Caro amigo Cientista,
Essa história de "desarmamento" é bobagem.
Não é "bobagem" coisa nenhuma. É algo gravíssimo e, como é patente que a finalidade disso não é estebelecer segurança, as razões por trás dissimulam alguma coisa nada menos que assustadora.
Continuo afirmando que é uma bobagem pelo mesmo motivo que você consegue enxergar que a finalidade não é estabelecer segurança. A ideia de que a proibição do comercio legalizado melhoraria em alguma coisa a situação de violência do país é falsa.
E eu insisto em que não é bobagem coisa nenhuma (como algo que não faz diferença, que é o que sua observação dá a entender) porque a situação não só não melhoraria como pioraria tremendamente.
Você está focando suas forças na palavra "bobagem" é isso? Desculpa, troca por "engana trouxa" ou "pegadinha do faustão"... tanto faz. Já deixei claro porque a ideia de "desarmamento" (entre aspas porque significa na verdade proibir o comércio regulamentado de armas) é bobagem....
Aqui eu devo reconhecer que bobagem maior mesmo foi a minha em insistir nisso. Ná prática, que é tudo o que importa, o comércio já está "proibido" de tão restringido que é pela legislação já vigente. É até estranho tentar entender o significado disso. Só numa teoria muito distante da realidade as coisas poderiam realmente piorar mais do que já estão ruins nesse sentido específico porque as pessoas já estão desprovidas de armas. Percebo que errei ao dizer que as coisas piorariam. O problema é que a proposta é tão cretina, podre e criminosa que gera asco e repulsa em mim só pela ideia. Me desculpe. E a reportagem postada pelo Arcanjo Lúcifer é só mais uma demonstração do óbvio que não altera em absolutamente nada a realidade que já reconheço claramente há muito tempo.
Do resto:
Sua "opinião simplesmente"? Ainda bem que você diz isso porque, depois de tudo que eu expliquei, só mesmo insistindo em "opiniões" para manter sua "posição". E ainda bem, também, que você disse "*creio* que existam instrumentos mais eficientes para se proteger o lar". Só crendo mesmo nisso para pensar assim. Mas o fato é que, infelizmente, não se faz uma guerra só com escudos. São necessárias "lanças, flechas e espadas"; todas as melhores armas de que se puder dispor. Não existe nada mais terrível do que saber que a sua "cerca" está sendo atravessada pelo inimigo e que, quando ele atravessá-la, você não terá nada para confrontá-lo por que ele TEM armas e você NÃO.
E quanto a "Para uma arma ser eficiente como defesa ela precisa de um operador habilitado e mais rápido que o algoz", o que tem isso com o que eu disse, em termos de refutação? Isso foi uma tentativa de refutação?! Faça-me o favor!
Eu entendi muito bem o que você quis dizer. Fui irônico e tinha alguma pouca expectativa de que você entenderia meu comentário. Não vou me esforçar além disso. Já vi que não vale a pena.
É claro que parto desse princípio, e daí? Qual é a questão? Quem não é capaz de se manter vigilante, que viva distraído. Isso é problema de quem vive preparado? Você tem argumentos para apresentar ou só comentários vagos e evasivos?
Como "de fato não acontece"? Está falando de quem? De você? Da maioria? O que você sabe sobre o que está dizendo?
Logo a seguir, sua divagação fica ainda mais evidente: você ainda pensa que são poucas as vítimas desse tipo de ação que conseguem uma reação efetiva? Antes "de fato, isso não acontece"; agora "acontece com poucas vítimas". Elas não poderão (ou não deverão) portar armas por causa disso? Porque são poucas e eficientes em sua própria defesa? É esse o argumento? Sustente-o dentro de alguma sesatez?
Francamente, não estou entendendo seu "ponto". Se é que há algum.
E eu considero uma falácia a tal "cultura americana armamentista". Se tal fosse verdade, nos diversos casos de loucos assassinos que invadem escolas, shoppings e outros lugares de grande aglomeração, tais assassinos encontrariam resistência em todos os lugares mas não é o que vemos. A minha conclusão é que o povo americano faz muito pouco uso do direito legal que tem. Não é um povo que cultua armas tanto assim. Talvez essa "visão" que temos deles seja parte de uma cultura que criamos de vê-los como militaristas belicosos porque, no fundo, sabemos que "dominaram o mundo" foi pelas armas e não pela economia (que é só uma palhaçada matemática para idiotas acreditarem que a humanidade vive em harmonia).
Em vista que nós dois concordamos que proibir o comércio de armas no Brasil é extremamente nocivo à liberdade individual. Só posso entender que nos comentários você está tentando me provar que ter uma arma é melhor que não ter. Por mim, tudo bem que você tenha essa opinião.
