Autor Tópico: Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência  (Lida 133262 vezes)

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Offline Gaúcho

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #750 Online: 30 de Março de 2012, 17:02:36 »
:P
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Gigaview

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #751 Online: 30 de Março de 2012, 23:21:02 »
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Dado o contexto acima mencionado, não considero o cérebro como origem da consciência, dado a consciência estar além do cérebro fisiológico. Waldo Vieira e Amit Goswami são minhas principais referências, o primeiro pela aplicação prática de fenômenos que eu diria quânticos, e o segundo pela melhor teorização acerca do corpo objetivo, postulado no tratado Projeciologia de Vieira, e tendo recebido o nome de mônada quântica no livro A física da alma.

Bullshit.

Por que o Adriano sempre tenta deturpar os tópicos com sua pseudociência espiritóide, mesmo depois de refutado e até punido por bater sempre na mesma tecla?

Por que?



« Última modificação: 30 de Março de 2012, 23:56:48 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Adriano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #752 Online: 31 de Março de 2012, 01:04:39 »
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Dado o contexto acima mencionado, não considero o cérebro como origem da consciência, dado a consciência estar além do cérebro fisiológico. Waldo Vieira e Amit Goswami são minhas principais referências, o primeiro pela aplicação prática de fenômenos que eu diria quânticos, e o segundo pela melhor teorização acerca do corpo objetivo, postulado no tratado Projeciologia de Vieira, e tendo recebido o nome de mônada quântica no livro A física da alma.

Bullshit.

Por que o Adriano sempre tenta deturpar os tópicos com sua pseudociência espiritóide, mesmo depois de refutado e até punido por bater sempre na mesma tecla?

Por que?
Estou apenas defendendo o meu ponto de vista, sobre o que considero a verdadeira ciência e o meu embasamento epistemológico. Mas tem razão, se poucas postagens minhas te incomodam tanto assim, é sinal que estou sendo muito enfático e impertinente.

Se eu não considero o fórum e os seus integrantes como científicos de fato e porta vozes da realidade consciencial, por que eu insisto em querer interagir com vocês? Na verdade tento mais é monitorar para preservar os meus direitos de personalidade, que vão além do processo administrativo interno, e dizem respeito a mim como cidadão brasileiro, fazendo parte de um site nacional e com longa participação ativa ao longo destes últimos anos. Assim como devo respeitar o ambiente, também devo ser respeitado de acordo com a ordenamento jurídico.

Por isso o ceticismo e a cientificidade fazem parte também dos meus principais valores, assim como da conscienciologia. Mas não se preocupe, foram apenas cinco postagens com esta, que não deveriam prejudicar o andamento do tópico, já que acredita que ele está andando para alguma direção...
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #753 Online: 31 de Março de 2012, 15:27:32 »
Gigaview - escreveu:

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Bullshit.

Por que o Adriano sempre tenta deturpar os tópicos com sua pseudociência espiritóide, mesmo depois de refutado e até punido por bater sempre na mesma tecla?

Por que?

O que você acabou de dizer sobre o Adriano, também me parece obviamente, ser Bullshit, pseudo-céptico e científico...

artur
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #754 Online: 02 de Abril de 2012, 12:56:59 »
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A minha objeção é mais epistemológica, programática, em relação a um programa de pesquisa científico. O seu argumento de autoridade, com um "especialista" da física, assim como existem outros "profissionais", não invalidam as alternativas contrárias e muito menos a validade destas. Existem bons trabalhos acadêmicos relatando a importância de Goswami na física e de muitos outros cientistas da conscienciologia, que apesar de adorarem a conscienciologia ainda assim estão em plena atividade acadêmica, em todo o mundo e em vários países.

Não usei um "argumento de autoridade": apenas indiquei livros, pois o assunto é extenso e não dá para explicar em um breve post os motivos de porquê o Goswami é desatualizado.

Por curiosidade, quanto a filosofia da ciência, minha opinião sobre isso está na frase da minha assinatura.

Mas, enfim, você foge, eu fujo também. Meu intuito neste tópico era apenas lhe dar dicas sobre o que ler de MQ, caso você estivesse interessado, o que não é o caso.

Ola Martucheli,

Mas vc poderia citar um exemplo do pq de interpretações como a de Goswami, Kappra, Heisenberg , Bhor e Bohm não podem ser levadas a sério?

Abs
Felipe

Offline Rocky Joe

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #755 Online: 02 de Abril de 2012, 15:14:38 »
Posso sim, Felipe. Responderei mais tarde, quando tiver tempo.

Mas para adiantar alguma coisa, as interpretações do Bohm e de Bohr ainda são defendidas hoje em dia e podem ser levadas a sério. A do Goswami - qualquer teoria que dê um papel predominante à consciência na MQ - é outra história. Esta interpretação só foi defendida brevemente na década de 50, e depois abandonada. Foi uma época em que pesquisas nos fundamentos da MQ não eram bem vistas - era considerado 'filosofia'. Imagino que daí que surgiu a brecha para haver uma defesa disto.

Enfim, respondo mais tarde. :D

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #756 Online: 02 de Abril de 2012, 16:27:03 »
Uau, só agora fui ver o post do Cientista, que nem vi inteiro. Dá desânimo de ver o resto.

Notei que ele mencionou perguntas das quais eu teria fugido. Alguém se lembra de algo assim? O mais próximo que me lembro era ele ter perguntado coisas como se saber que uma dada ilusão/alucinação é ilusão/alucinação faz ela sumir, o que se não me engano respondi de qualquer modo, apesar de eu não afirmado nada que supusesse algo assim, ou que difira da realidade quanto ao que existe nesse sentido.


Alguém poderia me ajudar a tentar entender o que pensa ser a perspectiva do Cientista, se considerar ter entendido melhor do que eu?

