Deixa eu tentar explicar um negócio... Na história não existe muito isso de "demonstração", num sei se alguns dos foristas como DDV já perceberam...
Aquelas demonstrações super sofisticadas da matemáticas, prova dos numeros reais, dos numeros complexos, do teorema de não sei quem, tudo isso é uma peculiaridade da matemática viu, e em alguns outros casos da física viu?
Geralmente os historiadores não duvidam do que lêem, não porque acreditam cegamente em tudo obviamente, mas simplesmente porque lêem as coisas a título de registro, a título de verificação de discursos e não à verificação de uma verdade matemática.
Ainda falta maturidade pra alguns moleques daqui compreenderem que a história não se faz com essa papagaiada de comprovação, se faz LENDO, é mais ou menos assim... Um aluno que já tá bem calejado em história se tem dúvida a respeito de um certo assunto que ouviu, ele vai na bibliotéca, localiza o capitulo, o parágrafo em que aquela idéia aparece e confirma. A confirmação vem a ser se "está escrito" ou "não está escrito", "tem autoridade histórica" ou "não tem autoridade histórica", coisas desse tipo, não é uma confirmação do tipo de uma equação, onde as paragrafos precisam formar uma PG, a soma dos algarismos tem que ser primo, etc...
Não sei se deu pra perceber mas existe uma "sutil" diferença no método de verificação da verdade para a história e para a matemática... Será que deu DDV ??
Enfim, não entenderam porque a referência Marx é a coisa mais fácil que existe de consultar, e o amigo ai, o DDV por exemplo, nem sequer se deu ao trabalho de verificar a sentença que fiz questão de destacar, uma reprodução quase cópia de um trecho ultra-consagrado do Marx e simplesmente quis questionar, levantando uma excessão picuinha do parágrafo como se fosse algo realmente importante à se discutir..
Então, esse é um exemplo de como NÃO se deve discutir história...