Iabadabadu - escreveu:
O problema lusitano, é que a outra possibilidade explicativa, para poder ser apreciada pela ciência, necessita de algo que a justifique.
Não dá para construir conhecimento em cima de algo que não se pode provar que está certo.
Então temos um problema científico, que eu considero muitíssimo desconcertante: os cientistas, praticam ciência, como se ciência e filosofia, não tivessem nada a ver uma com a outra.
Um dos maiores paradoxos - é que só é possível - exercer actos científicos, a partir dum sujeito consciente. Em suma: sem um eu autoconsciente, não pode haver qualquer conhecimento...
O conhecimento, está na proporção directa, da existência de autoconsciências.
Só que certos cientistas, são de opinião, que o autêntico método científico, mostra, que a consciência, está na razão directa da existência de cérebros vivos.
Ora eu não contesto essa verdade: mas isso para mim, não serve de demonstração absoluta - que eventualmente - determinadas consciências bem treinadas, não possam projectar-se para fora do sistema nervoso central e operar no exterior do mesmo.
As máquinas por enquanto, não são seres viventes: para que isso aconteça,
é indispensável, que consciências científicas, autoconscientes, realizem esse milagre.
A conscienciologia faz exatamente isso. Por isso que o pessoal a considera uma pseudociencia.
Eu não defendo que uma visão dualista seja imposta como verdade absoluta como a visão monista é hoje. Eu acho que tem evidências que abrem uma justificativa para se encarar o cérebro humano de outra perspectiva. Perspectiva essa que faz mais sentido na minha opnião.
Não tem que perseguir e queimar quem defende algo que o Cientista defende, só que não se pode ter preconceito científico contra quem tenta estudar uma visão diferente do assunto.
Eu acho que o Buckaroo tá errado ao afirmar que a visão determinista é uma visão não-viajada sobre o assunto porque dizer que o cérebro cria a consciência é uma viagem sem uma evidência forte que a sustente..
Note o seguinte: o facto da ciência, considerar os fenómenos físicos, fenómenos materiais, não obsta, que os fenómenos físico-materiais, sejam mesmo materiais
É justamente ai, que se torna pertinente o título deste tópico: uma visão céptica, sobre a consciência - sem bullshits filosóficos - também deveria ser uma visão céptica, da consciência, sem bullshitts científicos.
Porque existem filósofos e cientistas, que são de opinião, que a matéria de facto, não existe... O que existe realmente, são fenómenos naturais, observados e sentidos por consciências autoconscientes; mesmo que confirmados por instrumentos, construídos por essas mesmas consciências.
O que equivale a dizer, que na prática, nós não nos comunicamos com cérebros: comunicamo-nos sim, mas com outras consciências como nós.
Sem dúvida, que determinadas consciências científicas, podem afirmar, que o instrumental artificial, concebido e construído por essas mesmas consciências científicas, demonstra que, não pode haver consciências agindo independentemente do cérebro que as fabrica.
Mas isso, não passa de assertivas e conclusões enunciadas por consciências pensantes, auto-denominadas cientistas.
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