A mim parece que são uma série de confusões e inconsistências, começando por um "erro de categoria", confundindo a inexistência de um "objeto ilusório" com a inexistência de ilusão em si. Ainda que por algumas vezes também tenha parecido aceitar a existência de tal ilusão (o que ele parece usar como sinônimo de "qualia", embora também tente sugerir mais do que meramente uma negação de "realismo ingênuo" ou "representacionismo ingênuo"*), da qual não consegue "escapar" também, que seria como olhar nos olhos de Shiva ou algo assim. E seria produto da evolução dos sistemas sensoriais. Mas ao mesmo tempo mantém que não há "algo para se explicar", diferentemente de qualquer outra ilusão, por essa ser a "mãe de todas as ilusões" ou algo assim. Ao mesmo tempo insistindo também que isso não se trata de "ilusão" como uma categoria de existência fundamental, dualismo, que eu julgaria ser o mais lógico de algo "inerentemente inexplicável", mas que ainda assim, exista, e que afirmadamente "não é físico". O resto da argumentação são acusações de ectoplasma do outro lado.

Foi tudo que consegui "entender".

Eu não acho que eu seja tão ruim em interpretação de texto. A impressão que me passa é que o "Cientista" é como uma versão melhorada do "Pensador".

Mas sempre pode ser que eu esteja enganado e que ele tenha mesmo uma resposta coerente e bem explicada para essa questão supostamente misteriosa da ciência (que ele talvez devesse divulgar mais, se for uma idéia original), e eu só não tenha conseguido entender ainda.




* se é que o último existe; por isso me refiro à noção de que, por exemplo, uma freqüência de onda tivesse uma "cor de verdade" fora de nossos cérebros, e que esta é reproduzida em nossos cérebros, em vez do que percebemos ser apenas um "código", uma correlação indireta com a freqüência de onda, "arbitrária" sob esse aspecto.

Offline Rocky Joe

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Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #758 Online: 02 de Abril de 2012, 21:21:36 »
Uau, só agora fui ver o post do Cientista, que nem vi inteiro. Dá desânimo de ver o resto.

Notei que ele mencionou perguntas das quais eu teria fugido. Alguém se lembra de algo assim? O mais próximo que me lembro era ele ter perguntado coisas como se saber que uma dada ilusão/alucinação é ilusão/alucinação faz ela sumir, o que se não me engano respondi de qualquer modo, apesar de eu não afirmado nada que supusesse algo assim, ou que difira da realidade quanto ao que existe nesse sentido.


Alguém poderia me ajudar a tentar entender o que pensa ser a perspectiva do Cientista, se considerar ter entendido melhor do que eu?

A mim parece que são uma série de confusões e inconsistências, começando por um "erro de categoria", confundindo a inexistência de um "objeto ilusório" com a inexistência de ilusão em si. Ainda que por algumas vezes também tenha parecido aceitar a existência de tal ilusão (o que ele parece usar como sinônimo de "qualia", embora também tente sugerir mais do que meramente uma negação de "realismo ingênuo" ou "representacionismo ingênuo"*), da qual não consegue "escapar" também, que seria como olhar nos olhos de Shiva ou algo assim. E seria produto da evolução dos sistemas sensoriais. Mas ao mesmo tempo mantém que não há "algo para se explicar", diferentemente de qualquer outra ilusão, por essa ser a "mãe de todas as ilusões" ou algo assim. Ao mesmo tempo insistindo também que isso não se trata de "ilusão" como uma categoria de existência fundamental, dualismo, que eu julgaria ser o mais lógico de algo "inerentemente inexplicável", mas que ainda assim, exista, e que afirmadamente "não é físico". O resto da argumentação são acusações de ectoplasma do outro lado.

Foi tudo que consegui "entender".

Eu não acho que eu seja tão ruim em interpretação de texto. A impressão que me passa é que o "Cientista" é como uma versão melhorada do "Pensador".

Mas sempre pode ser que eu esteja enganado e que ele tenha mesmo uma resposta coerente e bem explicada para essa questão supostamente misteriosa da ciência (que ele talvez devesse divulgar mais, se for uma idéia original), e eu só não tenha conseguido entender ainda.




* se é que o último existe; por isso me refiro à noção de que, por exemplo, uma freqüência de onda tivesse uma "cor de verdade" fora de nossos cérebros, e que esta é reproduzida em nossos cérebros, em vez do que percebemos ser apenas um "código", uma correlação indireta com a freqüência de onda, "arbitrária" sob esse aspecto.

Ola Buckaroo,

So espero que vc não esteja surpreso nem chateado com isso.

Abs
Felipe

Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #759 Online: 02 de Abril de 2012, 21:31:51 »
Posso sim, Felipe. Responderei mais tarde, quando tiver tempo.

Mas para adiantar alguma coisa, as interpretações do Bohm e de Bohr ainda são defendidas hoje em dia e podem ser levadas a sério. A do Goswami - qualquer teoria que dê um papel predominante à consciência na MQ - é outra história. Esta interpretação só foi defendida brevemente na década de 50, e depois abandonada. Foi uma época em que pesquisas nos fundamentos da MQ não eram bem vistas - era considerado 'filosofia'. Imagino que daí que surgiu a brecha para haver uma defesa disto.

Enfim, respondo mais tarde. :D

Ola Martucheli,

Somente alguns pontos para reflexão sobre o idealismo monista e o idealismo platônico que, apesar de serem improváveis, não pode-se dizer que estão excluídos :

Idealismo Monista :

Pelo que lembro, até hoje existe uma questão importante na MQ em aberto. De acordo com a MQ existe, e sempre existiu, uma função de onda para o universo e todas as suas possibilidades, que nos trouxeram até aqui. Porém, o que teria causado o colapso desta função de onda, dando inicio a historia do nosso universo?

A Decoerencia não pode ter sido, pois é necessário que exista um meio para que haja interação e colapso, nem a forma como o universo constantemente se mede, através das particulas e antipartículas criadas no vácuo quântico, pois para este efeito se manifestar, temos que ter exapço-tempo pré-existentes.

A proposta do idealismo monista resolve este problema.

