Hoje aconteceram duas cenas interessantes em que não pude deixar de pensar como o Donattelo reagiria...
Na primeira, umas 7 da manhã, um cara apareceu na companhia pra registrar uma ocorrência de perda de documentos. Enquanto o cara do plantão começou a fazer a ocorrência pra ele, nos chamou e disse: PQP... o cara tá pedido por pensão alimentícia. Acabou preso.
Nada de anormal, exceto que nós conhecemos ele mais ou menos do bairro e a filha dele fica aos cuidados dele já tem alguns anos e o juiz ainda não determinou o fim do pagamento para a esposa, que tem a guarda "oficial". Como ele parou de pagar tem cerca de um ano (mesmo estando com a criança a pelo menos 3), a mulher (que vive de fumar crack numa favela próxima e já é conhecida) levou ele "no pau" e ele tinha um mandado em aberto. Todo mundo ficou revoltado, no quartel, na vizinhança e posteriormente na delegacia, já que o sujeito começou a chorar feito criança quando foi preso lá.
No segundo, demos de cara com um acidente de trânsito onde uma mulher dirigindo um Siena bateu na traseira de uma moto no sinal. Nós vimos o acidente e eu vi a mulher descendo do carro na companhia de um cara pra ajudar a socorrer o carona do motoqueiro, que se machucou feio. Beleza, quando fui pegar os dados dela, vi ela comentando com o bombeiro "felizmente o meu amigo estava passando aqui por coincidência, porque estou muito nervosa e blábláblá...".
Eu pensei: "peraê, ela acabou de descer do carro com ele. Como assim ele estava só passando?". Daí fiquei de longe observando e vi eles trocando uns toques mais íntimos e tirei a dúvida com o meu colega e com o motoqueiro de que ele realmente estava no carro com ela. Não entendi a mentira.
Minutos depois, ao puxar as informações do veículo, constatamos que o IPVA estava atrasado desde 2010 e por isso o carro ia ser rebocado. Imediatamente ela começou a chorar e ligou pro MARIDO pra ver a situação, contando os fatos e dizendo ao telefone "Graças a deus eu estava sozinha no carro e a Milena (imaginei ser a filha, pois havia um bebê conforto no banco de trás) não estava junto e blábláblá...".
Fiquei de cara. A pilantra estava chifrando o marido e ainda ia dar a conta do carro pra ele pagar.
Imagino que no caso dois o Donatello ia descobrir o telefone do marido e contar. No caso um, colocar fogo na mulher...