Isso também é um apelo a emoção. Quem determinou, ou provou que são ruins? Essa é uma visão pessoal e relativa.
A experiência social e toda a sociologia do direito verificável em qualquer lugar do mundo convencionou que o sofrimento é ruim, primeiramente porque pessoas geralmente não veem vantagem em sofrerem danos fisícos e psicológicos, segundo porque o natural no comportamento humano é o respeito às escolhas dos indivíduos sobre seus corpos, então a lei é feita para proteger a todos dos danos que outros podem provar e cabe somente àquelas que podem escolher e querem sofrer o escolherem, e não o contrário.
E seguindo essa linha de pensamento, criar gado para o abate é uma atrocidade gigantesca. Pisar em baratas também.
"Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos,
quando existirem recursos alternativos."
Há algum modo de produzir carne sem produção para corte? Não, e a lei não impede a morte do animal se há justificativa (doença, consumo). Há algum modo de higienizar locais sem matar roedores, insetos ou que os valha? Não, em meios urbanos são considerados animais nocivos e sua morte é aceita.
Matar animais deliberadamente, por outro lado, por ser injustificável perante a sociedade, não é considerado aceitável, simplesmente porque esta prática pode ser substituída pelo nada por não ser verificável como necessária.
Acontece que a ( suposta) lei foi feita para evitar que bactérias que morrem como qualquer ser humano sejam expostas à morte, e não porque alguém gosta de bactérias.
Bactérias não têm nada a ver com a lei ou com a discussão. Trocando "bactérias" por "animais" você estará correto, o direto à vida antecede a empatia.
A arbitrariedade é evidente. Não há outra justificativa senão a empatia causada pelos animais em parte da população, que, como já disse, é inválida.
A arbitrariedade é evidente para ti por não querer entender o fundamento da lei.