Idealismo Platônico :

Quanto mais nos aprofundamos no estudo da matéria, menos "concreta" fica nossa realidade e mais nos aproximamos de objetos matemáticos, ou seja, de algo próximo do "mundo das idéias".

Abs
Felipe

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #760 Online: 02 de Abril de 2012, 21:37:17 »
Ola Buckaroo,

So espero que vc não esteja surpreso nem chateado com isso.

Abs
Felipe

Com eu não entender algo, não me surpreendo nem me chateio, embora não seja tampouco divertido.

Se tiver sido só trollagem, é meio chato sim. Também não esperaria cair. Acho que teria sido a segunda ou terceira pior em que já caí.

Offline AlienígenA

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #761 Online: 03 de Abril de 2012, 08:09:42 »
Ola Buckaroo,

So espero que vc não esteja surpreso nem chateado com isso.

Abs
Felipe

Com eu não entender algo, não me surpreendo nem me chateio, embora não seja tampouco divertido.

Se tiver sido só trollagem, é meio chato sim. Também não esperaria cair. Acho que teria sido a segunda ou terceira pior em que já caí.

Também não consegui ler tudo, nem entender, mas acho que ele estava falando sério sobre algo que acha que você disse, que eu acho que você não disse. :|

Perece que ele surtou com algo que só ele viu e que só ele poderia explicar, mas é provável que só ele compreenderia.  :/

Parece só um "probleminha" de comunicação.  ::)

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #762 Online: 03 de Abril de 2012, 18:16:49 »
Buckaroo Banzai  – escreveu:

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Alguém poderia me ajudar a tentar entender o que pensa ser a perspectiva do Cientista, se considerar ter entendido melhor do que eu?

Dentro dos limites da minha capacidade intelectual, até ao presente momento, imagino que a opinião dele se resume ao seguinte:

«« Não se trata de explicar como é uma ilusão. Você não sabe o que é? É aquilo que parece mas não é. Que parece que existe, mas não existe. Que parece de uma forma, mas é de outra. Um engano, uma mentira, uma irrealidade.

Parecemos que existimos, mas não existimos. O que importa é que isso é demonstrável. »»


Artur
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Offline Cientista

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #763 Online: 04 de Abril de 2012, 01:35:47 »
Nada de nada de nada de nada?!

Nada de útil, prático, construtivo que se apresente para ajudar? Nada? Ninguém? Só filosofia e mais filosofia e mais filosofia e mais filosofia...? Está o mundo realmente tão vazio assim? A vasta rede, da forma como é, ainda não é suficiente?

Lusitano, meu caro, de tudo o que eu disse, foi a isso que se resumiu para você? Não é minha opinião, meu caro lusitano. Tente entender isto: *minha "opinião" é a mesma sua*, por mim, eu opinaria, a priori, que existimos. Não temos, A princípio, como fugir a isso, mas, Em princípio, podemos. Não é uma opinião, é uma conclusão diante dos fatos, uma montanha interminável deles, onde o único solitário "fato" contrariante (nossa subjetiva sensação) se perde como agulha num palheiro, e nós só a achamos continuamente porque "somos" a solitária agulha a acreditar que o palheiro é a ilusão. E nunca conseguimos fazer o palheiro como desejamos; a existência do palheiro independente de uma nossa possível realidade subjetiva corrobora o próprio palheiro, não nós. Não é escolher entre acreditar numa ou noutra coisa, é decidir-se entre prosseguir crendo ou não. Mas essa decisão nem mesmo existe, é a natureza de cada um e a agulha é só mais um feixinho de fibras de conformação diferenciada, havendo só o sistema palheiro-agulha, nada mais, então, dentro da minha ilusão, me esforço, aqui, para não ser tão perverso com você, de quem eu realmente gosto, acredite, gosto da sua transparência. Acho você entediante, como espero ser transparente como você, mas você é como é, faz o que faz e não se dissimula. Foi o que eu quis dizer, para o outro, com "fazer o que você faz em cima do você faz". Você faz, mas não se dissimula. Você respeita a inteligência alheia e fornece a liberdade que cada um deve ter. Gosto disso.

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #764 Online: 04 de Abril de 2012, 14:09:51 »
Cientista escvreveu - escreveu:



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Nada de nada de nada de nada?!

Nada de útil, prático, construtivo que se apresente para ajudar? Nada? Ninguém?

Só filosofia e mais filosofia e mais filosofia e mais filosofia...? Está o mundo realmente tão vazio assim? A vasta rede, da forma como é, ainda não é suficiente?

Caríssimo... Para começar agradeço a sua amável consideração e simpatia.!

Então vamos ao que interessa: permita-se apreender o miolo da minha opinião; a ciência, é uma forma muito específica de filosofar.!

Quando na antiga Grécia - se passou do mito - ao pensamento lógico e reflexivo, começou imediatamente a tentar-se compreender a natureza de modo científico; isto é: filosófico.

Para tal, surgiram os chamados cosmólogos ou físicos, os pré-socráticos e os espiritualistas tipo Pitágoras e Platão.

Com o aparecimento de Aristóteles, supostamente o primeiro cientista, o conceito de "ciência & filosofia", ainda eram a mesmíssima coisa, conceptualmente falando.

Para que a "ciência", deixasse de estar incluida na filosofia, como você aparenta consumi-la actualmente, foi necessário que certos filósofos, rejeitassem o significado da palavra "metafísica", com todas as suas estranhas consequências.

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Lusitano, meu caro, de tudo o que eu disse, foi a isso que se resumiu para você? Não é minha opinião, meu caro lusitano.

Tente entender isto: *minha "opinião" é a mesma sua*, por mim, eu opinaria, a priori, que existimos. Não temos, a princípio, como fugir a isso, mas, Em princípio, podemos.

Eu sei, que você sabe que existe.!!! A diferença, está na maneira como... Você é o que eu interpreto como sendo um filósofo "aristotélico", de linha "dura"...