Não consigo mais descobrir ou imaginar meios de me fazer mais claro do que já fui em expor que *HÁ PESSOAS* PARA AS QUAIS TER UMA ARMA É MELHOR QUE NÃO TER. O que mais eu preciso dizer para não ser interpretado de outra forma?
Eu não tenho opinião nenhuma e não estou tentando te "provar" nada nem a mais ninguém. Isso é um conceito primitivo; é algo autoevidente; não precisa de "prova". Criaturas (mais)inermes e imbeles não têm chance de sobrevivência ou a tem reduzida (não perdendo de vista que o conceito de arma é muito amplo: toda e qualquer aquisição evolutiva que confere e/ou aumenta a aptidão para a sobrevivência, como a inteligência tecnológica necessária para produzir armas do tipo que humanos fazem). Quando se tenta "provar" coisas como essa, cai-se em algo como a incompletude de Gödel. E como também é algo em que as diferenças seletivas da evolução desempenham papel crucial, não se pode generalizar; varia de indivíduo para indivíduo porque a arma e o uso eficaz dela são um elemento só que se mesclam na (re)ação do indivíduo. Essa a razão da liberdade individual ser fundamental nesses casos. Mas a realidade é que a própria liberdade é disponibilizada ou não pelo processo evolutivo, também (se alguém pode te impor não ter armas é porque ele tem mais armas que você). Sei bem que nos espernearemos inutilmente nessas questões e, no final, nada será diferente do que tem que ser. Mas eu me espernear também faz parte do processo; não posso evitar. Que formidável complexidade...! Não é?
Vou insistir mais um pouco dentro de um "paradigma mais humano" que talvez te pareça mais "realista".
De um modo geral, amplo, sim, ter arma(s) é melhor que não. Mas nada é tão simples quanto alguns desejam que seus objetivismos diretivistas simplórios permitam ser. Como eu já disse, a *arma*, o objeto é apenas parte da arma total (é um prolongamento; prolongamento do corpo e da habilidade). A outra parte está no indivíduo que usa, na forma de eficácia. Todos os leões normais têm garras e dentes mas uns os usam melhor que outros e tudo forma um só conjunto (leão e armas). O que? Você não é um leão? Não é como um leão? Lamento. Espero que não seja um cordeiro. É evidente e comprovado que há indivíduos para os quais a posse de uma arma torna a situação pior para ele e para possíveis outros "inocentes" à volta (resultado do caminho evolutivo "diferenciado" seguido pela espécie humana em que milhões de indivíduos, sem a típica competência para sobreviver, sobrevivem numa relação talvez simbiótica com os demais que possuem tal aptidão). Esses têm, como melhor "medida" que lhes resta, que ficar à mercê da decisão do bandido(predador social) sobre a vida, a dignidade, a propriedade dele. Numa sociedade civilizada e organizada, não deve ser o próprio indivíduo a decidir se ele pertence à essa categoria de incapaz ou não. *E isso pode ser muito bem avaliado*. Mas não vivemos numa sociedade com essas características, o que significa que qualquer um, mesmo o/do Estado, que estabeleça determinações extremas e absurdas como essa, não é diferente do criminoso que te impõe abusos, pilhagem e morte à força sem te deixar possibilidade de defesa. E, nesse caso, numa sociedade como essa EM QUE VIVEMOS, o mais justo é deixar que cada um *que possa responder por seus atos* decida por si mesmo. Contudo, não esqueçamos nunca que nada disso muda o fato de que nenhuma criatura escapa do processo evolutivo. NE-NHU-MA.
Não tenho opinião nenhuma. Se você tem, é problema seu mas não sou eu quem vai determinar que o que você expressa é "opinião". Não pense que caio nessa sua imposição também. Decretar que minha posição é puramente opinativa para poder pô-la em pé de igualdade com a SUA opinião (que você próprio -- não fui eu que disse -- já admitiu que é) não vai mudar em nada os fatos.
Mantenho a minha: Não gosto de armas, acho inseguro, não considero um instrumento de defesa eficiente, acredito que o fator surpresa do bandido é determinante para o resultado da ação e tenho pra mim que quem possui arma acha que tem uma caceta maior que a dos outros...
Bom, se o meu de 28 cm não for maior que o da maioria por aí...
...é só medir.
Enfim, vai ser a sua opinião contra a minha.
De novo!? A "minha" contra a sua? Só para eu confirmar se estou entendendo bem: VOCÊ está *estabelecendo* que a minha posição é uma "opinião"? Se você está pensando que eu aceitarei que decrete o meu discurso como puramente opinativo, pode ir tirando seu equininho da chuva porque já se foi o tempo pré-histórico em que eu caía nesse golpe psicológico baratinho. Se é você mesmo quem está dizendo, então opinião é a SUA "argumentação" a respeito. Quando alguém começa a apelar para opinião é porque já viu que não pode contestar a outra parte. Isso é sempre preâmbulo para: "eu acredito nisso e você naquilo e fiquemos bem assim". Comigo não! Se você acha que acredita em alguma coisa, que tem uma mera opinião é problema seu. Agora, eu, quando reconhecer que o que tenho para apresentar é só opinião, eu mesmo o declaro. O inaceitável é que, em lugar de reconhecer que não pode sustentar a própria posição e tomar a simples atitude, ou de abandoná-la ou de afirmá-la opinião e não arredar pé dela por nada (cada um sabe de e responde por si), o indivíduo impõe que a posição do outro é opinião também para continuar a "debater" (debater o que? opiniões?????) com alguma chance de igualdade. Mais uma vez... Comigo não.
