O que percebo é que a segurança que o Estado fornece à população é ilusória. Não existe forma de coibir atos criminosos completamente, e ao desarmar a população, esse fato se torna mais visível. A policia, na maior parte dos casos que chegam a meu conhecimento, só se faz presente após o ato - para preencher a papelada, preservar a cena do crime e, geralmente, o corpo. Vem atuar depois da vítima ter sido vitimizada, e, imagino eu, isso já não terá importância para a própria vitima, que pode ser você ou eu.
A impunidade e ciência de falta de reação a altura por parte das vitimas são alguns dos principais fatores de motivação ao ato criminoso, junto com a vontade de obter exito em relação ao objetivo pretendido (para essa afirmação uso apenas meu raciocínio e experiência, não tendo dados que os corroborem, por isso, se falei besteira, me corrijam).
É muito ruim a sensação de impotência em proteger sua família e propriedade quando diante de tentativas de invasão, sabendo que suas alternativas são negativamente desproporcionais sobre o atacante. Isso, óbvio, quando se consegue continuar vivo nesses casos.
Quanto a turba ensandecida atirando uns nos outros, imagino que não seria bem assim. Eu estou armado, mas sei que o outro motorista pode estar também, e sei que posso sair gravemente ferido ao confrontá-lo, logo, caso não seja extremamente necessário (como pra autoproteção etc.) irei preferir não o fazê-lo. Praticamente como o equilíbrio das potencias nucleares.
Eu tenho o direito à vida, à sobreviver, de me defender. Mas esse direito é tolhido com decisões que vão contra às alternativas eficazes, na sociedade que vivemos, de exercê-lo.
Quem não quer ter arma em sua residência, pode muito bem não tê-las e mesmo assim ter seu direito assegurado de poder adquiri-las caso mude de ideia, mas querer tirar dos outros esse direito é um absurdo. Bandido não vai ter menos armas se essas medidas passarem, pois eles conseguem as armas por outros meios, seja por ação de corruptos malditos ou contrabando internacional - aliás, vai dizer que aquele monte de fuzil, granada, pistolas de toda sorte, etc., são primariamente conseguidas em residências de cidadãos que as compraram legalmente?!
Estas utopias são formas de enfraquecer cada vez mais o cidadão.
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Nesse caso, o trabalhador conseguiu render um dos merdas, mas como só tinha seu próprio corpo como arma, acabou tendo um fim trágico. Houve tempo suficiente para ele neutralizar um dos parasitas e minar a aproximação do segundo, mas pela limitação física, uma pessoa de bem perdeu a vida em detrimento de imprestáveis tanto como indivíduos quanto como participantes da sociedade. Se ele tivesse ali uma arma, a história poderia ter sido outra. Muitos vão se ater ao meu "poderia", mas é muito melhor ter a chance do que não tê-la at all.