Citar
Não é uma opinião, é uma conclusão diante dos fatos, uma montanha interminável deles, onde o único solitário "fato" contrariante (nossa subjetiva sensação) se perde como agulha num palheiro, e nós só a achamos continuamente porque "somos" a solitária agulha a acreditar que o palheiro é a ilusão.

Ok: você não se sente uma entidade "anímica" susceptível de imortalidade comparada, portanto um deus... Concordo com a excelência do seu entendimento.

Mas não é por esse motivo que você deixa de existir, só porque se dá conta, que é apenas e somente, a resultante, dum  metabolismo mais ou menos orgânico, onde prevalece um sistema nervoso autónomo e outro "consciente".

Óptimo: você realisticamente, admite-se simplesmente como um edifício atómico, com uma certa configuração ou apenas uma montanha de informação processada mais ou menos inteligentemente...

Formidável: não discordo de nada disso; curiosamente, determinado tipo de crentes criacionistas, os "testemunhas de jeová" e os "evangelistas do sétimo dia", por exemplo, dizem algo muito semelhante...!!!

A questão é se você - o "cientista" - sendo apenas uma forma de ser susceptível de se decompor e desaparecer, portanto mortal, mesmo assim, apesar desse efémero fenómeno natural, você de  facto, não é menos existente por isso...

A pergunta mais delicada continua a ser: o que é existir? :idea:

A dificuldade maior, é que há o conceito de metafísica, como o estudo do "ser" enquanto ser... Já que ontologicamente, existe uma frase muito antiga que diz: há o ser, que não pode deixar de existir: malgrado, na natureza, nada se criar, nada se perder e tudo se transformar.!

Portanto embora o ser, seja mutante ou transformável... conjecturo, a persistência da sua existência comparada.

O ser é necessário: o "cientista", é contingente. Logo a  existência do "cientista", deriva do "ser.

artur   
« Última modificação: 04 de Abril de 2012, 14:15:18 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline AlienígenA

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #766 Online: 04 de Abril de 2012, 21:15:38 »
Alguém arrisca um "nome"/outro defensor (com publicações no assunto) para a linha defendida pelo Cientista aqui?

Você diz da filosofia (:P)  da não existência ou o quê? Esse tópico tomou um rumo quase tão bizarro quanto o do sexo e comida no além.

Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #767 Online: 04 de Abril de 2012, 21:51:08 »
Alguém arrisca um "nome"/outro defensor (com publicações no assunto) para a linha defendida pelo Cientista aqui?

Existe toda uma corrente que faz essa negação....ops, essa varrida de sujeira para debaixo do tapete. Quer jetio mais fácil de acabar com um problema do que negá-lo? Freud explica!

Abs
Felipe

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #768 Online: 04 de Abril de 2012, 22:37:20 »
Você entendeu ao menos exatamente o que ele está negando? Eu não consegui. Tive a impressão que em diversos momentos ele nega a mera possibilidade de zumbis filosóficos (o que seria necessariamente aceitar a existência de qualia, apesar de ser isso aparentemente o objeto principal de negação), mas em outro momento disse que "implicação" da impossibilidade de zumbis filosóficos é que seríamos todos zumbis filosóficos. Me parece ter a mesma lógica de "não existem unicórnios, logo todos os cavalos são na verdade unicórnios".


O problema não é "negações", mas estabelecer bem o que é que se está negando. É perfeitamente razoável por exemplo negar dualismo ou monismo, ou "realismo ingênuo", ou até o "representacionismo ingênuo" (se isso existe), e inúmeras outras possibilidades que já se tenha imaginado a respeito. O que me parece absolutamente ilógico negar é qualia em sua definição mais básica, a "aparência das coisas". Negar isso parece fazer tanto sentido quanto negar em absoluto a existência do universo, coisa meio de filosofia pirrônica/niilista ou sei lá o que.

Offline Feliperj

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #769 Online: 05 de Abril de 2012, 00:52:44 »
Você entendeu ao menos exatamente o que ele está negando? Eu não consegui. Tive a impressão que em diversos momentos ele nega a mera possibilidade de zumbis filosóficos (o que seria necessariamente aceitar a existência de qualia, apesar de ser isso aparentemente o objeto principal de negação), mas em outro momento disse que "implicação" da impossibilidade de zumbis filosóficos é que seríamos todos zumbis filosóficos. Me parece ter a mesma lógica de "não existem unicórnios, logo todos os cavalos são na verdade unicórnios".

Eu tenho dificuldade para entender o que ele escreve. Talvez limitação minha, mas acho a forma dele muito obtusa e pouco direta. Algo como uma petição de um advogado.

O problema não é "negações", mas estabelecer bem o que é que se está negando. É perfeitamente razoável por exemplo negar dualismo ou monismo, ou "realismo ingênuo", ou até o "representacionismo ingênuo" (se isso existe), e inúmeras outras possibilidades que já se tenha imaginado a respeito. O que me parece absolutamente ilógico negar é qualia em sua definição mais básica, a "aparência das coisas". Negar isso parece fazer tanto sentido quanto negar em absoluto a existência do universo, coisa meio de filosofia pirrônica/niilista ou sei lá o que.

Concordo. Não só o que está se negando, mas tb o pq . E não simplesmente negar, e afirmar que não existe o que se explicar (isso que chamo 'varrida").

Abs
Felipe

Offline Cientista

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #770 Online: 05 de Abril de 2012, 01:25:45 »
Céus, lusitano!

