Acho que "interessa" mais ou menos como interessa saber do comportamento de caça noturno dos besouros amarelo-listrados da Polinésia. Não tem necessariamente uma aplicação para que haja estudo. E em buscar entender mecanismos biológicos e sociais da sexualidade/variações não quer dizer que não há aceitação, da mesma forma que é o caso com besouros aos quais se pode ser na maior parte do tempo indiferente, exceto talvez por alguma peculiaridade que tenham comparados a outros besouros. Ao mesmo tempo, pelo que sei a maior pare da pesquisa é bastante simpática a coisa toda, sendo mais munição contrária a argumentos homofóbicos de que "é só sem-vergonhice" do que como algo que sugerisse/alimentasse uma não-aceitação.
De quaquer forma nem sugeri que devesse haver tal busca. Estava apenas tentando deixar claro que, não sendo produzidas por "mágica", não é algo absurdo que se descobrisse que pudessem ser alteradas de acordo com algum procedimento, e que tal realidade não faz com que todas elas fossem automaticamente "doenças", apenas por tal alteração poder ser enxergada como "cura" por alguns.
Poderia ser em alguns casos, como pedofilia (da qual ao menos uma instância uma pessoa parece ter sido curada acidentalmente através da remoção de algo como um câncer no cérebro), mas não para outras, dependendo do que se achar conveniente chamar ou não de "doença". Um homofóbico/coisa parecida vai considerar homossexuais como doentes, e um nazista-nordicista iria achar atração por pessoas de raças não-nórdicas como doença (ou atração exoracial caso o cara se sinta ameaçado com o risco de miscigenação). E essas últimas posições não são invalidadas por não se ter algum método para alterar essas preferências, isso é irrelevante.