Não sei se entendi bem o que você disse. Mas como te disse, não consegui ainda encontrar qualquer utilidade na definição do "não livre arbítrio metafísico" . Entendo ele, mas acho que sequer é uma teoria, é apenas uma extrapolação da física básica para um mundo absurdamente mais complexo.
Mas já deu mesmo..
A "utilidade" da definição é que simplesmente é o que parece que a maior parte das pessoas pensam quando se fala em "livre arbítrio". É meio como a definição de "deus" como "cara barbudo onipotente que fica criando imagens de si mesmo/seu filho em torradas," simplesmente
é a definição mais usada, ainda que defina algo que não existe.
O livre arbítrio metafísico não é extrapolação da física, mas praticamente
negação dela, a consideração dela como algo quase irrelevante ao tema. É a noção de que, "OK, nosso cérebro tem neurônios e eles funcionam de acordo com a química; mas
nós somos mais do que apenas isso, de alguma forma". Teríamos "controle" dos rumos dos neurônios, ao menos em parte do tempo/salvo exceções como ter uma grave lesão cerebral ou estar sob efeito de drogas.
Quando na verdade não há um "nós" adicional/além do cérebro (cérebro funcionando em boas condições), o que se poderia dizer é no máximo que "o cérebro tem controle do cérebro", mas esse "controle" não é nada que se pudesse dizer "meu deus, mas como o cérebro controla a si próprio, é algo que parece subverter a causalidade física". No fim quer dizer apenas que o que ele vai decidir, mecanicamente, é dependente de muitas variáveis internas.