Lusitano lusitano..., não me assuste assim, não me decepcione, eu imploro! Está beirando a fazer como o outro. Eu já esclareci tais questões, já estabeleci criteriosamente em que implica não existirmos. Pexotes a se fazerem de bem sucedidos na base do caradurismo de "desentendidos" são intoleráveis. Ainda não o estou acusando "formalmente" disso, mas espero que apresente a realidade do que pensa, como é minha expectativa em relação a ti. Para ajudar, vou tentar alegorizar, 'pitorescar', desenhar o que o outro fez despudoradamente: Sou eu o The Flash e ele é a bala que vejo disparada de uma arma em minha direção. Como sou o The Flash, tenho meios de examinar o projétil e verificar que trata-se de um projétil convecional de chumbo deslocando-se a uma velocidade típica para o disparo da arma de onde partiu com energia suficiente para o que balas fazem nos alvos. Ademais, como sou o The Flash, posso sair da trajetória da bala muitas vezes até se eu desejar. Porém! A bala fala e jura de pés juntos para mim que... não é uma bala. Por que? Como??? "Por definição!" "Não sou uma bala!" "Não é assim que me defino!" "Você pode nunca encontrar qualquer diferença entre mim e as (outras?!...) balas, mas isso não significa que eu seja uma bala". Eu não deveria, então, me desviar do... ..."tiro"? Posso confiar??? Ahahahahahahahah... Eu tenho que rir, não dá para aguentar numa hora dessas... Filosofismo patológico (existe o que não seja?...) dá nisso.

Teve o outro, também, -- o Agnóstico. A "teoria" dele é a de que, "para quaisquer fins práticos" (!!!!!!), temos livre arbítrio. Em resumo, a alegação é a que segue: dois veículos do mesmo modelo são fabricados no mesmo instante; um deles é incidentalmente deixado com algum dispositivo elétrico ligado a consumir a bateria; depois de um tempo, cada um reage diferentemente ao mesmo estímulo -- ao se dar a partida, um parte, outro não. Conclusão: "veículos automotores possuem livre arbítrio". Tudo então possui livre arbítrio porque este é falaciosamente identificado como a incontingência, como o destino.

FUGA, FUGA, FUGA, FUGA!!!!  Insuportável ver isso!


Caríssimo... Para começar agradeço a sua amável consideração e simpatia.!
Não há de que. Mas não me decepcione, por favor! Faça valer um pouquinho que seja!


Então vamos ao que interessa:
Otimo! Tá parecendo bom até aqui...


permita-se apreender o miolo da minha opinião; a ciência, é uma forma muito específica de filosofar.!
Pronto, não podia durar muito. Já começou...

Isso já ficou estabelecido e muito claro para mim, há tempo. Reconheço como seu direito pensar assim e da forma como forem seus pensamentos. Quantas vezes eu já disse isto?... Espero que não esteja alheio ao fato de que o que assevero é totalmente diferente disso.


Quando na antiga Grécia - se passou do mito - ao pensamento lógico e reflexivo, começou imediatamente a tentar-se compreender a natureza de modo científico; isto é: filosófico.
Também já entendi que é assim que pensas. Espero que saibas que não reconheço nada disso. Eu já disse que o pensamento lógico é o mito do contra-mito. A lógica é a exuberância perniciosa da filosofia, o que mais se aproxima dessa coisa que filósofos chamam de "verificacionismo ingênuo", distúrbio do qual só eles mesmos sofrem.

Só se adequa à realidade natural de modo científico a mente que não filosofa.


Para tal, surgiram os chamados cosmólogos ou físicos, os pré-socráticos e os espiritualistas tipo Pitágoras e Platão.
"Cosmólogos ou físicos"? Já era essa a nomenclatura?

Pitágoras e Platão não eram cientistas. Outros pré-socráticos podem ter sido.


Com o aparecimento de Aristóteles, supostamente o primeiro cientista,
Pândega provocativa comigo, lusitano? Vá lá, que seja o simples "entendimento historicista oficial". Você está ciente de que isso para mim é ridículo, não? Sabe o que penso do estagiritinha vergonhento, não? Vamos adiante.


o conceito de "ciência & filosofia", ainda eram a mesmíssima coisa, conceptualmente falando.
Não, não havia o conceito de ciência. Esses conceitos são, hoje, a mesmíssima coisa para pensadores como você, mágicos. Espero que não se ofenda com o valoro predicado a que fazes majestoso jus.


Para que a "ciência", deixasse de estar incluida na filosofia, como você aparenta consumi-la actualmente, foi necessário que certos filósofos, rejeitassem o significado da palavra "metafísica", com todas as suas estranhas consequências.
Não exatamente isso, mas por aí. Não foi só a metafísica a ser rejeitada, mas todo o arcabouço filosófico do pensamento. Dizer que filosofia é uma forma variada de pensar que possa, mesmo, incluir o pensamento científico, é a mesma desonestidade das definições arbitrárias (como as encontradas aí atrás para insistir em coisas insustentáveis). Chamar urubu de meu louro, definir um "zumbi" e dizer que ele não é um dispositivo consciente como uma máquina orgânica humana "porque", justamente, "é um zumbi". Aqui mesmo nesse tópico já falei sobre essa excreção quando foi mencionado que filósofos começam a experimentar como procedimento da atividade filosófica e ainda se intitulando filósofos. Se você insiste que tudo é filosofia, então não temos mais nada para discutir, lembra? Estou dispensando um pouco do meu tempo aqui agora para certos incentivos, mas não espere muito mais de mim.

Eu já mencionei o que Francis Bacon, expoente máximo dos "certos filósofos" que mencionaste, disse: "a boa filosofia conduz à crença, à religião; a má conduz ao ceticismo (à ciência)". Ele demonstrou ter entendido o cerne de tudo, ainda que superficialmente pois a máquina humana era uma máquina extremamente fechada e inacessível. Talvez ele entendesse melhor ainda se vivesse hoje. A má filosofia não é a que não presta (toda ela não presta), é a definhante, a que desvanece.



Eu sei, que você sabe que existe.!!!
Não, eu não sei que existo! Estou falando basco, por algum acaso? Eu já disse QUE SEI QUE *NÃÃÃO* EXISTO. Esta máquina aqui existe, não "eu", e, ABSOLUTAMENTE, A MÁQUINA EXISTIR E "EU" EXISTIR *NÃO É A MESMA COISA, NÃO PRODUZ OS MESMOS EFEITOS*. Desisto de repetir!


