma. Tem certeza que está defendendo algo realmente diferente? Quero dizer, mais diferente do que "ser contra" a divisão entre seleção natural e artificial e não ser, sem no entanto acreditar que a última é sobrenatural, conduzida por duendes e fadas?
Uma propriedade essencial do universo? O "eu"? Uma propriedade que emerge de um limitado conjunto de complexidade e organização específicas? Parece-me que o Enio daqui tem fantásticas teorias sobre isso. Está se juntando a ele? Só um anelo muito profundo pode colocar isso como possibilidade razoável... É apelação demais...
"Sem saída" da mesma forma? O que quer dizer com isso? Que só estamos mesmo perdendo tempo aqui por nada útil? É a sua "redutibilidade" cartolesca conveniente de sempre? Não tenho interesse em (ir)redutibilidades, não sou filósofo, pensador mágico.
No mais, ai meu coquinho! Eu tenho cada vez mais absoluta certeza de que o que estou "defendendo"(?) é toootalmente diferente, se é que é possivel essa certeza aumentar em qualquer quantidade. E eu já disse que o "rótulo conveniente" do Irracionalista corrige adequadamente o problema; lá mesmo no outro tópico. Já expliquei tudo com bastante clareza lá. Você está apelando usando isso aqui, sem qualquer cabimento, para tumultuar, para desviar atenção, porque a única argumentação que tem é a comparação eniana (do Enio, se não saltar aos olhos imediatamente para alguém) do "eu", da consciência, com "princípios universais irredutíveis". Quer me arrastar para seu atoleiro a qualquer custo. Entenda e aceite o fato de que você está tão preso em seu atoleiro que não consegue sair ou se esticar dele o suficiente para me alcançar, meu pobre. Num dá pra me arrastar praí não!
Por que atêve-se apenas à parte da Medusa (acreditando que seria algum tipo de ponto fraco argumentativo) e passou por cima deste trecho do meu comentário?:
"E essa é UMA das razões porque tenho que jogar fora a subjetividade -- porque não posso esperar toda a eternidade (que é só mais uma abstração subjetiva) para "confirmar" alguma coisa. Outras razões há, entre as quais, como VOCÊ bem sabe, que já descobrimos que não existimos sempre, então teríamos que apelar para uma emergência sinérgica mágica de sistemas complexos, o que não corrobora com fatos conhecidos da física e da análise de sistemas complexos."
Fale algo sobre ele. Solicito veementemente.
Terminou a parte idiótica tolinha boazinha. Agora começa a prensa.
Você tenta se esquivar tudo o que pode, mas não vou deixar passar por essa tão fácil. A sua "proposta" de captura de tela implica na existência de um "eu" (dois, de fato!) necessário para a experimentação, implicando em que os supostos qualia não poderiam ter existência independente. Quando você questiona se um termômetro, um termostato, uma geladeira inteira, um sistema complexo de PLC industrial cheio de sensores e efetores atuando com processamentos e respostas grandemente complexas, se alguma coisa desse tipo *experienciaria* qualia, já está postulando a associação inextricável do "eu" com qualia. Sabe que qualia só virá a "aparecer" numa máquina quando, concomitantemente, "surgir/emergir" consciência. Então, não me venha com independência de qualia, como se fosse algo que pudesse ser abordado independentemente da consciência; são tudo aspectos variados do mesmo efeito ilusório. Você sabe muito bem disso. Por favor, pare de desconversar e tentar enrolar.
Seu experimento mental de captura de tela não tem fundamento porque a ilusão do eu não é um produto real do funcionamento cerebral, só um produto ilusório e confunde-se com o próprio processo funcional da máquina; não existe por si só. Pode-se transferir produtos reais de uma máquina para outra, mas não se pode transferir o funcionamento de uma máquina para outra. Se uma máquina cognitiva como o cérebro tiver o funcionamento idêntico ao de outra, será, em seu funcionamento, indistinguível da outra; o produto ilusório será exatamente o mesmo -- o mesmo "eu". Se você não aceita isso, então é um crente na alma sobrenatural. Não fuja, você tem todo o direito de ser crente. Mas isso que está fazendo é reprovável demais.