Isso não é algo inavaliável ao ponto de ser questão de opinião. Pode-se perfeitamente bem avaliar o "tamanho da caceta de cada um" nesse sentido. Existem testes de habilidade, treinamentos, avaliações psicológicas que podem ser usadas (E SÃO nas forças armadas, polícia, empresas de segurança...) para decidir quem tem possibilidade de uso eficaz, eficiente e aceitável de armas, caso a caso. E as pessoas, como em tudo mais, são imensamente diferentes, umas das outras, nessa faceta. E conversa fiada não muda nada disso nem ajuda na hora do confronto.
Defendo até o fim seu direito de ter uma arma, só quero que você respeite a minha opinião sobre elas.
Obrigado por defender meu direito. Também defendo os seus, desde que sejam estritamente libertários ou, caso não, estritamente de expressão.
Também respeito suas opiniões desde que não sejam mais que isso o que, pelas suas palavras, parece ser o caso. Pelo menos até aqui. E, se são só opiniões, você não pode exigir nada por elas como argumentos. Eu posso exigir que se respeite o fato de que há pessoas capazes de portar armas e que não podem ser preteridas do direito de exercerem sua habilidade só porque outros têm meras opiniões contrárias. Você ainda insistirá que isso é mera opinião?
Quer tornar esse debate + interessante? Vamos lá!
Eu sou a favor da legalização (regulamentação) do comércio inclusive de armas mais pesadas, como por exemplo AK47.
Já que o argumento é proteção, os bandidos hoje em dia usam armas até piores para invadir a casa do cidadão. Uns meses atrás houve uma onda de invasões de condomínio em que os bandidos usavam até granadas para ameaçar os moradores.
Aqui é que a coisa fica estranha. Você não gosta de armas, acha inseguro, não considera instrumento de defesa eficiente mas é a favor da legalização de armas ainda mais "pesadas" (interessante como o conceito de "pesado", no que tange a armas, muda de acordo com o ponto de vista; do ponto de vista militar, qualquer fuzil é arma leve). É muito bonito respeitar os diretos alheios quando esses direitos ferem crenças pessoais do liberal, mas quando a esmola é demais...
Seria essa a razão? Só para "tornar o debate mais interessante"? E isso significaria que você não é, de fato, favorável a isso?
Eu não quero "tornar o debate mais interessante" por dois motivos:
1º) Já o acho interessantíssimo dada a importância da questão. Não imagino como poderia ser mais.
2º) Não debato sobre nada só porque é "interessante" (no sentido de bater boca só por polêmica). Sempre quero conclusões, resultados. Não debato por debater. Não defendo posições contrárias à minha só por treinamento advocatício olímpico. Espero que você não esteja fazendo isso.
Vamos resumir a coisa de uma maneira universal: considero um criminoso absurdo qualquer proposta de restringir o direito de cidadãos adquirirem e possuirem, com seus recursos, absolutamente qualquer produto tecnológico desenvolvido pelo homem. Como você mesmo reivindica, não somos criancinhas para papai Estado tirar os brinquedinhos perigosos de nossas mãos. E papai Estado também não tem legitimidade em direito para considerar todos nós bandidos a priori. Normalmente, um indivíduo 'físico' não desejará ter em sua prateleira do quarto, um artefato termonuclear. Se alguém, um citadino individual, procurar por algo assim, é motivo para desconfiança. Mas, a priori, nem mesmo este direito deve ser negado de modo absoluto, inconteste e irrecorrível. Esclareço assim minha "posição"?
Afinal, qual o critério que diferencia uma arma de outra?
ex:
38 pode, mas aquelas armas de choque mais modernas (air taser) não... (vi no jornal que a venda delas é restrita ao exército).
Isso são os resíduos toscos da legislação de ineptos inescrupulosos que não tem dinamismo suficiente para dar conta da realidade. E nem é do desejo mesmo desses "dar conta da realidade". Ela já é boa demais para eles quererem que mude. A realidade não muda mesmo. Talvez, a única coisa que possa mudar seja a aceitação dela ou não pelos ilusórios seres "conscientes. E, talvez, essa seja a única crencinha que me reste. Acho que já disse isso aqui mais de uma vez. ...Mas é bobagem minha, eu sei bem.