A diferença, está na maneira como...
Por que não completou? Na "maneira como... existo"? Quais seriam as "maneiras de existir"?


Você é o que eu interpreto como sendo um filósofo "aristotélico", de linha "dura"...
Isso já chega a ser um ultraje. Como você disse que é o que interpreta, tudo bem, pode pensar o que quiser e dizer. Não vou dar importância a isso.


Ok: você não se sente uma entidade "anímica" susceptível de imortalidade comparada, portanto um deus... Concordo com a excelência do seu entendimento.
"entidade "anímica" susceptível de imortalidade comparada"??? Oh lord, você é divertidíssimo, lusitano!

Mas... não, você não concorda. O que deve estar querendo dizer é que respeita. Muito obrigado, se isso.


Mas não é por esse motivo que você deixa de existir, só porque se dá conta, que é apenas e somente, a resultante, dum  metabolismo mais ou menos orgânico, onde prevalece um sistema nervoso autónomo e outro "consciente".
É aqui que você começa a realmente me preocupar. É o que os outros dizem e não demonstram como. É só uma afirmação fugidia que fazem e mais nada. Quando peço que justifiquem, ...nada! Já perguntei em que se baseia tal conclusão e NINGUÉM responde. É porque não se baseiam em nada além de arbitrarismo definidoróide.

O Iabadabadu disse "é só abrir os olhos que tá lá". Entretanto, tudo o que vejo contraria minha existência como mais que máquina determinística, então, na realidade, o que é necessário para sustentar tal absurdo é fechar os olhos para a realidade, como, efetivamente, fazem. Tudo falácia da pura. (Ah, mas ele estava falando de qualia e qualia é outro departamento, não precisa de uma máquina consciente e é por isso que até termostatos simples podem *experienciar* -- porque qualia é uma experienciação "mas não precisa de uma consciência"; ah, tá bão! -- qualia; "não vamos misturar as coisas que EU defini que são separadas!"; tá bão, tão bão, AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!)

E, de fato, não deixo mesmo de existir, e isto porque não existia antes, nunca existi. Só verifica-se o fato.


Óptimo: você realisticamente, admite-se simplesmente como um edifício atómico, com uma certa configuração ou apenas uma montanha de informação processada mais ou menos inteligentemente...
Não é exatamente assim, mas, numa simplificação inicial, dá pro "gasto"... (já que isso não sugere ter muito futuro mesmo)


Formidável: não discordo de nada disso;
Não corresponde ao seu comportamento. Por favor, lusitano, não vá me decepcionar...


curiosamente, determinado tipo de crentes criacionistas, os "testemunhas de jeová" e os "evangelistas do sétimo dia", por exemplo, dizem algo muito semelhante...!!!
Não o mesmo que digo, sem dúvida. E?


A questão é se você - o "cientista" - sendo apenas uma forma de ser susceptível de se decompor e desaparecer, portanto mortal, mesmo assim, apesar desse efémero fenómeno natural, você de  facto, não é menos existente por isso...
A máquina existe. O que mais?

Como vocês podem empreender tal tipo de fuga tergiversadora?


A pergunta mais delicada continua a ser: o que é existir?
Não há delicadeza nenhuma nessa questão, é muito simples: A propriedade de existir é participar do conjunto de eventos naturais do universo. A máquina, assim, existe; o "eu", não.


A dificuldade maior, é que há o conceito de metafísica,
A dificuldade maior é o pensamento mágico, ou seja, filosófico, que se fundamenta na ilusoriamente engendrada existência do ser transcendente.


como o estudo do "ser" enquanto ser... Já que ontologicamente, existe uma frase muito antiga que diz: há o ser, que não pode deixar de existir: malgrado, na natureza, nada se criar, nada se perder e tudo se transformar.!
O princípio da conservação é para a realidade, para o que pode ser medido. O resto é puro besteirol filosofóide da pior categoria.


Portanto embora o ser, seja mutante ou transformável... conjecturo, a persistência da sua existência comparada.
Ah, sim, claro...


O ser é necessário: o "cientista", é contingente. Logo a  existência do "cientista", deriva do "ser.
Não existe o ser. O "cientista" é só um dos modos de funcionamento linguístico da máquina -- o modo não filosófico.


Lusitano, você arbitra a existência do "ser" sem demonstração e depois, como que desconversando, segue adiante como tivesse demonstrado. É o que chamam petição de princípio. Volte lá e demonstre a existência do "ser", por obséquio. Não faça como os outros, seja você e declare-se como tal. Eu gosto de você mas não sou o cara bonzinho. Te respeito enquanto me respeitar. Se acreditas que somos deuses, problema seu. Mas se ages como quem acredita e diz que não, ou vice-versa, não tolerarei.

A questão do "eu" (de reconhecer sua inexistência) não é mais uma questão de fé, é uma questão de desistência da fé, de rendição à realidade. E observo que é inevitável do processo evolutivo -- a evolução não termina nas máquinas conscientes; as próximas deverão ser conscientes da inconsciência, não há estagnação. Fé é o que é necessário para prosseguir peticionando o "eu", recorrendo a todo tipo de artifício falacioso como quântica mística e o escambau. Então, não adianta querer lutar contra a corrente evolutiva ou negá-la porque não há nada para lutar contra.



Aproveite, lusitano, porque eu já disse mais de uma vez que tudo isso que fazes me entedia muito. Não fornece nada de aplicável. Pode me chamar do que quiseres, não me importo, mas é um tédio o filosofismo dos filosofistas.



No mais... Tá muito fraco isso aqui. Só filosofismo e mais filosofismo e mais filosofismo. O tema do tópico é SEM BULLSHITS FILOSÓFICOS. Vamos lá! Ninguém? Nada? Que mova-se o movimento certo!

Offline Adriano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #771 Online: 05 de Abril de 2012, 23:11:35 »
Alguém arrisca um "nome"/outro defensor (com publicações no assunto) para a linha defendida pelo Cientista aqui?
Eu citaria o Hilary Putnam. Com os seus experimentos mentais do cérebro numa cuba e da terra gêmea. A ideia é a de que os significados das palavras não podem ser estabelecidos por um sujeito em isolamento (ou  por uma mente  pensada em isolamento).*

*Trecho do resumo

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Cientista

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #772 Online: 06 de Abril de 2012, 01:41:12 »
Mesmo depois de sua declaração de recidiva (o que é que há com você?!), vou até tentar ler isso que indica para avaliar sua avaliação, Adriano. Aproveito para dizer que discordo de, provavelmente, tudo ou quase do que você diz, mas te apoio na sua tomada de posição, especialmente pela maneira como o faz. Meus sinceros parabéns pelo respeitável humano pensador mágico que consegue ser. Muito melhor que muitos pseudocientificistas por aí (e aqui!).

Offline lusitano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #773 Online: 06 de Abril de 2012, 08:09:16 »
Cientista – escreveu:

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Céus, lusitano!

Lusitano lusitano..., não me assuste assim, não me decepcione, eu imploro! Está beirando a fazer como o outro.
 
Eu já esclareci tais questões, já estabeleci criteriosamente em que implica não existirmos.

Vou esclareceu - que é uma máquina orgânica natural - aperfeiçoada pela selecção natural e não uma espécie de holograma virtual ???

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Ainda não o estou acusando "formalmente" disso, mas espero que apresente a realidade do que pensa, como é minha expectativa em relação a ti.

A realidade do que penso, é de que todos nós somos mais ou menos solipsistas e idealistas: a diferença, é que uns sabem e admitem-no e outros não…

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Eu já disse que o pensamento lógico é o mito do contra-mito. A lógica é a exuberância perniciosa da filosofia, o que mais se aproxima dessa coisa que filósofos chamam de "verificacionismo ingênuo", distúrbio do qual só eles mesmos sofrem.

Só se adequa à realidade natural de modo científico a mente que não filosofa.

Confesso que ainda não compreendi, a sua diferença fundamental, entre filosofar e cientificar…

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"Cosmólogos ou físicos"? Já era essa a nomenclatura?

Pelo menos, de acordo com o que está escrito acerca desses cientifico/filosóficos.

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Pitágoras e Platão não eram cientistas. Outros pré-socráticos podem ter sido.

Na minha opinião, Pitágoras & Platão, de facto pensavam cientificamente, dado que eram filósofos; embora se ocupassem de investigar ilusões como você costuma dizer.

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Pândega provocativa comigo, lusitano? Vá lá, que seja o simples "entendimento historicista oficial". Você está ciente de que isso para mim é ridículo, não? Sabe o que penso do estagiritinha vergonhento, não? Vamos adiante.

Não: não sei, o que você pensa de Aristóteles…

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Não, não havia o conceito de ciência. Esses conceitos são, hoje, a mesmíssima coisa para pensadores como você, mágicos. Espero que não se ofenda com o valoro predicado a que fazes majestoso jus.

Parece-me que você tem o mais absoluto direito de acreditar no que lhe pareça acertado e verdadeiro: mas eu não concordo consigo.

Até ao século XVII - mais ou menos - chamava-se “filosofia natural”, à actividade “científica” dos físicos como Galileu e Newton por exemplo; apesar da palavra ciência, existir desde o aparecimento da filosofia.

Portanto - não me parece - que os “filósofos naturais”, fossem “mágicos”

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Não foi só a metafísica a ser rejeitada, mas todo o arcabouço filosófico do pensamento.
 
Dizer que filosofia é uma forma variada de pensar que possa, mesmo, incluir o pensamento científico, é a mesma desonestidade das definições arbitrárias (como as encontradas aí atrás para insistir em coisas insustentáveis).

Lamento dizer-lhe; mas discordo completamente, com o que acaba de dizer.

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Chamar urubu de meu louro, definir um "zumbi" e dizer que ele não é um dispositivo consciente como uma máquina orgânica humana "porque", justamente, "é um zumbi".

O que você escreve, tem bastante piada: eu não nego completamente que a sua auto-percepção, seja uma ilusão ou um “zumbi”, fabricado pela máquina orgânica consciente.

O que eu discordo, é que esse “fantasma ilusório” seja inexistente.!!!
 
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Se você insiste que tudo é filosofia, então não temos mais nada para discutir, lembra? Estou dispensando um pouco do meu tempo aqui agora para certos incentivos, mas não espere muito mais de mim.

Eu apenas insisto em afirmar, que a “ciência”, é um modo especializado de filosofar.

Em relação a isso, enviei-lhe um vídeo sobre esse assunto, ministrado por Paulo Giraldelli Júnior, “o filósofo de S. Paulo”, em quem eu advoguei a minha causa semântica…

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Eu já mencionei o que Francis Bacon, expoente máximo dos "certos filósofos" que mencionaste, disse: "a boa filosofia conduz à crença, à religião; a má conduz ao ceticismo (à ciência)". Ele demonstrou ter entendido o cerne de tudo, ainda que superficialmente pois a máquina humana era uma máquina extremamente fechada e inacessível. Talvez ele entendesse melhor ainda se vivesse hoje.

Apesar de Francis Bacon, ter sido um razoável defensor da “filosofia natural”, ou seja da “ciência”, eu não subscrevo tudo o que ele disse…
 

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A má filosofia não é a que não presta (toda ela não presta), é a definhante, a que desvanece.

De facto, há uma filosofia, que eu e outras pessoas como eu, chamamos de ciência, não de magia.


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Não, eu não sei que existo! Estou falando basco, por algum acaso? Eu já disse QUE SEI QUE *NÃÃÃO* EXISTO. Esta máquina aqui existe, não "eu", e, ABSOLUTAMENTE, A MÁQUINA EXISTIR E "EU" EXISTIR *NÃO É A MESMA COISA, NÃO PRODUZ OS MESMOS EFEITOS*. Desisto de repetir!

Você é um “filósofo-natural”, muitíssimo interessante: a “máquina” existe; você não.!
 
Se você como “cientista” - admite a existência da “máquina consciente” - que o processa, que motivos tem para negar-se como sujeito real?
 
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Por que não completou? Na "maneira como... existo"? Quais seriam as "maneiras de existir"?

Você, existe como a’ctividade consciente - duma máquina mais ou menos inteligente - sendo a própria máquina.


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Mas não é por esse motivo que você deixa de existir, só porque se dá conta, que é apenas e somente, a resultante, dum  metabolismo mais ou menos orgânico, onde prevalece um sistema nervoso autónomo e outro "consciente".

É aqui que você começa a realmente me preocupar. É o que os outros dizem e não demonstram como. É só uma afirmação fugidia que fazem e mais nada. Quando peço que justifiquem,... Nada! Já perguntei em que se baseia tal conclusão e NINGUÉM responde. É porque não se baseiam em nada além de arbitrarismo definidoróide.

E, de fato, não deixo mesmo de existir, e isto porque não existia antes, nunca existi. Só verifica-se o fato.

Porque é, que d'entre todos os foristas científicos, residentes neste sedutor clube céptico, você é o único que se afirma uma entidade inexistente, apesar de se afirmar uma máquina pensante?

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curiosamente, determinado tipo de crentes criacionistas, os "testemunhas de jeová" e os "evangelistas do sétimo dia", por exemplo, dizem algo muito semelhante...!!!

Não o mesmo que digo, sem dúvida. E?

Eles também se auto-assumem como artefactos mecânicos auto-conscientes, mais ou menos sofisticados como você: só com a diferença de terem sido modelados por um hiper e poderoso engenheiro.

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A máquina existe. O que mais?


Quem é que está a responder-me, o”cientista” ou uma máquina… E os dois, não são o mesmo?


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A pergunta mais delicada continua a ser: o que é existir?

Não há delicadeza nenhuma nessa questão, é muito simples: A propriedade de existir é participar do conjunto de eventos naturais do universo. A máquina, assim, existe; o "eu", não.

Também sou de opinião, que você é muitíssimo divertido.!!!

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Lusitano, você arbitra a existência do "ser" sem demonstração e depois, como que desconversando, segue adiante como tivesse demonstrado. É o que chamam petição de princípio. Volte lá e demonstre a existência do "ser", por obséquio.

Ser,,, é existir: é participar do conjunto da natureza.

Todavia, também a mim, você não me parece consistente na sua demonstração "cientifica", quando persiste em afirmar-se inexistente.

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Não faça como os outros, seja você e declare-se como tal. Eu gosto de você mas não sou o cara bonzinho. Te respeito enquanto me respeitar. Se acreditas que somos deuses, problema seu. Mas se ages como quem acredita e diz que não, ou vice-versa, não tolerarei.

A questão do "eu" (de reconhecer sua inexistência) não é mais uma questão de fé, é uma questão de desistência da fé, de rendição à realidade. E observo que é inevitável do processo evolutivo -- a evolução não termina nas máquinas conscientes; as próximas deverão ser conscientes da inconsciência, não há estagnação. Fé é o que é necessário para prosseguir peticionando o "eu", recorrendo a todo tipo de artifício falacioso como quântica mística e o escambau. Então, não adianta querer lutar contra a corrente evolutiva ou negá-la porque não há nada para lutar contra.

Aproveite, lusitano, porque eu já disse mais de uma vez que tudo isso que fazes me entedia muito. Não fornece nada de aplicável. Pode me chamar do que quiseres, não me importo, mas é um tédio o filosofismo dos filosofistas.

No mais... Tá muito fraco isso aqui. Só filosofismo e mais filosofismo e mais filosofismo. O tema do tópico é SEM BULLSHITS FILOSÓFICOS. Vamos lá! Ninguém? Nada? Que mova-se o movimento certo!

Se você não existe e eu também não, quem é que está a cientificar e a filosofar?

artur



Editado:

Os quotes foram ajustados por Geotecton.
« Última modificação: 06 de Abril de 2012, 16:14:36 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

_______________________________________
Especulando realismo fantástico, em termos de
__________________________
paralogismo comparado - artur.

Offline Adriano

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Re:Uma visão cética (sem bullshits filosóficos) da consciência
« Resposta #774 Online: 06 de Abril de 2012, 10:34:17 »
Mesmo depois de sua declaração de recidiva (o que é que há com você?!), vou até tentar ler isso que indica para avaliar sua avaliação, Adriano. Aproveito para dizer que discordo de, provavelmente, tudo ou quase do que você diz, mas te apoio na sua tomada de posição, especialmente pela maneira como o faz. Meus sinceros parabéns pelo respeitável humano pensador mágico que consegue ser. Muito melhor que muitos pseudocientificistas por aí (e aqui!).
Obrigado pelo interesse a minha referência, mas a mesma foi direcionada ao Buckaroo, devido a este conhecer muitos dos principais nomes do debate acadêmico em filosofia da mente.

No seu caso, um nome para ser mais direto e compatível com a maneira que você se declara, é Paul Churchland:

Citação de: Wikipedia
Along with his wife, Churchland is a major proponent of eliminative materialism, which claims that everyday mental concepts such as beliefs, feelings, and desires are part of a "folk psychology" of theoretical constructs without coherent definition, destined to simply be obviated by a thoroughly scientific understanding of human nature.

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... o projecto filosófico de Churchland, a saber, o conexionismo. Sucintamente, o conexionismo é caracterizável enquanto um paradigma explicativo do modo como a cognição se processa que nasceu do sucesso obtido pelas tentativas feitas a partir dos anos 40 de criar sistemas computacionais baseados nos cérebros biológicos enquanto redes de neurónios interconectados.

Trecho da introdução de  Paul Churchland e a Problemática da Semântica dos Estados Mentais
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

 

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